Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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09 fevereiro, 2016

PECS ALTERAM FORMA DE ESCOLHA DE MINISTROS DO STF



Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), corte que exerce a função de guardiã da Constituição, poderão ter mandatos de dez anos. É o que estabelece a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 35/2015, que está pronta para ser votada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

O autor da proposta, senador Lasier Martins (PDT-RS), argumenta que a vitaliciedade do cargo pode trazer “vários riscos à estabilidade institucional”. Pela atual regra, aponta o senador, alguns ministros ocupam a vaga por poucos anos, enquanto outros podem exercer o cargo por décadas, inclusive presidindo a corte por mais de uma vez. Lasier acrescenta que a fixação de mandatos ainda pode criar a oportunidade de renovação, já que “inteligências hoje esquecidas” poderão ter a “chance de ser conhecidas e, se for o caso, escolhidas para comporem o STF”.

A PEC também determina que os ministros do STF ficarão inelegíveis para qualquer cargo eletivo até cinco anos após o término do mandato. Segundo Lasier, é uma forma de evitar que muitos ministros usem o Supremo “como porta de entrada imediata para a política partidária”.
Colegiado

A proposta ainda traz modificações sobre os critérios e o processo de escolha do ministro. Além das exigências atuais — mais de 35 e menos de 65 anos de idade, notável saber jurídico e reputação ilibada —, haverá a necessidade de comprovação de pelo menos 15 anos de atividade jurídica.

Pelo texto da PEC, o presidente da República vai escolher um nome dentro de uma lista tríplice, elaborada por um colegiado. Esse colegiado será composto por sete membros: os presidentes do STF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST), do Superior Tribunal Militar (STM) e do Tribunal de Contas da União (TCU); além do procurador-geral da República e do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A regra atual que determina a escolha pessoal do presidente da República pode, na visão de Lasier, trazer prejuízos à impessoalidade dos critérios de seleção e até mesmo, no limite, “à necessária independência dos magistrados”. Com a indicação por um colegiado, registra o autor, não estará o chefe do Executivo absolutamente livre para indicar quem quiser. O senador ainda aponta que a sociedade brasileira não tolera mais “essa possibilidade de desvio de finalidade na escolha dos ministros do STF”.

A escolha pelo presidente da República deverá ser feita no prazo de até um mês a contar do surgimento da vaga. Esse prazo, segundo o autor, se justifica porque a falta de previsão de um prazo para a realização da escolha faz com que o STF, muitas vezes, tenha que conviver com vagas em aberto por até quase um ano. O nome do escolhido continuará sendo submetido à apreciação do Senado.
Equilíbrio

A proposta conta com o apoio do relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), para quem a PEC contribui de forma importante para o debate da democracia brasileira. Ele diz que sua aprovação “somará ao debate uma proposta sensata e equilibrada”.

Anastasia, no entanto, apresentou uma alteração no texto original. Ele diz que “não tem pertinência lógica” inserir no colegiado o presidente do TCU por se tratar de órgão técnico e de controle externo, diferente das outras instituições nele elencadas. Em seu relatório, Anastásia sugeriu substituir o presidente do TCU pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Se aprovada na CCJ, a PEC seguirá para a análise do Plenário do Senado, onde precisa ser votada em dois turnos, com o apoio de pelo menos 49 senadores. Com a aprovação no Senado, a proposta ainda será submetida à apreciação da Câmara dos Deputados.
Superior Tribunal de Justiça

Há ainda em tramitação outra proposta que altera o processo de escolha dos ministros do Supremo. A PEC 117/2015 prevê que quando houver cargos vagos, assume a cadeira o ministro mais antigo do Superior Tribunal de Justiça (STJ) até que aconteça a nomeação do titular da vaga no STF.

O autor da proposta, Flexa Ribeiro (PSDB-PA) argumenta que a iniciativa não compromete a composição da Corte e nem a forma de nomeação previstas na Constituição. Lembra que os magistrados do STJ também devem respeitar os princípios de notório saber jurídico, reputação ilibada e idade mínima.

O Supremo Tribunal Federal é composto por 11 ministros escolhidos pelo presidente da República. A indicação presidencial tem que ser aprovada pela maioria absoluta do Senado. É o que está na Constituição, mas o artigo 101 não especifica qual o prazo para novas designações quando os ministros deixam o STF.

Um exemplo dessa situação se deu quando o ministro Joaquim Barbosa se aposentou, em julho de 2014. O STF ficou por quase um ano sem a bancada completa. O sucessor, Luiz Edson Fachin, apenas tomou posse em junho de 2015.

Flexa Ribeiro lembrou que a bancada incompleta do STF já causou problemas, como no caso do julgamento da aplicação da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010) nas eleições de 2010. Flexa recordou que por causa de um empate em 24 de setembro daquele ano a decisão foi suspensa por tempo indeterminado. Esse julgamento só foi concluído em fevereiro de 2012.

Essa proposta de emenda constitucional será analisada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Ainda não há um relator escolhido para analisar a PEC 117/2015.

(Agência Senado)

Terça-feira, 09 de fevereiro, 2016

06 fevereiro, 2016

GEORGE MORAIS: “PDT BUSCA FORTALECER BASE DE MARCONI”





George Morais e Airton Corretor PDT pré-candidato a prefeito em Águas Lindas de Goiás

Ex-prefeito e dirigente trabalhista diz que meta é eleger 25 prefeitos em

O ex-prefeito e presidente estadual do PDT, George Morais, afirmou que o partido atua, em Goiás, para fortalecer a base do governador Marconi Perillo em todo o Estado, cuja meta é eleger, este ano, 25 prefeitos. “Saímos de um prefeito, em 2012 e contamos hoje com 12. Já lançamos este ano 70 pré-candidatos às prefeituras e trabalhamos para eleger 25 em outubro.”

            Prefeito de Trindade por dois mandatos e marido da deputada federal Flávia Morais, George diz que o PDT fará alianças com os partidos da base do governador Marconi Perillo, de olho nas eleições de 2018. “No interior, temos buscado alianças com os partidos aliados ao Palácio das Esmeraldas. O PDT contribuiu com a reeleição de Marconi e temos compromisso com a governabilidade em Goiás.”

            George Morais, que é médico, percorre os municípios goianos com o seu “ônibus itinerante”, cujo trabalho social atende às populações carentes. “Desde o início de sua minha carreira política, faço um trabalho de assistência social, socorrendo os mais necessitados.”

            O ex-prefeito de Trindade programou uma série de encontros regionais do PDT, na busca de definir os candidatos a prefeito e vereador, além de dialogar com as demais legendas que integram a base de apoio do governo estadual. “Eu e a deputada Flávia Morais estamos satisfeitos com a quantidade de lideranças que tem buscado o PDT para concorrer às prefeituras.”             
Goiânia

            O dirigente adianta que a tendência do PDT é não lançar candidato próprio à prefeitura de Goiânia, mas formar uma frente partidária capaz de vencer as eleições em 2 de outubro. George Morais iniciou conversações com dirigentes, parlamentares e pré-candidatos do PSDB, PTB, PSD, PSB. “Defendo amplo diálogo com os partidos da base do governador Marconi. Iremos apresentar um projeto alternativo para a cidade de Goiânia, dentro de uma visão moderna de gestão pública.”

            George Morais diz que respeita a posição do vereador Paulinho Graus, que tem conversado com o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB), a quem sempre foi politicamente ligado.                                           
Projeção de Marconi           

George Morais a mídia nacional já reconhece a ascensão política do governador Marconi Perillo e já o coloca como alternativa para a disputa à presidência da República. “Recentemente, a revista Veja citou Marconi como uma das opções do PSDB para a corrida presidencial, ao lado de Geraldo Alkmin, José Serra e Aécio Neves”.

            Para o ex-prefeito, o trabalho realizado à frente do governo de Goiás, em quatro mandatos, projeta Marconi Perillo no cenário político nacional. “Os programas sociais implementados pelo governador, como Bolsa Universitária, Renda Cidadã, Cheque Moradia e outros, foram copiados pelo governo federal, governadores e prefeitos de capitais.”      
O PDT vai lançar candidato próprio à prefeitura de Padre Bernardo, cidade a 240 quilômetros de Goiânia. A informação é de George Morais, presidente estadual do partido. Desde que o prefeito Claudiênio Teixeira trocou o PDT pelo PSDB, os trabalhistas iniciaram articulações para lançar um nome capaz de enfrentar, nas urnas, o atual administrador da cidade.

            O empresário Antônio Pires comunicou à direção estadual do PDT a sua disposição de representar o partido nas eleições deste ano, como candidato a prefeito. “Coloco meu nome à disposição do PDT. Quero oferecer minha contribuição à cidade, pois tenho vários projetos para debater com a população nesta campanha eleitoral.”

            À reportagem do Diário da Manhã, Antônio Pires resumiu as suas propostas para uma futura gestão em Padre Bernardo: criação de distrito industrial, com incentivos fiscais, atraindo empresas agroindustriais, entre outras, com geração de empregos.

            Além de Antônio Pires, o PDT também avalia os seguintes nomes para uma eventual disputa à prefeitura de Padre Bernardo: Ezequiel de Castro (ex-vice-prefeito), Carlos Ladislau (advogado), Simonal de Freitas (ex-suplente de deputado estadual) e Ciro de Melo (ex-prefeito).

Por: Helton Lenine – DM online

Sábado, 06 de fevereiro, 2016

03 fevereiro, 2016

PATRIMONIALISMO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA




Há problemas no Brasil que atravessam os séculos. O patrimonialismo na administração pública é uma chaga que teima em resistir à modernidade. Alguns governantes pensam e agem, ainda nos dias de hoje, como se donos fossem da coisa pública, administrando os negócios do Estado a partir de critérios que apenas atendem e servem aos seus interesses particulares.

Esses dirigentes caminham à margem da lei, quando não acima dela. Governam com os parentes, amigos e correligionários, confundindo o público com o privado, como se ainda vivêssemos nos tempos dos estados absolutistas.

Se você é empreendedor e contrata com o governo – seja ele municipal, estadual ou federal – logo perceberá o desafio.

As dificuldades começam nos procedimentos licitatórios e se agravam na hora de receber pelos serviços prestados. As empresas participam de processos de seleção extremamente burocráticos – por vezes pouco corretos – investem em equipamentos, contratam pessoal, recolhem tributos, prestam corretamente o serviço contratado e na hora de serem remuneradas enfrentam, muitas vezes, o atraso no pagamento ou mesmo, pura e simplesmente, o calote.

Como cidadão, se você não paga seus impostos ou deixa de honrar seus compromissos financeiros, o protesto, a execução, o Serasa e a penhora de seus bens lhe aguardam inexoravelmente. Os governos, ao contrário, deixam de pagar seus fornecedores sem que quaisquer sanções recaiam sobre os administradores públicos.
Faltam recursos, justificam. Problemas orçamentários, sustentam. Queda na arrecadação, alegam. Mas nada disso impede que os amigos, as empresas colaboradoras das campanhas eleitorais e os apadrinhados políticos recebam em dia, enquanto os outros prestadores de serviço são obrigados a suportar o prejuízo e o constrangimento das peregrinações intermináveis aos gabinetes oficiais.

Muitas prefeituras municipais e governos estaduais não pagam suas obrigações nem quando condenadas pela Justiça, o que gera uma indústria de precatórios não cumpridos, elegendo-se o “calote” como regra gerencial e como técnica administrativa.

O calote e o apadrinhamento são os principais responsáveis pelos elevados custos das contratações públicas e são portas escancaradas à corrupção e ao peculato.

Precisamos de leis contra essa situação, exclamam alguns. Na verdade, precisamos mais do que isso, pois não faltam normas e regulamentos, embora sua eficácia seja quase nula.

A Lei das licitações públicas, por exemplo, determina que o pagamento aos fornecedores obedeça à ordem cronológica dos empenhos liquidados, para se evitar que, em tese, os pagamentos feitos pelo gestor fiquem ao sabor das decisões subjetivas, políticas ou pessoais, o que pode dar margem à improbidade administrativa e à corrupção.

Porém – e há sempre poréns e todavias – os governantes descumprem cotidianamente a lei sem que sofram a punição devida. E violar essa regra é crime, conforme dispõe o art. 92 da Lei 8.666/93. Pagar fatura com preterição da ordem cronológica de sua exigibilidade dá detenção de dois a quatro anos, mais multa. Ou melhor, deveria dar.

São raros – se é que os há – os casos de punição por desrespeito à ordem cronológica dos pagamentos ou pelo calote definitivo no credor, fato que representa, sem dúvida, um verdadeiro enriquecimento ilícito por parte dos governos.

O Ministério Público e o Judiciário devem atuar com mais rigor no sentido de fazer cumprir a lei, responsabilizando penal e civilmente os governantes que fazem seu o que a todos pertence.

É preciso que os Tribunais de Contas passem a rejeitar as prestações de contas dos que atrasam e descumprem a ordem cronológica dos pagamentos, ou simplesmente não pagam suas obrigações, não mais aceitando as justificativas frágeis e insustentáveis dos administradores que, na verdade, apenas escondem o favorecimento e a corrupção.

O exemplo deve vir de cima.
Muitos anos atrás, dizia-se que ou o Brasil acabava com a saúva ou a saúva acabava com o Brasil. Com a saúva conseguimos acabar, precisamos agora, urgentemente, dizimar as sementes da corrupção. 

Roberto C Marinho é servidor público federal aposentado e pequeno empresário, gerador de empregos e impostos.

Quarta-feira, 03 de fevereiro, 2016