Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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11 outubro, 2018

PF frustra planos de facção que pretendia explodir presídios federais


A Polícia Federal, em conjunto com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), deflagrou quinta-feira (11/10) as operações Pé de Borracha e Morada do Sol, contra uma facção criminosa que atuava dentro da Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, que tinha como objetivo atacar, com explosivos, unidades do Sistema Prisional Federal e em especial do Depen.

Os criminosos também pretendiam sequestrar, torturar e assassinar agentes públicos para pressionar o governo federal e o Supremo Tribunal Federal a fim de “restabelecer as chamadas visitas íntimas no âmbito da penitenciária federal, suspensas desde julho do ano de 2017”.

Segundo a PF, a análise de bilhetes trocados pelos principais líderes da facção criminosa, que mesmo cumprindo pena em unidade de segurança máxima, conseguiam enviar e receber informações criminosos, apesar do esquema de monitoramento durante as visitas sociais, resultou nas duas operações que frustraram os planos da facção criminosa.

“Os repasses de bilhetes se davam através de celas vizinhas por meio de ‘terezas’, pequenas cordas criadas a partir de fios retirados de roupas. Neles continham inúmeras ordens criminosas redigidos de próprio punho pelos principais líderes da facção, para serem colocadas em prática por comparsas em diversos pontos do território nacional”, diz a PF. Os bilhetes foram apreendidos pelos agentes de execução penal do Depen. O órgão então acionou a PF.

As investigações identificaram ainda que a facção criminosa já tinha feito, inclusive, o levantamento da rotina de vários servidores públicos, fora do ambiente de trabalho, para serem “sequestrados e/ou assassinados” em seus dias de folga.

Os policiais estão sendo cumprido três mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão, três deles em celas da Penitenciária Federal de Porto Velho e um em imóvel da capital de Rondônia. A justiça determinou também medidas cautelares, como a proibição de visitas íntimas e a inclusão em regime disciplinar diferenciado. (ABr)


Quinta-feira, 11 de outubro, 2018 ás 12:00

10 outubro, 2018

Polícia Federal deflagra ações em SP, PR e SE por crimes eleitorais


A Polícia Federal deflagrou quarta-feira (10/10) três ações simultâneas para investigar e coibir crimes relacionados às eleições de 2018. De acordo com os policiais, são cumpridos um mandado de busca e apreensão no Paraná e a lavratura de dois Termos Circunstanciados de Ocorrência em São Paulo e Sergipe.

Em nota, a polícia informou que as ações fazem parte das atividades desenvolvidas pelo Centro Integrado de Comando e Controle Eleitoral (CICCE/2018) em Brasília e pretendem aprofundar as investigações sobre vídeos que circularam recentemente nas redes sociais.
As apurações, de acordo com a polícia, são consequência do acompanhamento para identificar e afastar possíveis ameaças ao processo eleitoral de 2018.

Os investigados poderão responder, no caso do estado do Paraná, pelos crimes de violação de sigilo do voto e porte ilegal de arma.

Já os investigados em Sergipe e São Paulo deverão responder por incitação de crime contra candidatos. (ABr)


Terça-feira, 09 de outubro, 2018 ás 08:00

09 outubro, 2018

Bolsonaro desautoriza general Mourão e garante: ‘serei escravo da Constituição

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou na noite de segunda-feira (08/10) ao “Jornal Nacional” que será “escravo da Constituição”, caso vença a disputa, e desautorizou o general Hamilton Mourão, descartando uma “constituinte de notáveis”, como sugeriu seu vice, e que jamais cogitou um suposto “autogolpe” em caso de anarquia.

Bolsonaro declarou que Mourão foi infeliz nessas declarações, ‘e mostrou quem manda:

– Ele é general, eu sou capitão. Mas eu sou o presidente. O desautorizei nesses dois momentos. Ele não poderia ir além daquilo que a Constituição permite. Jamais eu posso admitir uma nova constituinte, até por falta de poderes para tal. E a questão de autogolpe não sei, não entendi direito o que ele quis dizer naquele momento. Mas isso não existe.

O candidato vitorioso no primeiro turno, com quase 50 milhões de votos, também deixou claro que se a ideia fosse dar golpe, não teria por que disputar eleições:
– Estamos disputando as eleições porque nós acreditamos no voto popular, e seremos escravos da nossa Constituição. Repito: o presidente será o senhor Jair Bolsonaro. E nos auxiliará sim o general Augusto Mourão… Hamilton Mourão. E ele sabe muito bem da responsabilidade que tem por ocasião da sua escolha para ser vice.

Durante a entrevista, Bolsonaro disse que a nomeação de Hamilton Mourão para a chapa se deveu à necessidade de se demonstrar “autoridade”, mas “sem autoritarismo”.

O candidato do PSL afirmou ainda que falta “tato” a Mourão, porque o colega de chapa não é do meio político, e sim do meio militar.

“O que falta ao general Mourão é um pouco de tato, um pouco de vivência com a política. E ele rapidamente se adequará à realidade brasileira e à função tão importante que é a dele. […] Nesses dois momentos ele foi infeliz, deu uma canelada. Mas repito: o presidente jamais autorizaria qualquer coisa nesse sentido”, reiterou Bolsonaro. (DP)


Terça-feira, 09 de outubro, 2018 ás 00:05

07 outubro, 2018

Bolsonaro lidera em quatro das cinco regiões, com viés de alta no Nordeste


O presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, lidera as preferências de voto em quatro das cinco regiões do Brasil, revela pesquisa Datafolha. No Nordeste, único lugar onde não está em primeiro, o militar tem viés de alta.

Reduto eleitoral do PT, o Nordeste é a única região onde Fernando Haddad (PT) lidera, com 36% das preferências de voto. Ainda assim, ele oscilou um ponto para baixo em relação a pesquisa feita entre os dias 3 e 4 deste mês.

Bolsonaro tem 22% na região. Ele oscilou dois pontos para cima, na comparação com último levantamento do Datafolha. No início de setembro, porém, ele tinha apenas 14% na região -de lá para cá, ganhou oito pontos percentuais.

Em terceiro lugar no Nordeste, Ciro Gomes tem 19% das preferências na região. Ele cresceu três pontos na região.

A melhor performance de Bolsonaro é no Centro Oeste, onde ele tem 49% das preferências de voto. No Sul, ele tem 44%; no Sudeste, 40%; no Norte, 35%. Já Haddad tem 26% no Norte; 14% no Centro Oeste; 17% no Sul; e 16% no Sudeste.

Bolsonaro tem performance idêntica em regiões metropolitanas e no interior: 36%, na pesquisa estimulada. Já Haddad se sai melhor no interior, onde tem 24% das preferências, do que nas regiões metropolitanas, em que registra 19%.

Na pesquisa Datafolha, Bolsonaro tem 40% das intenções de votos válidos (conta que exclui brancos, nulos e indecisos) e Haddad 25%. Em terceiro Lugar, Ciro está com 15%.
A margem de erro da pesquisa Datafolha é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. E o nível de confiança, que é a chance de o resultado retratar a realidade, é de 95%.

A pesquisa foi contratada pela Folha de S.Paulo e TV Globo e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-01584/2018.


Domingo, 07 de outubro, 2018 ás 00:05

06 outubro, 2018

Os fiéis de Bolsonaro


Organização e estridência nas redes sociais, fidelidade quase canina e indiferença às polêmicas compõem o mosaico de características marcantes de quem vota no candidato do PSL à Presidência, indiscutivelmente o mais abnegado eleitor

Se é possível tachar alguém de fiel na atual corrida eleitoral, estes são os eleitores de Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência. A despeito dos sucessivos petardos lançados contra o aspirante ao Planalto, desde o início da campanha eleitoral, seu rebanho permaneceu intacto, como se imbuído de uma fé inabalável. A ele foi incorporado outro grupo – e isso ajuda a explicar a ascensão de Bolsonaro na reta final da eleição: o time cada vez mais robusto dos antipetistas. O jornalista maranhense Linhares Júnior e a microempresária de Brasília Cris Cavalli estão entre os que resolveram surfar nessa onda. Integram os cerca de 30% da população que, conforme mostram as últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha, optaram por votar no domingo 7 no candidato do PSL. Ouvidos por ISTOÉ, eles convergem numa avaliação que parece ter sido determinante para a escolha. Eles conhecem as declarações polêmicas do candidato do PSL. Sabem dos pendores antidemocráticos manifestados pelo vice, general Hamilton Mourão, mas aceitam a empreitada, diante do que enxergam de certeza na outra opção. “Bolsonaro pode ser e pode não ser. Já o PT não tem condicional. Será péssimo”, afirma Linhares. “O PT ficou rico e roubou as economias brasileiras”, completa Cris Cavalli.

A curva ascendente de Bolsonaro parecia uma miragem na semana que despontava com os ecos das ruidosas manifestações do sábado 29, quando milhares de mulheres saíram às ruas em passeatas cujo slogan era “Ele não!”. Contribuíam para o cenário aparentemente desfavorável o desconforto das declarações de Mourão, pregando o fim do 13º salário, e o polêmico processo de divórcio de sua ex-mulher Ana Cristina. Na cúpula do PT e mesmo em outros partidos, vicejava a avaliação de que a candidatura Bolsonaro sofreria abalos e que Haddad poderia mesmo ultrapassá-lo na reta final do primeiro turno. Deu-se o oposto. Embalado pelas não menos estrepitosas passeatas do “Ele sim”, de domingo 30, o candidato do PSL que perdia em todos os cenários de segundo turno passou a aparecer competitivo e até vitorioso num deles. Mais do que isso. Bolsonaro ganhou musculatura eleitoral, ultrapassou Haddad entre as mulheres e uma vitória no primeiro turno passou a freqüentar o terreno do possível, embora ainda não provável. “Bolsonaro virou a encarnação do antipetismo”, resume o cientista político, professor da Universidade de Brasília (UnB), David Fleischer. “A personificação de uma proposta de mudança do modelo tradicional de fazer política, mesmo sendo deputado há cinco mandatos. Os eleitores entendem que o PT alinhou-se a esse modelo, marcado pela corrupção, pelos conchavos, e não querem mais isso. Como enxergavam nos demais candidatos mais competitivos também esse tipo de posicionamento, foram para Bolsonaro”. O cientista político André Pereira César, da Hold Assessoria Legislativa, reforça: “Há entre os eleitores de Bolsonaro a impressão de que PT e PSDB se tornaram todos iguais. E eles se unem contra o que consideram as mazelas da política”.

Diretora do Ibope não descarta a possibilidade de a eleição
ser decidida neste domingo em favor de Jair Bolsonaro,
em franca ascensão na reta final da campanha

Não à toa, os ataques contra Bolsonaro não surtiram o efeito acalentado pelos seus adversários. Ao contrário, pareceram reforçar o sentimento antipetista traduzido pelo candidato do PSL. Para André Pereira César, os movimentos ocorridos desde o sábado 28 atingiram efeito inverso por algumas razões. Primeiro, colocaram Bolsonaro no centro do debate, quando até então, desde a sua prisão, esse protagonista era o ex-presidente Lula. “É o famoso falem mal, mas falem de mim”, resume. Se Lula vitimizava-se, preso em Curitiba, sem uma participação presencial na campanha, desde a facada desferida por Adélio Bispo a vítima passou a ser Bolsonaro, este também fora da campanha, de forma presencial. A segunda razão foi “o salto alto do PT”, que não entendeu qual seria o momento de tirar Lula do centro da campanha. Haddad beneficiou-se da transferência dos votos de Lula, mas, depois que tal transferência se esgotou, passou a ser o herdeiro da rejeição a ele. Para piorar, setores do PT passaram a reforçar o tom revanchista de “acerto de contas” contra quem apoiou o impeachment de Dilma Rousseff e a prisão de Lula.

Enquanto é galopante a rejeição a Haddad, a resiliência demonstrada pela candidatura Bolsonaro impressionou até mesmo o seu staff de campanha. Durante o primeiro turno, Bolsonaro manteve sua candidatura viva, apesar de várias intempéries: um atentado a faca ocorrido em 6 de setembro; várias denúncias contra ele como a manutenção de uma funcionária fantasma em uma barraca de açaí no Rio de Janeiro; um processo judicial impetrado por uma ex-esposa, que o acusou de ter furtado joias de um cofre e ter lhe feito ameaças de morte; acusações de enriquecimento e atos de protesto. A tudo, Bolsonaro sobreviveu. A entourage do candidato do PSL atribui a resistência à força da militância que se arregimentou especialmente nas redes sociais – hoje a principal trincheira do capitão. Em muitos momentos, os analistas de redes sociais observaram que a resposta a eventuais denúncias ultrapassou a própria notícia, em termos de compartilhamento e amplitude nas redes sociais. Ou seja: a versão apresentada como reação e resposta prevaleceu sobre os ataques. O tiro dos adversários, com o perdão do trocadilho, acabou saindo pela culatra.

Sucessão de reveses não foi capaz de tirar a liderança do
candidato do PSL nas pesquisas. Perto da linha de chegada,
campanha é reforçada por antipetistas de carteirinha

Meio que sem querer, seus opositores podem ter disparado mais um tiro a atingir o próprio pé. Em alusão às pequenas criaturas que auxiliam o vilão do desenho animado “Meu Malvado Favorito”, os militantes de Jair Bolsonaro são conhecidos pelos adversários de “bolsominions”. De novo, o termo cunhado pela militância opositora a Bolsonaro pode ter constituído um erro. O vilão do desenho animado é simpático. Seus auxiliares, mais ainda.

(IstoÉ)


Sábado, (06/10/2018) 

Oposição deve tomar governos de 16 estados e do Distrito Federal


Enquanto nacionalmente a eleição consolidou a polarização entre petistas e antipetistas, no âmbito dos estados, a disputa eleitoral deve ser marcada por uma forte fragmentação e pela tendência de renovação dos grupos que atualmente comandam governos estaduais.

Em 16 estados e no DF, os grupos liderados ou que têm o apoio dos atuais governadores tendem a ser derrotados no primeiro ou no segundo turno, segundo pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas neste sábado (6).

Ao todo, são 12 governadores que tentam a reeleição na berlinda, além cinco candidatos apoiados pelos atuais governadores.

Entre os que tentam a reeleição, Suely Campos (PP-RR) e Robinson Faria (PSD-RN) são os que enfrentam o pior cenário –aparecem em terceiro lugar nas pesquisas e devem ser derrotados já no primeiro turno.

Outros sete governadores podem ter o mesmo caminho: Márcio França (PSB-SP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Pedro Taques (PSDB-MT), Waldez Góes (PDT-AP) e até mesmo Fernando Pimentel (PT-MG) ainda lutam por uma vaga para disputar o segundo turno.

Cida Borghetti (PP-PR) e José Eliton (PSDB-GO) – ambos governadores que assumiram a gestão em abril, com a renúncia dos titulares – caminham para a derrota já no primeiro turno, segundo as pesquisas.

Em estados como Rio Grande do Sul, Sergipe e Amazonas, a tendência que os governadores José Ivo Sartori (MDB-RS), Belivaldo Chagas (PSD-SE) e Amazonino Mendes (PDT-AM) disputem o segundo turno em cenário adverso.

Mudanças sem rupturas

Na maioria dos estados, a mudança dos grupos políticos não necessariamente significará uma ruptura em relação ao governo anterior.

É o caso, por exemplo, do Paraná, onde Ratinho Júnior (PSD) deve vencer no primeiro turno. Até o ano passado ele era aliado do governador Beto Richa e da vice Cida Borgetthi, que hoje é sua principal adversária na disputa pelo governo.

Cenários semelhantes se desenham no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde candidatos que até o ano passado eram aliados devem disputar entre si o segundo turno.

Em estados como Goiás e Pará, a troca de guarda deve acontecer entre candidatos que são adversários locais, mas que tem histórico de alianças nacionalmente.

Em Goiás, o senador Ronaldo Caiado (DEM) deve dar fim a um período de 20 anos de governos ligados ao grupo do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). No Pará, o MDB deve voltar ao governo depois de 24 anos com a provável vitória de Helder Barbalho.
Para o cientista político Paulo Fábio Dantas Neto, professor da UFBA (Universidade Federal da Bahia), a eleição nos estados será marcada pela fragmentação partidária e pela menor influência da máquina do governo federal.

Ele também cita o fato de a aliança formada em torno do presidente Michel Temer (MDB) após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não ter conseguido transformar-se em um eixo estruturado da política nacional.

“Tradicionalmente, esse eixo de poder que se forma em torno do governo federal tem uma força enorme nas eleições estaduais. Mas este ano faltou sustentação política, o presidente não conseguiu ser essa figura aglutinadora enquanto liderança pessoal” diz.

Minoria tende a manter grupos

Na contramão da maioria das unidades da federação, em dez estados a tendência é de continuidade dos atuais grupos políticos. Sete deles estão na região Nordeste, que deve se firmar como o principal enclave da centro-esquerda no país a partir de 2019.

Amparados pela popularidade do PT na região, os governadores petistas Camilo Santana (CE), Rui Costa (BA) e Wellington Dias (PI) devem ser reeleitos com relativa facilidade.

Também devem garantir um novo mandato já no primeiro turno Renan Filho (MDB-AL), Flávio Dino (PCdoB-MA) e Paulo Câmara (PSB-PE), todos apoiados pelo PT.

Na Paraíba, o candidato João Azevedo (PSB), apoiado pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), lidera em intenção de votos e é favorito, mas ainda deve enfrentar um segundo turno.

Para Paulo Fábio Dantas Neto, além do prestígio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a manutenção das alianças foi um fator crucial para a tendência de reeleição dos governadores no Nordeste.

Governadores como Rui Costa, Camilo Santana, Flávio Dino e Wellington Dias entraram na campanha ancorados por grandes alianças e apoio de partidos que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Dos nove estados nordestinos, os governadores Robinson Faria (PSD-RN) e Belivaldo Chagas (PSD-SE) são os únicos que enfrentam maior dificuldade.

Ambos têm em comum o fato de seus respectivos estados terem sido fortemente impactados pela crise financeira, resultando em problemas na prestação de serviços públicos e atraso temporário do pagamento de salários a servidores.

Fora do Nordeste, Mato Grosso do Sul e Tocantins estão entre os estados que devem reeleger seus governadores. No Rio, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), que tem o apoio do MDB do governador Luiz Fernando Pezão, também é favorito, mas deve enfrentar o senador Romário (Pode) no segundo turno.

 (Folhapress)


Sábado, 06 de outubro, 2018 ás 18:00

Conselheiro de Alckmin, Bornhausen diz que candidatura do PSDB morreu


Um dos principais conselheiros de Geraldo Alckmin, o ex-governador e ex-senador Jorge Bornhausen disse, em mensagem enviada a seus irmãos, que a candidatura do tucano morreu após esfaqueamento do adversário do PSL, Jair Bolsonaro.

Na mensagem, enviada a dois dias das eleições, Bornhausen diz respeitar o voto de seus dois irmãos em Bolsonaro e afirma que votará em Alckmin, embora saiba “que sua candidatura morreu com a emoção que provocou a facada no Bolsonaro”. “Pior para o Brasil”, acrescenta.

Criticando a administração de Fernando Haddad – a quem chama de preguiçoso – Bornhausen afirma que não há hipótese de votar no petista, especialmente por causa de seu apoio a Lula. Sobre Bolsonaro, Bornhausen diz esperar a clareza de suas propostas. (DP)


Sábado, 06 de outubro, 2018 ás 00:05

05 outubro, 2018

Bolsonaro mantém liderança também entre as mulheres


O candidato Jair Bolsonaro (PSL) mantém a liderança também entre as eleitoras mulheres, com 28% das intenções de voto, contra 23% de Fernando Haddad (PT), segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (4/10).

Entre os eleitores homens, o deputado do Rio de Janeiro tem 42% dos votos, contra 22% do ex-prefeito de São Paulo.

Nesta eleição, mulheres são 52,5% dos eleitores brasileiros.

A pesquisa Datafolha do dia 28 mostrava empate técnico dos presidenciáveis entre as mulheres, com 21% dos votos para Bolsonaro e 22% para Haddad.

No sábado (29/9), mulheres se reuniram em diversas cidades do país em manifestações contra o candidato do PSL.

Já na terça (2/10), pesquisa indicou crescimento de seis pontos de Bolsonaro entre mulheres.

Então, o candidato do PSL tinha 27% das intenções de voto feminino, ante 20% das de Haddad.

A disputa de segundo turno, porém, está menos apertada entre elas do que mostra a pesquisa de modo geral.

O que se vê, comparando o voto feminino ao masculino, é que, no segundo turno, são as mulheres que seguram o avanço de Bolsonaro para assumir a dianteira.

Nos cenários simulados, contra Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad, entre as mulheres, Bolsonaro perderia nos três casos.

Num segundo turno entre os dois atuais líderes na pesquisa, Haddad tem 47% e Bolsonaro tem 38% dos votos de mulheres.

Entre os homens, a disputa ficaria em 51% para o capitão reformado e 39% para o candidato do PT.

Numa disputa entre Ciro Gomes e Bolsonaro, o primeiro tem 52% das intenções dos votos femininos e Bolsonaro fica com 35%.

Nesta disputa, entre homens, o pedetista teria 43% e o candidato do PSL, 48%.
Num terceiro cenário, se o segundo turno fosse entre Alckmin e Bolsonaro, o tucano teria 50% dos votos das mulheres, contra 35% do capitão reformado.

Entre os homens, Alckmin perde para Bolsonaro, com 36% contra 49%.
Como tem sido desde o começo das pesquisas, as mulheres seguem mais indecisas: 7% não sabem em quem votar e outras 7% pretendem votar branco ou nulo. Entre os homens, os índices são de 3% e 5%, respectivamente.

Enquanto 80% dos homens se dizem completamente decididos quanto ao voto, 69% das mulheres dizem o mesmo.

Jair Bolsonaro segue sendo o mais rejeitado entre as mulheres, com 50% delas dizendo que não votariam no candidato de jeito nenhum. Quanto a Haddad, 35% dizem o mesmo.
Na última pesquisa Datafolha, de terça-feira (2/10), os índices dos dois candidatos, entre as mulheres, eram de 49% e 36% respectivamente.

Por sua vez, o candidato do PT é o mais rejeitado entre os homens, com 46% dos eleitores masculinos o rejeitando, ante 39% dos que rejeitam Bolsonaro.

O Datafolha ouviu 10.930 eleitores em 389 cidades do país na quarta (3) e na quinta-feira (4/10). A margem de erro do levantamento, contratado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, é de dois pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%.

 (Folhapress)

Quinta-feira, 04 de outubro, 2018 ás 00:05

04 outubro, 2018

Haddad é um dos campeões de ilícitos na vida pública

Petista responde a 32 processos, incluindo caixa 2, improbidade, fraude...

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, é um dos campeões de ilícitos na vida pública: responde a 32 processos na Justiça, segundo levantamento da revista IstoÉ, que chega as bancas nesta sexta-feira (5) em todo o País.

Ele já é réu em dois processos, é acusado de receber dinheiro de caixa dois de empreiteira condenada na Operação Lava Jato, denunciado por crimes de improbidade administrativa, suspeito de superfaturamento de obras e serviços, acusado pelo desvio de recursos e até da aplicação ilegal de dinheiro público.
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A revista realizou um extenso e exaustivo levantamento de todos os desvios, mostrando que Haddad segue o mesmo padrão de irregularidades de seus correligionários.

Além de ficha alentada, o candidato do PT a presidente se cercou de assessores e coordenadores igualmente processados por crimes no Petrolão, segundo IstoÉ, “dando indicativos concretos de que o partido reativará – num eventual futuro governo – a máquina de corrupção azeitada durante os 13 anos de PT no poder. Pior. Além do risco de retrocesso ético, a eleição de um novo poste de Lula para o cargo de presidente resgatará a ameaça da ineficiência e da incompetência administrativa que marcou a gestão de Haddad tanto à frente da Prefeitura de São Paulo, como do Ministério da Educação”, avalia a publicação.

A matéria explica como o presidiário Lula transformou Haddad em nome mais palatável dentro do partido. De acordo com a reportagem, a primeira instrução foi aderir à corrente majoritária do partido Construindo um Novo Brasil (CNB) e a designação de assessores, igualmente enrolados na justiça, para ajudar na aceitação do PT. (IstoÉ)


Quinta-feira, 04 de outubro, 2018 ás 20:30

Horário de verão é adiado para 18 de novembro por causa da prova do Enem


A um mês das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o governo federal adiou o início do horário de verão para o dia 18 de novembro. O texto com a decisão será publicado no Diário Oficial da União. A data final para o horário de verão foi mantida para o terceiro domingo de fevereiro de 2019.

Nas redes sociais, o ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, comemorou a mudança.

“Candidatos terão mais tranquilidade para fazer as provas! Caso o horário de verão iniciasse no primeiro dia de provas do Enem, como estava previsto, muito provavelmente acarretaria prejuízos aos participantes.”
O pedido para mudar o início do horário de verão foi encaminhado pelo Ministério da Educação à Presidência da República. As provas do Enem estão marcadas para os dias 4 e 11 de novembro em todo o país. A previsão é de que 5,5 milhões de estudantes participem.

Locais

No início do horário de verão, os relógios devem ser adiantados em uma hora. O horário é adotado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal.

Normalmente, a mudança de horário ocorre em outubro, mas no final do ano passado, o presidente Michel Temer assinou decreto adiando o início para novembro. Também houve uma discussão em torno da mudança de datas em decorrência do período eleitoral – o primeiro turno é no próximo domingo, 7, e o segundo dia 28. (ABr)


Quarta-feira, 03 de outubro, 2018 ás 00:05

03 outubro, 2018

Debandada: candidatos de partidos que apoiam Alckmin pedem voto em Bolsonaro


Vários candidatos a governador de partidos como DEM e PSD, que apoiam oficialmente a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), aproveitaram o debate da Rede Globo na terça-feira (2/10) para pedir votos em Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República.

O movimento consolida a debandada de aliados de outros presidenciáveis em direção à candidatura do capitão da reserva, que já havia recebido apoio de candidatos a governador de outros partidos como Índio da Costa (PSD), no Rio, e Gelson Merísio (PSD), em Santa Catarina.

Nesta terça (2), durante o debate, anunciaram voto em Bolsonaro os candidatos a governador do Distrito Federal Alberto Fraga (DEM) e Rogério Rosso (PSD). Ambos patinam nas pesquisas e tentam pegar carona da popularidade do presidenciável do PSL -que chega a 39% das intenções de voto na capital federal- para tentar chegar ao 2º turno.

Fraga já era aliado de Bolsonaro, mas havia anunciado apoio a Geraldo Alckmin (PSDB) no em agosto, logo após firmar aliança com os tucanos no DF. Já Rosso, cujo partido nacionalmente apoia Alckmin, havia anunciado apoio a Alvaro Dias (Pode) no início da campanha.
A declaração de Rosso coloca em situação delicada o senador Cristovam Buarque (PPS), que tenta a reeleição e apoia a candidatura de Rosso no DF e Marina Silva (Rede) para presidente.
Na Bahia, o candidato a governador da Bahia José Ronaldo (DEM) também pediu aos seus eleitores que votassem em Bolsonaro já no 1º turno.
“Domingo eu vou votar para derrotar o PT. E eu estou vendo nas ruas do Brasil um desejo de mudança. E esse desejo de mudança é Bolsonaro. Portanto, o voto domingo é o voto útil para a gente derrotar o PT. Vamos colocar o PT para fora”, afirmou Ronaldo.

Após a declaração de voto de Ronaldo, o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) -que é um dos coordenadores da campanha de Alckmin- se disse surpreendido.

“Quero deixar registrado que esta não é a minha posição e nem a do Democratas. Seguimos trabalhando firme para eleger Geraldo Alckmin”.

Apesar da declaração de surpresa do presidente do DEM, o movimento de aproximação entre o partido e Jair Bolsonaro que já vinha se delineando na Bahia nas últimas semanas.
Há cerca de dez dias, o senador Magno Malta (PR), um dos aliados mais próximos de Bolsonaro, visitou a Bahia e anunciou o apoio do capitão da reserva a José Ronaldo.

A visita aconteceu na mesma semana em que Ronaldo, num comício, fez uma enquete entre eleitores perguntando em que votariam para presidente. A plateia só reagiu com força quando o nome de Bolsonaro foi citado e o candidato do DEM emendou: “Essa pesquisa é a que vale.”

Com a aproximação, o DEM baiano atrai os votos antipetistas na Bahia. Segundo pequisa Ibope divulgada há uma semana, Ronaldo tem apenas 11% das intenções de voto contra 61% do governador Rui Costa (PT). Já Bolsonaro chega a 17% entre os baianos contra apenas 5% de Alckmin.

Em Minas Gerais, foi o candidato do Novo, Romeu Zema, quem pediu votos em Bolsonaro, mencionando também o presidenciável do seu partido, João Amoêdo.

“Aqueles que quiserem mudança podem votar em candidatos diferentes, ou João Amoêdo ou Jair Bolsonaro”, disse.

Em entrevista à imprensa após o debate, mudou de versão e afirmou que, na verdade, estava pedindo aos mineiros que votam em Amoêdo e Bolsonaro para que votem nele para governador.

“Os eleitores do Bolsonaro têm geralmente proximidade muito grande com as nossas propostas”, completou.

(Com informações da Folhapress)

Quarta-feira, 03 de outubro, 2018 ás 15:00

Rejeição de Haddad supera a de Bolsonaro no Sul, Sudeste e Centro-Oeste


A rejeição ao presidenciável do PT, Fernando Haddad, que subiu nacionalmente de 32% para 41% na pesquisa Datafolha divulgada na terça-FEIRA (2/10), cresceu em todas as regiões.
Em três delas (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) ultrapassa a de Jair Bolsonaro (PSL), candidato que está à frente das pesquisas. O capitão reformado, no entanto, ainda tem uma rejeição maior quando se considera todo o país -é de 45%.

O Sul teve a maior alta nos números contrários a Haddad. Em relação à pesquisa divulgada na sexta (28), a porcentagem de eleitores que diziam não votar de jeito nenhum no petista pulou de 37% para 52%.

No Centro-Oeste e no Norte, essa rejeição cresceu nove pontos percentuais. Respectivamente, foi de 35% para 44% e de 25% para 34%. Já no Sudeste, foi de 39% para 47%.

Mesmo no Nordeste, onde o petista tem os melhores resultados, passou a ser rejeitado por 26% dos entrevistados, contra 21% da pesquisa anterior.

Já Bolsonaro se manteve com rejeição estável na maioria das regiões. No Norte (45%) e Sul (35%) se manteve igual e no Sudeste oscilou para baixo, de 42% para 41%.
O Nordeste registrou uma queda de 61% para 56%, enquanto no Centro-Oeste subiu de 36% para 42%.

Segundo o Datafolha, se a eleição ocorresse no momento em que a pesquisa foi feita, Bolsonaro e Haddad estariam no segundo turno.

O candidato do PSL tem 32% das intenções de voto, enquanto o do PT tem 21%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Foram realizadas 3.240 entrevistas presenciais em 225 municípios. O nível de confiança, que é a chance de retratar a realidade, é de 95%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-03147/2018 e foi contratada pela Folha de S.Paulo. (DP)


Quarta-feira, 03 de outubro, 2018 ás 10:30

02 outubro, 2018

Bolsonaro cresce e atinge 32%; Haddad tem 21%. Rejeição ao petista dispara

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) alcançou 32% das intenções de voto na mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada na terça-feira (2/10).

Foco de manifestações que levaram milhares de opositores e admiradores às ruas das principais cidades no fim de semana, Bolsonaro ganhou quatro pontos percentuais desde a semana passada, segundo o instituto: foi de 28% para 32%. O petista Fernando Haddad perdeu um ponto: foi de 22% para 21%.

O ex-ministro de Lula Ciro Gomes (PDT) se manteve com 11%, empatado com Geraldo Alckmin (PSDB), que caiu de 10% para 9%.

Bolsonaro e Haddad empatam nas simulações feitas para o segundo turno, apesar de o candidato do PSL agora aparecer à frente do petista. No cenário em que os dois se enfrentam, Bolsonaro foi de 39% para 44% e Haddad caiu de 45% para 42%.
Rejeição

O dado que mais chamou atenção na pesquisa Datafolha desta terça (2) é o crescimento da rejeição do petista Fernando Haddad: 9 pontos percentuais. Na última pesquisa do instituto, Haddad tinha apenas 32% de rejeição e agora já aparece com a rejeição de 41% dos eleitores brasileiros. A taxa de rejeição do eleitorado a Bolsonaro caiu de 46% para 45%

Mulheres

Segundo o Datafolha, Bolsonaro cresceu até mesmo em segmentos do eleitorado que expressavam maior oposição a ele: Entre as mulheres, ele passou de 21% para 27% das intenções de voto, ultrapassando Haddad, que tem apenas 20%.

O Datafolha entrevistou 3.240 eleitores de 225 municípios nesta terça. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-03147/2018. O nível de confiança é de 95%.

(Com informações da Folhapress)


Terça-feira, 02 de outubro, 2018 ás 20:00

Bolsonaro sobe 4 pontos, chega a 31% e abre dez de vantagem sobre Haddad

Mesmo sem fazer campanha e sem tempo na TV e no rádio, o candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro, Pesquisa subiu 4 pontos e agora tem 31% nas intenções de voto de todo o País, na pesquisa do Ibope divulgada na noite de segunda-feira (1º/10). Fernando Haddad (PT) segue em segundo, estacionado nos 21% da pesquisa anterior.

Em terceiro na disputa, aparece Ciro Gomes (PDT), com 11%, seguido por Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%, e Marina Silva (Rede), com 4%. João Amoêdo (Novo) tem 3%; Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB) têm 2% cada um; Cabo Daciolo (Patriota), 1%; Guilherme Boulos (PSOL), Vera (PSTU), Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL) não pontuaram.

A pesquisa mostra também que subiu muito a rejeição a Haddad, que, se herdou grande parte dos votos de Lula, herdou também a maior parte da rejeição do ex-presidente. O petista, que somava 27%, subiu agora para 38% de rejeição, a seis pontos dos 44% de Bolsonaro.

A pesquisa foi contratada pela TV Globo e ouviu 3.010 eleitores em 208 cidades brasileiras nos dias 29 e 30 de setembro. Ela está registrada no TSE com o número BR-08650/2018. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Mesmo sem fazer campanha e sem tempo na TV e no rádio, o candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro, Pesquisa subiu 4 pontos e agora tem 31% nas intenções de voto de todo o País, na pesquisa do Ibope divulgada na noite desta segunda-feira (1º). Fernando Haddad (PT) segue em segundo, estacionado nos 21% da pesquisa anterior.

Em terceiro na disputa, aparece Ciro Gomes (PDT), com 11%, seguido por Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%, e Marina Silva (Rede), com 4%. João Amoêdo (Novo) tem 3%; Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB) têm 2% cada um; Cabo Daciolo (Patriota), 1%; Guilherme Boulos (PSOL), Vera (PSTU), Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL) não pontuaram.

A pesquisa mostra também que subiu muito a rejeição a Haddad, que, se herdou grande parte dos votos de Lula, herdou também a maior parte da rejeição do ex-presidente. O petista, que somava 27%, subiu agora para 38% de rejeição, a seis pontos dos 44% de Bolsonaro.

A pesquisa foi contratada pela TV Globo e ouviu 3.010 eleitores em 208 cidades brasileiras nos dias 29 e 30 de setembro. Ela está registrada no TSE com o número BR-08650/2018. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.


Terça-feira, 02 de outubro, 2018 ás 00:05

01 outubro, 2018

‘Candidatura’ Lula recebeu R$20 milhões do Fundo Eleitoral, outros réus R$24 milhões


Jucá levou R$2 milhões, Gurgacz R$1,5 milhão, Lucio Vieira Lima R$1,5 milhão...
Mesmo réus no Supremo Tribunal Federal (STF), candidatos de diversos partidos receberam verbas do fundo eleitoral, composto por dinheiro público, para financiarem as campanhas para as eleições deste ano. Ao todo, são 17 candidatos nesta situação. A soma de repasses chega a R$ 23,5 milhões.

Somente a “candidatura” do ex-presidente Lula recebeu R$20 milhões do fundo eleitoral público, apesar de condenado por corrupção e lavagem de dinheiro e, desde abril, cumprindo sentença de 12 anos e 1 mês de prisão, no caso do tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo.

O senador do PDT de Rondônia Acir Gurgacz é um deles. Condenado à prisão por crimes contra o sistema financeiro em fevereiro e sujeito à Lei da Ficha Limpa, Gurgacz recebeu R$ 1 milhão da sua sigla para a campanha ao governo do estado. Na última quinta (25/9), o Supremo determinou que ele começasse a cumprir a pena de quatro anos e meio de prisão.

Até então, Gurgacz aparecia em segundo lugar na corrida ao governo em pesquisas de intenção de voto. A Pesquisa Ibope divulgada no dia 17 de setembro encomendada pela Rede Amazônica mostrava o candidato pedetista tinha 14% das intenções de voto, atrás apenas de Expedito Júnior (PSDB), que tinha 32%. O registro da pesquisa no Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia é RO-00295/2018; e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR-05366/2018.

O deputado federal João Rodrigues (PSD-SC) foi condenado a cinco anos e três meses de prisão por dispensa irregular e fraude a licitação e já cumpre a pena em regime semiaberto, de acordo com decisão do STF. Mesmo assim, o PSD destinou R$ 200 mil do fundo eleitoral para a campanha de Rodrigues.

Condenado em 2016 a dois anos e oito meses de prisão por irregularidades quando prefeito de Macapá, o deputado federal Roberto Góes se candidatou à reeleição este ano e recebeu R$ 500 mil em recursos do fundo eleitoral da direção nacional pedetista.

Lúcio Vieira Lima (MDB), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima e réu na ação sobre os R$ 51 milhões achados em um apartamento de Salvador ligado a Geddel, recebeu R$ 1,5 milhão da direção nacional do seu partido. Na campanha, Lúcio Vieira Lima adota apenas “Lúcio”, omitindo o sobrenome ligado a casos de corrupção.

Um dos maiores repasses foi para o líder do governo Michel Temer no Congresso, André Moura (SE), que recebeu R$ 2,5 milhões do seu partido, o PSC. Outros beneficiários réus no Supremo são Aníbal Gomes (DEM-CE), que recebeu R$ 890 mil; Romero Jucá (MDB-RR), com R$ 2 milhões; e Vander Loubet (PT-MS), com R$ 730 mil.

Outros réus financiados
Alberto Fraga (DEM)
Cargo
Candidato a governador no DF
Quanto recebeu de verba pública
R$ 2,45 milhões do DEM e R$ 1,4 milhão do Partido da República
Ação no STF
Suspeita de pagar empregada doméstica com dinheiro público
Defesa
Nega que tenha cometido irregularidade

André Moura (PSC)
Cargo
Candidato a senador em Sergipe
Quanto recebeu de verba pública”R$ 2,5 milhões da direção do partido
Ação no STF
Suspeitas de apropriação e desvio de bens públicos em Sergipe
Nega e diz que não há provas que cometeu crime

Valdir Raupp (MDB)
Cargo
Candidato a senador em Rondônia
Quanto recebeu de verba pública
R$ 2,3 milhões da direção do partido
Ação no STF
Acusado de corrupção e lavagem em caso da Lava Jato
Defesa
Nega crime e diz que o caso trata de doação legal de campanha

Romero Jucá (MDB)
Cargo
Candidato a senador em Roraima
Quanto recebeu de verba pública
R$ 2 milhões
Ação no STF
Suspeita de propina para beneficiar a Odebrecht
Defesa
Nega e afirma que o senador agiu dentro da lei em sua atuação no Senado

Alfredo Kaefer (PP)
Cargo
Candidato a deputado federal no Paraná
Quanto recebeu de verba pública
R$ 1,52 milhão da direção do partido
Ação no STF
Caso sob segredo de Justiça

 ‘Direito de defesa’
O presidente nacional do PDT, Carlos Tupi, disse que o partido não prejulga ninguém e que o financiamento de deputados que tentam a reeleição ou a candidatos a governador foi definido pela cúpula do partido, em repasses de volumes equivalentes.
Sobre Acir Gurgacz, diz que o caso não envolvia recursos públicos e que o candidato tem o direito de se defender.

“Não muda nada na relação com ele, não. Até porque, senão, a gente vira tribunal de inquisição. ”

O PSD, partido do deputado João Rodrigues, disse que “os repasses aos candidatos são realizados pelas instâncias partidárias, que têm autonomia decisória, e seguem a legislação vigente”.

A direção do MDB disse que a distribuição do fundo para congressistas que tentam reeleição foi aprovada pela executiva do partido e detalhada em resolução.

O comando do partido diz que só deixaria de repassar o fundo para candidatos barrados na Justiça Eleitoral, como o caso do deputado federal Celso Jacob (MDB-RJ), que ficou conhecido por exercer o mandato enquanto cumpria prisão no regime semiaberto.
Procurado, o PT afirmou apenas que “aplica os recursos do fundo dentro da lei”. (DP)


Segunda-feira, 01 de outubro, 2018 ás 10:00