Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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11 abril, 2015

PROMOTORA QUER ANULAÇÃO DE MAIS LOTES DOADOS PELO EX-PREFEITO GERALDO MESSIAS




MP propõe 9 ações para anular doações ilegais de lotes em Águas Lindas que totalizam mais de 150 mil m²
Dando continuidade ao processo jurídico que já tramita na justiça a promotora de Justiça Tânia D'Able Rocha de Torres Bandeira propôs na quarta-feira (8/4), mais uma vez, ações para a anulação de escrituras públicas e a consequente reversão de imóveis doados ilegalmente pelo município de Águas Lindas de Goiás, no período de 2008 a 2012, na gestão do prefeito Geraldo Messias de Queiroz. 

Desta vez, foram propostas nove ações civis públicas, que visam a regularização de 31 imóveis. No ano passado, foram ajuizadas 31 ações civis públicas para anular os atos de doação de 99 imóveis que pertenciam ao patrimônio municipal e foram transferidos ilegalmente para particulares entre 2009 e 2012.

Na justificativa o Ministério Público enfatiza que nestas ações é igualmente sustentado que os imóveis foram doados para empresas privadas, sem a realização de licitação, o que é vedado pela Lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações). Além disso, também houve violação à Lei 6.766/79 (Lei do Parcelamento do Solo Urbano), uma vez que o município havia previamente desafetado todas essas áreas indevidamente, visto que se tratavam de imóveis destinados a áreas públicas e institucionais, que são inalienáveis por sua própria natureza, não se admitindo que o ente público altere sua destinação.
Conforme esclareceu a promotora “são áreas reservadas para promover o bem-estar da população que reside nestas localidades, nas quais se instalam escolas, praças, espaços de convivência, quadras de esporte, postos de saúde”, destacou.

Tânia D'Able esclarece ainda que, embora tenha sido lavrada escritura pública de doação, esse documento não foi encaminhado para averbação no cartório de registro de imóveis e, por esse motivo, havia sido expedida a Recomendação nº 3/2014, para que o município procedesse administrativamente à reversão dos imóveis por meio da autotutela. 

“Como o município até o momento não atendeu à recomendação, foram propostas as ações para obter a reversão dos imóveis ao patrimônio municipal”, reiterou.

Os imóveis objeto das ações propostas ontem totalizam áreas que correspondem a 152.525,63 m², englobando 30 réus. Os locais onde se situam os imóveis são: Loteamentos Parque da Barragem, Mansões Olinda, Mansões Pôr do Sol, Jardim América I, Jardim das Oliveiras, Mansões Village.

Ação de improbidade

No ano passado, a promotora Tânia D'Able também propôs ação de improbidade para responsabilizar o ex-prefeito Geraldo Messias de Queiroz e outros sete envolvidos em doações indevidas de 136 áreas públicas. Conforme apontado na ação, os atos de doação praticados pelo então prefeito utilizaram como pretexto a Lei Municipal nº 571/2006, que foi editada com o intuito de estimular a industrialização e urbanização no município e previa doação para pessoas jurídicas, com obrigação das beneficiadas pelas doações iniciarem atividade empresarial no prazo máximo de dois anos.

O ex-prefeito Geraldo Messias de Queiroz emitiu cartas de anuência nas quais constava que os beneficiários haviam cumprido as exigências da lei, e o imóvel passava a ficar livre e desembaraçado, tendo sido até mesmo retirada a cláusula de reversibilidade ao patrimônio municipal. Contudo, em vistoria realizada por oficiais do Ministério Público de Goiás, averiguou-se que a maior parte dos imóveis estava vazia, não se verificando o funcionamento de qualquer empresa, enquanto outros eram residenciais.
Entre as doações está uma para o irmão do ex-prefeito, Ângelo Chaves de Queiroz, que foi contemplado com dois imóveis, ambos situados no Parque da Barragem. Em um deles o então prefeito fixou residência. Outra doação foi feita a Everaldo da Silva, que se candidatou a vice-prefeito na chapa de Geraldo de Queiroz.

(Blog A VERDADE)

Sábado, 11 de abril, 2015

05 abril, 2015

O MANIFESTO DA VIRTUDE NÃO CONTABILIZADA




O Brasil estava à deriva, até que veio o encontro nacional do PT em São Paulo. Os presidentes dos 27 diretórios reuniram-se em torno do oráculo, e aí tudo ficou claro como a pele da elite branca. É sempre assim: por mais tenebrosa que seja a tempestade lá fora, quando o PT se junta em torno de Lula da Silva, tudo fica belo e luminoso. Ficamos sabendo que a crise é pura inveja que os ricos têm do povo. E saiu um novo manifesto -atenção, Brasil! - no qual o partido do mensalão e do petrolão ensina aos brasileiros o que é virtude.

É claro que o manifesto do PT não trata da estagnação econômica, nem da previsão de recessão apontada pelo Boletim Focus do Banco Central. Eles estão no Palácio há 12 anos, mas não têm nada com isso. O documento também não trata da mais recente façanha do partido - a inscrição de seu tesoureiro como réu no processo da Lava Jato. Isso é o tipo de coisa que só interessa à imprensa burguesa. E é justamente a imprensa o que preocupa os companheiros em seu mundo dourado. O manifesto propõe um projeto de lei para controlar a mídia (novidade!) - no exato momento em que a presidente dá posse ao novo ministro da Secretaria de Comunicação exaltando a... liberdade de expressão.

Dilma falou que sabe quanto a imprensa livre é importante, porque ela é uma pessoa que viveu sob uma ditadura. Atualmente, no Brasil, praticamente só Dilma viveu sob uma ditadura. Todos aprendemos a acompanhar, contritos, o sofrimento diuturno de Dilma Rousseff em sua resistência implacável aos militares. Quando começamos a achar que a batalha está concluída, o Palácio do Planalto solta mais um release sobre "Os anos de chumbo", e lá vamos nós sofrer mais um pouco ao lado de nossa heroína. Não há nada mais urgente hoje no Brasil do que apoiar Dilma contra o regime militar. Ela há de nos libertar desse inimigo morto e enterrado há 30 anos.

Enquanto a presidente luta heroicamente pela liberdade de expressão, que só ela sabe quanto é valiosa, seu partido costura docemente a mordaça. O PT já tentou colocar rédeas na mídia até através de um pacote de direitos humanos. Agora, o tal manifesto propõe uma nova regulamentação do direito de resposta. Os companheiros só vão sossegar quando a comunicação de massa no país alcançar o padrão de uma assembleia do partido. Chega de perseguição a guerreiros do povo brasileiro como João Vaccari. A cada denúncia publicada sobre as peripécias do tesoureiro na arrecadação de fundos para a revolução progressista, a mídia há de ter que abrir espaço para a resposta do guerreiro. E ele terá o sagrado direito de declarar, como seu antecessor Delúbio no mensalão, que há uma conspiração da direita contra o governo popular.

O manifesto divulgado pelo PT no dia 30 de março explica que o partido está sendo "atacado por suas virtudes". Não esclarece se entre essas virtudes está a formidável capacidade de captação de recursos junto às empresas investigadas na Lava Jato. Ou a invejável capacidade de escolher e cultivar os diretores certos para a Petrobras, sem os quais uma legião de parasitas e picaretas morreria de fome. Talvez por humildade exacerbada, o manifesto do PT não cita entre suas virtudes a façanha de ter jogado a maior empresa brasileira na lona, rebaixando-a ao grau de investimento especulativo. Tamanho virtuosismo realmente só poderia gerar inveja e perseguição.

"A campanha de agora é uma ofensiva de cerco e aniquilamento", diagnostica o manifesto. "Para isso, vale tudo. Inclusive criminalizar o PT." Eis o escândalo: estão criminalizando o PT. Será que não percebem que todos os crimes pelos quais os petistas têm sido indiciados, julgados e condenados são crimes decorrentes das suas virtudes? Será possível que essa elite golpista não aprendeu a distinguir o crime mau do crime bom?

Na reunião de cúpula, o assessor da Presidência, Marco Aurélio Garcia, esclareceu: "Ganhamos a eleição com uma narrativa que a presidente assumiu de forma corajosa". No dia seguinte, no Senado, o ministro da Fazenda tentava salvar a pele do governo com uma narrativa oposta a essa que a presidente assumiu corajosamente. Talvez seja por isso que as multidões voltaram às ruas: entenderam enfim que estão sendo governadas há 12 anos por uma narrativa.

Guilherme Fiuza - Revista Época

Domingo, abril 05, 2015


26 março, 2015

SELEÇÃO VIRA CONTRA A FRANÇA EM PARIS E VENCE A SÉTIMA PARTIDA NO PÓS-COPA




Equipe nacional sai atrás em gol parecido com o de Zidane, na final de 1998, mas vira com autoridade e participação decisiva de Jefferson, Oscar, Neymar e Willian

7 a 0 para o Brasil. Não, não é sonho com a revanche da Copa do Mundo, e sim o retrospecto depois do torneio: sete jogos, sete vitórias. Nesta quinta-feira, talvez o mais difícil desses sete “gols” foi marcado. A Seleção saiu atrás da França, mas virou com autoridade no Stade de France, palco da final de 1998 e onde o Brasil jamais havia marcado sequer um gol em três jogos contra os anfitriões: 3 a 1.

Colômbia, Equador, Argentina, Japão, Turquia, Áustria e França. É claro que nada tira o peso do vexame do Mineirão, mas nesses amistosos, o Brasil jogou como exige o futebol moderno: compacto, rápido, letal. Sinônimos de Neymar, que fez seu 43º gol pela Seleção e igualou-se a Jairzinho (presente na comissão técnica) e Rivellino na quinta posição do ranking.

Varane rima com Zidane. Quando fez 1 a 0 em cabeçada certeira e muito parecida com a do gênio há 17 anos, o fantasma ameaçou rondar Paris. Só ameaçou. Varane é só Varane. Zidane surgiu em campo apenas antes do jogo, para ser homenageado ao lado de Desailly, Vieira e Thierry Henry, craques históricos da França.

Aplicado na marcação, o Brasil usou e abusou do “estilo Dunga”. Combate intenso, e muita velocidade entre roubar a bola e finalizar. Neymar de dentro da área e Firmino de fora exigiram boas defesas de Mandanda, mas nada semelhante ao que fez Jefferson, monstruoso ao defender cabeçada de Benzema e finalização de Griezmann.

No fim do primeiro tempo, Oscar tabelou com Firmino e deu um bico (literalmente) no fantasma azul: 1 a 1. Placar mais adequado à realidade do primeiro tempo.

Para vencer, o Brasil precisava dos melhores jogadores pós-Copa: Willian e Neymar. O meia do Chelsea encontrou o atacante do Barcelona, que invadiu a área e, já num ângulo difícil, acertou um chute que só é permitido a craques. Uma bomba!

Também saiu dos pés de Willian o terceiro gol, em cobrança de escanteio para Luiz Gustavo cabecear no cantinho. Gol que jogou nas águas do Rio Sena a pressão francesa e trouxe o jogo para total domínio. A primeira vitória no Stade de France foi embalada por “olé”. Zidane, das tribunas, deve ter gostado. Melhor para o Brasil que ele veja de fora...

No próximo domingo, o adversário será o Chile, em Londres. Depois, em maio, Dunga já convocará para a Copa América, que será disputada em junho, no Chile. (Globo Esporte)

Quinta-feira, 26 de março, 2015