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31 maio, 2011

OMS chama atenção para relação entre o uso de celulares e o desenvolvimento de câncer


RIO - Pela primeira vez desde que estudos começaram a ser feitos, a Organização Mundial da Saúde alertou nesta terça-feira para a existência de uma relação entre o uso de celulares e o desenvolvimento de câncer. A agência agora classifica o uso dos aparelhos na categoria de potencial cancerígeno, a mesma para chumbo e clorofórmio. 

Antes do anúncio, a OMS chegou a garantir aos consumidores que nenhum aviso de risco à saúde havia sido estabelecido. Mas uma equipe de 31 cientistas de 14 países tomou a decisão de revisar estudos sobre segurança dos celulares. O grupo descobriu evidências suficientes para classificar a exposição pessoal como "possivelmente cancerígena para humanos". 

Isso significa que, até agora, não há pesquisas suficientes para esclarecer se a radiação de celulares é segura, mas há dados o bastante mostrando uma possível relação à qual os consumidores deveriam ficar atentos. 

- O maior problema que nós temos é que sabemos que fatores ambientais precisam de décadas de exposição até realmente vermos as consequências - disse à CNN Keith Black, neurologista chefe do Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles, nos Estados Unidos. 

O tipo de radiação emitida por um celular é chamada não ionizante. Não é como um aparelho de Raio-X, mas se parece mais com um forno microondas de muito baixa potência. 

- O que as microondas de radiação fazem, nos termos mais simplistas, é parecido com o que acontece com a comida no microondas, só que com o nosso cérebro. Então, além de poder acarretar o desenvolvimento de tumores, elas poderiam causar uma série de outros efeitos, como danificar a função de memória cognitiva, já que os lobos de memória temporal ficam onde seguramos nossos celulares - completa Black. 

A Agência Europeia de Meio Ambiente solicitou a realização de novos estudos, afirmando que os celulares podem ser um risco à saúde pública como a fumaça, amianto e gasolina com chumbo. O coordenador de um instituto de pesquisa sobre câncer na Universidade de Pittsburg enviou um memorando a todos os funcionários pedindo a eles que limitassem o uso de celulares, devido ao risco de desenvolver câncer.
- Quando acompanhamos o desenvolvimento de um câncer - particularmente no cérebro - vemos que isso leva um longo tempo. Acho que é uma boa ideia dar ao público algum tipo de aviso de que muito tempo de exposição à radiação do seu celular pode possivelmente causar câncer - disse Henry Lai, professor pesquisador em bioengenharia da Universidade de Washington, que estuda radiação há 30 anos.
Os resultados do mais amplo estudo realizado internacionalmente sobre telefones celulares e câncer foram publicados em 2010. Eles mostraram que os participantes da pesquisa que usaram o celular por dez anos ou mais tinham o dobro das taxas de glioma cerebral, um tipo tumor. Até agora, não há estudos realizados num grande intervalo de tempo sobre os efeitos do uso do celular entre crianças.
- Os crânios e o couro cabeludo das crianças são mais finos. Então, a radiação pode penetrar mais fundo em seus cérebros, assim como nos de jovens. Suas células estão se dividindo a taxa mais rápida, então o impacto da radiação pode ser muito maior - afirmou Black.
Os produtores de muitos celulares populares já alertam os consumidores para manter seus aparelhos afastados de seus corpos. É o caso do iPhone 4 e do Blackberry Bold.

Terça – feira  31/05/2011, às 16h47

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