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12 setembro, 2020

CHINA COMEÇARÁ A TESTAR VACINA EM SPRAY CONTRA A COVID-19



Uma vacina chinesa em forma de spray nasal recebeu autorização para ser testada em humanos. O imunizante, que foi desenvolvido por duas universidades e uma empresa farmacêutica, foi projetado para fornecer proteção ao vírus Sars-CoV-2 e também ao da gripe comum. Os testes devem ser iniciados em novembro e vão ser conduzidos em centenas de voluntários, segundo o governo chinês, que também afirmou já ter começado a selecionar os participantes.

A vacina é um projeto do Laboratório Estadual de Doenças Infecciosas Emergentes da Universidade de Hong Kong, em parceria com a Universidade de Xiamen e a empresa Wantai Biopharmaceutical. Ela é feita com base no vírus influenza, agente da gripe, atenuado em laboratório. Também utiliza proteínas do Sars-CoV-2. “É uma vacina à base de gripe que pode ser produzida em embriões de galinha e em células chamadas MDCK (de mamíferos), que são sistemas de produção já usados para o desenvolvimento de vacinas contra a gripe”, explica, em comunicado, a Universidade de Hong Kong.

Segundo informações divulgadas pelo periódico Science and Technology Daily, publicação oficial do Ministério da Ciência e Tecnologia da China, o imunizante foi avaliado em testes com ratos e hamsters, quando se constatou a redução de danos nos pulmões provocados pela covid-19. “Suas características são altamente seguras, o que permitiu com que a fase de testes clínicos fosse autorizada. Essa é a primeira vacina em spray aprovada para testes em humanos”, ressalta o comunicado.

Yuen Kwok-yung, microbiologista da universidade, explicou, em entrevista ao jornal chinês Global Times, que a estratégia de aplicação foi escolhida para reproduzir a trajetória natural do vírus ao acessar o organismo humano. Segundo ele, isso faz com que a vacina fique mais tempo no trato respiratório, aumentando a resposta imune do corpo. Ainda de acordo com o especialista, a vacinação por spray nasal foi projetada para gerar uma proteção dupla — contra o vírus da gripe comum e o da covid-19 — e, futuramente, a fórmula poderá ser modificada para ser usada como um agente protetor de outros tipos de vírus influenza, como o H1N1 e o H3N2.

O imunologista também explicou que a vacina pode não causar efeitos colaterais sistêmicos, mas há o risco de ocorrência de problemas adversos no sistema respiratório, como asma e falta de ar. Segundo Kwok-yung, os cientistas esperam apenas efeitos leves, como obstrução nasal (diminuição de ar que passa pelas narinas) e rinorreia (muco excessivo). A equipe também trabalha com a ideia de que os testes clínicos durarão menos de um ano.

Com a liberação do novo ensaio clínico sobe para 10 o número de vacinas contra a covid-19 que têm autorização do governo chinês para serem testadas em humanos. Um dos imunizantes, inclusive, foi aprovado, no mês passado, para uso emergencial, mesmo estando em fase experimental. “Elaboramos uma série de procedimentos, incluindo formulários de consentimento médico, planos de monitoramento de efeitos colaterais, tudo para garantir que o uso de emergência seja bem regulado e monitorado”, informou, à época, Zheng Zhongwei, chefe do grupo responsável pela coordenação das pesquisas de vacinas contra a covid-19.

O imunizante desenvolvido pela empresa Sinovac Biotech teve o uso liberado para grupos de alto risco, como agentes de saúde, que estão mais expostos ao coronavírus. A CoronaVac está na última fase de testes, em que participam também voluntários brasileiros, incluindo moradores da capital. Aqui, o ensaio é conduzido pela Universidade de Brasília (UnB).

Pesquisadores chineses realizaram uma análise extensa das respostas de anticorpos em indivíduos infectados pelo coronavírus. Os resultados mostraram que a resposta imune das pessoas recuperadas normalmente diminui drasticamente durante o mês posterior à alta hospitalar. O trabalho foi publicado na revista especializada Plos Pathogens e pode ajudar no desenvolvimento de testes sorológicos mais eficientes e também no desenvolvimento de vacinas.

No estudo, os pesquisadores monitoraram continuamente, durante sete semanas, as respostas de anticorpos específicos para o Sars-CoV-2 em 19 pacientes não grave e sete pacientes graves. Todos enfrentavam o início da doença. A equipe observou que, entre três a quatro semanas após a alta hospitalar, a atividade dos anticorpos dos voluntários diminuiu significativamente, sugerindo que eles podem ficar mais suscetíveis à reinfecção por Sars-CoV-2.

“Embora 80,7% dos pacientes recuperados apresentassem atividade de neutralização de anticorpos contra o patógeno da covid-19, apenas uma pequena parte deles demonstrou um nível considerado potente”, frisaram os autores, liderados por Rui Huang, pesquisador da Universidade Médica de Nanjing, na China.

De acordo com os cientistas, o estudo fornece informações importantes para cientistas que desenvolvem testes sorológicos, vacinas e terapias que utilizam o plasma sanguíneo de infectados. “Esse resultado destaca a importância da seleção cuidadosa de amostras de sangue de pessoas recuperadas usando ensaios de neutralização de anticorpos antes da transfusão em outros pacientes com covid-19”, alertaram.

*Correio Brasiliense

Sábado, 12 de setembro, 2020 ás 13:00

11 setembro, 2020

EDITAL DO REVALIDA 2020 É PUBLICADO HOJE NO DIÁRIO OFICIAL



O edital do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior (Revalida) 2020 está publicado na edição desta sexta-feira(11) do Diário Oficial da União (D.O.U). Pelo Twitter, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou a data das provas. "O edital do Revalida 2020 está publicado hoje pelo Inep [ Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ] no D.O.U. A prova será aplicada no dia 6 de dezembro e o prazo para inscrição na primeira etapa será entre os dias 21 de setembro e 2 de outubro”, ressaltou.

O Revalida é aplicado aos médicos formados por instituição de educação superior estrangeira para a revalidação dos diplomas dos médicos que queiram atuar no Brasil. Criado em 2011, a prova teve sete edições e desde 2017 não é aplicado.

Nesta edição, pela primeira vez, em caso de reprovação na segunda fase, o candidato pode se inscrever novamente para esta etapa numa próxima edição do exame, sem precisar fazer a prova teórica novamente.

O prazo de inscrição da primeira etapa começa às 10h do dia 21 de setembro e vai até as 23h59 do dia 2 de outubro de 2020 (horário de Brasília), pelo portal do Inep.

A primeira etapa do exame será aplicada no Pará, em Minas Gerais, no Distrito federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Ceará, Amazonas, Rio Grande do Sul, em Pernambuco, no Acre, Rio de Janeiro, na Bahia e em São Paulo. Os participantes poderão escolher a cidade onde desejam fazer a prova. Já a segunda etapa será uma avaliação prática e terá edital próprio que ainda será divulgado.

Além de custear a realização do Exame, para participar do Revalida, os profissionais formados em medicina, em instituições de educação superior estrangeira, deverão atender os seguintes requisitos:

Ser brasileiro (a) ou estrangeiro (a) em situação legal de residência no Brasil;

Enviar imagens do diploma (frente e verso), como solicitado pelo sistema de inscrição;

Ter registro no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) emitido pela Receita Federal do Brasil;

Ser portador de diploma médico expedido por instituição de ensino superior estrangeira, reconhecida no país de origem pelo seu ministério da educação ou pelo órgão equivalente; autenticado pela autoridade consular brasileira ou pelo processo de Apostilamento da Haia, regulamentado pela Convenção de Apostila da Haia, tratado internacional promulgado pelo Brasil por intermédio do Decreto nº 8.660, de 29 de janeiro de 2016.

Não serão considerados para fins de participação no Revalida declarações de conclusão de curso; ou documentos congêneres que não se enquadrem estritamente na norma.

Sem o Revalida médicos formados no exterior são impedidos legalmente de exercerem a medicina no Brasil. O exame tem o objetivo de verificar a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências requeridas para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível equivalente ao exigido dos médicos formados no país.

Desde a criação, em 2011, o exame teve 24.327 inscrições. A maioria dos participantes era de nacionalidade brasileira, no último exame, brasileiros foram representaram 60% dos inscritos. A Bolívia lidera a quantidade de tentativas de revalidação de diploma. Na última edição, dos 7.380 inscritos, 393 foram aprovados. (ABr)

Sexta-feira, 11 de setembro, 2020 ás 11:00

10 setembro, 2020

GOVERNO CRIA GRUPO PARA COORDENAR VACINAÇÃO CONTRA COVID-19



O governo federal instituiu um grupo de trabalho interministerial para coordenar a aquisição e a distribuição de vacinas “com qualidade, eficácia e segurança comprovadas” contra o novo coronavírus. A resolução do comitê de crise da Presidência da República foi publicada hoje (10) no Diário Oficial da União.
 
Sob coordenação do Ministério da Saúde, o grupo deverá colaborar no planejamento da estratégia nacional de imunização voluntária contra a covid-19 e terá duração de até noventa dias, podendo ser prorrogado por igual período.

Dezenove pessoas farão parte do grupo: três da Casa Civil; um do Ministério da Defesa; três do Ministério das Relações Exteriores; um do Ministério da Economia; quatro do Ministério da Saúde; um do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações; um da Controladoria-Geral da União; um do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; um da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência; dois da Secretaria de Governo; e um da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Atualmente, quatro estudos de vacinas contra o novo coronavírus estão sendo realizados no Brasil. Em junho, a Anvisa autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela empresa AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, do Reino Unido; no dia 3 de julho, o da vacina desenvolvida pela Sinovac Biotech, da China, em parceria com o Instituto Butantan; no dia 21 de julho, o das vacinas desenvolvidas pela BioNTech, da Alemanha, e Wyeth/Pfizer, dos Estados Unidos; e no mês passado, o da vacina da Jansen-Cilag, unidade farmacêutica da Johnson & Johnson.

Nesta semana, entretanto, a AstraZeneca suspendeu os testes globais de sua candidata a vacina após um dos voluntários, no Reino Unidos, apresentar sintomas adversos. Essa vacina é uma das principais apostas do governo brasileiro para a imunização contra a covid-19 no país. (ABr)

Quinta-feira, 10 de setembro, 2020 ás 11:00