Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

03 fevereiro, 2022

BC COMUNICA VAZAMENTO DE DADOS DE 2,1 MIL CHAVES PIX

 


Um total de 2.112 clientes da Logbank Soluções em Pagamentos tiveram dados das chaves Pix vazadas, informou quinta-feira (3/02) o Banco Central (BC). Esse foi o terceiro vazamento de dados desde o lançamento do sistema instantâneo de pagamentos, em novembro de 2020.

 

Segundo o BC, o vazamento ocorreu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro. Dados protegidos pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos não foram expostos.

 

O incidente ocorreu em 24 e 25 de janeiro e expôs os seguintes dados: nome do usuário, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), instituição de relacionamento e número da conta. Todas as pessoas que tiveram informações expostas receberão avisos, mas o BC não informou como as vítimas serão notificadas. Segundo o BC, a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) também foi avisada.

 

A exposição de dados não significa necessariamente que todas as informações tenham vazado, mas que ficaram visíveis para terceiros durante algum tempo e podem ter sido capturadas. O BC informou que o caso será investigado e que sanções poderão ser aplicadas, como multa, suspensão ou até a exclusão da Logbank do sistema do Pix.

 

A Logbank é uma empresa de meios eletrônicos de pagamentos que atua no segmento Business-to-Business-to-Consumer (B2B2C, na sigla em inglês). Nesse modelo, a indústria vende diretamente ao consumidor, mas a venda é facilitada por outro negócio (distribuidor, varejista ou atacadista), incluindo toda a cadeia comercial.

 

Por meio de nota, a Logbank informou que sofreu uma tentativa de invasão em suas plataformas digitais em 24 e 25 de janeiro. No entanto, a empresa informou que o ataque aos dados foi contido pelas equipes de segurança e que nenhum cliente sofreu prejuízo financeiro. A empresa ressaltou os investimentos em segurança e tecnologia e disse que os recursos dos clientes "estão e sempre estiveram sob máxima vigilância e segurança".

 

"O incidente foi detectado e controlado instantaneamente pelas ferramentas e equipes de segurança. Nenhum dado sensível foi vazado e não houve qualquer movimentação financeira indevida ou prejuízo financeiro para os clientes relacionados com este incidente, cujo alcance permaneceu extremamente limitado”, destacou a companhia.

 

Esse foi o terceiro incidente de vazamentos de dados do Pix desde a criação do sistema, em novembro de 2020. Em agosto, ocorreu o vazamento de dados 414,5 mil chaves Pix por número telefônico do Banco do Estado de Sergipe (Banese).

 

No último dia 21, foi a vez de 160,1 mil clientes da Acesso Soluções de Pagamento terem informações vazadas. Nos dois casos, na ocasião foram vazados dados cadastrais, sem a exposição de senhas e de saldos bancários.

 

Inicialmente, o BC tinha divulgado que o vazamento no Banese tinha atingido 395 mil chaves, mas o número foi revisado mais tarde. Por determinação da Lei Geral de Proteção de Dados, a autoridade monetária mantém uma página em que os cidadãos podem acompanhar incidentes relacionados com a chave Pix ou demais dados pessoais em poder do BC.

 

ABr

Quinta-feira, 03 de fevereiro 2022 às 19:56


 

02 fevereiro, 2022

DEMANDA COMEÇA A SUPERAR INCENTIVOS GOVERNAMENTAIS NA CORRIDA GLOBAL POR CARROS ELÉTRICOS

 

Se nem a pandemia escapou da polarização política, não seria o carro elétrico que obteria esse feito. Segundo a Bloomberg, os planos de Biden de fazer com que os carros elétricos sejam 50% das vendas de veículos novos nos EUA até 2030 esbarram na resistência cultural dos estados de maioria trumpista, sobretudo em áreas rurais.

 

Apenas 4% dos veículos vendidos nos EUA em 2021 foram elétricos, e destes, 76% foram comercializados em estados de maioria democrata.

China e Europa já passaram dessa fase faz tempo. Em 2019, as vendas de elétricos novos eram 4% nos dois, país e região. Em 2021 foram 15% na China, e 20% na Europa, informa a BloombergNEF, que admite não ter previsto tamanha expansão.

 

Mas a pior notícia para a indústria fóssil pode vir do setor no qual ela mais confia para manter a estabilidade da demanda – os veículos pesados. Colin McKerracher, na Bloomberg, explica que a China, onde os caminhões livres de emissões ainda são 1% das vendas, viu o mercado de caminhões “limpos” disparar desde meados de 2021. O padrão de crescimento copia o caminho trilhado pelo ônibus elétrico, hoje 30% da frota chinesa. Enquanto isso, a Índia copia a ideia que viabilizou o carro elétrico na China – a substituição de baterias em vez da expansão de milhares de pontos de recarga. Mas para que o mercado indiano avance, gargalos tarifários e o pouco investimento em baterias ainda precisam ser equacionados, reporta o FT.

 

Em tempo: O melhor carro para o clima é aquele que não precisou ser fabricado. O professor Ricardo Abramovay defende no UOL a “desmobilidade”, um neologismo francês sobre evitar deslocamentos penosos. Um bom primeiro passo, segundo o texto, seria romper com a tradição política brasileira de construir habitações populares em regiões afastadas, muitas vezes destruindo áreas verdes e mananciais.

 

*msn

 

Quarta-feira, 02 de fevereiro 2022 às 19:16


 

01 fevereiro, 2022

JAIR BOLSONARO AFIRMA QUE LULA QUER “VOLTAR À CENA DO CRIME” E CULPA O PT PELA GASOLINA CARA

 

Já em discurso de campanha eleitoral, Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer “voltar à cena do crime”. Em frente a servidores da Petrobras no Rio de Janeiro, o chefe do Executivo focou em destilar acusações e críticas aos governos petistas.

 

“O mesmo cara que quase quebrou o Brasil de vez, que desviou quase um trilhão de reais, quer voltar à cena do crime. […] É inadmissível achar que aquele bandido voltando para cá vai constituir os desejos da população, isso não é verdade”, afirmou na manhã da segunda-feira (31/1).

 

 “Estamos em uma guerra, se aquele bando, a quadrilha voltar, não vai ser só a Petrobras, mas vão roubar nossa liberdade”, falou para servidores da petroleira em Itaboraí (RJ).

 

Segundo Bolsonaro, o Partido dos Trabalhadores trabalhou em um projeto político que deixou rombos nos cofres da Petrobras. “A dívida total chegou a US$ 160 bilhões, quase R$ 1 trilhão só na Petrobras. E quem paga essa conta? Todos nós brasileiros. Quem bota combustível no seu carro a R$ 7? (Reclama) E com razão. Pelo nosso potencial, por termos autossuficiência do petróleo, não podíamos estar nessa situação”, disse.

 

Ainda de acordo com o presidente, o PT “chegou com um brilhante discurso em 2003”, mas teria se voltado para um projeto de poder, no qual “comprou partidos políticos e quem estava pela frente”. O chefe do Planalto também lembrou que era um deputado “de baixo clero” à época e que ele fez “um milagre em 2018” quando entrou no governo.

 

*Correio Braziliense

(!!!) Se a população tiver que escolher entre o sujo e o mau lavado, continuaremos sendo roubados.

Terça-feira, 01 de fevereiro 2022 às 20:17


 

 

29 janeiro, 2022

MOVIMENTOS SOCIAIS PEDEM PASSAGEM

 

Entidades se organizam para participar das eleições e influenciar os presidenciáveis com suas pautas classistas. A capilaridade em todo o território brasileiro ajuda os candidatos a formularem seus planos de governo

 

O clima de guerra gerado pela gestão de Bolsonaro provocou os movimentos sociais que prometem disputar a narrativa das eleições presidenciais, auxiliando os candidatos na discussão dos problemas brasileiros. Algumas entidades, que não declaram voto por força do estatuto, já organizam suas pautas e propõem soluções para resolver problemas deixados pelo atual governo, que arruinou a economia, atacou o sistema democrático e suas instituições, além de negligenciar a vida de toda a população no período de pandemia.

 

O envolvimento dos movimentos sociais nas campanhas presidenciais já marcou outras eleições. Alguns presidentes, inclusive, ganharam projeção com o suporte de entidades. Lula até hoje conta com apoio da CUT e da maioria dos sindicatos brasileiros. Fernando Henrique Cardoso surgiu no movimento das Diretas Já, amplamente apoiado por OAB, UNE e CNBB. E Bolsonaro veio na esteira de movimentos anticorrupção como MBL e Vem Pra Rua.

 

Abandonado pelos movimentos que surgiram com a bandeira de combate à corrupção, Bolsonaro vai se sustentar, provavelmente, nos evangélicos e nos ruralistas. No entanto, o presidente perdeu integralmente a pauta de movimentos contra a corrupção, especialmente após os escândalos da família. Prova disso, é que o MBL fez um ato de filiação para os seus membros que disputarão a eleição nacional, na quarta-feira, 26, ao Podemos para colaborar com a campanha do ex-juiz Sergio Moro. O vereador e dirigente do MBL, Rubinho Nunes, afirmou que “desde 2019 firmamos o compromisso de apoiar o candidato da terceira via e, hoje, o nome mais viável é do ex-juiz Sergio Moro”. A representante do Vem Pra Rua, Luciana Alberto, disse que o grupo também vai apoiar Moro e o que presidenciável já assinou um termo de compromisso, “alinhado com as pautas que o movimento sempre defendeu”.

 

A crise socioeconômica faz com que o discurso da pauta econômica tome protagonismo nas discussões. Temas como o desemprego, o aumento dos salários, o fim da inflação e a revisão das reformas da Previdência e Trabalhista são os focos dos movimentos sindicais. CUT e Força Sindical apoiarão Lula. Enquanto a CSB apoiará Ciro Gomes. O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, diz que a crise atinge principalmente a população mais carente e acredita que o próximo presidente precisará “fazer o País voltar a crescer e gerar empregos”. Antonio Neto, presidente da CSB, reforça a questão trabalhista e afirma que é “preciso unir quem trabalha e quem produz para combater as desigualdades”.

 

O movimento estudantil também vai participar das discussões das campanhas. Em 2021, 3,5 milhões de estudantes desistiram do ensino superior privado, conforme afirma Bruna Brelaz, presidente da UNE. Ela diz que a entidade está preparando propostas e que pretende ser a maior propulsora do debate sobre a educação. “Nossa geração vive sem perspectivas de emprego, de terminar o ensino médio e de entrar no ensino superior”. Já o movimento de pessoas sem casa própria tem ganhado notoriedade nos grandes centros urbanos. O líder do MTST, Josué Rocha, diz que a entidade apoiará Lula e que pretende discutir “a revisão das reformas feitas a partir do governo Temer e o investimento público na infraestrutura urbana”.

 

A campanha de reeleição de Bolsonaro não terá vida fácil. O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, afirma que Bolsonaro precisa ser derrotado nas urnas para que ocorra a reafirmação de um projeto democrático. “Nós vamos passar um bom tempo para nos recuperar desse processo de esvaziamento das instituições e de afronta aos demais poderes”, disse o advogado. O cientista político, Ricardo Ismael, diz que existem componentes nessa eleição que a deixam mais complexa. Setores organizados não têm mais o poder que tiveram nos anos de 1980 e 1990. “Existem atores sociais que não estão representados nesses movimentos, além das mídias sociais”, explica o cientista político. Ele ainda lembra que a atual crise econômica deixou mais da metade das pessoas fora do trabalho formal. No entanto, “essas entidades têm poder de influência, na medida em que têm uma ramificação nacional com dinheiro e unidades espalhadas pelo Brasil”, afirmou.

 

*IstoÉ

Sábado, 29 de janeiro 2022 às 10:47