Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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08 abril, 2023

GOVERNO DIVULGA REGRAS PARA NOVO SISTEMA DA TELEVISÃO ABERTA

O governo do presidente atual apresentou uma série de diretrizes para promover o desenvolvimento do SBTVD-T (Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre) no Brasil. As normas foram publicadas no DOU (Diário Oficial da União) na 5ª feira (6.abr.2023). Eis a íntegra do texto (206 KB).

 

Segundo o documento, o Ministério das Comunicações irá apoiar o Forúm SBTVD para que os estudos técnicos sobre as inovações tecnológicas que poderão integrar a próxima geração do SBTVD-T, nomeada como TV 3.0, sejam concluídos até 31 de dezembro de 2024.

 

O sistema é uma grande evolução na transmissão do sinal da televisão aberta. Promete uma melhoria significativa na recepção e transmissão de imagens e sons. Para isso, tem definido quais tecnologias devem cumprir essas tarefas.

 

A TV 3.0 deverá oferecer mais interatividade, qualidade de imagem de 4k ou até 8k, integração entre a programação televisiva e a internet, e novas formas de acessar conteúdos culturais, educativos, artísticos e informativos.

 

O ministério e o Fórum SBTVD coordenam o estudo desenvolvido por universidades brasileiras e parceiros da indústria e de radiofusão sobre tecnologias que devem ser implementadas aos aparelhos de televisões fabricadas a partir de 2025. Mais de 20 organizações internacionais enviaram propostas de tecnologia para a TV 3.0.

 

Em fevereiro de 2022, o Fórum definiu o sistema de áudio MPEG-H, desenvolvido pela Sociedade Fraunhofer, para ser integrado na TV 3.0. No mesmo mês, o projeto entrou na 3ª e última fase de testes complementares, pesquisa e desenvolvimento.

 

Em 2023 e 2024, serão realizados testes complementares e atividades das especificações técnicas.

TV 3.0

A TV 3.0 é a evolução da tecnologia de transmissão de sinal de canais abertos utilizada atualmente, a TV 2.5. Os testes de implementação do sistema ainda estão em execução, atualmente na fase 2. A perspectiva é que entre em atividade em 2024.

 

O objetivo é trazer mais qualidade de som e imagem do que a TV digital atual e entregar conteúdo mais segmentado geograficamente e de acordo com o perfil do telespectador. A segmentação é pensada para melhor direcionamento de publicidade.

 

Além disso, deve proporcionar uma integração mais transparente entre TV aberta e Internet. Essa integração deve se dar pela conectividade entre os canais e os aplicativos, que darão a possibilidade de alternar naturalmente entre a TV aberta e os conteúdos de internet oferecidos pelas emissoras. 

 

O Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre afirma que será necessária a troca de alguns aparelhos televisores, mas que a transição de sinal deve ser feita gradualmente para que toda a população tenha acesso, nos moldes do que foi o desligamento do sinal analógico.

*Poder 360

 

(!!!) Para implantar a HDTV no brasil, a implantação passou de 10 anos, essa nova tecnologia deve durar uns trinta. 

 

Sábado, 08 de abril 2023 às 12:49  


   

05 abril, 2023

BNDES APROVA R$700 MI PARA 49 USINAS DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA SOLAR

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de 700 milhões de reais para 49 usinas solares a serem implantadas pela (re)energisa, empresa do grupo Energisa, nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Trata-se do maior financiamento do banco de fomento para um projeto de geração distribuída de energia renovável, modalidade que abrange pequenos sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos no próprio local de consumo da energia ou próximo a ele.

 

Ao todo, as usinas da (re)energisa que receberão os recursos somam 144 megawatts (MW) de potência elétrica. A estimativa é de que os projetos levarão a uma redução de emissões de 476 mil toneladas de CO2 ao longo dos 25 anos de sua vida útil.

 

"Esse investimento vai levar energia solar distribuída para 28 municípios, onde serão instaladas 49 usinas que vão beneficiar mais de 4.500 mil micros, pequenas e médias empresas...", disse em nota Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES.

(Reuters)

Quarta-feira, 05 de abril 2023 às 13:40


   

 

01 abril, 2023

FAZ O L: ESTADOS REAJUSTAM ICMS DOS COMBUSTÍVEIS

 

Abastecer o carro com gasolina vai ficar mais caro para o consumidor a partir de 1° de junho, após decisão tomada na sexta (31/03) em reunião entre os ministros do $TF André Mendonça e Gilmar Mendes e secretários da Fazenda.

 

O Comitê de Nacional de Secretários da Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) anunciou que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) fixo sobre o derivado de petróleo passa a ser de R$ 1,22 por litro. “Esta alíquota corresponde a uma de 23% sobre o valor da venda”, diz Tiago Sbardelotto, economista da XP Investimentos. Atualmente, a alíquota da maioria dos estados oscila entre 17% e 18%.”

 

A decisão “joga gasolina” na fogueira da inflação, já que o valor fixo é bem maior do que o atualmente pago pelo motorista ao encher o tanque do carro. Segundo a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), apenas no Piauí que é cobrado mais ICMS por litro (R$ 1,2419). O menor valor é em Goiás (R$ 0,8490).

 

A nova definição vem dois dias após decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que definiu novas regras para o ICMS cobrado nas operações envolvendo gasolina e etanol anidro.

 

A alíquota para a gasolina tinha sido fixada em R$ 1,4527 por litro – correspondente a uma de 27%, o que implicaria em um impacto de meio ponto percentual na inflação de julho.

 

Agora, Sbardelotto projeta que o reflexo será de 0,25 ponto percentual no IPCA de junho. Ele não acredita que a medida vá se refletir na definição dos juros por parte do Comitê de Política Monetária (Copom), uma vez que o horizonte de análise do BC está mais concentrado no próximo ano.

 

O economista estima que os estados tenham um ganho de arrecadação de R$ 7 bilhões em 2023. O convênio do Confaz ajuda a compensar parte das perdas após a aprovação da Lei Complementar (LC) 194, que determinou que produtos e serviços como combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte público são considerados essenciais. E para isso não poderiam ter alíquotas superiores a 18%.

 

A disputa entre governadores e a União iniciou no ano passado, em meio a um cenário de forte alta nos preços.  A inflação acumulada em 12 meses atingiu, em abril, o seu pico: 12,13%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Combustíveis e energia estavam entre os principais vilões dos preços. Nos 12 meses anteriores tinham aumentado 23,42%.

 

Nesse cenário, duas leis complementares foram editadas para tentar conter a alta nos preços. A primeira foi a LC 192, que em março, uniformizou as alíquotas do ICMS sobre combustíveis no país. A segunda foi a LC 194, de junho, que passou a considerar essenciais os bens e serviços relacionados a combustíveis e eletricidade. Também foi zerado o PIS/Cofins.

 

As medidas tinham por objetivo enfrentar a alta de preços no petróleo, decorrentes da restrição de oferta provocada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, no Leste Europeu. Os impactos foram positivos. Em julho, após a instituição das leis, os combustíveis já estavam 3,31% mais baratos do que nos 12 meses anteriores. Em 2022, eles baratearam 12,89%.

 

Mas o impacto foi sentido pelo cofre das unidades da federação, já que o ICMS sobre os combustíveis e energia chega a representar até um quarto da arrecadação total. Os estados e o Distrito Federal recorreram ao STF, questionando as medidas da União, na época sob a gestão do ex-presidente JB

 

Um acordo entre a União e as unidades da federação foi homologado em dezembro pelo Supremo. O principal ponto acertado na conciliação foi a manutenção da essencialidade do diesel, do gás de cozinha e do gás natural com o ICMS uniforme (igual em todos os estados) e monofásico (cobrado em apenas uma instância).

 

Não se chegou a um consenso sobre a gasolina. “Isto ainda precisa ser definido no âmbito do foro de discussões”, diz a advogada Gabriela Valle de Almeida Monroi, do escritório Schneider Pugliesi Advogados.

 

Parte das perdas dos estados já foi resolvida em um acordo com a União, que, com o novo governo colocou-se do lado deles. Em 10 de março, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que chegou a um acordo com os 27 governadores para compensar as perdas de arrecadação do ICMS dos combustíveis do ano passado. A União vai desembolsar R$ 26,9 bilhões.

 

Ao cumprir essa imposição legal, estados e Distrito Federal acabaram escolhendo uma alíquota mais elevada de ICMS, superiores às anteriormente praticadas. De 17% e 18%, que é praticado na maioria dos estados, ela passa para, em média, 23%. Os preços da gasolina já começaram a subir. No acumulado dos três primeiros meses do ano, a alta é de 5,09%, de acordo com o IPCA-15.

 

O pesquisador Thiago Buschinelli Sorrentino, da FGV Direito SP, diz que o objetivo do convênio é o de sistematizar a cobrança do ICMS sobre o combustível.

 

Além da mudança na forma de cobrança do tributo, que agora passa a ser fixa por litro, o Confaz estabeleceu que ele será feito em apenas uma fase.

 

Segundo o pesquisador da FGV, o fato de a cobrança ser monofásica facilita a fiscalização. Se vindo de fora, o combustível vai ser tributado no momento da importação, e se produzido no Brasil, no início da cadeia produtiva.

 

O convênio também estabeleceu que as alíquotas precisam ser uniformes em todas as unidades da federação. “Antes, a uniformidade não era obrigatória. Agora passa a servir como um balizador para discussões sobre o tema”, diz a advogada do escritório Schneider Pugliesi Advogados.

 

Ela aponta, também, que a medida ajuda a dar mais segurança jurídica, evita a multiplicidade de regras e o desalinhamento de práticas.

 

Outra medida tomada na reunião entre os secretários da Fazenda e os ministros do STF foi a prorrogação, por 30 dias, da entrada em vigor de convênio publicado pelo Confaz em dezembro que estabelecia novas alíquotas para o diesel e biodiesel (R$ 0,9424 por litro) e para o GLP (R$ 1,277 por quilo). A medida deveria valer a partir deste sábado (1º) e entrará em vigor em 1º de maio.

 

A decisão atende parcialmente aos interesses dos governadores, que alegam dificuldades para implementar a medida e queriam que ela valesse a partir de 1º de julho.  As empresas ligadas ao segmento de combustíveis também estavam com dificuldades para operacionalizar as novas regras.

 

Para evitar problemas, as administrações estaduais vão montar um plano de contingência para emissão de notas fiscais de compra e venda de combustíveis. “É uma mudança de paradigma que está acontecendo”, diz Monroi.

*Gazeta do Povo.

Sábado, 1º de abril 2023 às 12:03