A
Sinovac, fábrica que desenvolveu a vacina CoronaVac contra o novo coronavírus,
em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, recebeu a certificação de
boas práticas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A
resolução foi publicada pela Anvisa na segunda-feira (21/12) no Diário
Oficial da União, tem validade de dois anos e diz respeito
à linha de produção do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) - matéria-prima para a
produção do imunizante e de produtos estéreis usados na formulação.
"A
etapa finalizada é um dos pré-requisitos para a continuidade do processo de
registro da vacina da Sinovac e de um eventual pedido de autorização",
ressaltou a agência, em nota divulgada na noite de ontem. O pedido de registro,
no entanto, depende da divulgação de resultados sobre a eficácia da vacina pelo
Butantan, o que deve ocorrer quarta-feira (23/12), segundo a agência.
A
certificação da farmacêutica chinesa foi dada a cerca de 10 dias antes do prazo
previsto inicialmente. Antes de conceder o documento, uma equipe de técnicos da
agência foi a Pequim, na China, fazer inspeção em uma fábrica da Sinovac para
avaliar a qualidade da linha de produção. Após a visita, que ocorreu entre os
dias 30 de novembro e 4 de dezembro, foi encaminhado um relatório à Sinovac e
ao Instituto Butantan com as conclusões.
"O
plano de ação foi enviado pelo Instituto Butantan para a Anvisa na última
quarta-feira (16). Já a avaliação técnica da equipe inspetora e a revisão
técnica foram realizadas e concluídas no final desta semana. Assim, foram
antecipados em cerca de 10 dias da previsão inicial a publicação da decisão
sobre a certificação", informou a Anvisa.
Na
mesma viagem à China, os técnicos da Anvisa também inspecionaram a fábrica que
produzirá a matéria-prima que será enviada ao Brasil para a produção da vacina
de Oxford/AstraZeneca, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nesse caso, a
certificação deve sair até o início de janeiro, segundo a agência. (ABr)
Terça-feira,
22 de dezembro, 2020 ás 11:00