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“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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09 outubro, 2020

CAIXA PAGA AUXÍLIO EMERGENCIAL PARA NASCIDOS EM ABRIL

 

A Caixa Econômica Federal paga sexta-feira (9/10) o auxílio emergencial para 3,6 milhões de brasileiros nascidos em abril. Serão liberados R$ 1,6 bilhão para beneficiários que não fazem parte do Bolsa Família, no ciclo 3 de pagamentos do programa.

 

Do total, 1,4 milhão receberão R$ 900 milhões referentes as parcelas do auxílio emergencial. Os demais, 2,2 milhões, serão contemplados com a primeira parcela do auxílio emergencial extensão, em um montante de R$ 700 milhões.

 

Os recursos estarão disponíveis para movimentação na poupança social digital e poderão ser movimentados pelo aplicativo Caixa Tem. Com ele é possível fazer compras na internet e nas maquininhas em diversos estabelecimentos comerciais, por meio do cartão de débito virtual e QR Code. O beneficiário também pode pagar boletos e contas, como água e telefone, pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas.

 

O calendário de pagamentos do auxílio emergencial é organizado em ciclos de crédito em conta poupança social digital e de saque em espécie. Os beneficiários recebem a parcela a que têm direito no período, de acordo com o mês de nascimento. Saques e transferências para quem recebe o crédito nesta sexta-feira serão liberados a partir do dia 21 de novembro.

 

O benefício criado em abril pelo governo federal foi estendido até 31 de dezembro, por meio da Medida Provisória (MP) nº 1000. O auxílio emergencial extensão será pago em até quatro parcelas de R$ 300,00 cada e, no caso das mães chefes de família monoparental, o valor é de R$ 600,00.

 

De acordo com a Caixa, não há necessidade de novo requerimento para receber a extensão do auxílio. Somente aqueles que já foram beneficiados e, a partir de agora, se enquadram nos novos requisitos estabelecidos na MP, terão direito a continuar recebendo o benefício. A parcela extra inicial será para os beneficiários que receberam a primeira parcela do auxílio emergencial em abril. (ABr)

Sexta-feira, 09 de outubro, 2020 ás 10:00


   

07 maio, 2020

O AUXÍLIO ESTÁ “EM ANÁLISE”: SOLICITANTES RELATAM ATRASO NOS R$ 600


A pandemia do coronavírus interrompeu a reforma na casa do motorista de aplicativo Alexandre Nunes Costa, de 36 anos, morador da cidade de São Paulo. Mas as dívidas no cartão de crédito, criadas para pagar as obras, são cobradas pontualmente, mês a mês. As parcelas do financiamento do carro também. O perigo de infecção pelas ruas resultou em um decreto de quarentena em todo o estado, o que reduziu vertiginosamente o número de passageiros de Alexandre. Porém, o motorista ainda se expõe com o seu automóvel, todos os dias, para recuperar parte da renda que obtinha.

Ele não estaria tão inseguro se tivesse data fixa para receber o auxílio emergencial de 600 reais. Contudo, parece que o governo federal não levou à risca as palavras escolhidas para nomear o benefício que, em teoria, daria socorro a trabalhadores informais durante a crise. Na prática, o que era para ser “emergencial” demora quase um mês para chegar na conta bancária de Alexandre e de sua esposa. Os dois se inscreveram no programa em 8 de abril, e não receberam qualquer valor quando procurados por CartaCapital em 4 de maio. Sua renda caiu pela metade e sua esposa está desempregada.

“Esperamos por 15 dias uma resposta através do aplicativo. No dia 23 de abril, a informação que foi passada é que os dados estavam inconclusivos. Porém, a Caixa [Econômica Federal] não informou exatamente por que a solicitação não foi atendida ou se foi reprovada. Eles não deram motivo nenhum. Fizemos um novo cadastro no mesmo dia. Hoje, ao consultar novamente, a mesma informação é que está em análise”, conta ele.

Inscrita no programa desde 18 de abril, a técnica de enfermagem Cláudia Rodrigues da Silva, de 39 anos, virou o mês com o pedido sob análise. Nos últimos quatro anos, ela atuava como conselheira tutelar, mas a gestão acabou e ela ficou desempregada em janeiro. Cláudia mora na cidade de Cocalzinho de Goiás, a mais de 100 quilômetros da capital de Goiânia, com as suas duas filhas, uma de 14 e outra de 12 anos.
No início de maio, a técnica de enfermagem teve a solicitação negada pela Caixa Econômica Federal. O banco alegou, por escrito, que o cadastro trata de “Cidadão com emprego formal – Vinculado ao Regime Próprio de Previdência Social; Cidadão com emprego formal – Vinculado à Relação Anual de Informações Sociais”. Ela disse que vai recorrer para tentar comprovar que está sem trabalho e que precisa do dinheiro.

“Até agora não entendi”, disse para CartaCapital. “Eu pedi o benefício porque estou desempregada, para manter a casa, comprar alimentos, pagar água, energia, comprar remédios para minhas filhas. Sem o benefício, isso tudo acumula, né? Essa espera está sendo muito dolorosa, porque toda hora eu estou lá, vendo se aceitaram, e só está em análise”, relata ela.

Alexandre e Cláudia ficaram de fora dos 50,5 milhões de brasileiros que, segundo a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), foram classificados até 4 de maio como elegíveis ao benefício. A instituição contabilizou 97,7 milhões de cadastros que passaram pelo sistema de conferência e foram homologados pelo Ministério da Economia até a data – destes, 32,8 milhões foram considerados inelegíveis e 13,7 milhões estavam inconclusivos, com necessidade de complemento cadastral.

Está prevista para o fim da semana a finalização do processamento dos requerimentos apresentados entre 23 e 30 de abril, por meio do aplicativo e do portal da Caixa, segundo o governo. Procurada, a empresa Dataprev alegou que o tempo de análise da solicitação dura, em média, cinco dias úteis. A instituição afirmou que apenas “um pequeno percentual” de 2% do total de cadastros (quase 98 milhões) precisou de um processamento adicional, “em função da complexidade de cenários e cruzamentos”. Na terça-feira 5, o governo anunciou uma plataforma para consulta do pedido pelo CPF.

Até 30 de abril, o governo diz que já desembolsou 35,5 bilhões de reais com o pagamento dos benefícios. No entanto, nenhuma fração deste dinheiro havia chegado até 4 de maio na conta da atriz Cláudia Barbot, que mora no Rio de Janeiro. Diferente dos casos relatados em São Paulo e em Goiás, a artista teve a solicitação analisada e aprovada, mas a complicação apareceu no acesso ao aplicativo Caixa Tem.

Claudia não tem filhos e está morando na casa de uma amiga. Além do trabalho como atriz, ela também obtém renda com produção cultural, comunicação digital e eventos. Com o baque no mercado da cultura, devido à pandemia, seu ganha-pão foi diretamente afetado. Ela, então, pediu o benefício de 600 reais na madrugada entre 6 e 7 de abril, mal havia surgido a possibilidade de solicitar o auxílio. Mais de uma semana depois, seu cadastro foi aprovado entre os dias 16 e 18. No dia 19 de abril, o site da Caixa informou que o dinheiro seria depositado em sua conta no Banco do Brasil, conforme solicitado. No dia 20, a Caixa disse que o valor foi depositado, mas em sua conta não apareceu nada.

“O Banco do Brasil abre uma extensão separada para colocar esse dinheiro do auxílio. É uma nova conta que se abre. E nada aconteceu. Fui atrás para saber. Liguei para o Banco do Brasil, a primeira pessoa me pediu para esperar três dias úteis, e depois a segunda pessoa me disse cinco dias úteis. Liguei para o 111 da Caixa, fui atendida por um robô. Ele me disse que só começou a ser processado o meu pagamento no dia 18. Era o Banco do Brasil dizendo que nada aconteceu, e a Caixa com um robô dizendo que estava tudo certo”, afirmou.

Em 27 de abril, Cláudia aparecia na televisão para tirar dúvidas sobre quando o seu dinheiro chegaria. Em seguida, descobriu que poderia instalar o aplicativo Caixa Tem. Porém, o seu celular não instalava a ferramenta. Chegou a ser informada da criação de uma poupança digital pela Caixa, mas não conseguia visualizar a conta, porque o seu celular não instalava o aplicativo, e seus amigos que tentavam lhe ajudar esperaram filas de espera online.

Ela conta que no mínimo sete pessoas lhe ajudaram nessa saga. Apenas na noite de 5 de maio, quase um mês depois de fazer a solicitação, conseguiu receber o dinheiro pela conta do seu pai na Caixa.

“O auxílio, nesse exato momento, está sendo uma questão de sobrevivência. É questão de comprar alimentação que aumente a imunidade, produto de limpeza. O dinheiro não chega nem a pagar as contas”, diz.

*Carta Capital

Quinta-feira, 07 de maio, 2020 ás 11:00   


30 abril, 2020

Benefício emergencial não sacado de conta digital voltará ao governo



O auxílio emergencial de R$ 600 e a compensação para trabalhadores com contratos suspensos ou reduzidos pagos por meio de contas digitais da Caixa Econômica Federal voltarão ao governo, se não forem sacados em 90 dias. O retorno automático ao Tesouro Nacional consta das regulamentações dos dois benefícios publicadas neste mês pelo Ministério da Economia.

Segundo o Ministério da Economia, o beneficiário poderá retirar o dinheiro mesmo depois de os recursos voltarem ao Tesouro Nacional. De acordo com a pasta, as leis que instituíram o auxílio emergencial de R$ 600 e o benefício emergencial (BEM) garantem o direito ao recebimento de quem teve o cadastro aprovado, dispensando a necessidade de uma nova regulamentação.

O retorno automático aos cofres do governo vale apenas para os benefícios depositados nas contas poupança digital da Caixa. Recebe por essa modalidade quem não tem conta em banco ou quem tiver optado por esse canal na hora de pedir o dinheiro.

De acordo com o ministério, o procedimento é semelhante a benefícios da Previdência Social, que voltam ao Tesouro Nacional caso não sejam retirados. A regra não afeta quem recebe diretamente na conta bancária, de qualquer instituição financeira. Isso porque o governo entende que, nesses casos, o dinheiro já foi sacado.

Criada para atender às pessoas sem conta bancária, a conta poupança digital da Caixa permite até três transferências mensais para outras contas de qualquer banco. Durante a pandemia do coronavírus, não haverá cobrança de taxas para transferências a outras instituições financeiras. Para contas da própria Caixa, a conta digital permite transferências ilimitadas, mesmo para contas em nome de terceiros.

No dia do lançamento do auxílio emergencial, o próprio banco recomendou que o cidadão que receba por meio da conta digital transfira o dinheiro o mais rápido possível. A conta poupança digital também permite o pagamento de boletos bancários e de contas domésticas (água, luz, telefone e gás) por meio do aplicativo Caixa Tem.

Quem não tiver condições de fazer as transferências pode sacar o dinheiro em espécie nas agências da Caixa ou em casas lotéricas e correspondentes bancários, caso eles estejam abertos nas localidades. A retirada em espécie da primeira parcela começou na segunda-feira (27/04) e vai até o dia 5 de maio, seguindo um calendário baseado no mês de nascimento do beneficiário.

Pago a pessoas em situação vulnerável durante a pandemia da covid-19, o auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras) beneficia trabalhadores informais, pessoas inscritas do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) e cidadãos inscritos no Bolsa Família. O benefício pode ser pedido por meio do aplicativo Caixa Auxílio Emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br. O benefício será pago até junho.

Destinado a compensar parte do salário dos trabalhadores com jornada reduzida ou com contrato suspenso, o BEM está atrelado ao seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito caso tivesse sido demitido. No caso da redução de jornada, o benefício equivale ao percentual da redução de salário. Se o trabalhador teve o salário reduzido em 70%, receberá 70% do seguro-desemprego.

No caso da suspensão de contrato de trabalho, o BEM equivale a 100% do seguro-desemprego, para trabalhadores de micro e pequenas empresas, e de 70% do seguro para trabalhadores de médias e grandes empresas. (ABr)

Quinta-feira, 30 de Abril, 2020 ás 16:11