Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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13 novembro, 2021

COMO VAI FUNCIONAR O AUXÍLIO BRASIL?

 

Com benefício médio de R$ 217,18 em novembro, o Auxílio Brasil, novo programa social criado pelo governo, começará a ser pago no próximo dia 17. Para valer definitivamente, a medida provisória (MP) do programa precisa ser aprovada pelo Congresso, até 7 de dezembro, 120 dias após a edição do dispositivo.

 

Com 17 milhões de famílias incorporadas, o Auxílio Brasil terá cerca de 2,5 milhões de famílias a mais que os 14,6 milhões atendidas pelo Bolsa Família. O novo programa social terá três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário arranje um emprego ou tenha um filho que se destaque em competições esportivas ou em competições científicas e acadêmicas.

 

O pagamento do valor mínimo de R$ 400 até dezembro de 2022, prometido pelo presidente Jair Bolsonaro, depende da aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite o parcelamento de precatórios por até dez anos e muda o cálculo do teto de gastos. Caso aprovada, a proposta abre um espaço de R$ 91,5 bilhões no teto para 2022, dos quais cerca de R$ 50 bilhões serão usados para bancar a elevação do benefício para R$ 400.

 

As condições do programa foram regulamentadas por um decreto editado na última segunda-feira (8). Os valores dos benefícios e das linhas de pobreza e de extrema pobreza foram definidos por outro decreto, publicado na última sexta-feira (5).

 

As famílias com renda per capita de até R$ 100 passaram a ser consideradas em situação de extrema pobreza; aquelas com renda per capita de até R$ 200 passam a ser consideradas em condição de pobreza. No Bolsa Família, os valores eram, respectivamente, de R$ 89 e de R$ 178 por pessoa. O valor médio do Bolsa Família, em média R$ 189, passou para R$ 217,18, com alta de 17,84%.

 

Confira as principais dúvidas sobre o Auxílio Brasil:

 

Quando o Auxílio Brasil começa a ser pago?

 

O pagamento do novo benefício começa em 17 de novembro. O programa seguirá o calendário do Bolsa Família, que paga nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do Número de Inscrição Social (NIS), começando com beneficiários de final 1 e terminando com os de final 0.

 

O programa será definitivo?



A efetivação do Auxílio Brasil em caráter definitivo depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, da Medida Provisória (MP) 1.061/2021, que instituiu o programa social. Com força de lei, a MP precisa ser aprovada na Câmara e no Senado em até 120 dias.

O que aconteceu com o Bolsa Família e o auxílio emergencial?

 

A MP 1.061/2021 determinou que, 90 dias após sua publicação, o Bolsa Família seria extinto para dar lugar ao Auxílio Brasil. Caso a medida provisória não seja aprovada a tempo, caberá ao Congresso editar uma resolução definindo os efeitos da extinção da MP, com chances de reinstituir o Bolsa Família.

 

Quanto ao auxílio emergencial, o programa chegou ao fim em outubro e não foi prorrogado. Apenas os cerca de 10 milhões de beneficiários do Bolsa Família que recebiam o auxílio foram migrados para o Auxílio Brasil. Cerca de 23 milhões de trabalhadores informais e de 5,3 milhões de pessoas inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) deixaram de receber qualquer benefício neste mês.

 

Quem pode receber o Auxílio Brasil?

 

Famílias em extrema pobreza, com renda mensal de até R$ 100 por pessoa, e em situação de pobreza, com renda entre R$ 100,01 e R$ 200 por pessoa. Para os beneficiários da segunda categoria, somente receberão o Auxílio Brasil as famílias com gestantes ou filhos com até 21 anos incompletos.

 

Todas as famílias que recebiam o Bolsa Família foram automaticamente migradas para o Auxílio Brasil, com a inclusão de 2,5 milhões de beneficiários que estavam na fila do Bolsa Família, totalizando 17 milhões de famílias, segundo o Ministério da Cidadania.

 

Quais as modalidades de benefícios?

 

O Auxílio Brasil está dividido em dois núcleos: um básico, com três benefícios, e um suplementar, com seis.

 

No núcleo básico, os benefícios são os seguintes:

 

Benefício Primeira Infância: para famílias com crianças de até 3 anos incompletos. O benefício será de R$ 130 por criança nessa faixa etária, limitado a cinco benefícios por família.

 

Benefício Composição Familiar: para famílias com gestantes, ou pessoas de 3 a 17 anos de idade, ou de 18 a 21 anos matriculados na educação básica. O valor do benefício será R$ 65 por pessoa, também limitado a cinco benefícios por família.

 

Benefício de Superação da Extrema Pobreza: será pago se, mesmo após a soma dos demais benefícios do núcleo básico, a renda mensal per capita da família continuar abaixo da linha de extrema pobreza (R$ 100).

 

Algumas famílias que cumprirem determinadas condições poderão receber seis benefícios como acréscimo ao benefício básico:

 

Auxílio Esporte Escolar: destinado a estudantes de 12 a 17 anos incompletos que se destaquem nos Jogos Escolares Brasileiros e sejam membros de famílias que recebam o Auxílio Brasil. O auxílio terá 12 parcelas mensais de R$ 100 para o estudante. A família receberá uma parcela única de R$ 1 mil.

 

Bolsa de Iniciação Científica Junior: pago a estudantes com bom desempenho em competições acadêmicas e científicas de famílias beneficiárias do Auxílio Brasil. Os valores são os mesmos do Auxílio Esporte Escolar.

 

Auxílio Criança Cidadã: pago ao responsável por família com filho de até quatro anos incompletos que consiga fonte de renda, mas não encontre vaga em creches públicas ou privadas da rede conveniada. O valor será pago até a criança completar 48 meses de vida.

 

Segundo o decreto que regulamenta o Auxílio Brasil, as famílias com matriculadas em turno parcial receberão R$ 200, e as famílias com filhos em turno integral receberão R$ 300.

 

Auxílio Inclusão Produtiva Rural: será concedido às famílias beneficiárias do Programa Auxílio Brasil que possuam em sua composição agricultores familiares. Segundo o decreto, o benefício será pago em parcelas mensais de R$ 200. Não é permitido o pagamento de mais de um auxílio por pessoa e por família.

 

Auxílio Inclusão Produtiva Urbana: beneficiários do Auxilio Brasil que comprovarem vínculo de emprego com carteira assinada receberão R$ 200 por mês. O recebimento é limitado a um auxílio por família ou por pessoa.

 

Benefício Compensatório de Transição: destinado a famílias que recebiam o Bolsa Família e tiveram perdas na migração para o Auxílio Brasil. Esse benefício será concedido durante a implementação do novo programa e será mantido até que o valor recebido pela família supere o do Bolsa Família ou até que a família deixe de se enquadrar nos critérios de elegibilidade.

 

Como se cadastrar?

 

O Auxílio Brasil usará os cadastros do Bolsa Família e do Cadastro Único. No caso do Bolsa Família, todos os beneficiários em outubro de 2021 foram automaticamente incluídos no Auxílio Brasil, sem necessidade de recadastramento.

 

Quem ainda não está no CadÚnico precisa fazer a inscrição no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo, comprovando a situação de pobreza ou de extrema pobreza. Ainda não está claro se quem já está registrado no CadÚnico e não se enquadra nos critérios do Bolsa Família entrará na fila para o Auxílio Brasil ou se receberá automaticamente o benefício.

 

Quais obrigações o beneficiário do Auxílio Brasil precisa cumprir?

 

A permanência no programa dependerá de frequência escolar mensal mínima de 60% para crianças de 4 e 5 anos de idade, e de 75% para famílias com estudantes de 6 a 21 anos. As famílias também deverão cumprir o calendário nacional de vacinação, fazer o acompanhamento do estado nutricional de crianças com até 7 anos incompletos, e do pré-natal para as gestantes.

 

Aumento de renda leva à perda do benefício?

 

Os beneficiários que conseguirem emprego e tiverem aumento da renda familiar mensal por pessoa em valor que ultrapasse até duas vezes e meia a linha de pobreza (R$ 200 por pessoa), chegando a R$ 500 por pessoa, poderão permanecer no programa por mais 24 meses, antes de serem excluídos.

 

Caso o beneficiário perca o emprego e a renda adicional, a família retornará ao Auxílio Brasil com prioridade, sem enfrentar fila, bastando atender aos requisitos para fazer parte do programa.

 

O decreto publicado no último dia 5 definiu que não serão considerados no cálculo da renda familiar mensal para fins de enquadramento o pagamento de cada auxílio, benefício financeiro ou bolsa concedidos pelo governo. (ABr)

Sábado, 13 de novembro 2021 às 9:28


 

12 novembro, 2021

MORO ESTÁ ARREPENDIDO

A estreia de Sérgio Moro, para quem jurou nunca entrar na política, é uma dose de ânimo numa rotina conturbada que o levou próximo à depressão. A amigos que visitou em Curitiba e São Paulo, Moro se disse arrependido de ter entrado no governo de Jair Bolsonaro. Diz a todos que jogou a carreira de juiz no lixo. A conferir os próximos capítulos.

Não existe Ética no Governo

 

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República atua com benevolência sobre ministros denunciados do governo Bolsonaro. As 10 atas das reuniões de 2021 mostram que os processos foram arquivados. Indicado por Bolsonaro para o STF, o ex-ministro da Justiça André Mendonça, que usou a Lei de Segurança Nacional para investigar e processar críticos do presidente, foi investigado por suposta “desvirtuação da função pública”. Deu em nada. O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi alvo de oito processos esse ano, todos na gaveta — com exceção de um recente, denunciado pela offshore em paraíso fiscal. O campeão é o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, alvo de apurações por “utilização indevida de redes sociais”, “manifestação indevida em reunião ministerial” (aqueles vagabundos…) etc. Weintraub recebeu a branda penalidade de “censura ética”. A Comissão argumenta que “todo procedimento instaurado para apurar possíveis infrações às normas éticas é revestido de caráter reservado”.

Comissão de Ética Pública da Presidência arquivou todas as denúncias contra ministros. Maior ‘penalidade’ foi uma ‘censura ética’ a Weintraub.

*msn

Sexta-feira, 12 de novembro 2021 às 13:25



 

11 novembro, 2021

SEIS EM CADA DEZ SERVIDORES JÁ PRESENCIARAM ATOS ANTIÉTICOS

 


Seis em cada dez servidores públicos federais afirmam já ter observado, em algum momento de suas carreiras, um colega de trabalho agir de forma antiética. Embora 38% deles acreditem que atualmente não sejam cometidos atos contrários à ética pública nos órgãos em que trabalham, quase metade (47,6%) deles julga que há, sim, nos locais onde estão lotados, quem ainda incorra em práticas ilícitas.

 

Os dados constam de pesquisa censitária sobre ética e corrupção no serviço público federal cujos resultados o Banco Mundial divulgou quinta-feira (11/11). Realizado em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério da Economia e Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o estudo consultou, de forma remota, mais de 22 mil servidores de todo o Brasil, entre os dias 28 de abril e 28 de maio deste ano.

 

Entre os 58,7% dos entrevistados, que responderam online já ter presenciado outro servidor cometer ato antiético, os relatos mais frequentes são de casos em que alguém se valeu do cargo público para obter vantagens para amigos ou parentes ou deixou de cumprir leis, normas ou regras por pressão de seus superiores hierárquicos. Além disso, 33% dos entrevistados afirmaram ter sofrido, nos últimos três anos, algum tipo de pressão para flexibilizar regras e procedimentos organizacionais, ignorar atos indevidos ou compartilhar informações de acesso restrito.

 

Parcela minoritária dos entrevistados aceitou responder a uma pergunta específica sobre os impactos da pandemia da covid-19 para controle e transparência na contratação de serviços e a compra de produtos por órgãos federais. A partir das respostas, os pesquisadores concluíram que a percepção dos servidores é que as práticas antiéticas aumentaram durante a pandemia. Para 56% dos entrevistados, práticas como a interferência política aumentaram (26,3%) ou permaneceram iguais (29,5%) durante o período.

 

A maioria dos entrevistados afirmou conhecer os programas de integridade que suas organizações mantêm para tentar inibir práticas antiéticas, mas mais da metade do total de respondentes (51,7%) disse não se sentir segura para denunciar atos de corrupção.

 

O estudo aponta que o grau de insegurança varia conforme o vínculo empregatício do servidor, mas a insegurança é maior (51%) entre os servidores concursados que conquistaram relativa estabilidade empregatícia do que entre os que ocupam cargos comissionados (36,8%) ou de direção e assessoramento superior (DAS).

 

Segundo o coordenador da pesquisa, Daniel Ortega Nieto, especialista sênior do Banco Mundial, esse aspecto surpreendeu a equipe responsável pelo estudo. “Este é um dos aparentes paradoxos da pesquisa. Podemos considerar várias hipóteses, mas [neste momento] é impossível saber os múltiplos fatores que levam a isso. Uma hipótese é que os servidores concursados se sintam mais inseguros porque podem sofrer com impactos de longo prazo em suas carreiras caso denunciem [atos de corrupção]”.

 

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, também disse ter ficado surpreso com os dados. “Espera-se que servidores que não têm estabilidade tenham mais receio, mas apareceu este resultado e teremos que levantar o porquê disto. Conforme sempre falo, a medida de resolução é o aprimoramento da salvaguarda e da proteção aos denunciantes”, afirmou.

 

Além de citar as medidas legais que o país adotou nos últimos 12 anos para prevenir e combater a corrupção e proteger os denunciantes, como o Programa Nacional de Prevenção à Corrupção e o Decreto nº 10.153, o ministro defendeu a regulamentação do artigo da chamada Lei Anticrime, de 2019, que prevê recompensa para quem fornece aos órgãos de controle informações que resultem na recuperação de valores desviados da administração pública federal.

 

“Até o ano que vem, queremos entregar a regulamentação prevista no Pacote Anticrime, que traz a possibilidade de uma recompensa de até 5% do valor recuperado pelos órgãos a partir de denúncias”, disse Rosário.  Ele defende que a pesquisa seja refeita a cada dois anos. “Acho um período razoável, pois dá tempo de absorvermos os resultados, implementar medidas e verificar se surtiram efeitos.” (ABr)

A íntegra do estudo está disponível na página do Banco Mundial.

Quinta-feira, 11 de novembro 2021 às 16:19