Pessoas classificadas pela classe C utilizam 51% a mais de celulares do que outros dispositivos para trabalhar, percentual que sobe para 84% nas classes D e E, aponta levantamento; saiba como cada grupo mais trabalhou no isolamento social
Há mais de um ano vivendo na pandemia do Covid-19, trabalhadores mais pobres do Brasil utilizam aparelhos celulares para atividades remotas de trabalho. As classes C, D e E usam quatro vezes mais celulares para trabalhar em casa do que as classes A e B. Essa análise foi computada pelo Melhor Plano, plataforma de Telecom de comparação de preços de planos de internet, a partir dos micros dados da pesquisa TIC Domicílios, produzida pelo Centro Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação (Cetic).
As pessoas classificadas pela classe C utilizam 51% a mais de celulares do que outros dispositivos para trabalhar. E pessoas entre as classes D e E utilizam cerca de 84% de celulares, do que outros dispositivos, como notebook e computador de mesa, para fazer o seu trabalho remoto durante a pandemia.
As pessoas classificadas pelas classes A e B utilizam apenas 22% dos aparelhos celulares para trabalhar em ambiente remoto, número quase duas vezes menor apontado pela classe C e quase três vezes menor pelas classes C e D. Como principal ferramenta de trabalho das classes A e B estão o notebook, com 52%, e o computador de mesa, com 25% de uso.
“O uso de celular para atividades remotas torna-se o recurso mais barato e democrático para os brasileiros das classes C, D e E, já que os planos controle e pós-pago ficaram mais acessíveis nos últimos anos. Em 2020, por exemplo, o acesso ao pós-pago se equiparou ao pré-pago, segundo os últimos micros dados da Anatel”, comenta Felipe Byrro, cofundador do site Melhor Plano.
*ig
Terça-feira, 10 de agosto, 2021 ás 11:43
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