Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

16 abril, 2016

O ÚLTIMO CAPÍTULO DO GOVERNO DILMA




Em 2014, Dilma Rousseff resistiu a uma ofensiva de dirigentes petistas e expoentes do PIB nacional para fazer de Lula o candidato do PT à Presidência da República. Reeleita, viu o PSDB recorrer à Justiça Eleitoral para lhe cassar o novo mandato. Desde o ano passado, seu adversário é outro, o poderoso PMDB, patrocinador e beneficiário direto do pedido de impeachment em tramitação. Até agora, a presidente sobreviveu à pressão dos três maiores partidos do país. Um feito considerável para uma neófita no universo dos profissionais da política, mas um desalento para a maioria dos brasileiros. 

Por um motivo simples. A presidente já não exerce a Presidência de fato. Mostra-se incapaz de restabelecer o diálogo com os setores produtivos e o Congresso e, assim, contribui para agravar a recessão econômica. Na prática, seu governo acabou, e os últimos sinais vitais se restringem a eventos com plateias cativas, a tentativas de obter apoio com a oferta de cargos a deputados e senadores e a batalhas na Justiça, com os pedidos de liminares de última hora no Supremo Tribunal Federal.

Os prazos e datas podem ser adiados, mas nada parece destinado a exorcizar o fantasma do impedimento de Dilma, cujos contornos estão cada vez mais delineados.

Por: Daniel Pereira e Robon Bonin

Sábado, 16 de abril, 2016

15 abril, 2016

MINISTROS DO STF RECHAÇAM DE GOLEADA MANOBRAS DE CARDOZO




Ao final do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), em que foi derrotada em votação acachapante a sua manobra para impedir a votação do impeachment, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, era a própria imagem do fracasso.

Sentado no pequeno auditório do STF, Cardozo assistiu a oito dos dez ministros presentes demolirem as suas alegações em mandado de segurança que pretendia suspender a sessão deste domingo.

Os ministros não levaram a sério a pretensão da AGU, com a exceção de dois ministros considerados toga vermelha, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio, que habitualmente votam favoravelmente às matérias de interesse do governo.

O decano do Supremo, ministro Celso de Mello, sempre muito bem fundamentado, mostrou que Cardozo errou na elaboração do mandado de segurança, afirmando que a eventual instauração de processo de impeachment no Senado “é uma questão estranha ao mandado de segurança analisado”.
Agora segue o andor como aprovado na câmara dos deputados (A/E)

Sexta-feira, 14 de abril, 2016

14 abril, 2016

O BRASIL DESCENDO A LADEIRA




Em meio à crise, Lula está em campanha.

O resultado da Comissão de Impeachment deu o tom do que virá no domingo. Todos os parlamentares já sabem do resultado e “negociam” os seus futuros, eles enxergam mais à frente do que nós, bobos eleitores.

Torcemos e muitas vezes chegamos às vias de fato sem quaisquer razões, salvo os que se beneficiam diretamente do convívio parlamentar. Hoje são muitos, mais de trinta mil enganchados nos DAS(s) da vida pública. O Governo está aparelhado.

Neste momento é que aparecem os artistas.

Ora, o Michel Temer, fez “vazar” o vídeo com a mensagem clara para os eleitores de Lula. A capacidade de Lula de arregimentar os 20% de sua base, é suficiente para repercutir na mídia sua campanha a destempoo, sem rédeas e sem a fiscalização do TSE. Dá “ibope” e o seu nome fica pululando no imaginário popular, é aí que reside sua vantagem.

Apostando na eleição que se avizinha, com o apoio incondicional do Senado, leia-se: Renan Calheiros, que também precisa de foro privilegiado, está a armar o maior golpe que este País sofrerá.

Lula é inescrupuloso. Todos vimos e ouvimos o tratamento que ele dispensa aos seus subordinados; todos são seus subordinados. Enxerga que sua chance de salvar sua biografia é o exercício da Presidência com a adoção de medidas popularescas, tal a exigência do restabelecimento da economia com determinações heterodoxas, desprovidas de lastro científico, que mais postergam e aprofundam a crise econômico-financeira e social.

Aí a patuleia vai pra galera.

Lula é o cara!

A perpetuação do que está posto é uma hipótese real.

Não há mais tempo para a efetividade da República de Curitiba, ainda mais com a concreta hipótese de triunfo do PT.

Eduardo Cunha, Renan Calheiros, seus substitutos, Waldir Maranhão e Jorge Viana, todos comungam da mesma fé e clamam pelo mesmo desiderato.

Como imaginar que este cenário poderá ser diferente?

Ontem, Roberto Jefferson, no Programa Roda Viva da TV Cultura, a despeito de reconhecer seus erros e ter se convencido de tê-los pagos, foi enfático em afirmar: Lula é bandido, o mais bandido de todos e enfrentá-lo não é fácil. Não, não é.

Tanto não é fácil que nunca, nunca abdicou da Presidência, o máximo que fez, foi tirar umas folgas em Atibaia e, sendo assim, convenceu-se de que na sua ausência a Presidenta só fazia patacoada.

Desse modo ele se restaura, rejuvenesce, imagina ser o salvador da Pátria, o estadista que este Brasil está carente.

Não vamos falar de oposição. Não temos oposição. Aliás, um dos ministros da Suprema Corte, sendo gravado em off, assim revelou, estupefato!

Eis que ressurge das cinzas, Marina Silva. Mais comedida, sem contrariar o seu guru, invoca que impeachment é golpe; hoje é, não o fora no passado recente. Sua postura mais beneficia o PT do que a qualquer outro partido e mais uma vez o Lula sai na frente. O resto é bobagem. Aécio não merece menção.

Destratada, defenestrada e definhada na última campanha eleitoral, não se apercebe de sua fragilidade moral para enfrentar o Jararaca, não mesmo.

Enfim, resta-nos o torcer pelo bom senso. Cada qual terá sua vez. Dificilmente Temer escapará da cassação via TSE, sendo pinçado, jamais saberemos a que veio. Claro que não, ele não fará nada de bom para o Brasil, no seu exíguo reinado, apenas, como todos os demais, se beneficiará sob o manto protetor e, como mordomo que é, servirá a si e aos seus.

É o Brasil...descendo a ladeira.

André Braga

Quinta-feira, 14 de abril, 2016