Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

28 maio, 2017

TEMER RECEBE ALIADOS E ARTICULA TENTATIVA DE SOBREVIVER À CRISE




Alvo diversos pedidos de impeachment, decorrentes do inquérito aberto após ser gravado e delatado por diretores da JBS, o presidente Michel Temer (PMDB) recebeu, neste sábado (27), aliados e ministros no Palácio do Jaburu, após a intensa semana de crise política. O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) foi recebido, após Temer almoçar com ministros.

Temer almoçou com os ministros tucanos Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Bruno Araújo (Cidades) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores); além do general Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional).

Aloysio Nunes e o general chegaram ao Jaburu acompanhados de suas mulheres, que foram recebidas pela primeira-dama Marcela Temer.
O chanceler negou ao jornal Estado de S. Paulo que sua reunião no final da tarde de sexta-feira (26) com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, tenha sido para tratar de uma eventual sucessão de Temer. “Como vou tratar de transição, se sou membro do governo e apoio o presidente?”, questionou Aloysio Nunes, alegando ter tratado de acordos internacionais.

Sarney e Temer se reuniram por duas horas, e, no fim do encontro, tiveram a companhia do ministro Moreira Franco, da secretaria-geral da Presidência da República. A assessoria não informou o motivo do encontro com o ex-presidente.

Pela manhã, o governo anunciou um acordo com parlamentares sobre o Programa de Regularização Tributária (PRT), mais conhecido como Refis, que vinha sendo negociado há quatro dias. Na mesma manhã, o presidente recebeu o deputado Júlio César (PSD-PI), que lidera a bancada nordestina e tratou do projeto de lei complementar que legaliza (convalida) incentivos fiscais concedidos pelos governos estaduais em desacordo com a Constituição ao longo dos últimos 30 anos. A matéria será votada na terça-feira (30).

Com o agravamento da crise após a divulgação da delação do empresário Joesley Batista, da JBS, e a manifestação de quarta-feira em Brasília, que terminou em confronto e depredação o Palácio do Planalto passou a semana tentando mostrar "normalidade".

PSDB e DEM chegaram a ameaçar deixar a base, principalmente por pressão de parlamentares, mas decidiram esperar até o julgamento da ação contra a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, marcado para o dia 6 de junho no TSE. (AE)

Domingo, 28 de Maio, 2017 as 13hs30

27 maio, 2017

SUSPEITOS DE RECEBER PROPINA PARA AÉCIO PEDEM LIBERDADE AO STF




Presos no dia (18/5) na Operação Patmos, Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima pediram que o Supremo Tribunal Federal (STF) revogue os mandados de prisão autorizados pelo ministro Edson Fachin e solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Medeiros é primo do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), e Mendherson é assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Eles foram presos sob acusação de terem recebido dinheiro em espécie repassado indevidamente pela JBS com destino ao senador Aécio Neves – o valor total acertado é de R$ 2 milhões, segundo as investigações.

A defesa de Frederico afirma que a manutenção da prisão é "completamente desnecessária" porque ele "jamais poderá influir" na apuração das suspeitas e que não teria motivo para tentar dificultar novas ações dentro da investigação. Diz também que Frederico e Aécio Neves estão afastados do cargo público e que, desta forma, não seria possível cometer crime em razão do cargo - que é o que a PGR investiga.

"A proibição de contato com os demais investigados e o recolhimento domiciliar, evidentemente, já seriam suficientes, visto terem o mesmo efeito da custódia em unidade prisional", diz a defesa de Frederico Pacheco de Medeiros, pedindo que o cliente possa responder em liberdade eventual ação penal.

O advogado de Mendherson Souza Lima afirmou que, "de todo o ocorrido teve participação mínima, conforme se depreende pelo narrado no requerimento do MPF encampado pelo decreto de prisão preventiva, e, em liberdade, não trará nenhum embaraço à ação da Justiça". A defesa diz que Mendherson "não trabalhava e não trabalhou em negócios escusos do senador Aécio Neves, e muito menos em campanha eleitoral".

"Manter esta prisão porque o agravante 'seria conhecedor de todas as estratagemas adotadas para ocultar a origem ilícita dos recursos movimentados, gravidade do crime e para impedir a destruição de provas' sem indicação concreta destes fatos é totalmente desnecessária", diz a defesa de Mendherson.

'NEGÓCIOS ESCUSOS'


Para a PGR, "as provas colhidas e ora apresentadas demonstram que Andrea Neves, Frederico de Medeiros Pacheco e Mendherson Souza Lima trabalham diretamente nos negócios escusos feitos pelo Senador Aécio Neves".

Em relatório da Polícia Federal divulgado nesta sexta-feira (26) há o relato de que Mendherson Souza Lima - assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) - teria buscado em São Paulo na data de 03/05/2017, parte do valor de propina acertado entre o senador Aécio Neves e o empresário Joesley Batista.

Isso foi possível graças ao próprio Mendherson, que, após ser preso, levou a PF ao local onde admitiu ter escondido o valor após a notícia sobre repasses indevidos da ordem de R$ 2 milhões na noite da quarta-feira 17 de maio, na véspera da operação. Segundo a investigação da Procuradoria-Geral da República, o assessor de Zezé Perrella teria atuado na operação para receber o dinheiro em nome de Aécio Neves junto com o primo do senador afastado, Frederico Pacheco de Medeiros.

Após ser preso, na quinta-feira (18), Mendherson disse que escondeu o dinheiro na casa da sogra por ter ficado assustado com as citações ao seu nome em meio às notícias de um possível pagamento de propina a Aécio Neves. A informação de que o senador Aécio Neves teria pedido e recebido R$ 2 milhões indevidos da JBS surgiu na noite da véspera (17/5). (AE)

Sábado, 27 de Maio, 2017 as 10hs00

26 maio, 2017

LAVA JATO CHEGA À SUA 41ª FASE CUMPRINDO 13 MANDADOS, DOIS DE PRISÃO




A Polícia Federal deflagrou sexta-feira (26/5) a 41ª fase da operação Lava Jato, no cumprimento de 8 mandados de busca e apreensão, 1 mandado de prisão preventiva, 1 mandado de prisão temporária e 3 mandados de condução coercitiva no Distrito Federal e nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Os 13 mandados expedidos pelo juiz Sérgio Moro estão ligados à investigação de complexas operações financeiras realizadas a partir da aquisição pela Petrobras de direitos de exploração de petróleo em Benin, na África, com o objetivo de disponibilizar recursos para o pagamento de vantagens indevidas a ex-gerente da área de negócios internacionais da empresa.

A ação tem ligação com dois lobistas Jorge Luz e Bruno Luz, pai e filho que operavam para o PMDB na Petrobras. Os dois estão presos em Curitiba desde a 38ª fase da Lava Jato. Os alvos de condução coercitiva, nesta 41ª fase, são Fernanda Luz, filha de Jorge Luz, que não foi encontrada, e Álvaro Gualberto Teixeira de Melo. A PF ainda não informou os nomes dos demais alvos.

Nesse caso, o ex-deputado Eduardo Cunha já foi condenado a penas que somam 15 anos de prisão, acusado de receber propinas de US$1,5 milhão (R$4,9 mihlões). Os prejuízo à Petrobras foram estimados em US$77,5 milhões (R$254 milhões). Os investigados devem responder pela prática dos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro dentre outros.

Sexta -feira, 26 de Maio, 2017 as 10hs00