Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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06 dezembro, 2017

RELATOR PEDE INCLUSÃO DE PRISÃO EM 2ª INSTÂNCIA NA PAUTA DO SUPREMO



Antes mesmo de receber o parecer da Procuradoria-Geral da República sobre o tema, o ministro Marco Aurélio Mello pediu nesta terça-feira, 5, à presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, a inclusão em pauta das duas ações nas quais o STF firmou em outubro de 2016 o entendimento de que é possível iniciar o cumprimento de pena após a condenação em segunda instância. O tema é motivo de polêmica no meio jurídico e gera divergências dentro da própria Corte.

Um dos ministros favoráveis à revisão dessa jurisprudência, Marco Aurélio, ao liberar as ações para julgamento, ajuda a colocar pressão na presidente do STF, que tem a prerrogativa de definir a pauta.

“A bola está nos pés dela. Ela pode chutar ou não a gol”, disse Marco Aurélio Mello, ressaltando que irá votar pela não execução da pena antes do trânsito em julgado (quando não cabem mais recursos).

Há uma possibilidade concreta da modificação da jurisprudência do Supremo quando esse julgamento vier a ocorrer, porque, depois da votação por 6 a 5, o ministro Gilmar Mendes — que formou a corrente vencedora — já anunciou ter mudado de opinião. Agora, Gilmar defende a espera por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), conforme votou no julgamento o ministro Dias Toffoli.

Nos autos das duas ações, os presidentes da República, Michel Temer, da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), todos investigados na Corte, se posicionaram a favor do aguardo do trânsito em julgado para que penas possam ser executadas.

Complexidade

Há duas semanas, em entrevista, Cármen Lúcia chamou atenção para a complexidade do tema e citou o fato de que Marco Aurélio  ainda não havia liberado a ação para julgamento, ao ser questionada se  pretende pautar esse julgamento em breve. “Colocar de novo pode não ter a urgência e talvez por isso o ministro não tenha ainda liberado”, disse.

Com a liberação para julgamento, a pressão dos ministros favoráveis à realização de um novo julgamento sobre o caso deve aumentar. O ministro Alexandre de Moraes, que ainda não fazia parte do Supremo quando foi formado o entendimento, defende a discussão. Por enquanto, Moraes tem seguido a jurisprudência do plenário, mas já citou o movimento de alguns ministros no sentido de aguardar o STJ para executar a pena.

Questionado se considera a inclusão em pauta uma prioridade, Marco Aurélio Mello disse que sim. "Se eu não entendesse que é prioritário eu não teria liberado. Teria liberado à Procuradoria simplesmente”, afirmou. “Ela é quem decide.”

Nesta segunda-feira, 4, em manifestações de visões opostas, Mendes disse que prisão após condenação em segunda instância se tornou “dispensável” no contexto da Operação Lava Jato. Por sua vez, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que a prisão após condenação em segundo grau é um dos instrumentos jurídicos de combate à corrupção sem os quais o Brasil viverá um “duro golpe”.

O ministro Marco Aurélio disse que ainda não recebeu manifestação de Raquel, mas que ela ainda pode enviar a manifestação da PGR sobre o tema antes do novo julgamento.

Cármen Lúcia disse que uma mudança no entendimento do Supremo não colocaria em risco as investigações da Operação Lava Jato, mas, sim, a execução.

“As investigações, não. Poderia colocar em risco, talvez, a execução de penas que sejam dadas. Mas a finalização, não. E aí o que se tem de fazer é cada vez mais o Poder Judiciário dar respostas definitivas mais rápidas, que é o grande desafio do Judiciário, transformar-se para prestar em razoável duração a jurisdição que é pedida”, disse. (AE)

Quarta-feira, 06 de dezembro, 2017 ás 13hs00

05 dezembro, 2017

NÚMERO DE FAMÍLIAS ENDIVIDADAS SUBIU PARA 62,2% EM NOVEMBRO, APONTA CNC




Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) captou a quinta alta consecutiva do porcentual de famílias endividadas, de 62,2%, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) relativa ao mês de novembro, divulgada nesta segunda-feira, 4. Em comparação a outubro, houve alta de 0,4 ponto porcentual. Em outubro, a taxa foi de 59,6%.

Apesar de ter registrado mais famílias endividadas, a proporção das que possuem contas em atraso diminuiu, atingindo 25,8% do total ante 26% em outubro. Essa é a segunda queda mensal consecutiva, após o indicador ter alcançado o maior patamar do ano em setembro (26,5%). Comparado a novembro de 2016, no entanto, houve alta de 1,4 ponto porcentual.

A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes ficou estável em 10,1% entre outubro e novembro, mas apresentou alta em relação aos 9,5% de novembro de 2016.

"A taxa de desemprego ainda bastante alta ajuda a explicar a dificuldade das famílias em pagar suas contas em dia e o pessimismo elevado em relação à capacidade de pagamento", afirma Marianne Hanson, economista da CNC.

Do total de entrevistados, 14,6% declararam estar muito endividadas, o que indica estabilidade em relação ao mês anterior. Na comparação anual, houve alta de 0,1 ponto porcentual. O porcentual de famílias que se declararam pouco endividadas teve leve alta na comparação mensal, tendo passado de 24,5% para 24,6% do total de entrevistados. Em relação ao mesmo período de 2016, também ocorreu aumento, de 0,6 ponto porcentual.

O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas ficou em 64,2 dias em novembro, superior aos 63,3 dias de novembro de 2016. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 32,3% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre as endividadas, 23,8% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.

Para 76,9% das famílias que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento, seguido de carnês (16,7%) e financiamento de carro (10,4%).

Os dados da Peic são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18.000 consumidores.

Terça-feira, 5 de dezembro, 2017 ás 00hs05

04 dezembro, 2017

TSE ENCONTRA TRÊS FALHAS NO SISTEMA DA URNA ELETRÔNICA EM TESTE DE SEGURANÇA




Um teste público de segurança (TPS) realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na urna eletrônica identificou três "falhas relevantes” no software do aparelho, informou hoje (1º) o ministro Gilmar Mendes, presidente da Corte Eleitoral.

Tais falhas, no entanto, não estavam presentes em eleições anteriores. São oriundas das atualizações na urna eletrônica realizadas este ano, para uso nas eleições de 2018, em que se votará para presidente, governador, senadores, deputado federal e estadual.

Perguntado se as falhas encontradas poderiam ser uma fonte de preocupação do eleitor em relação à segurança da urna eletrônica, Gilmar Mendes afirmou que “não há motivo para isso”.

Ao explicar mais detalhadamente a jornalistas a natureza das falhas encontradas, o coordenador de Sistemas Eleitorais do TSE, José de Melo Cruz, disse que “não é nada que venha de outra eleição e que não seja resolvido em uma semana”.

Participaram do teste de segurança 16 especialistas em tecnologia da informação previamente inscritos, que passaram por um processo de seleção de planos de ataques hackers contra a urna eletrônica, organizado pelo TSE. Um dia antes dos testes, realizados na sede do tribunal em Brasília, eles tiveram acesso ao código-fonte do software da urna eletrônica.

Foram executados 12 planos de testes na urna, segundo o TSE. Os ataques começaram na última terça-feira (28) e seguem até o final desta sexta-feira (1º). A pedido de uma das equipes que participam do TPS, foi acrescentado um dia aos trabalhos.

Falhas

A principal falha encontrada foi na chave eletrônica que dá acesso à urna, no momento de transferência das informações sobre os votos.

De acordo com o coordenador José de Melo Cruz, uma das equipes conseguiu acoplar um teclado e transferir comandos ao aparelho, tendo acesso ao arquivo de log, que registra todas as atividades realizadas na urna durante a votação, e a uma planilha interna com o RDV (Registro Digital do Voto) dos eleitores.

Ele assegurou, no entanto, que, mesmo com o acesso, foi impossível para os hackers “alterar ou identificar o voto”. Tal acesso também só seria possível se um especialista conseguisse acesso físico a algum aparelho, uma vez que as urnas não possuem nenhum tipo de conectividade de rede. Como há vigilância constante durante a votação, “isso seria pouco plausível”, disse Melo Cruz.

Questionado sobre as teorias que surgem a cada eleição, sobretudo em redes sociais, a respeito da falta de segurança no sistema da urna eletrônica, Melo ironizou e afirmou que “são tão verdadeiras quanto a teoria de que a Terra é plana”.

O TPS 2017 continua em andamento e o TSE informou que deve divulgar um relatório técnico sobre as falhas encontradas no sistema da urna eletrônica pouco depois da conclusão dos trabalhos.

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/)

Segunda-feira, 4 de dezembro, 2017 ás 09hs30