Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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16 fevereiro, 2021

CRONOGRAMA DO GOVERNO PREVÊ ENTREGAS DE VACINAS PARA 2021 DA COVID-19

 

O cronograma do Ministério da Saúde para as entregas das doses das vacinas contra a covid-19 pelos laboratórios produtores prevê a remessa de 42,5 milhões de doses pelo consórcio Covax Facility, sendo 2,65 milhões da vacina AstraZeneca em março e de mais 7,95 milhões do mesmo imunizante até junho. O Brasil receberá ainda aproximadamente mais 32 milhões de doses de vacinas contra covid-19 produzidas por laboratórios de sua escolha até o final do ano, conforme cronogramas estabelecidos exclusivamente pelo Covax Facility.

 

A Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Seas) do ministério destacou que o consórcio, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), funciona como um centro de distribuição internacional de vacinas.

 

Em outras remessas, a Seas informou que a previsão é receber do Instituto Butantan, de São Paulo, 100 milhões de doses da vacina CoronaVac. Em janeiro, conforme a secretaria, foram entregues 8,7 milhões de doses. Em fevereiro serão mais 9,3 milhões. O cronograma tem previsões para os meses seguintes março (18,1 milhões), abril (15,93 milhões), maio (6,03 milhões), junho (6,03 milhões), julho (13,55 milhões), agosto (13,55 milhões) e a última entrega prevista é para setembro (8,8 milhões).

 

Já da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o cronograma estima o recebimento de 222,4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca. Em janeiro, o ministério informou que recebeu 2 milhões de doses. Para fevereiro, a entrega prevista é de 4 milhões. Em março serão 20,7 milhões, em abril mais 27,3 milhões, em maio 28,6 milhões e em junho 1,2 milhão. Conforme a secretaria, a partir da incorporação da tecnologia da produção do IFA, a Fiocruz deverá produzir e entregar mais 110 milhões de doses no segundo semestre de 2021.

 

O cronograma prevê ainda a entrega das 10 milhões de doses da vacina Sputnik V do Instituto Gamaleya, importadas da Rússia, pela farmacêutica União Química. De acordo com a Seas, a previsão é de que o contrato seja assinado esta semana. Quinze dias após a assinatura, o ministério deve receber 800 mil doses. Em abril, com 45 dias após a assinatura do contrato, a entrega será de mais 2 milhões. Em maio outros 7,6 milhões, com 60 dias após a assinatura e a partir da incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química deverá passar a produzir mais 8 milhões de doses por mês.

 

Já para a vacina Covaxin – Barat Biotech, a previsão é de receber 20 milhões de doses importadas da Índia e o contrato também deve ser assinado nesta semana. Devem chegar ao Brasil 8 milhões de doses com dois lotes de 4,0 milhões com 20 e 30 dias após a assinatura do contrato. Em abril mais 8 milhões também em dois lotes de 4 milhões com 45 e 60 dias após a assinatura do contrato e em maio 4,0 milhões de doses com 70 dias após o contrato assinado. (ABr)

Terça-feira, 16 de fevereiro, 2021 ás 13:00 


 

14 fevereiro, 2021

EMPURRANDO COM A BARRIGA: ANVISA ATUALIZA ANDAMENTO DE ANÁLISES DE VACINA CONTRA COVID-19

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou sábado (13/02) o andamento sobre análises das vacinas contra a covid-19 submetidas à agência reguladora.

 

A Pfizer, que tem o pedido de registro definitivo do imunizante Comirnaty em análise, solicitou a emissão do Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) para mais três locais de fabricação, além dos quatro locais certificados anteriormente.

 

A Anvisa está avaliando os pedidos com base no histórico de inspeções e daquelas realizadas por outras autoridades participantes do esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica (PIC/S, da sigla em inglês - Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme).

 

A Bharat Biotech e a Precisa Farmacêutica estão preparando as informações necessárias para submeterem à Anvisa o pedido de estudo clínico fase 3 do imunizante Covaxin. As farmacêuticas acordaram com a reguladora uma inspeção em sua fábrica localizada na Índia nos primeiros dias de março, uma vez que a autoridade Indiana não participa do PIC/S.

 

A União Química, responsável pela vacina Sputnik V no Brasil, permanece em reuniões com a Anvisa. O laboratório solicitou a certificação da fábrica de Guarulhos (SP), onde pretende realizar a formulação e o envase do medicamento.

 

A Anvisa agendou a vistoria para o período de 8 a 12 de março. A certificação para os locais de fabricação do IFA, o insumo farmacêutico ativo, no Distrito Federal e na Rússia, não foi solicitado até o momento.

 

Segundo a Anvisa, as datas das inspeções foram acordadas com as empresas farmacêuticas. (ABr)

Domingo, 14 de fevereiro, 2021 ás 11:55


 

11 fevereiro, 2021

SAÚDE USOU FIOCRUZ PARA PRODUZIR 4 MILHÕES DE COMPRIMIDOS DE CLOROQUINA

 

O Ministério da Saúde usou a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para a produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina com o uso de recursos públicos emergenciais destinados a ações contra a pandemia de Covid-19. As informações são da Folha.

 

O jornal teve acesso a documentos da pasta, com datas de 29 de junho a 6 de outubro, que mostram que o instituto foi usado para a produção de cloroquina e de fosfato de oseltamivir (Tamiflu), com destinação a pacientes com Covid-19. Ambos medicamentos não possuem eficácia contra a Covid-19.

 

Ainda segundo a Folha, foram gastos R$ 70,4 milhões com a produção dos dois medicamentos. Ao jornal, a Fiocruz disse que Farmanguinhos, o instituto responsável pela produção de medicamentos, produziu cloroquina para atender ao programa nacional de prevenção e controle da malária.

 

Em nota, o Ministério da Saúde disse que a aquisição da cloroquina não foi concretizada, que a produção do medicamento deve ser explicada pela Fiocruz, e que o Tamiflu não é para Covid-19, mas para influenza. (IstoÉ)

Quinta-feira, 11 de fevereiro, 2021 ás 12:00 


 

 

10 fevereiro, 2021

SEGUNDA ONDA DA PANDEMIA DE 1918 TEVE CONSEQUÊNCIAS BEM MAIS GRAVES

 

Pesquisadores das universidades de Zurique (Suíça) e Toronto (Canadá) descobriram que, no caso de uma pandemia, reações tardias e uma abordagem descentralizada pelas autoridades no início de uma onda subsequente podem levar a consequências mais duradouras, mais graves e mais fatais. A equipe interdisciplinar comparou a gripe espanhola de 1918 e 1919 no cantão (unidade federativa da Suíça) de Berna com a pandemia de coronavírus de 2020. Seu estudo foi apresentado em artigo na revista “Annals of Internal Medicine”.

 

Uma equipe interdisciplinar de pesquisadores dos campos de medicina evolutiva, história, geografia e epidemiologia das universidades de Zurique e Toronto passou vários anos analisando dados históricos sobre a propagação de doenças semelhantes à gripe durante 1918 e 1919 no cantão de Berna. O cantão é ideal para um estudo de caso suíço. Isso se explica porque tal cantão, grande e com uma paisagem diversificada, foi atingido de maneira particularmente forte pela gripe espanhola. Logo no início da pandemia, em julho de 1918, introduziu a obrigação de relatar casos.

Medidas eficazes na primeira onda

 

Os resultados do novo estudo mostram que a propagação da gripe espanhola difere dependendo da região. Na primeira onda, em julho e agosto de 1918, o cantão de Berna interveio de maneira relativamente rápida, forte e central. Ele inclusive restringiu reuniões e fechou escolas.

 

“Vemos pelos números que essas medidas – semelhantes às de hoje – estavam associadas a uma diminuição no número de infecções”, disse o coautor Kaspar Staub, do Instituto de Medicina Evolutiva da Universidade de Zurique. Depois que a primeira onda diminuiu, o cantão suspendeu totalmente todas as medidas em setembro de 1918, o que levou a um rápido ressurgimento de casos e ao início de uma segunda onda depois de pouco tempo.

 

No início da segunda onda, em outubro de 1918, o cantão de Berna reagiu hesitantemente, ao contrário da primeira onda. Temendo novas consequências econômicas, as autoridades cantonais deixaram a responsabilidade por novas medidas para cada município por várias semanas. “Essa abordagem hesitante e descentralizada foi fatal e contribuiu para o fato de que a segunda onda se tornou ainda mais forte e durou mais tempo”, disse o coprimeiro autor Peter Jueni, da Universidade de Toronto.

 

Além disso, logo após o pico da segunda onda, em novembro de 1918, houve uma greve nacional com manifestações sobre questões sociais e trabalhistas e, o mais importante, maiores deslocamentos de tropas. Essas reuniões em massa, bem como o subsequente relaxamento da proibição de encontros quando o número de casos ainda era muito alto, foram acompanhadas por um ressurgimento significativo de infecções. No final das contas, cerca de 80% das doenças e mortes relatadas foram atribuídas à segunda onda.

 

A história se repete em 2020

Ao compararem as contagens semanais de casos de gripe espanhola e coronavírus, os pesquisadores descobriram que a segunda onda começou quase na mesma semana em 1918 e 2020, e a resposta oficial atrasada foi semelhante. “Embora ainda existam diferenças consideráveis ​​entre as duas pandemias, os paralelos cada vez maiores entre 1918 e 2020 são notáveis”, diz Staub. O estudo também mostra que o conhecimento empírico de pandemias anteriores – por exemplo, sobre os desafios de como lidar com ondas subsequentes – está disponível.

 

“Desde novembro de 2020, as mortes por covid-19 ultrapassaram em muito as causadas por câncer ou doenças cardiovasculares”, acrescenta Jueni. “Por cerca de três meses, elas têm sido a causa mais comum de morte na Suíça. Em vista da alta taxa de mortalidade durante a segunda onda em comparação com outros países, e com a ameaça de uma terceira onda devido às mutações dos vírus do Reino Unido, da África do Sul e do Brasil, as lições do passado podem ajudar as autoridades e o público a repensar a sua resposta.”

 

O estudo foi baseado em registros nos Arquivos de Estado de Berna de casos de doenças semelhantes à influenza por município e região, conforme relatado semanalmente por médicos às autoridades cantonais. “Esses registros são um verdadeiro tesouro e um grande exemplo de como os dados com mais de 100 anos podem ser relevantes hoje”, diz Staub.

 

Em 2015, a equipe de pesquisa começou a transcrever os mais de 9 mil relatórios médicos com mais de 120 mil casos de gripe em 473 municípios do cantão de Berna entre junho de 1918 e junho de 1919. Eles então analisaram os dados usando métodos epidemiológicos modernos e reconstruíram as medidas tomadas em nível cantonal no sentido de prevenir a propagação da pandemia para criar um quadro geral.

*Revista Planeta

Quarta-feira, 10 de fevereiro, 2021 ás 9:10