Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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11 agosto, 2017

DISTRITÃO VALERÁ NAS ELEIÇÕES DE 2018 E 2020




A comissão especial da Câmara que analisa a reforma política aprovou na madrugada de quinta (10/08) um destaque que modificou o texto-base aprovado na noite de ontem (9) da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03 e alterou o sistema eleitoral para as eleições de 2018 e 2020, que passará a ser feita pelo chamado distritão. Por esse sistema, serão eleitos os candidatos mais votados para o Legislativo, sem levar em conta os votos recebidos pelo conjunto dos candidatos do partido, como é o sistema proporcional adotado atualmente.

O texto apresentado originalmente pelo deputado Vicente Candido (PT-SP), mantinha o sistema eleitoral atual para 2018 e 2020 e estabelecia que o sistema de voto distrital misto, que combina voto majoritário e em lista preordenada, dever ser regulamentado pelo Congresso em 2019 e, se regulamentado, passa a valer para as eleições de 2022.

A mudança foi aprovada por 17 votos a 15, em destaque do PMDB, com apoio das bancadas do DEM, do PSDB, do PSD e do PP e o distritão seria um modelo de transição ao distrital misto, que valeria a partir de 2022, mantendo a necessidade de regulamentação pelo Congresso.

“Nós precisamos de um tempo para montar a distribuição dos distritos no Brasil. E o 'distritão' caminha para esse novo sistema, quebrando com o sistema proporcional que gerou um desgaste enorme até hoje”, disse o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ).

O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) considera a mudança de modelo na votação para o Legislativo essencial. “O modelo atual está esgotado. Não dá para fingir que está tudo bem e continuar com o sistema atual, vamos de 'distritão' na transição para um sistema misto mais elaborado e transparente a partir de 2022”, disse.

Oposição

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) considerou o distritão “um modelo elitista, no qual prepondera a presença individual, quando o Parlamento é, por natureza, coletivo na sua atribuição”.

O líder da Rede, deputado Alessandro Molon (RJ), argumentou que nada impede que a transição seja o modelo proporcional. “Não é verdade que adotar o distritão seja uma transição, o maior risco é que se torne permanente com a eleição de um Congresso em 2018 completamente diferente do atual e que dificilmente vai regulamentar o distrital misto”, disse.

O presidente da comissão que analisa a proposta, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), adiou a votação dos destaques de bancada que ainda não foram analisados para as 10 h desta quinta-feira.

* Com informações da Agência Câmara

Sexta-feira, 11 de agosto, 2017 ás 07hs00


POLÍCIA FEDERAL PEDE SUSPENSÃO DE POLICIAIS LEGISLATIVOS NO SENADO



A Polícia Federal entrou com representação no Supremo Tribunal Federal pedindo que os policiais legislativos do Senado fiquem suspensos preventivamente do exercício da função na Casa. O Diário do Poder teve acesso ao documento.

A ação é contra os policiais Pedro Ricardo Araújo Carvalho, Antônio Tavares dos Santos Neto, Éverton Taborda e Geraldo Cesar de Deus. Os quatro foram alvos da Operação Metis por acusação de obstruirem a Lava Jato, retirando escutas telefônicas dos gabinetes dos senadores e fazerem varredura nas casas dos parlamentares. À época, eles ficaram presos temporariamente.

O documento, de quarta-feira (9/08), é assinado pelo delegado Felipe Barros Leal, que conduz as investigações. A operação foi suspensa no STF e os policiais foram soltos. Eles voltaram a trabalhar normalmente no Senado.

O delegado também pede que os investigados fiquem distantes de Paulo Igor e Carlos Alfama, que delataram o suposto esquema, e que o processo disciplinar contra eles seja arquivado. A sindicância foi aberta porque eles batiam ponto na Casa e iam dar aula, segundos as denúncias e imagens das câmeras de segurança.

A defesa dos policiais investigados comentou o pedido do delegado ao STF: "não vemos motivos que permitam que o Felipe Leal peticione nos autos de uma reclamação proposta por um dos Investigados. Ela ofende as mais básicas lições do direito processual. Ademais, a manifestação do Delegado nos autos de uma ação de Reclamação, processo esse de natureza Constitucional, em que ele não é parte, não podendo, portanto, se manifestar, revela atitude desesperada de sua parte com as implicações que o descortinamento da verdadeira história a respeito da Operação Métis pode revelar", disse o advogado Ivan Morais.

O advogado também diz que "causa maior estranheza o Dr. Felipe peticionar, como se fosse advogado dos denunciantes, pedindo a anulação de processos administrativos disciplinares instaurados contra eles por fatos de 2015, data essa muito anterior à própria Operação Métis, a qual só aconteceu em 21/10/2016, mais de um ano depois".

A defesa também levanta suspeita sobre a parcialidade do delegado. "Além disso, fatos indicam que o delegado tem relacionamento anterior à própria Operação com Carlos Alfama e Paulo Igor. Esses e outros fatos que serão posteriormente esmiuçados indicam para essa Defesa a parcialidade na condução dos trabalhos por tal agente público", declarou ao Diário do Poder.

A decisão da representação fica, agora, a cargo do ministro Edson Fachin, do Supremo.

Sexta-feira, 11 de agosto, 2017 ás 07hs00
 
REABERTA INVESTIGAÇÃO SOBRE O PAPEL DE LULA NO ESCÂNDALO DO MENSALÃO

Investigação sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por fatos relacionados ao mensalão do PT foi reaberta pela Procuradoria da República no Distrito Federal e a Polícia Federal.

Em 2013, após novos depoimentos do empresário Marcos Valério, a PF abriu um inquérito para apurar pagamento de US$ 7 milhões da Portugal Telecom para o PT quitar dívidas de campanhas eleitorais. Em troca, a Portugal Telecom obteria facilidade na compra da Telemig. Valério insistiu que Lula sempre soube de tudo e que era o chefe do esquema do seu governo para subornar deputados, fazendo-os votar favoravelmente ao governo, no Congresso.

De acordo com a assessoria de imprensa do ex-presidente, as acusações de Valério foram investigadas por três anos, e os ministérios públicos de Portugal e do Brasil teriam pedido o arquivamento por falta de provas.

Mais de 30 pessoas foram ouvidas, inclusive em Portugal, mas, em 2015, a PF entendeu que não havia indícios que comprovassem a irregularidade. O procurador Frederido Paiva, da Procuradoria do Distrito Federal, concordou com o arquivamento e enviou o caso à Justiça Federal.

No ano passado, o juiz do caso discordou do arquivamento pedido pelo MP. Quando isso acontece, é preciso que uma câmara de revisão do MP reanalise o caso.

A Câmara de Combate à Corrupção da Procuradoria Geral da República entendeu que a investigação deveria mesmo ser reaberta.

Por isso, a Procuradoria da República do DF recebeu novamente a investigação e determinou sorteio de um novo procurador para ficar à frente do caso – pelas regras, o processo não pode ser tocado pelo mesmo procurador que arquivou a investigação. O sorteado foi Ivan Marx.

Sexta-feira, 11 de agosto, 2017 ás 07hs00


10 agosto, 2017

REFORMA PROPÕE MESMA IMUNIDADE PARA PRESIDENTES DA REPÚBLICA E DO LEGISLATIVO




O relator da reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP), incluiu em seu substitutivo sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03, dispositivo que garante aos presidentes da Câmara e do Senado a mesma prerrogativa do presidente da República de não ser investigado pela Justiça “somente depois de autorização do legislativo”.

Na última versão de seu parecer, que está em apreciação na comissão especial da PEC 77/03, na Câmara, Cândido acrescentou as “autoridades integrantes da linha de substituição do presidente da República” ao Artigo 86 da Constituição Federal. Pelo texto constitucional, o presidente da República não está sujeito à prisão por infração comum cometida durante o exercício do mandato, sem uma sentença condenatória. A Constituição vigente diz ainda que “o presidente da República não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções”.

Pelo parecer, os presidentes da Câmara e do Senado, que respectivamente estão na linha sucessória da presidência da República, passariam a ter a mesma isenção. A alteração foi feita de última hora no texto, depois que o relator participou de um jantar com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ocorrido ontem à noite.

O relator explicou que o dispositivo foi alterado para evitar o que ocorreu com o então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no fim do ano passado, quando ele descumpriu a decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastá-lo do cargo.

Financiamento

A PEC também prevê que as campanhas eleitorais possam ser financiadas por recursos oriundos de um fundo público e de doações de pessoas físicas. Pela proposta, deve ser criado o Fundo Especial de Financiamento de Democracia, composto de recursos orçamentários. Em paralelo, continuará valendo o Fundo Partidário, que permanece com basicamente as mesmas regras de hoje.

O valor do fundo corresponderá a 0,5% da receita corrente líquida (somatório das receitas tributárias de um governo, referentes a contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias e de serviços, deduzidos os valores das transferências constitucionais). O total disponibilizado no fundo dependerá da receita fechada nos 12 meses encerrados em junho do ano anterior ao pleito. Em 2018, o montante é equivalente a R$ 3,6 bilhões, em valores de hoje. O fundo será administrado pelo Tribunal Superior Eleitoral, responsável pela distribuição dos recursos aos partidos.

Na versão final do substitutivo, Cândido suprimiu a possibilidade de revogação popular de mandatos majoritários. A proposta também acaba com a vitaliciedade dos mandatos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O relator propõe o mandato de dez anos para cargos do Judiciário ocupados por indicação política. (ABr)

Quinta-feira, 10 de agosto, 2017 ás 08hs00

09 agosto, 2017

PRESIDENTE DA CÂMARA PREVÊ APROVAÇÃO DA REFORMA POLÍTICA AINDA ESTE MÊS





Defensor da lista pré-ordenada, Maia avalia que o Plenário da Câmara não deve aprovar a ideia. “A lista pré-ordenada foi confundida com lista escondida, o que não é verdade. Ao contrário, daria muita clareza para o processo eleitoral. Sabemos que não será vitoriosa, e temos que admitir quando não há maioria”, afirmou.

O presidente da Câmara defendeu uma transição nas eleições de 2018, para que o sistema distrital misto entre em funcionamento em 2022. Neste modelo, metade dos parlamentares continuaria sendo eleita de forma proporcional, enquanto a outra metade chegaria à Câmara pelo voto majoritário em regiões eleitorais.

Financiamento

Maia destacou a necessidade da aprovação de recursos para financiar campanhas. O deputado Vicente Candido (PT-SP), relator da reforma política na Câmara, propôs a criação do Fundo Especial de Financiamento da Democracia, com R$ 3,5 bilhões em 2018. Nos anos seguintes, seriam de R$ 2 bilhões. O relatório de Candido deve ser analisado amanhã em comissão especial.

Segundo Maia, apesar de o Supremo Tribunal Federal ter declarado inconstitucional o financiamento de campanhas eleitorais por empresas, em razão de abusos cometidos, o Congresso poderá voltar a discutir esse mecanismo.

“Em algum momento, com limite e transparência, podemos voltar ao financiamento privado, mas, infelizmente, a relação da política com o setor privado passou do limite. Para o retorno do financiamento privado, deve ser construído um sistema eleitoral mais simples, mais barato e de mais fácil fiscalização”, disse.

Imposto de Renda

Sobre a possibilidade de aumento das alíquotas de Imposto de Renda para melhorar a arrecadação do governo, Rodrigo Maia foi taxativo. “[Na Câmara] não passa”, disse.

Em evento em São Paulo, o presidente Michel Temer admitiu que os técnicos do governo estão realizando estudos para criar novas alíquotas do IR, mas não há nada definido. Até junho, o rombo nas contas do governo passava de R$ 56 bilhões.

Quarta-feira, 09 de agosto, 2017 ás 8hs00