Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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19 julho, 2022

NÃO VAI TER ELEIÇÃO, SEGUNDO O PATRIARCA DO CLÃ DAS RACHADINHAS

 

O verdugo do Planalto (Jair Bolsonaro), é do tipo ‘quanto pior, melhor’. Quanto menos vacinas, melhor; quanto mais mortos por covid, melhor; quanto mais inflação, melhor; quanto mais desemprego, melhor; quanto mais violência, melhor; quanto mais arruaça institucional… muuuuito melhor!

 

O ex-capitão do Exército, enxotado da Força por ser um ‘mau militar’ (palavras da própria Corporação), jamais deixou de ser o que sempre foi: violento, agressivo, indisciplinado, egoísta e absolutamente limitado intelectualmente – para não dizer burro. Alçado à Presidência por obra do destino, mantém-se coerente consigo mesmo.

 

Prestes a levar uma surra eleitoral acachapante para o ex-presidiário Lula da Silva, o amigão do Queiroz, que desde os primeiros dias de mandato tenta emplacar um golpe de Estado, deu início ao ‘sprint’ final golpista, e não apenas atacou a democracia brasileira, como enxovalhou de vez a nossa imagem no exterior.

 

O patriarca do clã das rachadinhas reuniu dezenas de embaixadores estrangeiros e demonizou nossas eleições – mentindo como sempre, maluco como nunca -, ameaçando claramente tentar impedir que aconteçam. Sim, diante do mundo, o devoto da cloroquina avisou que irá ‘fazer o que tem de ser feito’.

 

Bem, internamente, sabemos que é um bravateiro frouxo e incapaz de pai e mãe. Poderia até tentar o golpe, mas lhe falta tudo, de capacidade a coragem, passando por apoio popular, militar e civil. Porém, aos olhos das democracias do mundo, as ameaças impactam sobremaneira as relações – já nada boas – com o Brasil.

 

Imaginem os leitores os grandes grupos empresariais e as cúpulas das maiores economias do globo planejando investimentos e parcerias futuras: no Brasil? No fucking way (procurem a tradução se precisarem). Quem arriscará um centavo num país em que o presidente é um psicopata golpista de quinta categoria?

 

Bolsonaro mentiu tanto – e errou tanto! -, que até seus aliados ‘sentiram o golpe’ (contrário). Todas as suas falsas alegações foram rebatidas, uma por uma, didaticamente pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e por uma nota oficial do ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal. Tais devidas respostas fizeram picadinho da narrativa ‘fake’ do aloprado.

 

Senado, imprensa, associações de juízes, enfim, quem anda de espinha ereta e não se vende, se manifestaram de forma contundente e contrária à ameaça golpista. Apenas Arthur Lira – mistura de chefe com pau-mandado, além de réu por desvios de verbas públicas no STF – e meia-dúzia de militares de pijama ficaram calados (porque apoiar tá difícil, hehe).

 

O maníaco do tratamento precoce entrará para o esgoto da história não apenas como o pior presidente que o Brasil já teve, mas como a maior ameaça à vida humana, às minorias e à democracia do País. Espero vê-lo algum dia numa cela bem bolorenta. E ainda que isso seja mais improvável que a inocência do meliante de São Bernardo, ficarei na torcida.

*Ricardo Kertzman/IstoÉ

Terça-feira, 19 de julho 2022 às 13:03


 

16 julho, 2022

MULHERES SOMAM MAIS DA METADE DOS ELEITORES APTOS A VOTAR EM 2022

 

As mulheres seguem sendo maioria do eleitorado brasileiro. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), das 156 milhões de pessoas aptas a votar no nestas eleições, mais da metade corresponde ao público feminino. Ao todo, o Brasil tem 82.373.164 eleitoras – equivalente a 52,65% do total.

 

Em 2018, o número de mulheres também representava a maioria do eleitorado. Na ocasião, 52,5% dos votantes eram do público feminino, ou seja, mais de 77,3 milhões. Já o gênero masculino reunia 69.901.035 cidadãos, representando 47,5% do eleitorado.

 

Neste ano, os homens, por sua vez, correspondem a 47,33% do eleitorado, o que chega a um total de 74.044.065 votantes.

 

Na sexta-feira (15/7), o TSE divulgou que as eleições de 2022 têm 156,4 milhões de pessoas aptas a votar. De acordo com o presidente da Corte, ministro Edson Fachin, esse é o maior eleitorado cadastrado da história brasileira.

 

Segundo as estatísticas da Justiça Eleitoral, houve um aumento de 6,21% do eleitorado desde as últimas eleições gerais do país, em 2018. Naquele pleito, o número de eleitoras e eleitores habilitados a votar era de 147.306.275.

 

“Este é mais um serviço que a Justiça Eleitoral presta, como tem feito em 90 anos de existência, e em mais de 25 anos do sistema eletrônico de votação em prol da democracia, em prol de um sistema seguro, transparente e auditável”, comemorou Fachin.

 

Nas eleições deste ano, 2.116.781 jovens de 16 e 17 anos poderão votar; em 2018, essa faixa etária alcançou 1.400.617, um crescimento de 51,13%. Somente nos quatro primeiros meses de 2022, o Brasil ganhou mais de dois milhões de novos eleitores jovens.

 

A votação vai ocorrer em 496.512 seções eleitorais distribuídas em 2.637 zonas eleitorais. O primeiro turno é em 2 de outubro.

 

Neste ano, 4,1 milhões de eleitores tiveram o cancelamento do título revertido para as eleições deste ano diante do contexto da pandemia de Covid-19.

ABr

Sábado, 16 de julho 2022 às 11:53


 Atenção: A pandemia ainda não acabou, proteja-se!

14 julho, 2022

LEMBREM QUE A ASTÚCIA DO POVO É DIFERENTE DA ASTÚCIA DO POLÍTICO E PODE DECIDIR ESTA ELEIÇÃO

 

Há uma grande diferença entre a astúcia do povo e astúcia dos políticos. A primeira se baseia no bom-senso. Já a astúcia dos políticos recorre ao senso comum para atingir objetivos obscuros. É mais ou menos o que está acontecendo com a PEC da Eleição, que está em discussão na Câmara, um pacote de bondades destinado à população de mais baixa renda, com o claro propósito de favorecer a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

 

Como se sabe, o pacote foi aprovado pelo Senado com apenas o voto contrário de José Serra (PSDB-SP), após estranho acordão de bastidores entre o Planalto, o Centrão e a oposição.

 

Esse acordo deixou de ser uma pulga atrás da orelha, após ficarmos sabendo, pelo senador Marcos Do Val (Podemos-ES), que o “orçamento secreto” no Senado garantiu verbas bilionárias para os senadores que apoiaram a eleição do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O próprio Do Val recebeu R$ 50 milhões em verbas para seu estado, mas o montante de recursos distribuídos entre os pares chegaria a R$ 2,3 bilhões em emendas orçamentárias.

 

Na Câmara, a votação da PEC também está sendo azeitada pelo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), com a liberação de recursos do orçamento secreto. Como não se fechou o balcão de negócios, a proposta ainda não foi aprovada, faltou quórum na quarta-feira passada.

 

É difícil saber a exata relação entre o altruísmo e o egoísmo das excelências, ou seja, quais parlamentares estão votando uma emenda à Constituição que viola a Lei de Responsabilidade Fiscal e a legislação eleitoral, para mitigar o sofrimento causado pela inflação, ou se também estão tendo sua reeleição anabolizada pelo orçamento secreto.

 

Com certeza, os deputados da base do governo estão matando esses dois coelhos com uma cajadada só, ou seja, agradam o eleitor de baixa renda com o aumento do Auxílio Brasil e cevam as suas bases eleitorais com as verbas do Orçamento.

 

Os da oposição, constrangidos em sua maioria, estão votando para salvar a pele na eleição, sob chantagem: um eventual voto contrário às medidas populistas será usado pelos adversários para inviabilizar a sua própria base eleitoral. Mas pode haver mais coisas entre o céu e a terra do que os aviões de carreira, como diria o Barão de Itararé.

 

Lembro-me da Constituinte da fusão dos estados da Guanabara e Rio de Janeiro, em 1975, quando era um jovem repórter do Diário de Notícias. O interventor Faria Lima, nomeado pelo presidente Ernesto Geisel, enfrentava uma oposição amplamente majoritária, pois o MDB elegera a maioria dos deputados nos dois estados. Em razão disso, indicou um aliado do ex-governador Chagas Freitas (MDB) para relator do projeto de Constituição, o que provocou a renúncia da líder do governo, deputada Sandra Cavalcanti (Arena).

 

Indaguei ao deputado Cláudio Moacir, o líder do MDB, se ele seria o novo líder do governo. A resposta foi malandra: “não, vou usar a tática do bigode: na boca, mas do lado de fora”. O MDB era oposição, mas negociava cargos e verbas em troca de apoio ao interventor.

 

Governo e oposição fazem cálculos e projeções sobre o impacto da PEC nas eleições presidenciais. O presidente Jair Bolsonaro e o Centrão apostam suas fichas nas medidas que serão aprovadas, inclusive com a substituição dos cartões do Bolsa Família, uma marca do governo Lula, pelo novo cartão do Auxílio Brasil.

 

Ou seja, dinheiro vivo nas mãos do eleitor a partir de agosto. A oposição, principalmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acredita que esses recursos, liberados em cima da eleição, não terão tanto impacto eleitoral e seu efeito geral sobre a economia seria neutralizado pela inflação.

 

Os analistas econômicos, porém, são unânimes em dizer que o rombo fiscal vai desorganizar a economia e que o pacote de bondades será um estelionato eleitoral.

 

Por experiência vivida, não acredito em eleição ganha de véspera. Porque ninguém leva o eleitor para votar pelo nariz. Há cinco candidatos na pista, Lula (PT) disparado em primeiro, Bolsonaro (PL) em segundo, Ciro Gomes (PDT) em terceiro, Simone Tebet (MDB) e André Janones (Avante) empatados na quarta posição.

 

O imponderável da eleição é voto secreto do eleitor, cuja astúcia não deve ser subestimada. Se houver muita bagunça na eleição, com ameaças à democracia, o bom-senso popular pode decidir o pleito no primeiro turno.

*Correio Braziliense

Quinta-feira, 14 de julho 2022 às 14:52