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“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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11 abril, 2024

PESQUISADORES REVELAM HÁBITO CAPAZ DE AUMENTAR SUA IMUNIDADE EM APENAS 15 MINUTOS

 


Pesquisadores da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, conduziram um estudo revelador: apenas 15 minutos de atividade física com intensidade moderada são suficientes para fortalecer o sistema imunológico. Essa descoberta foi apresentada durante o encontro anual da Sociedade Americana de Fisiologia, realizado em Long Beach, Califórnia.

 

De maneira mais específica, esse curto período de exercícios foi capaz de aumentar o número de células Natural Killer (NK), que desempenham um papel crucial na primeira linha de defesa do sistema imunológico. Essas células ajudam a identificar e combater agentes invasores, como vírus e bactérias.

 

A pesquisadora Rebekah Hunt, primeira autora do estudo, explicou que mobilizar essas células NK pode proteger o corpo contra infecções, reduzir a probabilidade de desenvolver certas doenças e melhorar os resultados de diagnósticos, especialmente no controle eficaz de infecções.

 

Para obter esses resultados, os cientistas recrutaram 10 voluntários com idades entre 18 e 40 anos. Eles realizaram exercícios em uma bicicleta ergométrica por 30 minutos, com amostras de sangue coletadas antes da sessão e novamente aos 15 e 30 minutos.

 

A análise das amostras revelou que, apenas 15 minutos após o início da atividade física intensa, os níveis das células NK já haviam aumentado. No entanto, não houve um aumento significativo após os 30 minutos.

 

Os pesquisadores acreditam que esse efeito positivo pode ser especialmente relevante para pacientes oncológicos, pois as células NK são conhecidas por combater células cancerígenas. Estudos anteriores também mostraram que manter uma rotina ativa de atividade física não apenas ajuda a prevenir tumores, mas também melhora os resultados durante o tratamento.

 

Portanto, mesmo para aqueles com pouco tempo disponível, a observação de que 15 minutos já ativam as células NK pode ser um incentivo para incluir a atividade física na rotina. A intensidade do exercício pode ser avaliada pelo esforço cardiovascular e respiratório necessário. Quando é possível manter uma conversa durante a prática, considera-se que a atividade é leve; já a intensidade moderada a alta deixa o indivíduo mais ofegante, tornando difícil manter uma conversa prolongada.

*Terra Brasil Notícias

Quinta-feira, 11 de abril 2024 às 12:23  


   

28 janeiro, 2023

ESTUDO APONTA 6 HÁBITOS PARA RETARDAR O DECLÍNIO DA MEMÓRIA E DIMINUIR O RISCO DE DEMÊNCIA

Alimentação, exercício e contato social estão entre os fatores apontados como saudáveis pelos pesquisadores. Estudo chinês foi realizado ao longo de uma década

 

Um novo estudo com mais de 29 mil pessoas com 60 anos ou mais identificou seis hábitos - desde comer uma variedade de alimentos até ler ou jogar cartas regularmente - que estão associados a um menor risco de demência e a uma taxa mais lenta de declínio da memória.

 

Comer uma dieta balanceada, exercitar a mente e o corpo regularmente, ter contato regular com outras pessoas e não beber ou fumar - seis "fatores de estilo de vida saudável" - foram associados a melhores resultados cognitivos em adultos mais velhos em um grande estudo chinês realizado ao longo de uma década e publicado na revista científica BMJ na última quarta-feira, 25.

 

As pessoas que vivem estilos de vida favoráveis que incluíam pelo menos quatro hábitos saudáveis também eram menos propensas a progredir para comprometimento cognitivo leve e demência.

 

Os resultados mostram que "mais é melhor desses comportamentos", diz Hogervorst - em outras palavras, quanto mais fatores de estilo de vida saudável você puder combinar, melhores serão suas chances de preservar sua memória e evitar a demência.

 

Notavelmente, isso é verdade mesmo para pessoas que carregam o gene APOE associado a um maior risco de doença de Alzheimer.

 

"Esses resultados fornecem uma perspectiva otimista, pois sugerem que, embora o risco genético não seja modificável, uma combinação de fatores de estilo de vida mais saudáveis está associada a uma taxa mais lenta de declínio da memória, independentemente do risco genético", escreveram os autores da pesquisa.

 

O estudo se destaca por seu tamanho e acompanhamento ao longo do tempo e por ter sido conduzido na China, enquanto "a maioria das publicações é baseada em países ocidentais de alta renda", disse Carol Brayne, professora de medicina de saúde pública da Universidade de Cambridge. que pesquisa idosos e demência, disse em um e-mail.

 

No entanto, os autores do estudo reconhecem várias limitações, incluindo que os relatos das próprias pessoas sobre comportamentos de saúde podem não ser totalmente precisos e que as pessoas que participaram do estudo eram mais propensas a levar uma vida saudável para começar.

 

Algumas das descobertas do estudo diferem dos resultados de outros grandes estudos realizados nos Estados Unidos e na Europa, diz Hogervorst. Por exemplo, o estudo chinês descobriu que o fator de estilo de vida com maior efeito na redução do declínio da memória era uma dieta balanceada. Outros estudos sugeriram que a dieta é menos importante na velhice do que o exercício físico e mental, diz Hogervorst.

 

Ainda assim, seus resultados se alinham com o amplo consenso científico de que existe uma ligação entre a forma como vivemos e nossa função cognitiva à medida que envelhecemos - e talvez mais importante, sugerem que nunca é tarde demais para melhorar a saúde do cérebro.

 

"A mensagem geral do estudo é positiva", disse Snorri B. Rafnsson, professor associado de envelhecimento e demência da University of West London, em um e-mail. "A saber, essa função cognitiva, e especialmente a função de memória, na vida adulta, pode ser influenciada positivamente pelo envolvimento regular e frequente em diferentes atividades relacionadas à saúde".

*Terra

Sábado, 28 de janeiro 2023 às 11:22


 

 

21 junho, 2020

VEJA DICAS PARA MANTER EQUILÍBRIO EMOCIONAL DAS CRIANÇAS NA QUARENTENA



Mais telas, mais sobremesas, mais “sim” e o “não” passou a ser usado só para situações inevitáveis. Para manter a saúde emocional das crianças - e dos adultos - que estão a cerca de 90 dias em isolamento social, não há apenas uma resposta certa, mas em comum está a liberdade maior do que nos períodos em que as crianças podiam circular livremente.

“Eu abri mão da cobrança em relação a escola, se está disposto faz, se nao quiser, nao cobro”, diz a médica Lorena Tostes, 44 anos, mãe de duas criança, uma de sete e outra de quatro anos.

“Eu abri mão da pressão de dormir cedo e acordar cedo. Deixo elas mais livres. Também não estou controlando muito tablete. Guloseimas mais liberadas também. Resumindo: perda de controle total”, conta a médica Daniela Barra, 39 anos, mãe de duas meninas.

Revisitar os acordos é uma das atitudes “básicas” para manter o equilíbrio emocional dos filhos na quarentena, de acordo com a psicóloga Roberta Desnos, coordenadora pedagógica do Laboratório Inteligência de Vida.

Segundo Roberta, acreditar que as regras anteriores as pandemias podem continuar sendo seguidas sem alteração é um forte equívoco. “As rotinas foram alteradas drasticamente, e por isso de tempos em tempos é preciso rever o que foi combinado com as crianças e fazer as adaptações necessárias para diminuir os possíveis conflitos gerados pela intensidade da presença e a restrição de saídas e deslocamentos. ”

Para a psicóloga, é importante também ampliar o diálogo e explicar a situação. “Converse com as crianças de maneira tranquila e honesta e de acordo com a capacidade de compreensão de cada idade. Não infantilize a criança ou desconsidere sua percepção da realidade. As crianças estão passando por esse período de distanciamento social e também tiveram suas vidas alteradas, portanto também precisam ser consideradas como sujeitos”. Segundo Roberta, o momento serve para explicar sobre o novo coronavírus, incentivando as crianças a desenhar o vírus, seus medos, os desejos pós pandemia e, claro, a própria família.

“Reforçar que essa situação é passageira que elas não estão sozinhas e podem contar com o seu cuidado como adulto é muito valioso. O tempo todo as crianças estão fazendo leituras e tentando compreender o mundo e muitas vezes se sentem responsáveis ou culpadas ao perceber que algo está errado. Converse com seu filho e filha sobre o que está acontecendo e sempre pergunte suas opiniões e versões sobre o que ele ou ela acha que tudo isso significa”.

A rotina mudou, mas ainda é importante manter uma organização para lidar melhor com o distanciamento social. A psicóloga incentiva a planejar o dia e as atividades, para que as crianças tenham um ambiente seguro que favoreça a diminuição de sintomas como estresse e ansiedade.

“Estabelecer horários para dormir, acordar, fazer as refeições, assim como as atividades escolares e de lazer, pode promover maior bem estar em todos os membros a família. Não é preciso ser algo extremamente rígido, mas estabelecido de modo a favorecer a dinâmica da casa”, destaca.

A chefe de gabinete parlamentar Patrícia Paraguassu, 37 anos, mãe de uma menina de 7 anos, viu, na prática, que liberar demais só deixou as coisas mais complicadas. “Ela antes gostava mais das aulas, tinha mais paciência. Agora está desinteressada. Eu liberei de assistir algumas aulas, achei que poderia ficar cansativo e, acabei liberando. Daí agora ela corre pra TV e, se deixar, não sai mais. Percebi que não adianta ceder tanto. As vezes eu acho que a rotina tem que ser mantida de alguma maneira”, conta.

Segundo a psicóloga, é preciso preservar tanto a brincadeiras e jogos estruturados e direcionados, como momentos de livre brincar. Na casa da médica Roberta Catarfina, 37 anos, a brincadeira aumentou. “Tempo de tela aumentou e nós compramos um vídeo game, compramos uma segunda cachorra, começou aula de guitarra, anda de skate todos os dias, assiste aula apenas duas ou três vezes na semana e faz 50% das tarefas ou menos”, conta.

Na casa de Magali Dantas, 51, a servidora pública também investiu nas brincadeiras. “Além das sobremesas todos os dias e noites, teve chuteiras, patinete, bike. Já teve três natais aqui”, diz. 

 “As crianças precisam se movimentar e por conta da diminuição considerável das atividades físicas, não podemos negligenciar o corpo nesse momento tão atípico. Se possível, faça jogos e circuitos para que as crianças pulem, dancem, corram e etc. Investir em atividades artísticas como pintura, desenho, contação de histórias é fundamental para as crianças darem vazão ao que estão sentindo também”, destaca a psicopedagoga.
Confira dicas do Laboratório Inteligência de Vida para manter o equilíbrio das crianças no isolamento:

Descanso: Crie hiatos entre as atividades, para não fazer nada por um breve instante. Lidar com o tédio é um aprendizado importante no autoconhecimento, gestão das emoções e o desenvolvimento do potencial criativo.

Autonomia: estimule atividades e depois deixe a criança brincar sozinha. Identifique junto com ela quais são as ações que são possíveis serem realizadas sem a ajuda de um adulto (se vestir, escovar os dentes).

Tarefas domésticas: Inclua as crianças na realização das atividades. Além de ajudar a desenvolver a autonomia, isso aumentará o senso de responsabilidade e favorece a manutenção dos vínculos familiares.

Uso de telas:  Nesse momento flexibilizar o uso das telas é algo necessário, mas é preciso estar atento ao tempo adequado de acordo com a idade da criança e evitar uso sobretudo nas horas que antecedem o sono.

Sono: assegurando sonecas ao longo do dia (se forem bebês ou crianças pequenas), estabeleça rituais de sono pouca luminosidade, aparelhos eletrônicos fora do ambiente ou desligados.

Rede social: Estimule que a criança mantenha algum tipo de contato com as crianças e adultos que faziam parte da sua vida antes da pandemia.

Humanize-se: Mostrar que você também fica preocupado em alguns momentos, que sente saudade das pessoas que não pode ver e que experiência tristeza e alegria, assim como ela, fará com que ela não se sinta só e entenda que as oscilações são naturais nesse momento. (ABr)

Domingo, 21 de junho, 2020 ás 12:00