Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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19 outubro, 2015

JUSTIÇA SOLTA PRESOS E COMEÇA A DESMONTAR A OPERAÇÃO LAVA-JATO




Do jeito que a corrupção se generaliza no país, não seria surpresa se o próximo alvo dos gangsteres petistas fosse o próprio juiz Sergio Moro que, com valentia e coragem cívica, começou a desbaratar a maior quadrilha de larápios já montada no Brasil. É o preço que ele certamente vai pagar por ser um profissional correto e probo em um país onde a honestidade virou exceção e não regra.

Veja como o STF agiu até agora: fatiou o processo da Lava-Jato, impediu a Câmara de tramitar o impeachment da Dilma, mandou soltar Alexandrino Alencar, da Odebrecht, e o ex-vereador petista Alexandre Romano, intermediário das maracutaias da senadora Gleise Hoffmann, e proibiu os “jabutis” nas medidas provisórias numa clara interferência nos trabalhos do parlamento.  Tudo isso está ocorrendo depois que o Lula assumiu de fato a administração do governo e transformou a Dilma em sua auxiliar, proibindo-a, inclusive, de falar besteira nas solenidades para não imitá-lo.

Anote: o próximo a sair da cadeia é o Marcelo Odebrecht, o homem de 13 bilhões de reais. O STJ até agora rejeitou os pedidos de habeas-corpus para soltá-lo mas não vai resistir por muito tempo. Assim, todos os empregados da empreiteira com envolvimento nas maracutaias vão, aos poucos, deixando a cadeia se o juiz Sergio Moro não os condenar antes pela fartura de provas de que já dispõe.

A liberdade desses criminosos prejudica as investigações pelas informações preciosas que eles detém em relação ao roubo na Petrobrás e outras estatais. O STF, que até então mantinha-se neutro em relação às investigações, resolveu melar tudo. Veja: o próprio Ministério Público criticou o habeas-corpus que o tribunal concedeu ao Alexandrino Alencar, sócio do Lula nas viagens ao exterior (pelo menos seis), um dos homens da Odebrecht com mais informações sobre o envolvimento do ex-presidente nos empréstimos do BNDES ao exterior.

Lula está tão sujo pela corrupção que não sabe distinguir mais o certo do errado. Fez um acordo espúrio com Eduardo Cunha, dono, com a sua mulher, de uma fortuna na Suíça, para evitar o andamento do impeachment de sua auxiliar. Convocou parlamentares para uma reunião em um hotel de Brasília (um parêntese: lembra que Al Capone tinha como sede da sua organização criminosa um hotel em Chicago?). Lá, decretou que dali por diante a bancada teria que apoiar o Cunha, contrariando outros 34 deputados (a bancada tem 64) que não foram ao encontro. Assim, enquanto a sua auxiliar for ameaçada pelo Eduardo Cunha, os petistas cooptados por ele vão proteger os milhões de dólares roubados da Petrobrás e depositados na conta conjunta do presidente da Câmara.

Lula está feliz da vida depois que conquistou o ex-presidente do STF, Nelson Jobim. Ele agora assumiu a posição de conselheiro do ex-presidente, lugar antes ocupado por Thomaz Bastos, o advogado que mais defendeu criminosos de colarinho branco no país. Jobim é um advogado hábil, articulado em todas as áreas: na política, como ex-deputado, e na justiça como ex-presidente da Corte. Conhece as manhas do ministros e do próprio tribunal. Portanto, certamente não será difícil para ele soltar, por exemplo, seu principal cliente Marcelo Odebrecht que já demonstrou muita esperança em deixar o xadrez sem confessar o seu envolvimento e das suas empresas no assalto aos cofres públicos.

E para mostrar quem de fato manda no país, Lula afastou Dilma das decisões de governo e rearrumou a casa. Pôs seus amigos fiéis em postos chaves nos ministérios e mandou um recado aos adversários: “Agora quem manda aqui sou eu. Quem duvidar pague pra ver”. Exigiu que a Dilma só falasse por escrito e ela, obediente, já largou na frente pra falar da própria honestidade. Esqueceu que assinou a compra da refinaria de Pasadena (l bilhão de dólares de prejuízo à Petrobrás), recebeu 15 milhões roubados da Petrobrás para sua campanha de dois lobistas e nomeou, em parceria com Lula, todos os diretores ladrões da estatal. Além disso, é responsável pela roubalheira porque é conivente com a quadrilha que se instalou no país sob o seu comando.

Coitado do país onde um presidente precisa gritar aos ventos que é honesto, antes de parecer honesto.

Jorge Oliveira

Segunda-feira, 19 de outubro, 2015

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