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“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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11 novembro, 2019

Governo investiga utilização de empresas de fachada no controle da TV Globo


O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, acaba de abrir um processo preliminar investigatório sobre possíveis procedimentos societários atípicos que teriam sido implementados pela TV Globo. Os funcionários do setor de telecomunicações já estão debruçados no exame de dossiê com mais de 200 páginas de documentos, muitos publicados em Diários Oficiais, e no qual estou requerendo a cassação das concessões dos canais da TV Globo no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Brasília, pela suposta prática de infrações às leis que regulam a radiodifusão de sons e imagens (televisão).

A Rede Globo está sendo acusada, entre outras irregularidades, de falsidade ideológica por ter utilizado “empresas laranjas” no seu controle acionário, nos últimos 10 anos.

As ilicitudes já foram alvo de procedimento instaurado no 22º Ofício da Procuradoria da República em São Paulo (Divisão Criminal), que acaba de declinar da competência, em favor da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, não sem antes salientar que “no tocante ao suposto desenvolvimento irregular de atividades de telecomunicações, há necessidade de aprofundamento das investigações, solicitando-se informações pormenorizadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, sem prejuízo de outras diligências preliminares”.

De acordo com o site da Justiça Federal, constam do processo como investigados Eduardo Duarte, Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho e como autoridade, o Ministério Público Federal”.

Nos documentos protocolados no Gabinete Pessoal da Presidência da República e, posteriormente, remetidos ao Ministério das Comunicações, está registrado que a Globopar – Globo Comunicação e Participações S/A (proprietária da TV Globo do Rio de Janeiro; São Paulo; Belo Horizonte, Recife e Brasília), na verdade, é uma sociedade sem atividade específica, controlada pela empresa de fachada 296 Participações S/A, criada em São Paulo, no ano 2000, com capital de apenas mil reais.

Essa minúscula empresa passou a se denominar Cardeiros Participações S/A, depois que os irmãos Marinho, em negociação concretizada em junho de 2005 com o advogado Eduardo Duarte, à revelia das autoridades, comprou seu CNPJ e o NIRE (cadastro na Junta Comercial de São Paulo).

No papel, a Cardeiros Participações S/A (também denominada “Companhia”), graças a um decreto assinado pelo então presidente Lula, desde agosto de 2005 é a verdadeira dona das TV Globo do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Brasília, com capital hoje declarado que ultrapassa a R$ 15 bilhões.

GRANDE HERANÇA – Este fabuloso patrimônio pertence a Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, herdeiros do bem-sucedido e saudoso empresário Roberto Marinho (1904-2003), antigo e único controlador da TV Globo Ltda, que após sua morte foi incorporada pela Cardeiros Participações S/A, ex-296 Participações S/A, considerada empresa de prateleira.

Inexplicavelmente, nos últimos anos os controladores da Globopar, ou melhor, Cardeiros Participações S/A, ex-296 Participações S/A, fatiaram o capital de R$ 15 bilhões entre diversas empresas de fachada sem atividade específica, que exibiam as seguintes denominações: 336 Participações S/A; RIM 1947 Participações S/A, de Roberto Irineu Marinho (33,34% do capital); JRM 1953 Participações S/A, de João Roberto Marinho (33,33%); ZRM 1955 Participações S/A, de José Roberto Marinho (33,33%); Eudaimonia Participações S/A, Imagina Participações S/A e Abaré Participações S/A, dos mesmos sócios-irmãos.

São sociedades de ocasião criadas sem atividade específica, todas com capital inicial de R$ 1.000,00 (extravagantemente declaradas como “investidoras”) e com os mesmos estatutos para controlarem diretamente a Cardeiros Participações S/A e, por decorrência, a Globopar, ou seja, a TV Globo do Rio de Janeiro; TV Globo de São Paulo; TV Globo de Belo Horizonte, TV Globo de Recife e TV Globo de Brasília.

Tudo muito estranho, considerando o que estabelecem a Constituição Federal sobre a concessão de outorgas para a exploração de serviços de radiodifusão de sons e imagens (televisão), a Lei nº 4.117/62 e o Decreto nº 52.795/63.

Para o MPF/SP, “as empresas relacionadas no Decreto Presidencial de 23 de agosto de 2005, quais sejam, GLOBOPAR (Globo Comunicação e Participações S/A) e CARDEIROS PARTICIPAÇÕES S/A (antiga 296 Participações S/A) teriam  realizado manobras societárias com o intuito de não recolher tributos, ocultando os verdadeiros nomes, a composição societária, o capital social, os objetivos e as atividades operacionais, bem como exercido de forma simulada, a exploração de serviços públicos de radiodifusão sem o devido ato autorizador do governo.

Ademais, conforme informado pelo manifestante e documentação apresentada por ele, as empresas CARDEIROS PARTICIPAÇÕES S/A, 296 Participações S/A e Organizações Globo Participações S/A têm o mesmo CNPJ”, assinala o MP-SP.

A comprovação dessas ilicitudes, a serem processadas e julgadas pela Justiça Criminal Federal, assim como a investigação em andamento no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, poderá comprometer a renovação das concessões da TV Globo do Rio de Janeiro; São Paulo; Belo Horizonte, Recife e Brasília, o que deverá ser apreciado a partir de 2022, ou até ensejar a imediata cassação desses canais, como já foi requerido ao presidente Jair Bolsonaro, sem que haja a interrupção das suas transmissões.

(Atanásio Jazadji é jornalista, advogado, radialista, deputado estadual por 20 anos em São Paulo e membro da APJ – Academia Paulista de Jornalismo)

Segunda-feira, 11 de novembro ás 12:00

10 novembro, 2019

Impostos dificultam pequenos e médios negócios, dizem empresários



A carga tributária é o principal entrave para a evolução de pequenos e médios negócios no Brasil. A avaliação de empreendedores dos setores de comércio, indústria e serviços consta de levantamento realizado pelo Centro de Estudos em Negócios do Insper, com apoio do Santander.

Os impostos foram citados como o maior empecilho para o avanço de negócios na opinião de 47,7% dos empresários. Taxa de juros apareceu em segundo lugar, com 20,6%. Em seguida, ficaram inadimplência (14,9%), encargos trabalhistas (14,2%) e taxa de câmbio (2,6%).
“O problema fiscal se apresenta nas suas duas dimensões para os empresários de pequenas e médias empresas. Por um lado, acreditam que a aprovação da Previdência terá impacto positivo no seu negócio. E, por outro lado, apontam a carga tributária como o maior empecilho de natureza macroeconômica para a evolução do seu negócio”, afirma Gino Olivares, professor do Insper e pesquisador responsável pelo Índice de Confiança dos Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN). Para ele, “ambas dimensões apontam para a conveniência de resolver os problemas estruturais das finanças públicas brasileiras.”

“Adicionalmente, os entrevistados se mostram ainda muito reticentes a considerar oportunidades de negócio no exterior. As respostas apontam a conveniência de oferecer mais informação e suporte às empresas sobre a alternativa de encarar o mercado internacional”, acrescenta Olivares. “Por último, mas não menos importante, os empresários entrevistados mostraram expectativa de um faturamento no quarto trimestre superior ao do ano passado.”

Reforma da Previdência

Para 26,6% dos empreendedores entrevistados semanas antes da aprovação do texto no Congresso, o projeto terá pouco impacto nos negócios. Outros 17,6% consideraram que resultará em muito impacto e, na opinião de 19,9%, não haverá nenhum. A reforma foi vista como irrelevante por 13,9% deles. Não souberam responder ou não opinaram 22% deles.

Faturamento

Em relação ao faturamento, mais da metade mostrou esperar crescimento neste último trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Uma fatia de 41,2% tem a expectativa de ligeiro aumento e outra, de 16%, de forte aumento. Para 22%, o resultado será igual. Já 15,3% trabalham com a possibilidade de uma ligeira queda e outros 5,5%, de uma forte queda.

Investimentos no exterior

Em relação ao cenário externo, apesar de conflitos comerciais entre países, 25,4% avaliaram como viável investir em oportunidades fora do Brasil. Em outra direção, 19,7% trataram o movimento como inviável, por ser muito arriscado. A maioria, no entanto, nunca parou para analisar o tema (55%).

Os dados foram obtidos por meio de entrevistas telefônicas com 1.287 pequenos e médios empresários, de 16 a 20 de setembro deste ano. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. (ABr)


Domingo, 10 de novembro ás 18:00

09 novembro, 2019

Depois de Lula e Azeredo, Justiça manda soltar ex-ministro José Dirceu


A Justiça do Paraná determinou sexta-feira (8/11) a soltura do ex-ministro José Dirceu, que estava preso desde maio deste ano para cumprir pena de oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.

A soltura foi determinada com base na decisão proferida nesta quinta-feira (7/11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que para pagar a toga derrubou a validade da execução provisória de condenações criminais, conhecida como prisão após a segunda instância.


A prisão havia sido determinada pelo juiz Luiz Antonio Bonat, titular da 13ª Vara Federal em Curitiba. A decisão foi tomada após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, negar recurso da defesa de Dirceu e determinar o cumprimento da pena com base no entendimento antigo do STF, que autorizava a prisão ao fim dos recursos em segunda instância, mas que foi derrubado quinta-feira (07/11).


Esta é a segunda condenação de Dirceu no âmbito da Lava Jato. A primeira foi proferida pelo então juiz federal Sergio Moro, em março de 2017, quando o ex-ministro da Casa Civil foi considerado culpado por ter recebido R$ 2,1 milhões em propina proveniente de contratos na Petrobras, entre 2009 e 2012. No entanto, o cumprimento da sentença também foi suspenso por uma decisão do Supremo.


A decisão tomada pela Corte também beneficiou nesta sexta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo. Ambos foram presos após a confirmação das condenações em segunda instância e libertados sexta-feira (08/11). (ABr)

Sábado, 09 de novembro ás 00:05

“O maior problema do Brasil sãos os bandidos que fazem as Leis para proteger seus próprios rabos”