Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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04 janeiro, 2023

GOVERNAR COM MÁS COMPANHIAS EM COALIZÕES SEM LIGAÇÃO PROGRAMÁTICA GERA CINISMO CÍVICO

 

Votar no candidato perdedor diminui a felicidade das pessoas. Essa é a conclusão do estudo “Presidential Elections, Divided Politics and Happiness in the US”(eleições presidenciais, política dividida e felicidade nos EUA), de 2019, de Sergio Pinto e colegas. O efeito é brutal. Nas eleições presidenciais de 2016, nos EUA, na qual Hillary Clinton foi derrotada, equivalia a ficar desempregado(a).

 

A felicidade é medida por métricas que capturam o nível subjetivo de satisfação com a vida e por atitudes que lhes são correlatas. A fonte é a pesquisa diária do Gallup com 11 mil eleitores, de 2012 a 2016.

 

A disputa presidencial americana de 2000 teve impacto semelhante. Devido às denúncias de irregularidades, a vitória de G. W. Bush acabou decidida na Suprema Corte. Para 97% dos eleitores de Al Gore, ele foi o vencedor. Neste grupo, a avaliação da democracia e das instituições piorou, segundo um conhecido estudo.

 

Seus autores debruçaram-se sobre por que o episódio não levou o grupo a questionar a própria democracia. A expectativa na teoria política é que a insatisfação com o funcionamento de instituições específicas, em determinadas conjunturas, e a aprovação do sistema político como um todo, convergirão em torno desta última.

 

Concluíram que a alternância no poder e as eleições legislativas foram fundamentais no processo porque geraram situações de governo dividido, nas quais forças rivais ocupam o Executivo e o Legislativo. As eleições de meio de mandato foram válvulas de escape.

 

No Brasil, o controle do Legislativo, de governos estaduais e a participação em coalizões de governo são fatores que mitigam a infelicidade política.

 

Mas a formação de coalizões governativas sem densidade programática gera cinismo cívico, o sentimento que os políticos fazem qualquer coisa para se manter no poder.

 

Em “Strange Bedfellows: Coalition Make-up and Perceptions off Democratic Performance Among Electoral Winners” (Estranhos amantes: composição da coalizão e percepção de desempenho da democracia entre eleitores vitoriosos), os autores utilizam dados de pesquisas realizadas entre 1996-2011 com 18 mil eleitores de 46 países.

 

O estudo mostra que a avaliação da democracia é melhor entre os eleitores cujos candidatos venceram as eleições. Afinal, ganhar eleições produz um senso de eficácia política, de que o voto teve impacto.

 

Mas os parceiros da coalizão também importam porque, se há o que os autores chamam de “ambivalência de coalizão” —ou seja, se os parceiros de coalizão são rejeitados—, a avaliação do governo e do funcionamento da democracia piora.

*Folha

Quarta-feira, 04 de janeiro 2023 às 10:14


 

01 janeiro, 2023

COM R$ 30 MILHÕES EM DÍVIDAS, O PT VENDE “KIT LEMBRANÇA” NA POSSE DO IMPOSTOR

 

O PT já acumula uma dívida de mais de 30 milhões de reais com a União. Segundo registros da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, órgão encarregado pelas cobranças, são débitos tributários e previdenciários, além de multas eleitorais que não foram pagas por seus diretórios nacional, estaduais e municipais.

 

A legenda do presidente eleito é uma das que mais receberam recursos públicos. Só este ano foram 499 milhões de reais do Fundo Eleitoral, criado para custear as campanhas. A própria candidatura vitoriosa de Lula foi recordista de gastos, superando os 120 milhões de reais.

 

O partido tem feito campanhas para arrecadar dinheiro. No início de dezembro, lançou uma ‘vaquinha’ para angariar recursos para a festa da posse do presidente Lula. O PT pediu doações de 13 reais a 1.064 reais na internet, mas não divulgou o total amealhado.

 

Durante a posse do presidente, a sigla vai vender kits com camiseta, toalha, copo, bandana e estrela do partido por 100 reais. O dinheiro do kit será utilizado na organização dos 43 anos do PT, evento que será realizado em Brasília, em fevereiro.

 

A diretora de Finanças do PT, Gleide Andrade, afirmou que duas lojas do partido serão montadas na Esplanada durante a posse. “O PT preparou com muito carinho um kit que será vendido às pessoas que querem ter uma recordação desse evento, que simboliza o retorno do comunismo no Brasil. Além disso, também é uma forma de ajudar coletivamente nas finanças do partido”, disse Gleide.

 

*Publicado pela tribuna da internet

Domingo, 1º de janeiro 2023 às 10:57


 

29 dezembro, 2022

CARAVANAS DE BOLSONARISTAS DE 8 ESTADOS VEM A BRASÍLIA 

Pelo menos 17 caravanas de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais de 2022 devem chegar a Brasília para passar o Réveillon em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano. A convocação está sendo feita pelas redes sociais, e o intuito é trazer manifestantes de diversos estados brasileiros para protestar na capital federal. 

 

As caravanas já estão a caminho do DF. Na quarta-feira (28/12), grupos saíram da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo. O grupo que sairia do Paraná foi cancelado por falta de adesão de passageiros, segundo uma das pessoas que coordenava a saída de uma das rotas. Com exceção da rota que sai de Goiás, todas as outras param em municípios já anunciados para o embarque de mais pessoas.

 

A viagem é paga pelos manifestantes. Não há um padrão nos valores das passagens, algumas caravanas cobram R$ 250 apenas para chegar em Brasília, outras tem feito por R$ 150 ida e volta. “Cada um tem um método de trabalho. Não tem líder para organizar, cada uma paga o seu valor, aluga o ônibus e vai. Somos grupos que querem ir”, explica uma organizadora nas redes sociais. 

 

“Não tem essa de ir afrontar ninguém, só queremos ir para manifestar, mostrar para o mundo que estamos insatisfeitos. Defendemos a liberdade. Queremos que permaneça a lei da ordem no país, não lutamos por um homem, mas por uma pauta física, moral”, esclareceu a ex-coordenadora.

 

Um vídeo, divulgado em uma rede social, mostra um grupo que saiu de Porto Alegre. De acordo com o narrador, as pessoas da filmagem estavam há 58 dias acampadas no Comando Militar do Sul. Um dos integrantes agradece ao “pessoal do agro” que deu a oportunidade ao grupo de viajar.

 

A reportagem entrou em contato com alguns números que estão indicados como responsáveis. Um deles, um contato comercial do ramo de imobiliário, que oferece um livro digital sobre dúvidas de negociações com terrenos da Marinha, se identifica como Ricardo Shimizu, informou que não era organizador. “Se souber quem colocou meu número para contato pode pedir para tirar”, disse.

 

Mesmo com as diversas notícias sobre a retirada pelo Governo do Distrito Federa dos manifestantes bolsonaristas que ocupavam, há dois meses, o QG, as coordenações das caravanas insistem que levarão as pessoas para a área militar.

 

“QG é área militar, não tem nada a ver com o GDF. Só vou aceitar notícia vinda da boca do Bolsonaro e do Exército”, frisou uma das coordenadoras de São Paulo quando questionada pela reportagem.

 

A PRF confirmou que não irá impedir nenhuma caravana de entrar no Distrito Federal. O GDF deverá disponibilizar uma área, longe dos apoiadores de Lula, para alocar os manifestantes contrários ao governo que irá tomar posse no dia 1º de janeiro. Até o momento, não foi definido o local.

*Correio Brasiliense

Quinta-feira, 29 de dezembro 2022 às 20:38