Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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10 março, 2016

LEVANDO UÍSQUE




No País do jeitinho, o improviso é a regra.

Quanto maior o desafio, melhor a embolada. No caso desse teatro de rua, são dois cantores versejando, dois pandeiros ritmando.

Cada um na sua vez fazendo seu som, esgrimindo as suas rimas. As pessoas param em derredor e se avolumam se dividindo em duas torcidas.

O teatro político da atual conjuntura está assim. Embolado.

Que a Dilma já não governa o País, todos sabem. Que o Congresso está mais para feira de Caruaru, ninguém duvida.

A sabedoria popular não cunhou no adagiário que o pior cego é o que não ver? A baixa qualificação da quase totalidade dos atuais atores, ou artistas, da política em todo o País não decorre de glaucomas e quejandos. Não olham, farejam.

Muitos se dão conta que já estamos em março. Em Roma, no começo do Ano 44 Antes de Cristo, César parecia não ter ideia da crise política que iria enfrentar. “Cuidado com os idos de março”, advertiu-lhe um adivinho. Um dia, no auge do parangolé, pediram-lhe que não fosse ao Senado. Deu no que deu.

Março no Brasil é mês para se subestimar. É sempre bom lembrar que a ultima ditadura foi gestada nos idos de março. Agosto então, nem falar.

A estas alturas, todas as conjuminâncias imagináveis fervilham em Brasília, partindo do fato tido como certo para acontecer – a queda da Dilma.

Como são dois os caminhos para a saída da crise, o impeachment da Dilma pelo Congresso ou a cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE, cresce a segunda possibilidade.

O impeachment daria a Presidência ao Vice, cujo partido já melado pela Lava Jato arrastaria o novo governante à salsugem das acusações sistemáticas dos decaídos e a contestações e controvérsias quanto a dividas com a ética e até com a lei, contraídas na anterior coalização.

Restando a via do TSE, a cassação da chapa Dilma/Temer, haveria um novo cenário para um novo começo. Novas eleições para Presidente e Vice Presidente da República e também, ao mesmo tempo, de uma Assembleia Constituinte Exclusiva para as reformas política, partidária, eleitoral e demais questões, ressalvadas as cláusulas pétreas.

Os eleitos para essa Constituinte poderiam ser candidatos avulsos sem exclusão dos indicados pelos partidos e ao fim do trabalho que não poderia exceder a um ano, estariam inelegíveis para todos os cargos por quatro anos. A intenção é barrar os políticos profissionais de pouca ou quase nenhuma qualificação para as funções constituintes.

Aqui entra o Pezão, Governador do Rio de Janeiro, confirmando a dupla vacância no Executivo da República – “Se Dilma cair, Temer também cai”. (Folha de S. Paulo, 08.03.16, pag. A9).

O segundo nome na sucessão, o Eduardo, já disse aos mais próximos que não tem nenhum interesse em assumir a Presidência da República. Renan, igualmente, não quer empecilho. Ambos quereriam estar acima das conjuminâncias. Em bons exemplos de homens públicos em favor do Brasil.

O Ricardo, Presidente do Supremo, é o que detém a estas alturas as melhores credenciais para organizar essa nova transição. O momento será de diálogo e de autoridade moral, suficientes para essas providencias institucionais indispensáveis.

Isso tudo antes de agosto. Porque se chegarmos a agosto sem alguém confiável ao País no comando compartilhado com a Nação e todas as suas forças vivas, o dragão da inflação já terá nos devorado.

Daqui a cinco meses estaremos em agosto.
(Por: Edson Vidigal)
Quinta-feira, 10 de março, 2016

LULA É DENUNCIADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO POR LAVAGEM DE DINHEIRO NO TRIPLEX DO GUARUJÁ




O caso do triplex do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou um novo episódio. O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou Lula nesta quarta-feira (9/3), como publicou o UOL, por lavagem de dinheiro. De acordo com o MP-SP, Lula teria ocultado o fato de que ele seria o real dono do apartamento 164-A no Condomínio Solaris, no Guarujá, litoral paulista.

Segundo os promotores Cássio Conserino e José Carlos Blat, o imóvel, registrado no nome da empreiteira OAS, pertenceria a Lula. A OAS é investigada pela Operação Lava Jato.

Os promotores informaram que, na investigação do caso, utilizaram depoimentos de engenheiros e funcionário do condomínio. As pessoas ouvidas pelo MP-SP disseram que somente parentes de Lula visitaram o imóvel enquanto o triplex estava em construção e reforma.

Segundo informações obtidas nos depoimentos, as visitas do ex-presidente e familiares foram feitas sem chamar atenção para que ninguém soubesse que Lula e seus parentes estavam no Solaris.

A novidade, segundo a investigação do Ministério Público, seria o comprovante do pagamento feito pela OAS por móveis da cozinha do triplex. O imóvel nunca foi transferido para o nome de Lula. A família do petista anunciou, em novembro de 2015, que tinha desistido de ficar com o apartamento.

Uol

Quinta-feira, 10 de março, 2016

09 março, 2016

LULA JARARACA E ÓDIO




Lula decidiu que vai controlar o Executivo, o Legislativo e o Judiciário no berro. E, se preciso, vai fazer sangue correr em praça pública. Como ele mesmo já havia dito por aí, “acabou o Lulinha paz e amor”. Agora é “Jararaca Guerra e Ódio”. Os dois discursos irresponsáveis que fez na sexta-feira(4), em que lançou sua candidatura à Presidência e anunciou a sua marcha contra a Justiça, já têm desdobramentos. Seus sectários estão nas ruas para o tudo ou nada.

Nesta terça, Lula jantou no Palácio da Alvorada com Dilma. Traçaram estratégias contra a Lava Jato. É um sinal de que ela já não governa. Nesta quarta(9), o chefão petista se encontra com Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. Lula não busca apenas se defender. Por incrível que pareça tamanha ousadia, ele tenta tomar as rédeas do país.

Os sinais da baderna vindoura são evidentes. Os petistas começam a deixar claro que terão de ser contidos pelo estado democrático e de direito. Páginas do partido estão convocando manifestações em favor de Lula e, como eles dizem, “contra o golpe” para o próximo domingo, 13 de março, mesmo dia das megamanifestações em favor do impeachment.

Embora a presidente Dilma tenha dirigido um apelo ao partido para que o partido não estimule ações nessa data, diretórios estaduais do Rio Grande do Sul e do Distrito Federal fazem abertamente a convocação.

PT e PCdoB organizam atos no Piauí, Maranhão, Rio e São Paulo. Na capital Paulista, os lulistas marcaram a sua concentração para a Praça Roosevelt. O epicentro do protesto em favor do impeachment é a Paulista. Entre um local e outro, está a Rua da Consolação, que também costuma ser fechada para eventos dessa natureza porque serve como um corredor.

A direção nacional do PT não disse uma vírgula a respeito. A aposta das esquerdas é que eventuais confrontos de rua vão desestimular os manifestantes que querem o impeachment de Dilma. Na cabeça dos celerados, são “coxinhas” que se assustam com facilidade. Estão errados.

Os braços de Lula, que em passado recente já se ofereceram para portar armas, estão procurado a ação direta. Em Goiânia, mulheres do MST invadiram nesta terça a afiliada da TV Globo. Por meia hora, mantiveram pessoas em cárcere privado, picharam o prédio com expressões como “Globo e ditadura de mãos dadas”, “Fora Globo” e “Não vai ter golpe”.

Em São Paulo, marcha de movimentos feministas, todos eles de esquerda, acabou tendo cenas de pugilato e xingamentos porque as petistas decidiram, vamos dizer, aparelhar o ato e gritar palavras de ordem em defesa do PT, de Lula e, como diziam as doidas, “contra o golpe”.

Mais do que toleradas pelos comando do PT, essas ações estão sendo estimuladas. Esse é o espírito de luta que Lula cobrou na sexta-feira. É assim, nos cascos, que Rui Falcão quer os militantes do seu partido. Eis a legenda que, inequivocamente, tem uma jararaca no comando.

Dilma vai cair, é claro! Não haverá, como se sabe, turbulência nenhuma no país entre as pessoas decentes. Ao contrário: a sua saída é um primeiro passo para que o país tente equacionar seus problemas.

Mas será, sim, preciso dar uma resposta aos fascistas. Eles vão querer criar algumas dificuldades. Não porque representem camadas expressivas da população, mas porque pertencem a um partido que capturou o estado e que hoje depende dele para sobreviver.

Não se enganem: esses gatos-pingados que se dispõem a sair às ruas em defesa de Lula e do PT estão apenas defendendo um meio de vida. Eles conseguiram, afinal, se livrar de uma maldição bíblica, não é mesmo? Ganham a vida sem trabalhar. E só por isso são militantes de uma organização chamada Partido dos Trabalhadores.

Por: Reinaldo Azevedo(VEJA)

Quarta-feira, 09 de março, 2016