Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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05 abril, 2014

PAÍS DO FUTEBOL (E DA MÁ GESTÃO): A COPA VEM, O ATRASO FICA




Com arquibancadas vazias, clubes endividados, campeonatos fracos e cartolas ultrapassados, o futebol brasileiro vive crise no ano em que receberá o Mundial

Com a contagem regressiva para a Copa do Mundo, criou-se entre os brasileiros a ilusão de que o futebol nacional poderia se aproveitar do megaevento para, enfim, se modernizar e atrair grandes públicos às suas novas e belas arenas. 

A expectativa era de que grandes empresas investissem nos clubes e viabilizassem a chegada de craques renomados, que seriam capazes de elevar o interesse pelas competições nacionais a um nível semelhante ao das respeitadas ligas europeias.

 O que se viu nos primeiros meses de 2014, no entanto, foi exatamente o inverso. Grandes agremiações iniciaram a temporada sem patrocinadores na camisa – o mercado estava completamente voltado ao torneio organizado pela Fifa.

 Dentro de campo, o que se viu foi ainda pior. Graças às federações, que se superaram na incompetência na hora de criar as fórmulas dos Campeonatos Estaduais, os estádios ficaram quase sempre às moscas.
 O público deprimente de 357 pagantes em uma partida do clube mais popular do Brasil foi o retrato perfeito do fracasso da pátria de chuteiras às vésperas da Copa. 

As brigas no tapetão, a violência dos vândalos das torcidas organizadas e o baixo nível técnico das partidas desanimaram ainda mais o torcedor – que, como era de se prever, optou por assistir às partidas pela TV ao invés de torrar muito dinheiro com ingressos caros demais.

 No ano da Copa, portanto, a única novidade no país do futebol foram os novos estádios – só que muitos deles estão com obras atrasadas e custaram muito mais do que se previa.

Luiz Felipe Castro – VEJA

Sábado, 05 de abril, 2014.

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