O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acha que a presidente Dilma Rousseff
fez bem em violar a lei de responsabilidade fiscal, pois o dinheiro ilegalmente
obtido pelas chamadas pedaladas fiscais teria tido destino nobre: os pagamento
do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida.
Mais
uma vez, o ilustre ex-presidente – e destacado integrante do clube dos
multimilionários brasileiros (27 milhões de reais recebidos, em quatro anos,
por gente interessada em ouvir suas palestras!) perdeu excelente oportunidade
de não falar besteira.
Lei
é lei, e ponto final. Quem a viola, comete crime e merece ir a julgamento para
sofrer a penalidade cabível, atenuada em alguns casos.
Se
a Presidente gastou mais no ano passado do que lhe autorizava o orçamento não
foi para fazer gentilezas aos mais pobres, mas para tapear a sociedade. Foi com o dinheiro das pedaladas, em última
análise, que Dilma comprou sua reeleição.
Fez-se
apresentar na campanha como grande líder, comandante de um país em crescimento,
quando na verdade foi uma péssima governante, administradora incompetente, de
um país afundado por sua graça e obra.
Uma
das características mais marcantes dos líderes populistas é que se acham acima
dos demais cidadãos e, o que é mais grave, acima das leis.
Procurem,
caros leitores, na Internet, o decálogo dos líderes populistas, de autoria do
sociólogo mexicano Enrique Krauze. É leitura indispensável para a identificação
de pulhas e oportunistas disfarçados de políticos.
Um
dos pontos levantados por Krauze diz respeito a modo discricionário de como os
populistas tratam do dinheiro público. Tratam do dinheiro público como fosse os
eu próprio, recursos que podem ser usados para enriquecer ou para embarcar em
projetos que consideram importantes ou gloriosos. O populista tem uma concepção
mágica da economia: para ele, tudo é despesa de investimento. Ignorância ou
incompreensão dos governos populistas em matéria econômica resultou nos
desastres em massa que países levam décadas para se recuperar.
Claudio
Umberto
Quarta-feira,
14 de outubro, 2015
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