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“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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09 julho, 2018

Membros do MP entram no CNJ com pedido de providências contra Favreto

Um grupo de 100 membros do Ministério Público (MP), entre procuradores e promotores, entrou na noite deste domingo (8) com um pedido de providências no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o desembargador Rogério Favreto, responsável por determinar, também no domingo, a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para os integrantes do MP, a decisão de Favreto, que atendeu a um pedido de deputados do PT durante plantão no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), violou “flagrantemente o princípio da colegialidade”, uma vez que, na visão dos procuradores e promotores, passou por cima da determinação da 8ª Turma do tribunal.

O pedido de providências se baseia em um trecho da resolução do CNJ sobre o assunto, segundo a qual “plantão judiciário não se destina à reiteração de pedido já apreciado no órgão judicial de origem ou em plantão anterior, nem à sua reconsideração ou reexame”.

Os membros do Ministério Público querem que o CNJ analise se Favreto cometeu “violação à ordem jurídica” ao determinar a soltura de Lula. Segundo eles, o desembargador não apresentou justificativa plausível para reverter decisão colegiada anterior e soltar o ex-presidente.

O pedido de providências ataca um dos principais argumentos de Favreto, que para justificar a decisão de soltar Lula apresentou como “fato novo” a condição de ele ser pré-candidato à Presidência da República, estando assim injustamente impedido de participar de entrevistas, debates e sabatinas.

“Vale destacar que a condição de pré-candidato do paciente não é fato novo, mesmo porque, notoriamente, é de conhecimento público há meses a candidatura, ainda que à revelia da lei, do paciente beneficiado pelo habeas corpus concedido pelo desembargador federal Rogerio Favreto”, diz o texto do pedido de providências.

Ao menos mais seis representações foram abertas contra o desembargador no CNJ. Não há prazo para que sejam julgadas.

Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após ter sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP) confirmada pela 8ª Turma do TRF4, que impôs pena de 12 anos e um mês de prisão ao ex-presidente.

Ele permanece preso após determinação do presidente do TRF4, desembargador Thompson Flores, que na noite de domingo (8) desautorizou o alvará de soltura expedido por Favreto.

Lula foi encarcerado com base no atual entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que ao negar um habeas corpus do ex-presidente, em 4 de abril, por 6 votos a 5, reafirmou ser possível o cumprimento de pena após condenação em segunda instância. (ABr)


Segunda-feira, 09 de julho, 2018 ás 15:31

Senador decide representar contra desembargador Favreto e deputados do PT

O senador José Medeiros (PPS-MT) anunciou neste domingo que já nas primeiras horas desta segunda-feira (9) seus advogados vão ingressar com representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que tentou soltar o ex-presidente Lula, cumprindo pena por corrupção e lavagem de dinheiro, contrariando decisões do próprio tribunal e de cortes superiores como Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ). “O que esse desembargador tentou fazer hoje foi um descalabro para a imagem do nosso País e o CNJ precisa intervir”, disse o senador, que classificou a tentativa de “chicana, manobra sorrateira”.

Ele também promete levar à Justiça os três deputados federais do PT que participaram da armação para soltar Lula. Paulo Pimenta (RS), Paulo Teixeira (SP) e Wadih Damous (RJ), todos do PT, aguardaram o início do plantão de Favreto para ingressar com pedido de habeas corpus. “Os três deputados também precisam prestar esclarecimento, não admitiremos tramoias jurídicas.”, afirmou o senador nas redes sociais.

Parecia tudo combinado: o instrumento foi protocolado apenas 30 minutos depois de iniciar oplantão do desembargador que foi filiado ao PT por vinte anos, período em que foi três vezes secretário de governos do PT, assessorou o ex-ministro da Justiça do governo Lula Tarso Genro e ainda trabalhou na subsecretaria de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, sob a chefa do ex-ministro José Dirceu, no primeiro governo Lula. (DP)


Segunda-feira, 09 de julho, 2018 ás 00:43

08 julho, 2018

Procuradores da Lava Jato repudiam plantonista que mandou soltar Lula


Os 13 procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato divulgaram uma nota pública neste domingo, 8, em que “repudiam a decisão do desembargador Rogério Favreto”, plantonista do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), que mandou soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – preso e condenado desde o dia 7 de abril.

“A Força Tarefa Lava Jato repudia a decisão do desembargador Favreto, tendo em vista o absoluto desrespeito às reiteradas decisões das diversas instâncias do Poder Judiciário em manter o condenado Luiz Inácio Lula da Silva preso após a análise do mérito de seus recursos”, informa a força-tarefa.

Segundo a nota, “desde a manhã, o MPF está trabalhando de modo articulado e intenso em suas várias instâncias para reverter a teratológica decisão”.

Decisão

No início desta noite, o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, endossou a decisão do relator da Lava Jato, desembargador João Pedro Gebran Neto, e decidiu manter preso o ex-presidente Lula. Neste domingo, despacho de Gebran Neto suspendeu ordem de habeas corpus que havia sido concedido pelo plantonista Rogério Favreto, em favor de Lula.

Na decisão, Thompson Flores também envia o pedido de habeas corpus à 8ª Turma. “Considerando que a matéria ventilada no habeas corpus não desafia análise em regime de plantão judiciário e presente o direito do Desembargador Federal Relator em valer-se do instituto da avocação para preservar competência que lhe é própria (Regimento Interno/TRF4R, art. 202), determino o retorno dos autos ao Gabinete do Desembargador Federal João Pedro Gebran Neto, bem como a manutenção da decisão por ele proferida no evento 17.

(Estadão Conteúdo)


Domingo, 08 de julho, 2018 ás 20:23

Desembargador nomeado por Dilma, filiado ao PT por 20 anos, manda soltar Lula

O desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que foi filiado ao PT por quase 20 anos, concedeu habeas corpus determinando a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontra preso há três meses na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

Parece ter sido uma ação combinada: três deputados federais, incluindo Paulo Pimenta (PT-RS), autores do habeas corpus, esperaram que o plantão do desembargador Rogério Favreto para impetrar a medida. Os três deputados já se encontravam nas imediações da PF, em Curitiba, quando o habeas corpus foi concedido. Esse grupo pressiona agora a PF a cumprir o mandato.

O desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que foi filiado ao PT por quase 20 anos, concedeu habeas corpus determinando a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontra preso há três meses na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

Parece ter sido uma ação combinada: três deputados federais, incluindo Paulo Pimenta (PT-RS), autores do habeas corpus, esperaram que o plantão do desembargador Rogério Favreto para impetrar a medida. Os três deputados já se encontravam nas imediações da PF, em Curitiba, quando o habeas corpus foi concedido. Esse grupo pressiona agora a PF a cumprir o mandato.

Favreto foi assessor do ex-ministro da Justiça Tarso Genro, ex-governador gaúcho e ex-presidente do PT, e exerceu cargos em três governos petistas do Rio Grande do Sul, antes de ser nomeado por Dilma Roussef ao TRF-4, em 2011, escolhido entre advogados. Foi também assessor da Casa Civil no governo Lula e o único desembargador do TRF-4 a votar em 2017 pela abertura de um processo disciplinar contra Sergio Moro, por “índole política”. O desembargador se notabilizou como o principal crítico da Lava-Jato no tribunal.

Lula está preso desde 7 de abril após sua condenação em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro. A ordem de prisão foi expedida pelo juiz Sérgio Moro, que o condenara em primeira instância, por ordem do TRF-4.

O despacho de Moro




Domingo, 08 de julho, 2018 ás 15:00

Governo injetou R$ 233,5 bilhões na economia em quase três meses

Em quase três meses de instabilidade no mercado financeiro, o governo injetou R$ 233,5 bilhões na economia. O valor foi obtido pela Agência Brasil com base em comunicados do Banco Central (BC), que tem atuado para segurar o dólar, e do Tesouro Nacional, que tem recomprado títulos públicos para garantir a estabilidade.

Somente o BC injetou US$ 54,09 bilhões – o equivalente a R$ 209,27 bilhões pela cotação de quinta-feira (5/7) da moeda norte-americana (R$ 3,869) – no mercado desde 18 de maio, quando anunciou que atuaria de forma mais agressiva para conter a alta do dólar. Desse total, US$ 43,44 bilhões (R$ 168,07 bilhões) decorreram de leilões de novos contratos de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro) e US$ 10,65 bilhões (R$ 41,2 bilhões) vêm de leilões de dólares das reservas internacionais com compromisso de recompra, ocorridos na última semana de junho.

Desde 28 de maio, quando iniciou os leilões de recompra, até a última quarta-feira (4), o Tesouro Nacional readquiriu US$ 24,228 bilhões em títulos prefixados e corrigidos pela inflação de médio e de longo prazo. O dinheiro vem do colchão da dívida pública, reserva financeira usada em momentos de instabilidade, que caiu de R$ 575 bilhões para R$ 551 bilhões desde o início do programa de recompras

Em relação aos swaps cambiais, o levantamento referente ao Banco Central inclui apenas os leilões de novos contratos, não a rolagem (renovação) dos contratos existentes. Desde 23 de junho, a autoridade monetária deixou de ofertar novos lotes, apenas renovando o montante de contratos de swap em circulação, em que troca contratos prestes a vencer por contratos com vencimento daqui a alguns meses.

Intervenção cambial

Criados em 2001, os swaps cambiais funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro, que permitem ao Banco Central intervir no câmbio sem queimar reservas internacionais. Nessas operações, o BC aposta que os dólares vão subir mais que os juros futuros. Os investidores apostam o contrário. No fim, ocorre uma troca de rendimentos que resulta em prejuízo para a autoridade monetária caso o dólar aumente mais que os juros.

Nos leilões com compromisso de recompra, o BC de fato leiloa dinheiro das reservas internacionais, mas compromete-se a pegar o dinheiro de volta meses mais tarde, quando o mercado financeiro estiver menos conturbado. Atualmente, as reservas internacionais do Brasil somam em torno de US$ 380 bilhões (R$ 1,47 trilhão, segundo o câmbio de sexta-feira, 6).

Tranquilidade no mercado

Em relação aos títulos públicos, o Tesouro Nacional informa que as recompras de papéis, que começaram durante a paralisação dos caminhoneiros, têm como objetivo diminuir a instabilidade no sistema financeiro, fornece um referencial de preços para o mercado e diminuir o risco de papéis prefixados de prazo mais longo e taxas maiores em circulação.

Normalmente, os investidores que querem se desfazer dos títulos públicos e embolsar os ganhos até o momento os vendem no chamado mercado secundário, onde os papéis já emitidos pelo Tesouro trocam de mãos. No entanto, em momentos de instabilidade, o excesso de vendedores no mercado secundário faz o preço dos títulos despencar.

Para evitar que os investidores vendam papéis com elevado deságio, o Tesouro Nacional entra no mercado para comprar títulos, pagando preços melhores. Ao atuar no sistema financeiro, o Tesouro também fornece uma referência para o mercado secundário, que terá que oferecer preços mais atraentes para os investidores que querem se desfazer dos papéis. Para o governo, a recompra ajuda ainda a retirar do mercado papéis mais afetados pela turbulência financeira, reduzindo o custo da dívida pública para o Tesouro. (ABr)


Domingo, 08 de julho, 2018 ás 12:00

07 julho, 2018

Lei Eleitoral restringe atos do poder público a partir de hoje

A transferência voluntária de recursos da União para os estados e municípios, bem como dos governos estaduais aos municipais, está proibida a partir de sábado (7/7), devido às eleições de outubro. Essa é uma das condutas vedadas pela Lei Eleitoral três meses antes do pleito, visando evitar que atos do poder público afetem a igualdade de oportunidades entre os diversos candidatos. O descumprimento das proibições pode levar desde a anulação do ato, passando por multa para o agente público responsável pela iniciativa até a cassação do registro ou do diploma do candidato beneficiado.

Segundo o assessor da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Sérgio Ricardo dos Santos, a legislação proíbe atos que possam influenciar o pleito, desequilibrando a disputa eleitoral. "Essa previsão visa trazer equilíbrio à eleição, ainda mais no cenário em vivemos em que é possível a reeleição. Quem tem a caneta na mão, no caso o governante, poderia eventualmente explorar aquele ato de uma forma não ortodoxa, incluindo aspectos que possam favorecer possíveis candidatos", argumentou. "A promoção do equilíbrio da disputa é fundamental para a garantia da democracia", completou.

Conforme dados do Portal da Transparência, neste ano, a União transferiu R$ 157,7 bilhões, o que representa 11,5% dos gastos públicos. Desse total, R$ 107,3 bilhões são repasses obrigatórios (constitucionais e royalties). Os demais R$ 50,5 bilhões são transferências voluntárias.

A Lei Eleitoral abre exceção para o repasse voluntário de recursos decorrentes de convênios assinados anteriormente, para a realização de obras ou serviços em andamento e com cronograma pré-fixado, além da liberação de verbas para atender situações de emergência e calamidade pública.

Condutas proibidas

Uma das ações vedadas mais recorrentes na Justiça Eleitoral é a propaganda institucional. Neste período é proibida a veiculação da propaganda institucional de órgãos públicos. Ou seja, a publicidade dos atos do governo terá caráter exclusivamente educativo, informativo ou de orientação social, sem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção de autoridades. Pode ser veiculada também publicidade de produtos e serviços que disputem mercado. Por exemplo, do Banco do Brasil.

As campanhas de utilidade pública, como os anúncios de vacinação, são permitidas desde que submetidas à deliberação da Justiça Eleitoral. "É avaliado se existe gravidade de fato e urgência que indique a necessidade de o poder público fazer uso da mídia", explicou Santos. Neste período também não pode haver pronunciamentos em rede de rádio e televisão, exceto em casos de urgência autorizados pela Justiça Eleitoral.

A Lei Eleitoral proíbe ainda nomear, contratar, admitir, demitir sem justa causa, tirar vantagens funcionais, impedir o exercício profissional, transferir, remover ou exonerar servidor público até a posse dos eleitos. Nesse caso também há exceções: são permitidas nomeações e exonerações de cargos de confiança, nomeações para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais ou conselhos de contas e dos órgãos da Presidência da República, bem como de aprovados em concursos públicos homologados até este sábado.

A partir de hoje, o poder público não pode contratar shows pagos com dinheiro público para inaugurações de obras, bem como os candidatos não devem participar desses eventos. Em ano eleitoral é proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios pela administração pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior. Os programas sociais não poderão ser executados por entidade nominalmente vinculada a candidato ou por ele mantida. (ABr)


Sábado, 07 de julho, 2018 ás 07:00

06 julho, 2018

MP estabelece novas regras para saneamento básico no país


O presidente Michel Temer assinou sexta-feira (6/7) a medida provisória que atualiza o marco legal do setor do saneamento básico no país. O texto ainda não foi divulgado pelo governo, mas, de acordo com o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, uma das mudanças é que a Agência Nacional de Águas (ANA) atuará como reguladora do saneamento nas cidades que desejarem receber serviços ou recursos federais.

“A ANA será a agência reguladora de saneamento para cidades e estados que desejarem receber serviços ou recursos de ordem federal”, disse Baldy.

Atualmente, os serviços de saneamento são prestados pelos estados ou municípios, e compreendem o abastecimento de água, tratamento de esgoto, destinação das águas das chuvas nas cidades e lixo urbano. Segundo o presidente Temer, ao atualizar o marco legal do setor de saneamento, o governo federal não está invadindo a competência de estados e municípios nessa área, mas atuando em parceria com esses entes federados para enfrentar o problema.

Segurança jurídica

Em discurso na cerimônia de assinatura da medida provisória, Baldy disse que o novo marco regulatório dá segurança jurídica para que empresas privadas também invistam no setor. Segundo ele, atualmente mais de 90% dos investimentos de saneamento básico no Brasil são realizados por companhias estatais e a ideia é promover a competição entre entes públicos e privados.

“Essa política pública que aqui hoje estamos adotando é passível de colocar um novo desafio de que consigamos atrair investimentos, atrair interessado que com segurança jurídica possam realizar essa profunda transformação no saneamento básico brasileiro”, disse.

Novas regras podem ser consideradas reforma

Durante a cerimônia, Temer disse que o novo marco legal pode ser considerado mais uma reforma executada por seu governo e consolida um “combate” em favor do saneamento.

“Essa solução, considero até mais uma reforma que estamos fazendo, outro tipo de reforma, mas ela pode inserir-se no conceito de reforma do Estado”, disse. Temer destacou a necessidade de ampliar o saneamento básico no país. “Estamos consolidando essa ideia de que agora o combate é precisamente em favor do saneamento. Como outros tantos combates foram levados adiante pelo nosso governo", disse.

E completou “Este é um governo que promove reformas estruturais para resolver problemas estruturais. Nunca quisemos soluções paliativas que geram aplausos fáceis. Você pratica um ato paliativo hoje, ganha o aplauso amanhã e o desprezo depois de amanhã”.  (ABr)


Sexta-feira, 06 de julho, 2018 ás 21:00

Quartas de final: Brasil enfrenta a Bélgica; França encara o Uruguai


Começam sexta-feira (6/7) as quartas de final da Copa do Mundo. O Brasil enfrenta a Bélgica às 15h, mas antes, às 11h, a França encara o Uruguai. Os vencedores dessas duas partidas se encontrarão nas semifinais.

O Brasil encontra a Bélgica, mais uma vez, em fase de “mata-mata” de Copa do Mundo. Em 2002, os belgas estiveram no caminho do pentacampeonato. Perderam para o Brasil nas oitavas de final, mas assustaram. Tiveram um gol legítimo anulado pelo árbitro quando a partida ainda estava em 0 a 0.

O discurso dos dois times antes do confronto é de respeito absoluto ao adversário. O centroavante Lukaku defendeu Neymar. O belga afirmou que o camisa 10brasileiro não reage exageradamente quando sofre uma falta e acredita que ele ainda será o melhor jogador do mundo

“Neymar, para mim, não é um ator. Os jogadores que atuam contra ele são mais duros, porque Neymar tem qualidades que não são normais. Para mim, será o melhor jogador do mundo no futuro e estou feliz porque vou jogar contra ele”, disse, em português, na entrevista coletiva de quinta-feira (5/7).

Tite também manifestou respeito ao adversário. Afirmou que tem trabalhado com seus jogadores um nível de desempenho igual à partida anterior, mas buscando melhorar a cada jogo. Destacou, porém, que a Bélgica é um time de qualidade e só durante a partida saberá se o melhor do Brasil vai superar o melhor da Bélgica.

“O que eu busco com os atletas é manter e crescer. E aí você fica com a sensação de ter feito o melhor. Se o seu máximo vai ser superior ao do outro, é uma situação do jogo. Todos os atletas que entraram jogaram bem. Isso fortalece a equipe. Mas não é o suficiente para dizer que vamos vencer porque o outro lado tem qualidade também”.
Para o jogo contra a Bélgica, Marcelo volta à lateral esquerda e Fernandinho entra no meio-campo no lugar de Casemiro, que está suspenso com dois cartões amarelos. O zagueiro Miranda será o capitão nesta partida.

Duelo entre companheiros

A partida marcará o duelo entre vários companheiros de time. Fernandinho, que entra como titular pela primeira vez nesta Copa, e Gabriel Jesus vão encarar De Bruyne e Kompany, com quem venceram o campeonato inglês pelo Manchester City na última temporada. Já Willian e Hazard jogam juntos no Chelsea, também da Inglaterra, e Neymar e Meunier são companheiros no Paris Saint-Germain.

“Eu não sei como pará-lo. Ele é muito imprevisível”, disse o belga sobre Neymar. “Farei o melhor. Eu sei que temos chance, mas também sei que é muito difícil pará-los como um todo, não só Neymar”, completou.

Dúvida no Uruguai

A torcida uruguaia já lamenta a ausência quase certa de Cavani na partida contra a França. O atacante, que marcou os dois gols da classificação do time contra Portugal, nas oitavas de final, ainda não está recuperado de uma lesão que sofreu na panturrilha. Cavani tem sido fundamental para a equipe celeste, marcando três dos sete gols do time na Copa. Mais do que isso, tem mostrado um entrosamento fundamental com Suárez, autor de dois gols e uma assistência – justamente para Cavani marcar contra Portugal.

Os uruguaios, juntamente com o Brasil, têm a melhor defesa da Copa, com apenas um gol sofrido. Vão colocar essa eficiência defensiva à prova contra um ataque rápido. A França fez um jogo eletrizante contra a Argentina nas oitavas de final. As falhas da defesa, que cederam três gols aos argentinos, foram ofuscadas pela grande partida de Mbappé. Companheiro de Neymar no Paris Saint-Germain, o francês liderou o time às quartas de final com um futebol técnico, veloz e preciso. (ABr)


Sexta-feira, 06 de julho, 2018 ás 08:00

05 julho, 2018

Miranda será capitão e se torna nome que mais exerceu função com Tite na seleção

O rodízio de capitães implementado por Tite desde o início da sua passagem pela seleção brasileira, no início do segundo semestre de 2016, está bem mais restrito na Copa do Mundo. Na quinta-feira (5/7), véspera do duelo com a Bélgica pelas quartas de final, a CBF comunicou que o treinador voltou a escolher o zagueiro Miranda para utilizar a braçadeira, agora no confronto marcado para a Arena Kazan.

Miranda já havia sido capitão do Brasil na Rússia, no triunfo por 2 a 0 sobre a Sérvia, pela rodada final do Grupo E, e agora vai realizar a função pela segunda vez na competição. Essa repetição também se deu com Thiago Silva, o seu companheiro na zaga da seleção, que utilizou a braçadeira nos duelos com a Costa Rica, pela primeira fase, e o México, pelas oitavas de final, ambos vencidos por 2 a 0.

Antes do início da Copa do Mundo, Tite havia avisado que manteria o rodízio de capitães durante o torneio, mas indicou que seria mais restritivo na distribuição da faixa, a entregando para os principais jogadores do elenco. E é exatamente isso o que ele vem fazendo, tanto que o outro jogador a utilizá-la foi o lateral-esquerdo Marcelo, no jogo de estreia da seleção, o empate por 1 a 1 com a Suíça.

Com a decisão de entregar a faixa de capitão para Miranda, Tite fez o zagueiro ultrapassar o lateral-direito Daniel Alves, que não pôde participar da Copa do Mundo por estar lesionado, como jogador que mais iniciou partidas sob o seu comando na seleção com a braçadeira – foram cinco oportunidades.

Além dos jogos da Copa contra Sérvia e agora Bélgica, Miranda também exerceu a função em três partidas. Isso aconteceu na estreia do treinador, a vitória por 3 a 0 sobre o Equador, e na goleada por 4 a 1 sobre o Uruguai, ambas fora de casa e em compromissos válidos pelas Eliminatórias Sul-Americanas. O outro jogo foi o ultimo teste do Brasil antes do torneio na Rússia, o triunfo por 3 a 0 sobre a Áustria em Viena.

Ainda nesta quinta-feira, ao lado de Tite, Miranda concederá entrevista coletiva na Arena Kazan, local do confronto com a Bélgica, que determinará um dos semifinalistas da Copa. Em medida de preservação do gramado, o treino da véspera do duelo vai ser realizado no Estádio Central de Kazan.

(Estadão Conteúdo)


Quinta-feira, 05 de julho, 2018 ás 10:00

04 julho, 2018

Algoz de Neymar se aposenta quatro anos depois de lesão que tirou brasileiro na Copa


Colômbia - Exatamente quatro anos após a partida das quartas de final entre Brasil e Colômbia, quando ficou conhecido pelo público brasileiro por se envolver na lesão que tirou Neymar da Copa do Mundo de 2014, o lateral colombiano Camilo Zuñiga, de 32 anos, anunciou o fim da sua carreira no futebol.

"Hoje penso mais no meu futuro, na minha família. Desde que cheguei no Nacional dei minha palavra que fazer todo o possível para voltar aos gramados, mas senti que não cheguei nem a 40% do que era. Cumpri meu sonho e estou tranquilo porque me aposento em casa, onde me deram a oportunidade de mostrar (meu futebol) e de ir ao futebol europeu e de vestir a camisa da seleção da Colômbia. Me dói (deixar o futebol), mas estou agradecido a Deus pela carreira que ele me deu, por me deixar cumprir meus sonhos", afirmou o então agora ex-jogador.

Após participar do lance que lesionou Neymar, Zuñiga teve uma sequência de problemas físicos que acabaram prejudicando a sua carreira. Naquele momento, o colombiano defendia o Napoli, mas acabou sendo emprestado seguidamente. O colombiano teve o Atlético Nacional como o seu último clube.

No dia 4 de julho de 2014, o Brasil derrotou a Colômbia e avançou para a semifinal da Copa do Mundo daquele ano. No entanto, a lesão que Neymar sofreu tirou o principal jogador da Seleção do restante da competição. Na fase seguinte, a equipe comandada por Felipão sofreu a maior derrota da história do Brasil em Mundial, o 7 a 1 para a Alemanha. (O DIA)


Quarta-feira, 04 de julho, 2018 ás 18:00 

Seis seleções europeias e duas sul-americanas avançam na Copa do Mundo


A Copa do Mundo da Rússia se aproxima da sua reta final. Trinta e dois times começaram a competição e agora só restam oito. Algumas seleções gigantes do futebol, como Alemanha, Argentina e Espanha, já estão em casa, vendo a Copa pela televisão.

Dos times que ainda restam, seis são europeus e dois são sul-americanos. Uruguai, França, Brasil, Bélgica, Suécia, Inglaterra, Rússia e Croácia são os países que continuam na briga pelo topo.

O Brasil chega para a fase de quartas de final com atuações cada vez melhores. Depois de um empate na estreia, venceu a Costa Rica nos últimos minutos. Já contra a Sérvia, a vitória foi menos dramática. O jogo das oitavas, contra o México, mostrou um time com sistema defensivo bem ajustado, pronto para resistir à pressão. E lá na frente, o ataque tem se mostrado mais entrosado e eficiente.

Os uruguaios, junto com o Brasil, têm a melhor defesa da Copa, com apenas um gol sofrido. Além disso, Suárez e Cavani têm sido cada vez mais eficientes no ataque. Cavani fez uma partida de gala nas oitavas de final, contra Portugal. O atacante fez os dois gols do time, mas saiu com uma lesão na panturrilha e ainda não está confirmado para a próxima partida.

A França fez um jogo eletrizante contra a Argentina nas oitavas de final. As falhas da defesa, que cederam três gols aos argentinos, foram ofuscados pela grande partida de Mbappé. Companheiro de Neymar no Paris Saint-Germain, o francês liderou o time às quartas de final com um futebol técnico, veloz e preciso.
Os belgas continuam na Copa após uma partida de recuperação contra o Japão no final do segundo tempo. O inimaginável quase aconteceu. Quando os japoneses marcaram 2 a 0, revelaram que a seleção belga, tão respeitada por sua geração atual de craques como Hazard e De Bruyne, tinha falhas ainda não demonstradas no torneio. Será difícil ver uma Bélgica jogando tão lenta e desconectada na partida contra o Brasil. Esses erros deverão ser acertados pelo técnico Roberto Martinez.

Liderados pelo camisa 10, Forsberg, os suecos têm méritos de sobra para estarem nas quartas de final. Se classificou em primeiro em um grupo muito disputado e, mesmo após perderem para a Alemanha no último lance da segunda rodada, souberam manter a calma e garantiram a classificação sobre o México. Não aparecem como favoritos ao título, mas têm uma defesa alta e sólida, que pode fazer o time ir mais longe na Copa.

A Inglaterra veio para a Copa com um time jovem e já fizeram melhor que a geração anterior, que caiu na fase de grupos em 2014. Na última partida, dominaram a Colômbia durante todo o jogo, anulando suas principais armas ofensivas. Mas um minuto de desatenção tornou a classificação desnecessariamente dramática, com a vitória vindo só nos pênaltis. Apesar do susto, a Inglaterra ainda não foi testada ao limite. A Suécia poderá impor esse teste.

Há quem diga que os donos da casa já estão fazendo hora-extra na Copa do Mundo. A Rússia se aproveitou de uma Espanha sem criatividade para levar a partida de oitavas de final para os pênaltis e, lá, eliminar os campeões de 2010. O time do técnico Stanislav Cherchesov chega às quartas de final com um futebol de transpiração e aplicação tática, sobretudo na defesa.

A Croácia merece o lugar que ocupa. Está entre os oito melhores times da Copa com méritos. Com um meio campo de qualidade, os centroavantes são bastante acionados e conseguem participar do jogo com eficiência. O toque de bola frio e refinado na armação das jogadas remete ao futebol praticado no Real Madrid e Barcelona, onde com Modric e Rakitic jogam, respectivamente.

Os confrontos das quartas de final são:
– Uruguai x França, sexta-feira (6) às 11h, em Nizhny Novgorod;
– Brasil x Bélgica, sexta-feira (6) às 15h, em Kazan;
– Suécia x Inglaterra, sábado (7), às 11h, em Samara;
– Rússia x Croácia, sábado (7), às 15h, em Sochi. (ABr)


Quarta-feira, 04 de julho, 2018 ás 09:00

03 julho, 2018

Saiba quanto cada seleção vai ganhar na Copa do Mundo 2018

A passagem para as quartas de final da Copa da Rússia já garantiu à seleção brasileira um bom dinheiro. A Fifa vai distribuir entre as 32 seleções o total de 400 milhões de dólares (cerca de 1,56 bilhão de reais), sendo que quem foi eliminado na primeira fase ganhou um cheque de 8 milhões de dólares (31,3 milhões de reais). Se o Brasil for eliminado pela Bélgica, garante à CBF 16 milhões de dólares (62,6 milhões de reais). O campeão leva para casa 38 milhões de dólares (148 milhões de reais) – três a mais do que a Alemanha faturou em 2014, no Brasil. Veja abaixo a premiação de cada seleção nesta copa e quanto faturaram no Mundial do Brasil.

Premiação para cada seleção (em milhões de dólares)

Posição                2014        2018
 Campeão            35             38
 Vice                   25             28
 3º lugar              22             24
 4º lugar              20             22


 Eliminados nas quartas    14      16
 Eliminados nas oitavas    9         12
 Eliminados na primeira fase        8          8



Terça-feira, 03 de julho, 2018 ás 13:00

02 julho, 2018

Com vitória nesta segunda, Brasil se torna país com mais gols em Copas


Com a vitória por 2 a 0 sobre o México nesta segunda-feira, 02, o Brasil é a seleção que mais fez gols em Copas do Mundo. O recorde pertencia à seleção da Alemanha, que balançou as redes 226 vezes e já está eliminada do mundial da Rússia. A seleção brasileira, que segue para as quartas de final, tem até agora 228 gols.

A Argentina ocupa a terceira posição, com 137 gols após os seis marcados nesta edição até ser eliminada pela França, a quinta colocada, com 113. A Itália, que não se classificou para Copa na Rússia, é a quarta maior artilheira, com 128 gols.

Além da artilharia, o Brasil igualou o número de vitórias da Alemanha na história Copa do Mundo. Ambas as seleções somam 107 triunfos atualmente.

O gol de Neymar nesta segunda confirmou uma estatística individual ao atacante. Ele se isolou como o quarto maior artilheiro da história da Seleção, com 57 gols. Ele está atrás somente de Zico (66), Ronaldo (67) e Pelé (95). Antes, ele havia se igualado a Romário com o 56º gol, contra a Costa Rica, na fase de grupos.

Em nove jogos de Copa, Neymar chegou ao sexto gol contra o México. Com isso, igualou Messi, que também balançou as redes em seis oportunidades. Porém, o argentino já disputou 19 partidas de Copa com a Argentina – mais que o dobro de Neymar. (DP)


Segunda-feira, 02 de julho, 2018 ás 15:30

Brasil repete escalação, com Fagner e Felipe Luis nas laterais contra o México


Com a definição de Fágner na lateral direita e Felipe Luís na lateral esquerda no jogo desta segunda-feira (2) contra o México, o treinador repete a escalação de início da partida contra a Sérvia, vencida pela Seleção Brasileira por 2×0, na fase de grupo. “Tá confirmada a equipe! Será a base da equipe, com a entrada do Filipe Luís”, informou Tite. O jogo desta segunda, no Estádio de Samara, começa às 11h.

Danilo, que já se recuperou da lesão na região do quadril, ficará no banco. Sobre a presença de Marcelo, o treinador disse que conversou com o jogador. “Falei com o Marcelo. Numa situação normal, ele jogaria. O que não pode é o técnico colocar um atleta em situação de insegurança num jogo desse. Eu disse a ele como é legal ter um cara que foi para o campo, ele quer participar. Isso mostra sua responsabilidade, seu comprometimento, mas me foi colocado que ele teria 45 ou 60 minutos de tempo de segurança. Não posso num jogo decisivo”.

A presença de laterais mais defensivos e em melhores condições físicas mostra a preocupação do treinador brasileiro pelas jogadas de lado de campo da equipe mexicana, principalmente pelo lado esquerdo com Lozano, jogador veloz e de muita técnica, responsável pelo gol do México na vitória por 1 a 0 contra a Alemanha, na fase de grupo.
Tite elogiou a participação de Neymar contra a Sérvia. Para ele, o atacante fez tudo o que foi pedido taticamente. “Ele jogou muito, muito bem contra a Sérvia. Ele fez tudo que pedimos taticamente, defendendo lá atrás e procurando o gol, o drible e correndo com a bola”. O treinador definiu que Thiago Silva vai usar a braçadeira de capitão do time na partida contra o México.

O treinador brasileiro deverá escalar a seleção com: Allison; Fagner, Miranda, Thiago Silva e Felipe Luís; Casemiro, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jesus.

A partida terá como árbitro central Gianluca Rocchi, auxiliado por Elenito Di Liberatore e Mauro Tonolini, todos italianos. (DP)


Segunda-feira, 02 de julho, 2018 ás 09:00

01 julho, 2018

Nos pênaltis, Rússia bate Espanha e segue em chave com menos campeões


Por essa nem Vladimir Putin esperava. A Rússia surpreendeu a Espanha, eliminou a campeã de 2010 e jogará as quartas de final da Copa do Mundo em casa, a melhor campanha de sua história.

A vitória veio na primeira disputa de pênaltis deste Mundial. Os russos anotaram os quatro chutes que fizeram, e o goleiro Igor Akinfeev pegou as cobranças de Koke e Iago Aspas para fechar o placar das penalidades em 4 a 3.

Era 19h41 (12h41 em Brasília) quando o atacante espanhol teve seu chute espalmado, e o Estádio Lujniki veio abaixo como se o título mundial tivesse sido conquistado.

Akinfeev, 32, consagrou-se, após ter sido duramente criticado no Brasil em 2014, quando falhou em um jogo crucial contra a Coreia do Sul.

Já a equipe de Andrés Iniesta foi o terceiro time com título mundial a voltar para casa mais cedo nesta Mundial.

O resultado coloca em xeque o envelhecimento de uma geração brilhante de espanhóis -quatro jogadores em campo neste domingo (1º) jogaram a final de 2010.

Foi o segundo fracasso seguido em Copas. No Brasil, os espanhóis foram humilhados e caíram na primeira fase.

Na Rússia, mantiveram o estilo de jogo até o fim, com 75% de posse de bola e deu 1.107 passes contra 279, 90% deles precisos Mas não foi o suficiente para se impor sobre a retranca montada pelos pelo técnico Stanislav Tchertchesov.

Acabaram punidos pela inapetência de gols. Seu único centroavante nato, Diego Costa, nada fez e acabou substituído por Aspas no fim do segundo tempo.

Do outro lado, os russos fizeram sua parte. A torcida empurrou incessantemente o time ao longo do jogo, mesmo nos lances em que sua limitação técnica ficava evidente.

Agora nas quartas de final, o time tem a melhor campanha desde que joga como Rússia. Os soviéticos que os antecederam como time até 1990 chegaram a ser semifinalistas em 1966, mas o formato da competição era outro.

O time chegou à Copa como o pior do ranking da Fifa na disputa, e o próprio Putin lamentou que só poderia torcer pelo bom desempenho da organização do Mundial.

Tchertchesov, ciente do perigo à frente, recuou um zagueiro e jogou um 5-3-2 ancorado em contra-ataques.

Deixou o goleador do time, Tcherishev, no banco -assim como a Espanha deixou Iniesta.
O recurso deu certo até que, uma subida de Nacho pela direita, Jirkov derrubou o espanhol. Assim como no confronto da primeira fase contra o Uruguai, os russos foram pegos numa jogada ensaiada.

Ela mirava Sergio Ramos, mas Ignashevitch cortou e mandou para a própria meta. Foi o gol contra feito pelo jogador mais velho na história das Copas -ele tem quase 39 anos.
A jogada foi tão atrapalhada que a Fifa levou três minutos para confirmar a autoria do gol, aos 11min.

Após duas boas chegadas na área espanhola, o atacante Dziuba cabeceou e teve a bola interceptada pela mão de Piqué.

O pênalti colocou o Lujniki abaixo, e o mesmo Dziuba bateu com força aos 40min. De Gea tomou o sexto gol em sete chutes contra sua meta, a pior defesa dos times então na competição.

Os gritos de “Rossia” eram ensurdecedores. Dziuba comemorou batendo continência a Tchertchenov, uma referência ao primeiro jogo da Copa, quando saiu do banco para fazer um gol contra a Arábia Saudita, cobrando então sua permanência ao técnico -que o saudou em obediência.

No segundo tempo, a Espanha voltou algo melhor, mas sem objetividade.
Aos 15min, o craque Tcherishev entrou em campo, e foi ovacionado. Seis minutos depois, foi a vez da Espanha colocar em campo seu maior nome, Iniesta.

O time espanhol manteve seu ritmo, sem encontrar o caminho do gol. A Rússia nem tampouco ameaçava com perigo De Gea.

A dez minutos do final do primeiro tempo, o ritmo intensificou-se e os espanhóis quase marcaram com dois chutes seguidos de Iniesta e Aspas, pegos por Akinfeev.

O jogo chegou ao fim e, mesmo com quatro minutos de acréscimos, não viu um vencedor.
A primeira prorrogação da Copa, sob um calor de 26 graus, começou no mesmo ritmo, com a Rússia retraída num 5-4-1.

Nada notável aconteceu no primeiro tempo extra, e no segundo ficou claro que os russos já estavam de olho nos pênaltis.

A grande chance ocorreu para a Espanha aos 3min. Rodrigo avançou pela direita e chutou cruzado, obrigando grande defesa de Akinfeev. O rebote foi pego por Carvajal, que chutou em cima da zaga.

O veterano goleiro e capitão russo, 14 anos na seleção, foi o esteio do time na prorrogação.

Para complicar as coisas, aos 10min começou a chover bastante, deixando a bola escorregadia. O telão anunciava o minuto de acréscimo quando Akinfeev caiu para uma última defesa.

Os pênaltis foram todos batidos com eficácia pelos russos, deixando a pecha de vilões para Koke e Aspas.

​A Rússia agora pegará o vencedor do confronto entre Croácia e Dinamarca.

ESPANHA
De Gea; Nacho (Carvajal), Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets; Asensio (Rodrigo), Koke, David Silva (Iniesta) e Isco; Diego Costa (Aspas).
T.: Fernando Hierro
RÚSSIA
Akinfeev; Mário Fernandes, Kutepov, Ignashevich, Kudryashov e Zhirkov (Granat); Samedov (Cheryshev), Kuzyayev (Erokhin), Zobnin e Golovin; Dzyuba (Smolov).
T.: Stanislav Cherchesov

Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda)
Assistentes: Sander van Roekel e Erwin Zeinstra (Holanda)
Cartões amarelos: Piqué (Espanha); Kutepov e Zobnin (Rússia)
Gols: Ignashevich (contra), aos 11 minutos do primeiro tempo, e Dzyuba (Rússia), aos 40 minutos do primeiro tempo.


Domingo, 1º de julho, 2018 ás 15:30

Espanha coloca favoritismo e defesa à prova contra Rússia, domingo



Dona de uma escola em que a posse de bola é primordial, a Espanha chegou à Copa com apenas três gols tomados em 3 dos 10 jogos que disputou nas eliminatórias.

Apenas a Inglaterra, bastião da retranca sem exatamente o refinamento espanhol, teve desempenho igual.

Em solo russo, tudo mudou. Nos três jogos da primeira fase, o time campeão de 2010 é o mais vazado entre os 16 que chegaram às oitavas de final ao lado da Argentina, com cinco gols sofridos.

Três deles têm a assinatura de Cristiano Ronaldo, o atacante português que brilhou no empate por 3 a 3 da estreia. Dois foram marcados por Marrocos, e apenas o Irã não deixou o seu.

“Esse não é o caminho”, disse Fernando Hierro, o técnico que assumiu o time na véspera do Mundial. Ele sabe o que fala: foi zagueiro da seleção de seu país em 89 jogos e participou de quatro Copas.

Neste domingo (1º), às 11h, pelas oitavas de final, a Espanha terá pela frente em Moscou a Rússia, dona do segundo melhor ataque, com oito gols anotados. Tcherichev, com três, e Dziuba, com dois, aparecem como as principais ameaças à meta espanhola.

“Temos de ser mais sólidos, e já não há mais margens de erro. Qualquer um pode deixar você fora. Precisamos ser contundentes e sérios. A Rússia vem jogando um futebol de alto nível”, afirmou o zagueiro Sergio Ramos.

Ele falou após o jogo contra Marrocos, no qual o empate por 2 a 2 acabou sendo o suficiente para avançar na primeira colocação do grupo.

O histórico dá argumentos para Ramos falar em solidez defensiva. Além do desempenho nas eliminatórias, ele estava ao lado de seu atual parceiro, Gerard Piqué, na campanha campeã do mundo de 2010, na África do Sul.

Lá, a Espanha levou apenas dois gols durante todo o torneio. No mata-mata, passou em branco. Foram quatro vitórias seguidas por 1 a 0 até chegar ao título contra a Holanda, na prorrogação.

A média de gols sofridos foi de apenas 0,3 por jogo, a melhor entre todos os campeões mundiais na história.

Em 20 edições de Copa já realizadas, apenas em 4 um vencedor levou mais de um gol por jogo. Os espanhóis, atualmente, têm média de 1,6.

“O mais importante para ganhar um Mundial é transmitir solidez defensiva. A partir daí o resto do time se sente mais confortável para ir fazendo gols que garantem o avanço de fase. Foi o que nos aconteceu na África do Sul”, disse Piqué, após o jogo contra o Irã.

Os gols tomados pela Espanha também não podem ser creditados apenas à defesa e erros cometidos. O goleiro David de Gea está longe de uma fase brilhante.

Segundo as estatísticas da Fifa, das seis bolas que foram em direção ao seu gol, cinco foram parar na rede. Isso o deixa com o pior aproveitamento entre os 40 goleiros que entraram em campo nesta Copa. Defendeu somente 16,7% dos chutes contra sua meta.
Apesar disso, não há nenhuma chance de mudança na posição. Hierro deverá, contudo, sacar Thiago Alcántara e mandar a campo Koke. Outra mudança no meio de campo pode ser a entrada de Asensio no lugar de David Silva.

ESPANHA
De Gea; Carvajal, Piqué, Sergio Ramos, Alba; Busquets, Koke, Isco, Iniesta, David Silva (Asensio); Diego Costa. T.: Fernando Hierro
RÚSSIA
Akinfeev; Mario Fernandes, Kutepov, Ignashevich, Zhirkov; Zobnin, Gazinskiy, Samedov, Golovin, Cheryshev; Dzyuba. T.: Stanislav Cherchesov

Estádio: Lujniki, em Moscou
Horário: 11h deste domingo
Juiz: Bjorn Kuipers (HOL)


Domingo, 1º de julho, 2018 ás 00:05