O
juiz federal Sérgio Moro informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que
ficou “comprovado o direcionamento de propinas acertadas no esquema criminoso
da Petrobras para doações eleitorais registradas”.
A
constatação do juiz foi encaminhada em ofício à corte em outubro do ano passado
após um pedido de informação do ministro João Otávio de Noronha,
corregedor-geral da Justiça Eleitoral, motivado por quatro procedimentos
abertos a pedido do PSDB para apurar irregularidades na campanha da presidente
Dilma Rousseff.
Moro
ressaltou que os delatores Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Pedro José
Barusco Filho, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, Milton Pascowitch e Ricardo
Ribeiro Pessoa confessaram à Justiça que parte dos recursos acertados no
esquema criminoso da Petrobras eram destinados a “doações eleitorais
registradas e não-registradas”. O juiz sugere ainda que eles sejam ouvidos pelo
TSE, uma vez que os “depoimentos abrangem diversos assuntos”.
“Reputou-se
comprovado o direcionamento de propinas acertadas no esquema criminoso da
Petrobras para doações eleitorais registradas”, informa Moro, sobre sentença do
processo envolvendo executivos da empreiteira Mendes Junior e Setal Óleo e Gás.
O caso envolve o suposto repasse de R$ 4 milhões ao PT via ex-tesoureiro do
partido João Vaccari Neto.
Moro
informou ainda ao TSE que além das ações penais, “há diversas investigações em
curso que eventual e incidentalmente poderão confirmar outros repasses de
propinas a campanhas eleitorais”. “Caso algo da espécie seja constatado,
encaminharei as informações pertinentes e está Egrégia Corte Eleitoral.”
O
juiz esclareceu ainda ao TSE que “relativamente aos atuais ocupantes de cargos
eletivos com foro privilegiado”, os processos tramitam perante o Supremo
Tribunal Federal (STF).
(A/E)
Terça-feira,
16de fevereiro, 2016
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