Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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15 março, 2016

LULA DEVE ACEITAR CONVITE DE DILMA PARA SER MINISTRO




A colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo disse que o ex-presidente Lula deve aceitar o convite da presidente Dilma Rousseff para ser ministro.

“A informação foi confirmada por um dos principais assessores da presidente”, escreve.

Ele deve se encontrar com Dilma amanhã, em Brasília, para discutir as várias possibilidades de se integrar ao governo.

O petista pode ir para a Casa Civil, no lugar de Jaques Wagner, ou para a Secretaria de Governo, no lugar de Ricardo Berzoini.

A segunda opção é tida como mais provável já que, no cargo, Lula não se envolveria em questões burocráticas, ficando livre para a sua principal missão: negociar com o PMDB para evitar o desembarque do governo e a abertura de um processo de impeachment contra a presidente.

A ida de Lula para o governo é considerada pela equipe de Dilma como a última cartada para evitar um processo de impeachment contra ela.

Um outro efeito da nomeação é que, no ministério, Lula ganhará foro privilegiado, o que impediria que ele segue sendo investigado por procuradores em São Paulo e também na Lava Jato em Curitiba.

As investigações sobre o ex-presidente seriam deslocadas para a Procuradoria-Geral da República, em Brasília, e supervisionadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Para se defender da acusação de que Lula, na verdade, estaria fugindo da Justiça, dirigentes do PT já usam o argumento de que os ministros do STF, que passarão a comandar as investigações do ex-presidente, são os “juízes dos juízes”, em tese os mais capazes do país e que podem inclusive reformar decisões do próprio Moro.

Conforme a coluna informou na terça passada (8), o PT lançou a ideia logo depois que ele foi conduzido coercitivamente para depor, por decisão de Moro.

A nomeação de Lula para um ministério gera polêmica até mesmo entre seus seguidores. Assessores próximos do ex-presidente são contra. Aliados políticos, como o prefeito Fernando Haddad e o presidente do PT, Rui Falcão, defendem enfaticamente que ele aceite.

O ex-presidente teria ficado mais à vontade para aceitar o convite depois que a juíza Maria Priscilla Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal da Capital, não decretou a prisão dele e decidiu enviar o pedido para ser analisado em Curitiba, onde o petista é investigado na Operação Lava Jato

Folha

Terça-feira, 15 de março, 2016

14 março, 2016

O DIA SEGUINTE




Como irá terminar a crise política? Essa é a pergunta que todos se fazem neste momento e para a qual ninguém tem a resposta. No entanto, a questão mais importante é outra: qual será o modelo de governabilidade no Brasil a partir de agora?

Disso derivam outras indagações. Como serão construídas as relações entre Executivo e Legislativo? Como serão formadas maiorias parlamentares? Como serão aprovadas reformas estruturais ou simples medidas de gestão, hoje tão importantes para destravar a economia?

O que está sendo implodido no Brasil, na verdade, é todo o modelo político construído após a redemocratização, em que as maiorias são formadas por meio da cooptação de aliados, quase sempre com a repartição do Estado. O grande problema – ou talvez solução – é que esse modelo se tornou incompatível com uma sociedade aberta, em que órgãos de controle e repressão atuam com total liberdade – e, em alguns casos, até com libertinagem.

Hoje, há quatro cartas disponíveis na mesa, que são a permanência da presidente Dilma Rousseff, sua renúncia, o impeachment ou semiparlamentarismo, que já se debate abertamente no Senado. No entanto, ninguém discute como o atual ou o futuro governo poderão costurar condições mínimas de governabilidade.

Sem a construção desse novo modelo, nenhum governo estará imune a novas crises políticas, ainda mais acentuadas. A grande ilusão que alguns alimentam é imaginar que, por meio de um pacto das elites, será possível retomar as velhas práticas do passado, com novos atores.

Leonardo Attuch

Segunda-feira, 14 de março, 2016

13 março, 2016

MANIFESTANTES ENCERRAM ATO EM BRASÍLIA CANTANDO O HINO NACIONAL




Com o Hino Nacional cantado em coro, foi encerrada em Brasília a manifestação em apoio ao combate à corrupção e a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, realizada na Esplanada dos Ministérios. Ao final do hino, os manifestantes gritaram “Fora, PT”.

Segundo a Polícia Militar, 100 mil pessoas participaram da manifestação. Não houve ocorrência de atos violentos, segundo a PM, apenas registro de extravio de documentos e atendimento de pessoas com mal-estar. O percurso dos manifestantes começou no Museu da República e foi até o Congresso Nacional, em um total de dois quilômetros.

Para o estudante Douglas Santana, de 20 anos, o movimento é histórico para o país. “Pedimos fora ao PT porque é perceptível que o país não está estável. Realmente precisa mudar e esse é o partido que está no poder”. Segundo o estudante, o ato deve ser mantido também contra outros políticos, de outros partidos, sob investigação pela Polícia Federal.

Vários manifestantes vestem camisas com a foto do juiz Sérgio Moro e adesivos em apoio ao juiz que comanda o processo de julgamento dos crimes relativos à corrupção em contratos da Petrobras, investigados no âmbito da Operação Lava Jato, pela Polícia Federal.

Em meio ao povo, estava o senador Álvaro Dias (PV-PR), que não falou aos manifestantes publicamente. Ele, no entanto, conversou individualmente com alguns manifestantes e parou para tirar fotos. Dias migrou do PSDB para o PV no início de janeiro, após vários meses de negociação.

Neste momento, as pessoas estão se dispersando, a maioria em direção à Rodoviária do Plano Piloto, terminal de ônibus na área central de Brasília.

Heloísa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil

Domingo, 13 de Março, 2016