Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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26 janeiro, 2022

FILIAÇÃO DE INTEGRANTES DO MBL AO PODEMOS AMPLIA PALANQUE A MORO EM SÃO PAULO

 

A filiação de membros do MBL (Movimento Brasil Livre) ao Podemos, prevista para quarta-feira (26/01), garante ao presidenciável da legenda, o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro Sergio Moro, um palanque pronto em São Paulo, estado estratégico na corrida eleitoral deste ano.

 

Surgido nas manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2014, o MBL tem projeto político próprio, participará de sua terceira eleição e já planejava lançar o deputado estadual Arthur do Val (Patriota), o youtuber Mamãe Falei, para o Governo de São Paulo em 2022.

 

 O grupo agora se associa à campanha de Moro e do Podemos no momento em que o ex-juiz se diz vítima de perseguição pelas tentativas de investigar seus ganhos na iniciativa privada.

 

O TCU (Tribunal de Contas da União) analisa se atos de Moro como juiz fragilizaram a situação econômica de empreiteiras considerando que, alguns anos depois, ele foi contratado pela empresa Alvarez & Marsal, responsável pela recuperação judicial da maioria delas. O PT estuda propor uma CPI sobre o caso.

 

Arthur afirma que a CPI “tem claro objetivo político”. “Se eu fosse Moro, eu seria entusiasta dessa CPI. Vamos mostrar para todo mundo o que está acontecendo, aí fica claro e escancarado quem está falando besteira.”

 

 O evento de filiação será presencial, em um teatro na capital paulista, com a presença do ex-juiz, da presidente do partido, deputada federal Renata Abreu (SP), e do senador Alvaro Dias (Podemos-PR).

 

Segundo Arthur, a aproximação com Moro foi espontânea, teve início no ano passado, no processo de convencê-lo a ser candidato, e resultou na filiação. “Foi um pedido do Moro, ele que pediu pra gente estar junto no Podemos”, diz o deputado estadual à Folha.

 

Para o Podemos, que definiu São Paulo como um estado prioritário na campanha de Moro, o MBL trouxe um palanque montado de candidatos ao governo, ao Senado, à Câmara e à Assembleia –algo importante para o ex-juiz, considerando que os demais presidenciáveis também terão representantes paulistas.

 

Da parte do MBL, que já se abrigou no DEM e no Patriota anteriormente, o Podemos é visto como um partido mais estruturado, com mais tempo de TV, por exemplo, e que se comprometeu a dar total liberdade para que o grupo aja de maneira independente –não seja obrigado a seguir orientações da sigla em votações, por exemplo.

 

Nas eleições municipais de 2020, o grupo lançou seus candidatos pelo Patriota e, para isso, negociou o controle total do diretório municipal do partido, o que não deve ocorrer com o Podemos. Arthur do Val foi candidato a prefeito de São Paulo e terminou em quinto lugar, com 9,78% dos votos.

 

Segundo Arthur, a migração é necessária porque o Patriota não se comprometeu a apoiar Moro, mas o deputado afirma que sua saída foi amigável e sem brigas.

 

 Uma vez filiados ao Podemos, os membros do MBL prometem seguir com a prática de não usar o fundo eleitoral para financiar suas campanhas, o que elimina um motivo de atrito interno nos partidos.

 

Além de Arthur como postulante ao Palácio dos Bandeirantes, o grupo quer lançar o deputado estadual Heni Ozi Cukier (Novo) como candidato a senador na mesma chapa. Heni deve migrar para o Podemos na janela partidária, entre março e abril.

 

O MBL também planeja ter três candidatos a deputado federal no estado – Kim Kataguiri (DEM-SP), que concorrerá à reeleição; o vereador Rubinho Nunes (PSL) e a ativista Adelaide Oliveira. O grupo tem outros seis nomes indicados para concorrer a deputado estadual. A maior parte dos pré-candidatos será filiada no evento desta quarta-feira.

*Folha

Quarta-feira, 26 de janeiro 2022 às 11:07


 

25 janeiro, 2022

MORRE OLAVO DE CARVALHO, ESCRITOR E GURU BOLSONARISTA

 

Morreu na segunda-feira (24/01) o escritor e professor Olavo de Carvalho, aos 74 anos, em Richmond, na Virginia (EUA). A informação foi confirmada em uma nota de falecimento publicada no Twitter de Olavo.

 

O guru bolsonarista havia sido diagnosticado com Covid-19 e chegou a cancelar a transmissão de suas aulas online. Olavo fazia parte do grupo de risco para a doença.

 

“Nota de falecimento

 

Olavo Luiz Pimentel de Carvalho (1947-2022)

Com grande pesar, a família do professor Olavo de Carvalho comunica a notícia de sua morte na noite de 24 de janeiro, na região de Richmond, na Virgínia, onde se encontrava hospitalizado”.

 

No último dia 9, havia surgido um rumor nas redes sociais de que o escritor teria morrido. A própria filha de Olavo, Heloísa de Carvalho, que cortou relações com o pai, escreveu que havia recebido a informação de que ele havia falecido.

 

“Acabaram de me falar que parece que o Olavão faleceu, gente eu não sei, não falo com absolutamente nenhum parente Carvalho”, escreveu Heloísa no Twitter.

 

No entanto, Paulo Figueiredo Filho, neto do general João Batista Figueiredo – que foi presidente entre 1979 e 1985 -, publicou em sua conta no Twitter que essa informação é falsa. Desde o início da pandemia, Olavo questiona a gravidade dela.

 

Negacionista

 

Em várias oportunidades, Olavo de Carvalho negou a ciência, diminuiu a gravidade da pandemia e da Covid-19, chegou a chamar o coronavírus de “vírus chinês”.

 

Em maio de 2020, ele escreveu: “O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noel.”

 

Ainda em abril de 2020, o escritor disseminou fake news ao insinuar que o coronavírus seria um “vírus chinês” e que não seria um acidente.

 

“Só um perfeito idiota pode imaginar que a disseminação do vírus chinês no mundo foi um acidente. Mas o Ocidente está repleto de perfeitos idiotas, diante dos quais os chineses têm um justificado senso de superioridade”, escreveu.

 

Em julho do mesmo ano, Olavo questionou quando conservadores parariam de usar o termo “pandemia” para se referir à pandemia de Covid-19. “Quando é que os ditos “conservadores” vão parar de usar o termo “pandemia”?”, escreveu em seu Twitter.

 

Em janeiro de 2021, o escritor colocou em dúvida a mortalidade do coronavírus, que chamava de “moco ronga vírus”. “Dúvida cruel. O Vírus Mocoronga mata mesmo as pessoas ou só as ajuda a entrar nas estatísticas?”, disse.

*IstoÉ

Terça-feira, 25 de janeiro 2022 às 12:42


 

 

24 janeiro, 2022

O IMBECILIZADO APEGO À CLOROQUINA

 

O governo que não desiste da hidroxicloroquina. A droga virou uma obsessão, um símbolo da ignorância e do negacionismo do governo, a marca registrada de uma gestão estapafúrdia da pandemia e da falta de apreço pela vida humana. Em uma nota técnica publicada na última sexta-feira, o Ministério da Saúde rejeitou diretrizes de tratamento do SUS e mais uma vez contrariou a lógica e todas as evidências científicas para referendar os falsos benefícios terapêuticos do medicamento contra a Covid-19 e questionar o uso da vacina. É um esforço claro para achincalhar o bom senso e se opor à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que tem atuado com correção, repelido os ataques anticiência do governo, criticado o uso de remédios ineficazes, além de estimular sabiamente a campanha de imunização.

 

Quem assinou a nota foi o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Helio Angotti Neto, discípulo de Olavo de Carvalho e totalmente afinado com as teses negacionistas que Bolsonaro quer promover. Angotti é um nome que Bolsonaro gostaria de ver na diretoria da Anvisa para enfrentar o contra-almirante Antonio Barra Torres, que segue a orientação técnica que o cargo exige e tem despertado a ira do presidente. Bolsonaro não se conforma com a independência da agência e o Ministério da Saúde reflete esse inconformismo ao manter a recomendação do uso dos remédios do kit-Covid contra a orientação do SUS. Sob a ótica de um governo autoritário, agências reguladoras são um estorvo de racionalidade nos esforços permanentes de criar confusão e promover teses diversionistas.

 

Chama atenção também a impassibilidade do ministro Marcelo Queiroga , que abriu mão do Juramento de Hipócrates e de qualquer compromisso ético com a medicina e acolhe no seu arsenal de ideias distorcidas a defesa da cloroquina e de outros remédios inúteis, avalizando a nota de Angotti Neto e fazendo vista grossa para as loucuras do presidente. Nessa altura da pandemia, ignorando recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e as conclusões de estudos feitos em vários países, o governo ainda insiste na sua pregação curandeira. E sempre que tem oportunidade dá um jeito de desacreditar a vacina. A imbecilidade parece realmente não ter fim.

 

msn

Segunda-feira, 24 de janeiro 2022 às 19:58