Saiba como se prevenir dos males que mais atingem os brasileiros
O aniversário do médico sanitarista Oswaldo Cruz foi escolhida para marcar o Dia Nacional da Saúde. Cruz ficou conhecido por seu grande trabalho na luta contra a varíola (doença considerada erradicada desde 1970) e na medicina experimental. Para lembrar o dia, vamos falar de um problema que acomete muitos brasileiros: as doenças crônicas.
A Organização Mundial de Saúde aponta a dimensão do problema: de acordo com o primeiro relatório global sobre doenças não-transmissíveis, publicado em 2008, elas foram responsáveis por 36 milhões de mortes naquele ano – 63% do total mundial. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saúde, nada menos do que 59,5 milhões de pessoas sofrem com algum mal crônico no Brasil atualmente, ou seja, quase um terço da população, sendo três doentes para cada 10 brasileiros.
Mas afinal, quais são e como prevenir essas doenças? Tais males são considerados crônicos por não serem resolvidos a curto prazo e também não oferecem risco de morte imediato a seus portadores, pois têm evolução prolongada, porém permanente.
Encaixam-se nesse quadro a diabetes, a hipertensão, a obesidade mórbida, doenças cardiovasculares, respiratórias e autoimunes (como lúpus e artrite reumatoide), câncer, algumas infecções, como tuberculose, lepra e sífilis e a Aids. Estão no grupo de risco pessoas com colesterol elevado, pressão arterial alta, obesidade, fumantes e consumidores de álcool em excesso.
Segundo a OMS, milhares de vidas poderiam ser salvas se os fatores de risco, como o cigarro, a bebida e o sobrepeso, fossem evitados e controlados. Só o cigarro e o fumo passivo, por exemplo, são responsáveis por seis milhões de mortes no mundo todos os anos. De acordo com a organização, em 2020 esse número deve subir para 7,5 milhões, cerca de 10% de todas as mortes causadas por doenças.
Para isso, a OMS indica três prioridades de vigilância, que devem ser adotadas: monitoramento das doenças, prevenção e melhoria no tratamento. Ações diretas para controlar o consumo de tabaco e álcool também são indicadas. No Brasil, já é proibido fumar em locais fechados e também são feitas campanhas informativas sobre o tabagismo, o alcoolismo e a hipertensão.
Além de cortar o consumo de cigarro e bebidas alcoólicas, o indicado aos pacientes do grupo de risco – e a todos que desejem manter uma vida longe das doenças crônicas – é adotar hábitos como controle do consumo de sal, prática de exercícios físicos regulares, manter sempre o peso ideal e privilegiar na alimentação frutas, vegetais, frutos secos e cereais integrais; substituir as gorduras animais saturadas por gorduras vegetais insaturadas e reduzir as doses de alimentos salgados, como frituras, e doces.
Por ana Carolian Pinto
Por ana Carolian Pinto
Sexta – feira, 04/08/2011 ás 06h:05
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