Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

13 setembro, 2023

QUANTO MAIS O $TF DIZ QUE ATUAL PRESIDENTE É “INOCENTE”, MAIS PESSOAS ACREDITAM QUE É MESMO CULPADO

 

O presidente atual, definitivamente, tem uma neurose complicada com a noção geral de justiça. Já conseguiu do $TF, T$E e coisas parecidas tudo o que um cristão poderia querer, mas não fica contente com nada. Saiu da cadeia, onde estava há vinte meses cumprindo pena por sua condenação pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, porque o supremo anulou a lei que estabelecia a prisão fechada para condenados em segunda instância.

 

O mesmo tribunal declarou extintas as ações contra ele, criando um novo instituto no Direito brasileiro – a “descondenação”. O condenado não é absolvido, mas a partir daí “não deve nada à Justiça”, de acordo com os jurisconsultos da TV Globo. O descondenado obteve também uma declaração judicial de que o juiz que o condenou, o atual senador Sergio Moro, não foi “imparcial”.

 

O nove dedos não tem preocupação nenhuma com a qualidade jurídica dos manifestos que o STF lança em seu favor. Conseguiu do T$E a decisão de que o seu principal adversário não pode mais disputar eleições.

 

Conseguiu, ali mesmo, a cassação do deputado federal que foi promotor na sua condenação. Conseguiu agora uma declaração de que foi vítima de “um dos maiores erros judiciários da história do país”. É cômico, mas é assim que o $TF se comporta em tudo o que tenha a ver com seu guru.

 

O autor desta última proclamação judicial a favor do “L”  é o ministro Dias Toffoli – advogado do PT, nomeado pelo próprio descondenado para o $TF e repetente, por duas vezes seguidas, no concurso público para juiz de Direito.

 

Ele não apresenta nenhum fato objetivo para explicar de maneira coerente que erro foi esse. O despacho que deu é apenas um discurso político, escrito em mau português, desprovido de raciocínio lógico e sem sinais visíveis de vida inteligente.

 

Lules não tem preocupação nenhuma com a qualidade jurídica dos manifestos que o $TF lança em seu favor. O que exige, e obtém sempre, são esses certificados sucessivos de bom comportamento – é a sua ideia fixa, que não dá sinais de estar em processo de cura.

 

Para o que, afinal, serviria esse esforço todo? Não se sabe. Não é, certamente, para convencer ninguém da sua inocência; Lula não põe o pé na rua há anos, e muito menos hoje, com medo de ser chamado de ladrão.

 

Não adianta nada o $TF fazer o que faz. Na verdade, parece ser o contrário: quanto mais a “suprema corte” diz que ele é inocente, quando mais gente acredita que ele é culpado.

 

Também não há necessidade nenhuma de ficarem repetindo essa mesma história para mostrar ao PT que o presidente não fez nada de errado; foi, apenas, vítima de uma conspiração universal por parte dos inimigos do “Estado de Direito”.

 

A esquerda brasileira nunca vai acreditar em qualquer denúncia de corrupção contra seu ídolo – nem se ele mesmo, em pessoa, aparecer na televisão e confessar em público que roubou. As classes intelectuais não acreditam. A maioria dos jornalistas não acredita. O Papa Francisco não acredita. Não precisam do $TF, e nunca vão precisar, para que continuem achando exatamente o que acham.

*Gazeta do Povo

Quarta-feira, 13 de setembro 2023 às 21:21


 

11 setembro, 2023

COM QUE FREQUÊNCIA VOCÊ DEVE LAVAR O PIJAMA

 

Quando falamos de higiene e conforto, a maioria de nós prioriza lavar as roupas do dia a dia, desde jeans e camisetas até roupas de ginástica. No entanto, você já parou para pensar com que frequência deve lavar seus pijamas? Negligenciar esse aspecto simples da lavanderia pode levar a mais do que apenas odores desagradáveis; pode se tornar um ambiente propício para o crescimento de bactérias, comprometendo a sua saúde geral.

 

Usar o mesmo pijama por mais de algumas noites sem lavá-lo pode expor sua pele a óleos, suor e até bactérias que se acumulam naturalmente durante o sono. De acordo com especialistas, todos esses elementos juntos podem causar várias condições de pele, como acne, infecções fúngicas e até alergias. O risco é muito maior, especialmente para aqueles que usam o mesmo par de pijamas por várias noites ou mesmo dias.

 

Então, com que frequência você deve lavar os pijamas? A regra geral é lavá-los após três ou quatro usos. Contudo, esse critério pode variar com base em vários fatores. Se você toma banho antes de dormir, pode estender este período para uma semana inteira. No entanto, se você teve uma noite particularmente suada ou está doente, é aconselhável colocar seus pijamas na máquina de lavar imediatamente.

 

Os pais devem tomar precauções extras para os pijamas das crianças. As crianças são geralmente mais suscetíveis a irritações e infecções de pele. Portanto, é recomendável lavar seus pijamas a cada um ou dois usos, especialmente se a criança tende a suar muito durante o sono ou tem pele sensível.

 

Além disso, o material de seu pijama desempenha um papel crucial na frequência com que devem ser lavados. Pijamas de algodão absorvem mais óleos e suor, exigindo lavagens mais frequentes. Em contraste, pijamas de seda podem necessitar de menos lavagens, mas requerem um ciclo de limpeza delicado.

 

E qual é o melhor método para lavar os pijamas para garantir que eles não só fiquem limpos, mas também durem mais tempo? Primeiramente, consulte a etiqueta de cuidados para instruções específicas de lavagem. Normalmente, água morna e um detergente suave resolvem o problema para a maioria dos tecidos. Usar detergente em excesso ou água quente podem degradar as fibras e reduzir o tempo de vida útil de seus pijamas. Ao secar, evite temperaturas elevadas na secadora, pois podem causar encolhimento e enfraquecer o tecido ao longo do tempo. A secagem ao ar é geralmente a opção mais suave e ajuda a manter a forma e a durabilidade da peça.

 

Ignorar a limpeza do seu traje de dormir não é uma opção se você deseja manter uma boa higiene pessoal. Além disso, pijamas limpos podem melhorar a qualidade do seu sono. Imagine vestir pijamas limpos e frescos após um longo dia — é como uma mini-experiência de spa que pode contribuir para um sono melhor e, consequentemente, para uma saúde melhor.

 

Em conclusão, manter seus pijamas limpos é uma parte essencial, mas muitas vezes negligenciada, da higiene pessoal. Seja você um adulto ou esteja comprando para seus filhos, estar atento à frequência e ao método de lavagem pode fazer toda a diferença para garantir conforto e saúde. Afinal, nosso objetivo não deve ser apenas dormir, mas dormir bem, e usar pijamas limpos certamente contribui para esse objetivo.

*Variedades

Segunda-feira, 11 de setembro 2023 às 17:15 


    

09 setembro, 2023

ESPORO: O JOVEM QUE FOI CASTRADO PARA SER A “ESPOSA” DO IMPERADOR

 


Nos registros da antiga Roma, destaca-se a história de Esporo não apenas pelo seu dramatismo, mas também pelas duras realidades que ela revela. Por sua semelhança impressionante com um amor perdido, Esporo saiu do anonimato. A trajetória desse jovem é marcada por poder, manipulação e tragédia. Para aqueles que desconhecem a narrativa, os detalhes, sem dúvida, deixarão uma marca duradoura.

 

O Imperador Nero Cláudio César Augusto Germânico foi quem primeiro percebeu Esporo, um belo jovem romano. Ele tinha uma notável semelhança com a falecida imperatriz, Pompeia Sabina, e foi essa semelhança que capturou a atenção de Nero. Diferentemente das histórias de Narciso ou Perséfone, a história de Esporo não era um mito, mas uma realidade angustiante da antiga Roma.

 

Nero, já infame por seu poder desmedido e desejos decadentes, viu em Esporo uma oportunidade de recuperar seu amor perdido. O historiador romano Suetônio traçou um retrato vivo dos excessos de Nero, destacando que ele maltratava jovens de nascimento livre e profanava mulheres casadas. Além de tirano e assassino, Nero era famoso por sua atração pelos efebos. Até o sagrado era violado por Nero. Alega-se que ele desvirginou uma Virgem Vestal, um ato que, se comprovado, teria resultado no seu sepultamento vivo.

 

Além disso, as conturbadas relações de Nero se estendiam à sua família. Suetônio menciona sua inclinação incestuosa em relação à sua mãe, Agrippina, a Jovem. Entretanto, numa jogada de poder em 59 d.C., Nero matou Agrippina, possivelmente por sua oposição ao caso dele com Sabina.

 

As circunstâncias da morte de Sabina três anos depois permanecem um mistério. Alguns sugerem complicações de sua gravidez, enquanto outros falam de um fim brutal, onde Nero, enfurecido, teria chutado sua imperatriz grávida até a morte.

E foi em 66 d.C., em meio a esses escândalos, que os olhos de Nero se fixaram no rosto de um jovem garoto, lembrando-o de Sabina. Esporo foi escolhido para ser um puer delicatus: um adolescente escolhido por figuras importantes da sociedade romana para ser escravo, com base em sua beleza física.

 

Embora grande parte da vida inicial de Esporo seja desconhecida, sua relação com Nero é amplamente registrada. Esporo tem seu nome originário da palavra grega para “semente”, possivelmente uma ironia cruel de Nero, aludindo à incapacidade do jovem de gerar filhos após ser castrado. Outra alcunha que Nero lhe deu foi “Sabina”, o que ainda mais confundiu a distinção entre a falecida imperatriz e sua nova paixão.

 

Alguns registros apontam Esporo como um escravo, enquanto outros o consideram um homem liberto. Contudo, é consenso que Esporo possuía uma beleza etérea, que lembrava as características da falecida imperatriz. Conforme relatado por Suetonius, após castrá-lo, Nero vestiu Esporo com trajes tradicionais de mulheres romanas, apresentando-o ao mundo como seu novo amor. E Nero não parou por aí; em 67 d.C., ele organizou uma cerimônia de casamento suntuosa, proclamando Esporo sua esposa e a nova imperatriz de Roma.

 

Mas o que levou Nero a tais extremos? Seria um puro desejo ou uma jogada para humilhar um possível rival? Diante da reputação de Nero, é difícil entender as motivações por trás de suas decisões.

 

Na antiga Roma, as normas sociais em relação à homossexualidade eram bem diferentes das atuais. Era menos sobre gênero e mais sobre dinâmicas de poder. Escravos eram vistos como parceiros aceitáveis, e a única regra social era que alguém não deveria abandonar sua posição dominante, principalmente se pertencesse à elite romana.

 

Dentro destes contextos, o relacionamento de Nero com Esporo, após a castração, poderia ser visto como perverso. Conforme o livro “Homossexualidade Romana: Ideologias da Masculinidade na Antiguidade Clássica” de Craig A. Williams, as relações sexuais em Roma não eram apenas sobre prazer, mas também sobre domínio. E provavelmente foi esse domínio que levou Nero a casar-se com Esporo, garantindo que o jovem permanecesse para sempre em uma posição subserviente.

 

Eunucos, apesar de sua posição inferior, tinham grande influência em Roma e outras civilizações antigas. Sem herdeiros para competir, eram vistos como figuras neutras, confiáveis para manter poder ou integrar lares femininos. Históricos notáveis incluem Bagoas, o favorito de Alexandre, o Grande, e Pothinus, conselheiro do irmão/marido de Cleópatra, Ptolemeu VIII. No caso de Esporo, alguns historiadores sugerem que as intenções de Nero talvez não fossem puramente românticas. Ao exibir Esporo como substituto de Sabina, Nero possivelmente queria transmitir uma mensagem clara a possíveis herdeiros do trono: qualquer um poderia ser humilhado e subjugado.

 

À medida que o reinado de Nero balançava à beira do abismo, o papel de Esporo tornou-se ainda mais simbólico. No primeiro dia de 68 d.C., Esporo presenteou Nero com um anel representando o Rapto de Perséfone, aludindo à sua própria vida e ao que o trouxe ao lado de Nero. Mas o que poderia ser visto como um lembrete ou presságio antecipou as grandes mudanças que o Império Romano estava prestes a vivenciar.

 

Os ventos da mudança começaram a soprar pelo Império Romano. Com a tirania de Nero atingindo novos patamares, o ressentimento fervilhava entre a população. A revolta de Galba, iniciada por esse governador romano, marcou o início do fim do reinado de Nero.

 

Quando a revolta ganhou força, Nero viu-se abandonado por aliados e apoiadores. Em pânico e temendo o pior, tentou fugir de Roma com Esporo ao seu lado. Entretanto, notícias chegaram informando que o Senado o havia declarado inimigo público, com planos de executá-lo brutalmente. Diante desta perspectiva, Nero optou por tirar sua própria vida, exclamando antes: “Que grande artista morre comigo!” Ele pediu a seu secretário, Epaphroditos, que o ajudasse a cometer suicídio.

 

Com o trágico fim de Nero em 68 d.C., a vida de Esporo deu outra guinada. O Império Romano, agora sob o comando do Imperador Galba, não foi gentil com aqueles associados ao antigo governante. Esporo, contudo, foi poupado do pior, principalmente devido à sua semelhança com Sabina, que continuou a captar o interesse da elite imperial.

 

Ele atraiu a atenção de dois imperadores subsequentes. Primeiramente, Otho, amigo de Nero e seu sucessor após Galba, se interessou por Esporo. Mas o reinado de Otho foi efêmero, durando apenas três meses. Após o suicídio de Otho, Vitélio, seu sucessor, tinha um plano diferente para o jovem eunuco. Ele planejava exibir Esporo como vítima em jogos públicos, onde seria devorado por animais selvagens.

 

Contudo, diante da perspectiva de um destino tão terrível, Esporo tomou uma decisão angustiante. Para evitar a humilhação pública e a morte cruel que Vitélio planejava para ele, Esporo decidiu acabar com sua própria vida em 69 d.C., concluindo uma história trágica de exploração e sobrevivência.

 

A saga de Esporo destaca as realidades turbulentas e muitas vezes perversas das paisagens políticas e sociais do Império Romano. As intrigas, jogos de poder e excentricidades de imperadores como Nero vitimaram muitos, mas a história de Esporo se destaca devido aos extremos de suas vivências.

 

Sua trajetória deixou uma marca indelével na história, não apenas como reflexo dos caprichos de Nero, mas também como um testemunho das vulnerabilidades daqueles presos nos jogos de poder imperial. Embora sua vida tenha sido marcada por manipulação e tragédia, Esporo também se tornou um símbolo de resistência e um lembrete comovente do custo humano de uma autoridade sem limites.

 

Vale ressaltar que histórias como a de Esporo fornecem insights sobre as complexidades de gênero, sexualidade e dinâmicas de poder na antiga Roma. Tais narrativas desafiam os leitores contemporâneos a refletir e compreender os costumes sociais de civilizações antigas sem impor valores modernos.

 

Nos registros históricos, o nome de Esporo pode não ser tão famoso quanto o de Nero ou de outros imperadores. Porém, para aqueles que se aprofundam no rico mosaico romano, sua história trágica serve como um lembrete contundente da natureza frágil da vida, do amor e do poder à sombra do Império Romano.

 

A história de Esporo é uma teia intrincada de paixão, poder e tragédia. Além do drama, oferece uma perspectiva única para compreender as múltiplas dimensões da cultura e política romanas antigas. E, como a história frequentemente faz, serve como um lembrete tocante da impermanência do poder e da vulnerabilidade daqueles presos em seu alcance.

 

* University College Cork, Loeb Classic Library, Fordham University

 

Sábado, 09 de setembro 2023 às 21:11