Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

Mostrando postagens com marcador Organização Mundial de Saúde. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Organização Mundial de Saúde. Mostrar todas as postagens

24 janeiro, 2022

O IMBECILIZADO APEGO À CLOROQUINA

 

O governo que não desiste da hidroxicloroquina. A droga virou uma obsessão, um símbolo da ignorância e do negacionismo do governo, a marca registrada de uma gestão estapafúrdia da pandemia e da falta de apreço pela vida humana. Em uma nota técnica publicada na última sexta-feira, o Ministério da Saúde rejeitou diretrizes de tratamento do SUS e mais uma vez contrariou a lógica e todas as evidências científicas para referendar os falsos benefícios terapêuticos do medicamento contra a Covid-19 e questionar o uso da vacina. É um esforço claro para achincalhar o bom senso e se opor à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que tem atuado com correção, repelido os ataques anticiência do governo, criticado o uso de remédios ineficazes, além de estimular sabiamente a campanha de imunização.

 

Quem assinou a nota foi o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Helio Angotti Neto, discípulo de Olavo de Carvalho e totalmente afinado com as teses negacionistas que Bolsonaro quer promover. Angotti é um nome que Bolsonaro gostaria de ver na diretoria da Anvisa para enfrentar o contra-almirante Antonio Barra Torres, que segue a orientação técnica que o cargo exige e tem despertado a ira do presidente. Bolsonaro não se conforma com a independência da agência e o Ministério da Saúde reflete esse inconformismo ao manter a recomendação do uso dos remédios do kit-Covid contra a orientação do SUS. Sob a ótica de um governo autoritário, agências reguladoras são um estorvo de racionalidade nos esforços permanentes de criar confusão e promover teses diversionistas.

 

Chama atenção também a impassibilidade do ministro Marcelo Queiroga , que abriu mão do Juramento de Hipócrates e de qualquer compromisso ético com a medicina e acolhe no seu arsenal de ideias distorcidas a defesa da cloroquina e de outros remédios inúteis, avalizando a nota de Angotti Neto e fazendo vista grossa para as loucuras do presidente. Nessa altura da pandemia, ignorando recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e as conclusões de estudos feitos em vários países, o governo ainda insiste na sua pregação curandeira. E sempre que tem oportunidade dá um jeito de desacreditar a vacina. A imbecilidade parece realmente não ter fim.

 

msn

Segunda-feira, 24 de janeiro 2022 às 19:58