Dados
disponíveis no site do Fundo Nacional de Saúde revelam que desde agosto de
2013, o Governo brasileiro desembolsou 2,85 bilhões de reais como pagamento
pelo envio de 11 400 médicos de Cuba para o Brasil. As transferências são
realizadas em nome da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que embolsa 5%
dos valores, como pedágio para triangular a operação - que seria considerada
ilegal sem a sua intermediação.
Descontados
os 142,5 milhões de reais de comissão devida à Opas, a ditadura dos irmãos Castro
embolsou desde então 2,7 bilhões de reais com a venda dos serviços médicos.
Planejado para custar aos cofres públicos 511 milhões de reais, o programa
sofreu ao longo do tempo uma série de alterações. Atualmente, o Ministério da
Saúde trabalha na preparação do sétimo aditivo do contrato.
Considerando
que a governo cubano confisca mais de 80% do salário dos médicos que trabalham
no Brasil, chega-se ao lucro líquido de 2,3 bilhões de reais com a operação no
Brasil. Somente nos quatro primeiros meses de 2015, o Brasil entregou para Cuba
mais 729 milhões de reais.
Em
março, a revelação de uma gravação obtida pelo Jornal da Band, expos como o
Programa Mais Médicos foi concebido. Funcionários do Ministério da Saúde e da
Organização Pan-Americana de Saúde discutiram as estratégias para burlar a lei.
O
áudio mostra a cumplicidade da Opas, na estratégia armada pelo assessor
especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurério Garcia para
melhorar a imagem do Governo Dilma - em uma situação de baixa popularidade, por
causa dos protestos registrados em junho daquele ano - bem como para dar uma
força para Cuba.
(Fernando
Bizerra Jr/EFE/VEJA)
Sábado,
11 de julho, 2015
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