Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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07 fevereiro, 2022

BANCADA DO PODEMOS COBRA MORO E QUER PRIORIDADE NA REPARTIÇÃO DO FUNDO ELEITORAL

A candidatura do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro à Presidência enfrenta resistências nas fileiras do Podemos, e a briga, agora, é pela distribuição do fundo eleitoral. Na Câmara, a bancada do Podemos – partido ao qual Moro se filiou em novembro – reivindica prioridade sobre os R$ 228,9 milhões do fundo para as disputas deste ano, sob o argumento de que, sem recursos, os deputados correm risco de derrota nas urnas e a sigla pode até mesmo não sobreviver.

 

O Podemos tem apenas 11 deputados federais e conta com um fundo eleitoral menor do que o dos concorrentes, como PL, PT, PSDB, MDB e PDT.

 

O tamanho da bancada também tem impacto no tempo de propaganda de rádio e TV. Enquanto a maior parte dos principais candidatos terá direito a 20 minutos semestrais de propaganda partidária, o ex-ministro da Justiça ficará com apenas 10 minutos em razão do tamanho do Podemos.

 

Líder do Podemos na Câmara, o deputado Igor Timo (MG) disse que não faz sentido focar os repasses do partido para a campanha presidencial em detrimento da eleição no Congresso. “A gente sabe que é um cobertor curto, não tem como fazer mágica. Mas não adianta também custear integralmente uma campanha presidencial e o partido deixar de existir. Se não tiver deputado, como vai se manter?”, questionou Timo.

 

Apesar de destacar o apoio a Moro, o líder do Podemos lembrou que o valor do fundo para as campanhas é calculado com base no número de deputados federais eleitos. “É natural que quem precise do fundo possa, de fato, reivindicar algum montante referente ao que ele mesmo gerou para o partido”, disse o deputado, ao argumentar que o ex-juiz pode compensar a barreira financeira atraindo doações de pessoas físicas. Na prática, quem define como será distribuído o recurso do fundo eleitoral é a cúpula da sigla.

 

Desde 2015, as doações de empresas são proibidas, mas as transferências de pessoas físicas estão liberadas. “A campanha do Moro tem condição natural de arrecadar recursos. Tem muita gente que enxerga no Moro uma possibilidade real, inclusive nós, de uma mudança para o cenário nacional, para o País mais equilibrado. Muitas pessoas contribuem nesse sentido”, afirmou Timo.

 

A possibilidade de Moro deixar o Podemos e migrar para o União Brasil – partido que será resultado da fusão entre o DEM e o PSL – vem sendo discutida, mas também enfrenta dificuldades. “Tem muita coisa ainda para se discutir. A gente está vendo esse ‘approach’ que tem sido feito pelo União Brasil na busca do Moro, oferecendo condições que talvez o Podemos não tenha”, observou o líder do Podemos na Câmara.

 

O PSDB do governador de São Paulo, João Doria, e o MDB da senadora Simone Tebet (MS), ambos candidatos à Presidência, fizeram uma ofensiva sobre o União Brasil e começaram a discutir a possibilidade de montar uma federação entre as três legendas, mas a hipótese é vista como improvável. O modelo de federação obriga os partidos a ficarem juntos e se manter aliados em eleições durante quatro anos.

 

O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), disse ao Estadão que “há tempos” tem conversado sobre o assunto com o PSDB e o MDB. Escolhido para comandar o União Brasil, Bivar afirmou que Moro poderá fazer parte desse grupo. Não indicou, porém, que ele terá prioridade sobre os demais concorrentes.

 

“A gente (União Brasil e MDB) já vem conversando há algum tempo. Não temos um candidato no momento; a gente vai discutir os nomes. Tem o PSDB também. O Moro, se quiser, pode entrar nesse pacote”, comentou Bivar.

 

Na prática, a federação vai muito além de uma aliança presidencial e precisa ser reproduzida em eleições para governadores e prefeitos, sempre por no mínimo quatro anos. Alas do MDB apoiam a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta lista estão o senador Renan Calheiros (AL), o ex-senador Eunício Oliveira (CE), o ex-presidente José Sarney e muitos diretórios do partido no Nordeste.

 

Além disso, no Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) é adversário do PSDB e deve enfrentar nas urnas o senador tucano Izalci Lucas. Outro complicador é que o próprio Ibaneis planeja abrir o palanque para o presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não acredito que aconteça (a federação). São muitas divergências nos Estados”, disse Ibaneis ao Estadão.

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve confirmar a existência do União Brasil nesta terça-feira, 8. “Entrando nesse processo, a gente zera tudo”, disse Bivar, para quem as discussões sobre candidatura presidencial começarão a tomar forma no novo partido a partir de março.

 

De qualquer forma, a candidatura de Moro também não é unanimidade no Podemos, tanto que uma parte dos deputados do partido não esconde a simpatia por outros presidenciáveis. É o caso de Bacelar Batista (BA), que apoia Lula; e de José Medeiros (MT) e Diego Garcia (PR), que defendem a reeleição de Bolsonaro.

 

Garcia já anunciou até mesmo que vai sair do Podemos. Medeiros, por sua vez, postou uma mensagem no Twitter, no dia 24 de janeiro, dizendo que “com a possível ida do ex-ministro Sérgio Moro para o UB (União Brasil), a presidente Renata se credencia como um importante candidata a vice do presidente@jairbolsonaro”.

 

Moro não é o único que sofre oposição dentro do próprio partido. Doria também tem adversários no PSDB. O caso mais recente foi protagonizado pelo senador Tasso Jereissati (CE), que tem reiterado apoio a Tebet. Na quinta-feira, 4, o senador esteve com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e disse a ele que a senadora não tem rejeição e é capaz de unir forças.

 

O problema é que o nome de Tebet também não tem consenso no MDB, tanto que setores do partido querem apoiar Lula logo no primeiro turno. O pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, é outro que vê crescer no partido dissidências pró-Lula. Mesmo após o lançamento da candidatura de Ciro, no último dia 21, parte dos deputados e senadores do PDT ainda manifesta incômodo com a estagnação do ex-ministro nas pesquisas de intenção de voto.

 

Procurada, a assessoria de Sergio Moro respondeu que não ia comentar e que o assunto diz respeito ao partido. A presidente do Podemos, Renata Abreu, não retornou os contatos da reportagem.

 

*Estadão Conteúdo

Segunda-feira, 07 de fevereiro 2022 às 13:26


 

06 fevereiro, 2022

COVID-19: BRASIL REGISTRA 197 MIL CASOS E 1.308 MORTES EM 24 HORAS

 

O Brasil registrou, em 24 horas, 197.442 mil casos de covid-19 e 1.308 mortes em 24 horas, segundo o mais recente boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, foram notificados 26.473.273 casos e 631.802 óbitos em decorrência do novo coronavírus.

 

O boletim, divulgado sábado (5/2), não traz os dados do Mato Grosso e do Distrito Federal, que não foram atualizados pelas respectivas secretarias da Saúde.

 

Desde o início da pandemia, 22.666.567 pessoas se recuperaram da doença. Há também 3.174.904 casos em andamento.

Estados

 

São Paulo é a unidade da Federação que registra o maior número de casos e de mortes, com 4,7 milhões e 159,5 mil, respectivamente. Minas Gerais e Paraná registram o segundo e o terceiro maiores números de casos no país, com 2,86 milhões e 2,08 milhões, respectivamente. Em relação ao número de mortes, Rio de Janeiro, com 70 mil, e Minas Gerais, com 57,7 mil, são os dois estados com mais óbitos.

 

O Acre registra tanto o menor número de casos (105.874) quanto de mortes (1.894). Roraima tem o segundo menor número de casos (145.604) e o terceiro menor de óbitos (2.105). O Amapá tem o terceiro menor de casos (156.261) e o segundo de mortes (2.057).

 

ABr

Domingo, 06 de fevereiro 2022 às 12:29 


 A pandemia não acabou, proteja, siga aos protocolos de segurança !

05 fevereiro, 2022

O DESESPERO PELA DERROTA IMINENTE

 


Avança pelos corredores do Planalto e toma conta da Esplanada dos Ministérios e da base aliada a sensação de um fracasso histórico e de uma derrota fragorosa do mandatário nas eleições que estão por vir.

 

Ele mesmo já teria se dado conta disso. As pesquisas, até as internas que seus auxiliares encomendam, não deixam dúvidas. Ao menos 64% das pessoas disseram que não votam nele de jeito algum, estatística difícil de reverter nesses termos – faça o que fizer e apesar de contar com a máquina na mão e toda a sorte de ferramentas do Estado para atrair eleitores. Mais da metade, 51%, acham seu governo ruim ou péssimo.

 

 Bolsonaro se esvai no desespero e parte para o tudo ou nada, ensandecido. No afã de se mostrar popular, surge, deprimentemente, numa cena grotesca, devorando um frango assado com as mãos, debaixo de uma tenda armada, espalhando farofa para todo o lado como um animal esfomeado. É um espetáculo montado, filmado e dirigido para transmitir a ideia do homem simples, algo que não é. Filho e ministro coordenam, calculadamente, os movimentos. O teatro provoca efeito contrário.

 

Em um País onde mais de 20 milhões de brasileiros não possuem absolutamente nada para comer e mais de 50 milhões sofrem de alguma carência alimentar, ele encena a fartura, saciado, empanturrado, sem modos ou cerimônia. O mesmo presidente pilhado em passeios de jet ski ou lanchas em resort, dançando funk, com gastos astronômicos no cartão corporativo – batendo um recorde sem precedentes entre os pares, nesse sentido –, com mais de R$ 30 milhões de despesas em três anos de gestão ou quase R$ 1 milhão ao mês não é exatamente um pé rapado.

 

 Para o assalariado, que sofridamente corre atrás de saídas, todos os dias, para quitar as contas, a ideia de alguém com a esplêndida mordomia que o cerca (carros, palácios, seguranças e gordos rendimentos), sem ter de abrir a carteira para nada, gastar essa baba de dinheiro, sabe-se lá em quê, é desaforo. Assim, a pantomima da farofada protagonizada pelo titular do poder central não convence. Nem os seguidores aprovam. O vídeo é rapidamente tirado do ar. Não adiantava mais.

 

O estrago promovido por cada uma das aparições do capitão tem sido enorme. Ato contínuo ao frango com farofa, ele resolveu sobrevoar áreas atingidas pelas chuvas e desabamentos em municípios ribeirinhos de São Paulo, que enfrentam uma catástrofe tenebrosa, inclusive com perdas de vidas. Quase três dezenas de pessoas até aqui foram levadas pelas enxurradas.

 

 O presidente, em um impulso descabido e de notório preconceito, resolveu culpar as próprias vítimas. Disse que faltou a elas visão de futuro. Difícil acreditar que o chefe da Nação foi capaz de uma barbaridade dessas. Ele é quem parece não ter visão alguma, nem do presente, nem do impacto que declaração tão desmiolada provoca de revolta.

 

 A percepção de um presidente insensível, psicopata e desprovido de moral prevalece. As agremiações que até aqui lhe davam guarida vão aos poucos desembarcando. A debandada de apoio é notória e acelerada.

 

Mesmo de venais parceiros até aqui fiéis. O Centrão, por exemplo, já pouco acredita na recondução do Messias e pensa em mudar de lado. Justamente rumo ao extremo oposto onde está lotada a candidatura do demiurgo de Garanhuns. Para esse bloco, não interessam colorações ideológicas, plataforma programáticas, valores democráticos.

 

 Não é disso que se trata e sim da permanência garantida nas tetas do Estado, ao lado do vencedor da vez. E Bolsonaro fornece indicações de não reunir hoje a menor condição nesse sentido. Ele perde literalmente de TODOS os adversários em segundo turno, demonstrando a quanto arredia está a parcela majoritária do eleitor a sua figura. Bolsonaro é o diabo a ser excomungado de Brasília, pensa a maioria, após os atos tresloucados em que atuou contra a vacina ou a favor de golpes.

 

 Ninguém quer mais um lunático no comando, capaz de digressões à Lei e à ordem, com uma natureza fascista e corrompida por esquemas de favorecimento a filhos, amigos e apaniguados de última hora. Os urubus da boquinha estão correndo atrás de outra carniça e muitos acreditam que se Bolsonaro não desistir da corrida ou, eventualmente, alcançar o segundo turno, Lula estará eleito. Por mais contraditório que possa parecer, ele empurra o adversário direto para o seu lugar.

Nesse quadrante da campanha e diante dos fatos, o mandatário parece disposto a radicalizar, esquentando a turba dos fanáticos que tradicionalmente o acompanham. Resolveu peitar novamente o Supremo Tribunal, mirando, como de hábito, o desafeto de plantão, ministro Alexandre de Moraes. Contrariou ordens de prestar testemunho à Polícia Federal sobre uma acusação de vazamento de informações, e ficou por isso mesmo. Outro magistrado, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, diz que faltam adjetivos para qualificar atitudes de Bolsonaro que “auxiliam milícias digitais e hackers”. No inferno astral que enfrenta, desprezo, farofa e visão de futuro distorcida são combustível explosivo contra suas ambições. A retirada das tropas de suas hostes – e o Partido Republicanos foi um dos primeiros a anunciar formalmente a possibilidade – é apenas o prelúdio do naufrágio iminente. E ele será dantesco.

 

*IstoÉ

Sábado, 05 de fevereiro 2022 às 11:34