Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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21 setembro, 2021

CONSÓRCIO DE PROVEDORES REGIONAIS CRITICAM FORMA COMO O EDITAL DO 5G ESTÁ ESTRUTURADO

 

A pressa do governo federal para passar o edital do 5G pode atrasar a chegada da tecnologia em 95% dos municípios brasileiros, de acordo com Iniciativa 5G Brasil, um consórcio de provedores regionais.

 

Juntos, esses provedores atendem cerca de 95% das cidades brasileiras, e afirmam que as condições impostas no edital os prejudicam. Para as empresas, o leilão irá privilegiar operadoras de telefonia de grande porte, deixando o interior do país e o agronegócio de lado.

 

"A entrada desses provedores [da Iniciativa 5G Brasil] ampliaria o potencial de exploração do 5G para os municípios do interior do país onde eles já atuam de forma abrangente, mas que não são economicamente vantajosos para as grandes empresas com sedes e investimentos nas capitais", diz nota do grupo.

 

Quando a primeira versão do edital do 5G foi apresentada, a iniciativa afirma que pediu por alterações que beneficiassem os provedores regionais. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), porém, alegou que não havia tempo hábil para as mudanças, ainda segundo a iniciativa.

 

"Seria necessário trabalhar com duas frequências para ter alcance e largura de banda. Com apenas uma, é como se nós entrássemos 'mancos' no mercado. Teríamos o avião, mas não o combustível para voar", compara o presidente institucional da Iniciativa 5G Brasil, Suelismar Caetano. "Como no certame, o leiloamento dessas frequências se dará em etapas distintas, há o risco de ganhar uma e perder a outra, o que inviabilizaria financeiramente o negócio de qualquer novo entrante, pois a conta não fecha", conclui.

 

Por outro lado, o Ministério das Comunicações argumenta que a participação dos provedores regionais de internet está garantida no leilão do 5G, com os lotes de frequências regionais.

 

*iG Tecnologia

Terça-feira, 21 de setembro, 2021 ás 22:02


 

20 setembro, 2021

GÁS DE COZINHA CARO FAZ LENHA SUPERAR GLP NA MAIORIA DAS RESIDÊNCIAS

 

A vida para a catadora de lixo Jane Cristina dos Santos, de 50 anos, nunca foi fácil. Mas desde o início da pandemia, as coisas pioraram. O marido, Alex Sandro Rocha, de 48, teve problemas no coração e no pulmão, tendo que parar de trabalhar. Além disso, com mais gente sobrevivendo dos recicláveis, a renda minguou. Sua casa, na comunidade Para-Pedro, em Colégio, na Zona Norte do Rio, tem as paredes feitas de madeira, e o teto, de telhas quebradas. Todos os móveis foram recebidos por doação, inclusive o fogão a gás, que fica ao lado do vaso sanitário. Jane logo avisa que não é ali que faz a comida do dia a dia. Quando precisa cozinhar feijão, arroz e o que mais tiver para comer, utiliza um fogão a lenha improvisado na área externa, o qual também divide com vizinhos que não têm dinheiro para o botijão. Com preço de R$ 105 por lá, o gás virou artigo de luxo. Está presente nas casas, porém só é usado em dias de chuva ou em preparos rápidos, como para fazer um café.

 

Pelos seus cálculos, para comprar um botijão, ela precisa vender 50 quilos de garrafas pet, o que leva pelo menos dez dias para juntar. Antes, quando o item era mais barato e tinha o apoio do marido, ela gastava a metade do tempo. Já a lenha é de graça. São madeiras de caixotes de feira, abandonados na rua.

 

"O dinheiro, quando tem, a gente compra manteiga, pão. O óleo pegamos usado, e as frutas e legumes catamos do chão da Ceasa, que fica perto daqui", conta Jane.

 

Mãe de seis filhos, Graziele Oliveira Porto, de 34 anos, tem uma situação um pouco melhor, mas também já usa lenha para cozinhar. O marido, que perdeu o emprego de entregador em abril do ano passado, hoje trabalha arrastando caixotes vazios no Ceasa, por uma diária média de R$ 60. O filho mais velho, de 15 anos, faz o mesmo e reforça a renda da família. Mesmo assim, o gás só dura 22 dias. Na casa, onde também mora a avó de Graziele, são nove bocas para alimentar. Todo fim de mês, a solução é colocar dois tijolos com uma grade por cima para fazer almoço e jantar.

 

No Brasil, o número de residências usando lenha para cozinhar já supera o uso de gás. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que o uso dessa matriz de energia começou a aumentar em 2014, mas só ultrapassou o GLP em 2018. No ano passado, 26,1% dos brasileiros usavam lenha contra 24,4% que usavam o botijão.

 

A diferença pode aumentar ainda mais. Desde janeiro, o preço médio do botijão de gás subiu quase 30%, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o que equivale a cinco vezes a inflação acumulada no período.

Vale gás é uma solução

 

De acordo com uma pesquisa do FGV Social, com o fim do auxílio emergencial, o número de pobres — que vivem com até R$ 261 por mês — pode saltar de 27,7 milhões para 34,3 milhões, aproximadamente 16,1% da população. Somado a isso, nos 12 meses terminados em julho, a inflação desse grupo foi de 10,05%, três pontos percentuais acima da inflação da alta renda.

 

Sergio Bandeira de Mello, presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), defende a implementação de alguma política semelhante à tarifa social de energia, como um vale-gás. No Rio, o programa SuperaRJ terá uma cota extra exclusiva para compra de botijão de gás (GLP), entre R$ 50 e R$ 80, conforme a Lei 9.383/2021, ainda pendente de regulamentação.

Queima de lenha pode provocar doenças

 

O diretor executivo do Instituto Perene, Guilherme Valadares, observa que a lenha é um indicador de renda porque entra no lugar do gás quando não existe alternativa para remédio nem para comida. A realidade em muitos lares é o duplo combustível, com uso de gás para coisas rápidas, como esquentar uma comida, e de lenha para o que demora mais. Esse é o caso da Rayane Oliveira, de 24 anos. Mãe de quatro, ela reclama que, sem a merenda escolar, as contas apertaram ainda mais:

 

"Meu marido trabalha de bico, e eu faço unha na comunidade. Aí ganho R$ 10 aqui, R$ 20 ali. A gente junta, paga o aluguel, compra comida e, às vezes, gás. Para durar, também cozinho com lenha."

 

A professora do departamento de Química da PUC Rio, Adriana Gioda, que se dedica ao tema desde 2016, conta que o uso do insumo pode provocar diversas doenças, como câncer, problemas de coração, asma e bronquite. A estimativa é que as mortes atribuídas à queima de lenha ou de carvão em ambiente domiciliar representem para o país um custo anual superior a R$ 3 bilhões.

 

"Quem é pobre não tem fogão a lenha adequado. Coloca duas ou três pedras, uma grade em cima, ficando muito exposto à fumaça, ou até se queimando e morrendo", explica.

 

A fim de reduzir impactos, o Instituto Perene, que tem como um de seus parceiros a Natura, desenvolveu um modelo de fogão à lenha que reduz até 60% o uso dessa matriz energética por refeição, oferecendo o máximo de eficiência. Desde 2009, já atendeu mais de 13 mil domicílios.

 

"A solução é uma tecnologia de transição. O ideal é ter o gás o mês inteiro", diz Valadares.

*Agência O Globo

Domingo, 19 de setembro, 2021 ás 8:30


 

18 setembro, 2021

MORO VOLTA AO BRASIL PARA DECIDIR DESTINO POLÍTICO


Morando nos Estados Unidos desde que ingressou na iniciativa privada como consultor da Americana Alvarez&Marsal, o ex-juiz Sergio Moro desembarca no Brasil na próxima quinta-feira (23/9), para mais uma rodada de reuniões políticas. O objetivo é analisar a aceitação de seu nome entre setores do empresariado como eventual candidato nas eleições do próximo ano.

 

Cortejado pelo Podemos para concorrer à Presidência da República, Moro recebeu nos últimos dias duas pesquisas privadas de intenção de votos que buscam situá-lo sobre o tamanho de seu potencial eleitoral não só como possível candidato ao Palácio do Planalto, mas também como senador pelo estado de São Paulo.

 

Em uma delas, circunscrita a eleitores do estado de São Paulo e que foi a campo de 20 a 31 de agosto, o ex-juiz da Lava-Jato aparece com 9% da preferência do eleitorado na corrida presidencial, atrás do petista Luiz Inácio Lula da Silva, com 26%, e do presidente Jair Bolsonaro, com 18%. O levantamento ouviu 2.300 pessoas no estado, e a margem de erro é de dois pontos percentuais. Algoz de Lula ao longo da operação Lava-Jato, Moro não consegue cabalar, conforme a pesquisa, votos que seriam dados ao petista em uma disputa ao Palácio do Planalto. Pela simulação, 14% dos eleitores que dizem hoje votar em Lula poderiam votar no ex-ministro Ciro Gomes (PDT), mas apenas 1% toparia votar em Moro.

 

Nesta simulação, a baixa rejeição de Moro entre eleitores paulistanos, porém, foi comemorada por apoiadores como um importante ativo caso ele dê sinal verde para que a campanha seja colocada na rua. De acordo com a pesquisa, Lula tem 21% de rejeição no estado de São Paulo. O presidente Jair Bolsonaro aparece com rejeição de 20%, o governador do estado João Dória (PSDB), com 14%, e o ex-ministro Ciro Gomes com 9%. A rejeição de Sergio Moro atinge é de apenas 7%.

 

Sergio Moro ainda não decidiu se pretende entrar na vida pública e concorrer a um cargo eletivo em 2022, mas será pressionado, em sua passagem pelo Brasil, a enfim dar uma resposta definitiva ao partido que quer filiá-lo a seus quadros. Uma reunião com o Podemos está agendada para o dia 30 de setembro, em Brasília, para ouvir a palavra final do ex-magistrado.

 

Enquanto não se decide, Moro foi testado pelo Podemos também como eventual candidato ao Senado por São Paulo. Neste levantamento, ele aparece numericamente à frente dos demais concorrentes, com 17% das intenções de voto. O apresentador José Luiz Datena (PSL), segundo colocado, tem 16%, enquanto o vereador Eduardo Suplicy (PT) aparece com 11%.

 

*Veja

Sábado, 18 de setembro, 2021 ás 11:42 


 

 

16 setembro, 2021

5G: ESTÁ NA HORA DE COMPRAR UM CELULAR COMPATÍVEL COM A REDE?

 

Nesta semana, dois grandes lançamentos de smartphones marcaram o noticiário de tecnologia. Na terça-feira (14/9), a linha iPhone 13 foi apresentada globalmente; na quarta-feira (15/9) os dobráveis Samsung Galaxy Z Fold 3 e Z Flip 3 chegaram ao Brasil. Em comum, todos os celulares de ambas as linhas têm compatibilidade com o 5G.

 

Na mesma semana, porém, o edital do 5G foi adiado mais uma vez pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) depois de um pedido de vistas de um dos conselheiros da agência. Isso deve mudar - de novo - os planos a respeito da implementação da quinta geração da internet no Brasil.

 

Segundo o diretor da Anatel, Leonardo Euler de Moraes, a estimativa "mais otimista” é que o leilão do 5G aconteça na primeira quinzena de novembro. Depois do leilão, porém, ainda existe um longo caminho até que o 5G esteja disponível para todos os brasileiros. Afinal, está na hora de comprar um smartphone compatível com a nova rede? Tire todas as suas dúvidas abaixo.

Quando o 5G deve chegar?

 

Mesmo que o leilão do 5G aconteça em novembro, a implementação da rede ainda deve demorar. Depois que as empresas adquirem o direito a usar as frequências no certame, elas precisam instalar toda a infraestrutura para que a nova rede funcione. Isso significa a compra e instalação de antenas, torres, computadores e fibra óptica.

 

Apesar de parecer simples, esse processo pode levar anos. Fábio Faria, ministro das Comunicações, promete que o 5G chegará a todas as capitais brasileiras até julho de 2022. Depois disso, porém, a novidade pode levar mais um longo período até atingir todas as regiões do país. Vale lembrar que, atualmente, ainda existem muitos municípios brasileiros que possuem apenas conexão 2G ou 3G.

O que o 5G vai mudar na vida do usuário comum?

 

Os principais avanços que o 5G deve trazer ao Brasil não estão associado diretamente ao usuário comum de internet. Agronegócio, indústrias, área médica e diversos setores da economia podem se beneficiar da automatização, já que a nova rede vai permitir a implementação mais rápida e eficaz de soluções relacionadas à internet das coisas e inteligência artificial.

 

Isso não significa, no entanto, que o usuário comum não perceberá a diferença entre o 4G e o 5G em seu smartphone. "A velocidade e a estabilidade vão gerar uma sensação de grande melhora nos serviços que consumimos. Inicialmente percebemos uma grande melhora nas ferramentas de comunicação por rede de dados, tais como Whatsapp, e também no uso de serviços de música e vídeo, como Spotify, Netflix e Youtube. Quem joga games no celular terá uma experiência muito melhor com a velocidade e baixa latência que o 5G proporcionará. Além disso, tecnologias que hoje ainda não estão no nosso dia a dia passarão a ser realidade e se tornarão de uso comum", comenta Gustavo Salviano, CTO da Locaweb.

Um celular com 5G é mais caro que um celular comum?

 

Por enquanto, os celulares compatíveis com a rede 5G costumam ser mais caros que os smartphones que não possuem a compatibilidade. Um exemplo é a comparação entre o Redmi Note 10 e o Redmi Note 10 5G, ambos da Xiaomi.

 

Além de um possuir acesso ao 5G e o outro não, as grandes diferenças entre o modelo são o armazenamento, o carregamento e as câmeras. Enquanto o Redmi Note 10 tem 64 GB de memória, conjunto quádruplo de câmeras traseiras e carregamento rápido de 33W, o Redmi Note 10 5G tem 128 GB, conjunto triplo de câmeras e carregamento de 18W. Mesmo assim, o segundo modelo é R$ 460 mais caro que o primeiro no site oficial da empresa.

Ou seja, a compatibilidade a uma rede que ainda não existe no Brasil, somada com uma memória maior, faz um celular ficar mais caro que outro que tem uma câmera melhor e uma bateria que carrega mais rápido, benefícios bastante atrativos.

 

A comparação foi feita com esses modelos porque, por serem da mesma linha, são facilmente comparáveis. Outras linhas, como Galaxy Z, da Samsung, e iPhone 13, da Apple, são inteiras compatíveis com o 5G, dificultando a comparação.

Está na hora de comprar um celular com 5G?

 

Para Gustavo, ainda não está na hora de comprar um celular compatível com o 5G, pelo menos não apenas por esse motivo. "Ainda não. O processo de leilão e a implantação da rede ainda estão por acontecer, e por este motivo acredito que só faz sentido trocar para aquele consumidor que já o iria fazer independente da chegada do 5G", opina.

 

De acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – O Brasileiro e seu Smartphone, os brasileiros trocam de celular, em média, a cada dois anos e três meses. Diante disso, um celular comprado agora deve ser trocado no final de 2023.

 

De acordo com a previsão do governo, se o usuário morar em uma capital, ele aproveitará o 5G em seu smartphone por apenas um ano e meio se o comprar agora. Se o usuário for de áreas mais afastadas dos grandes centros, porém, é possível que ele sequer chegue a usar a nova rede em seu celular antes de trocá-lo.

 

Por isso, na hora de decidir se está, ou não, na hora de comprar um smartphone com acesso ao 5G, é interessante analisar algumas questões:

 

Depois de fazer essa análise, várias possibilidades podem surgir. Se você pretende trocar de celular só por conta do 5G, este não é o momento. Se você costuma trocar de smartphone muito rápido, também não é necessário investir no 5G agora.

 

Por outro lado, se você fica vários anos com o mesmo celular e precisa trocá-lo agora, compensa já investir na tecnologia. Além disso, se deseja um celular por outros motivos e ele não tem uma opção parecida com recursos melhores e sem 5G, a compatibilidade será uma consequência. É o caso dos modelos topo de linha, como iPhones e Galaxy S e Z, nos quais todos têm compatibilidade com a rede.

*Ig

Quinta-feira, 16 de setembro, 2021 ás 10:02