Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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27 abril, 2022

PREÇO DA GASOLINA SOBE PELA TERCEIRA SEMANA E ATINGE NOVO RECORDE

O preço da gasolina nos postos brasileiros subiu pela terceira semana seguida e atingiu novo recorde desde que a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) passou a divulgar sua pesquisa semanal de preços, em 2004.

 

Segundo a agência, o preço médio do combustível ficou em R$ 7,270 por litro na semana passada, alta de 0,7% em relação à semana anterior. O valor é superior ao pico de R$ 7,267 verificado duas semanas após o mega-aumento nas refinarias promovido pela Petrobras em março.

 

A alta acompanha escalada da cotação do etanol anidro, que representa 27% da mistura vendida nos postos. Apenas em abril, o preço do biocombustível nas usinas de São Paulo subiu 12%, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

 

O etanol hidratado segue o mesmo caminho: na semana passada, o preço médio do combustível nos postos brasileiros chegou a R$ 5,496 por litro, alta de 4,8% em relação à semana anterior. Nas usinas, o produto também acumula alta de 12% em um mês.

 

A escalada dos preços do etanol é provocada pelo aumento da demanda em um período ainda de entressafra. Os usineiros projetavam recuo com o início da colheita este mês, mas ainda não houve mudança de tendência.

 

A pesquisa da ANP detectou estabilidade nos preços do diesel e do gás de cozinha. O primeiro foi vendido na semana passada por R$ 6,60 por litro e o segundo, por R$ 113,24 por botijão de 13 quilos. Os dois produtos também foram reajustados pela Petrobras em março.

*FOLHAPRESS

Quarta-feira, 27 de abril 2022 às 13:08


 

25 abril, 2022

ENERGIA SOLAR: BRASIL É 4º PAÍS QUE MAIS CRESCEU NA FONTE SOLAR EM 2021

O forte ritmo de crescimento da implantação de projetos de energia solar no Brasil, seja de sistemas de geração distribuída, seja de usinas de grande porte, garantiu ao País a quarta colocação no ranking mundial de nações que mais acrescentaram capacidade da fonte fotovoltaica na matriz elétrica em 2021. É o que diz um mapeamento do Portal Solar, com base em dados divulgados pela Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena) e pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

 

Segundo o levantamento, o Brasil adicionou em 2021 aproximadamente 5,7 gigawatts (GW) de capacidade a partir de usinas de geração solar, considerando tanto sistemas de geração própria em residências e empresas como grandes empreendimentos conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Considerando esse volume, o País ficou atrás da China, que acrescentou 52,9 GW, dos Estados Unidos, com 19,9 GW adicionados, e da Índia, com expansão de 10,3 GW.

 

Em relação à capacidade total de geração solar dos países, o Brasil subiu uma posição no ranking global, para a 13.ª colocação. Segundo a Absolar, o País encerrou o ano passado com mais de 13,6 GW de potência operacional da fonte solar.

 

Na semana anterior, a entidade havia anunciado que o Brasil superou a marca histórica de 15 GW de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, considerando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos.

 

Desse total, 4,97 GW são provenientes de usinas solares de grande porte, o equivalente a 2,6% da matriz elétrica brasileira já o segmento de geração própria de energia responde por 10,03 GW de potência instalada da fonte solar. Juntos, grandes usinas e pequenos sistemas fotovoltaicos ocupam o quinto lugar na matriz elétrica brasileira.

 

De acordo com a Absolar, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 78,5 bilhões em novos investimentos. Somente os projetos de grande porte exigiram desembolsos de mais de R$ 26 bilhões desde 2012.

 

Já a mini e microgeração fotovoltaica consumiram até agora R$ 52,4 bilhões. Dessa forma, o setor afirma ter gerado mais de 450 mil empregos desde 2012 e evitado a emissão de 20,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

*O Estado de S. Paulo.

Segunda-feira, 25 de abril 2022 às 12:00


 

 

22 abril, 2022

STF RECEBE AÇÃO CONTRA PERDÃO DE BOLSONARO A DANIEL SILVEIRA

O partido Rede Sustentabilidade apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (22/4) uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) contra o perdão de pena concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado Daniel Silveira, condenado pela corte a 8 anos e 9 meses de prisão.

 

A legenda pede, de forma liminar (provisória), a suspensão imediata do decreto publicado na quinta-feira (21). Também requer que a corte declare a incompatibilidade do indulto individual a Silveira.

 

Por causa de ataques aos membros do Supremo, o parlamentar foi condenado pela mesma corte por 10 votos a 1. Os ministros também aprovaram cassar o mandato de deputado, suspender os direitos políticos de Silveira, que articula candidatura ao Senado, e aplicar multa de cerca de R$ 192 mil.

 

A Rede afirma que há "claro desvio de finalidade" na concessão do perdão ao deputado.

 

"Ao exercer sua misericórdia com um dos seus mais fervorosos apoiadores, certamente o presidente da República não está munido pela bússola do interesse público, mas do seu mais vil e torpe interesse egoístico", afirma a ação.

 

A legenda ainda argumenta que Bolsonaro passa a incentivar ataques às instituições, "na certeza de que o presidente da República concederá o indulto ou a graça a todos os envolvidos no cenário de delinquência criminosa".

 

Para o partido, se nada for feito, Bolsonaro terá maior chance de concretizar "sua antiga vontade" de se perpetuar no poder, "inobstante os meios para tanto e, literalmente, custe o que custar".

 

O julgamento de Daniel Silveira é mais um caso que opõe o tribunal ao governo Bolsonaro. O mandatário chegou a mobilizar atos golpistas em setembro de 2021 que tiveram a corte como alvo principal.

 

A Rede também pede que Bolsonaro, a AGU e a PGR sejam ouvidos no processo.

 

Já a bancada do PSOL na Câmara protocolou nesta sexta-feira (22) um projeto de decreto legislativo para derrubar o decreto do perdão da pena a Silveira.

 

No texto, os parlamentares apontam que o deputado é " é um dos maiores símbolos da aposta na ruptura das instituições democráticas".

 

"Recentemente, o parlamentar repetiu uma das cenas mais lamentavelmente marcantes das eleições de 2018: a quebra da placa de Marielle Franco pelas mãos de Rodrigo Amorim e do próprio deputado Silveira, então candidatos pelo PSL", afirma a bancada do PSOL.

 

Na quarta-feira (20), mesma data da condenação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu aumentar a pressão sobre o STF. Ele reivindicou no Supremo que deputados tenham a palavra final sobre a perda de mandato de colegas condenados.

 

Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse, em nota, que mesmo sob possível "motivação político-pessoal" não há razão para o decreto ser invalidado.

 

"Também não é possível ao Parlamento sustar o decreto presidencial, o que se admite apenas em relação a atos normativos que exorbitem o poder regulamentar ou de legislar por delegação", declarou Pacheco.

 

O indulto individual não tem precedentes, o que levanta dúvidas sobre os seus efeitos. Trata-se de um instrumento que, em tese, livra o deputado da pena de prisão, mas não da inelegibilidade. Ou seja, Silveira continuaria impedido de se candidatar na eleição deste ano.

 

Em geral, os indultos, previstos tanto na Constituição quanto na legislação penal, são coletivos e beneficiam diversos condenados que cumpram requisitos objetivos, como tempo de prisão. O de Bolsonaro é diferente porque se dirige a uma pessoa em particular, além disso, foi emitido antes de terem se esgotado todas as chances de recurso judicial.

*FOLHAPRESS

Sexta-feira, 22 de abril 2022 às 12:05