Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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03 agosto, 2017

CÂMARA REJEITA DENÚNCIA DA PGR CONTRA O PRESIDENTE MICHEL TEMER




A Câmara dos Deputados negou, por 263 votos contra 227, a autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise o mérito da denúncia da Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva contra o presidente da República, Michel Temer. Houve ainda duas abstenções e 19 ausências.

O parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, era pela improcedência da denúncia e a oposição precisava de 342 votos para reverter o resultado.

Com a decisão da Câmara, a denúncia da PGR só poderá ser analisada pelo STF após o fim do mandato de Temer, a partir de janeiro de 2019

Votação

A primeira sessão começou pontualmente às 9h. A oposição apresentou cinco requerimentos pedindo o adiamento da votação, mas todos foram rejeitados. Cinco deputados da oposição chegaram a protocolar no Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança pedindo que a Corte garantisse, por meio de uma liminar com efeito imediato, a manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no plenário da Câmara. O pedido foi indeferido pela ministra Rosa Weber, do STF.

Durante a sessão, o relator do parecer Abi-Ackel e o advogado de Temer, Antônio Maris, falaram e defenderam o arquivamento da denúncia. Depois, deputados contra e a favor do parecer se revezaram no microfone para apresentar seus posicionamentos. Após cinco horas de debate, Rodrigo Maia encerrou a primeira sessão. Pelo regimento da Casa, a sessão deliberativa pode durar quatro horas, prorrogáveis por mais uma. Se não estiver em andamento nenhuma votação, a sessão deve ser encerrada e o presidente deve abrir outra. Com isso, uma nova sessão foi aberta e começou a recontagem do quórum em plenário, com a oposição voltando a apresentar os requerimentos de adiamento da votação.

A base governista reuniu quórum necessário e os debates foram retomados, com os partidos encaminhando a votação das bancadas, quando orientam os deputados como devem votar. Após o encaminhamento, Maia iniciou a votação nominal: cada deputado era chamado ao microfone para proferir seu voto.

A votação foi marcada por troca de ofensas entre governistas e oposicionistas e até momentos de tumulto.

Histórico

A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República chegou à Câmara no dia 29 de junho. Na denúncia, Temer é acusado de ter se aproveitado da condição de chefe do Poder Executivo e ter recebido, por intermédio de um ex-assessor, Rodrigo Rocha Loures, “vantagem indevida” de R$ 500 mil. O valor teria sido ofertado pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, investigado pela Operação Lava Jato.

Segundo a Constituição Federal, um presidente da República só pode ser investigado no exercício do mandato se a Câmara autorizar o andamento do processo.

Durante a tramitação na Câmara, a denúncia motivou diversas discussões em torno do rito de análise e tramitação da denúncia.

A denúncia foi analisada inicialmente pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e recebeu do primeiro relator, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), voto favorável para a autorização da investigação. O parecer de Zveiter foi rejeitado pela maioria dos membros da comissão, que aprovaram um parecer substitutivo, elaborado por Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), recomendando o arquivamento do processo.

Ao longo da tramitação na Câmara, o processo mobilizou a liderança da base governista em torno da busca de apoio ao presidente. Partidos da oposição também adotaram diferentes estratégias nos últimos meses na tentativa de garantir a autorização para abertura da investigação.

Os oposicionistas criticaram a troca de membros na CCJ e a liberação das emendas parlamentares antes da votação na comissão e no plenário, enquanto os governistas argumentavam que a denúncia contra Temer precisava de provas concretas e que a investigação do presidente poderia causar mais instabilidade ao país.

Quinta-feira, 3 de agosto, 2017 ás 9hs00

02 agosto, 2017

MORO TORNA LULA RÉU PELA SEXTA VEZ




O juiz Sérgio Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra Lula pelo sítio de Atibaia, e tornou o ex-presidente réu pela terceira vez. A acusação agora é de corrupção e lavagem de R$ 1,02 milhão nas obras do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, interior de São Paulo. Na Lava Jato e também nas operações Zelotes e Janus, Lula é réu em seis ações penais.

Segundo a nova acusação, a Odebrecht, a OAS e também a empreiteira Schahin gastaram R$ 1,02 milhão em obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a Petrobrás. A denúncia inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da empreiteira e aliados do ex-presidente, até seu compadre, o advogado Roberto Teixeira.

"Luiz Inácio Lula da Silva, de modo consciente e voluntário, no contexto das atividades de organização criminosa, em concurso e unidade de desígnios com Emílio Odebrecht, Alexandrino Alencar, Carlos Armando Paschoal, Emyr Diniz Costa Júnior, Rogério Aurélio Pimentel, Roberto Teixeira e Fernando Bittar, no período compreendido entre 27 de outubro de 2010 e junho de 2011, dissimularam e ocultaram a origem, a movimentação, a disposição e a propriedade de aproximadamente R$ 700 mil provenientes dos crimes de cartel, fraude a licitação e corrupção praticados pela Odebrecht em detrimento da Petrobrás, por meio da realização de reformas estruturais e de acabamento no sítio de Atibaia", diz a denúncia do Ministério Público.

A Procuradoria da República no Paraná anexou 415 documentos à nova denúncia. Segundo a Procuradoria, a denúncia foi elaborada com base em depoimentos, documentos apreendidos, dados bancários e fiscais bem como outras informações colhidas ao longo da investigação. No material anexado pelo Ministério Público Federal estão fotos de objetos e fotografias da família no sítio, escritura e registro do imóvel, notas fiscais e relatórios da Polícia Federal.

Moro condenou Lula a nove anos e meio de prisão no caso do triplex do Guarujám, litoral de São Paulo. A sentença é a primeira do ex-presidente na Lava Jato, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro ao petista. Na mesma decisão, o juiz de Curitiba absolveu o ex-presidente 'das imputações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o armazenamento do acervo presidencial, por falta de prova suficiente da materialidade'.

Quarta-feira, 02 de agosto, 2017 ás 11hs22

01 agosto, 2017

DEPUTADOS FEDERAIS RETOMAM ATIVIDADES, APÓS DUAS SEMANAS DE FOLGA




Os deputados federais voltam ao trabalho nesta terça (1), após duas semanas de recesso. Na agenda estão compromissos como a análise da Medida Provisória que aumenta de R$ 15 mil para R$ 500 mil o valor máximo de multa a ser aplicada a frigoríficos que infringirem a legislação sanitária.

A Comissão Especial do Sistema Penitenciário se reúne, às 9h, para discutir medidas que visem à restruturação e à modernização do sistema penitenciário brasileiro. Já a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania realiza votação de projetos e pareceres.

Ainda na pauta desta terça estão audiências públicas das Comissões de Direitos Humanos e Minorias e Especial do Sistema Penitenciário, além de reunião interna da Comissão Externa sobre Fiscalização da Concessionária Eco 101 - BR 101/ES – que define as ações da comissão e da bancada – e da discussão e votação do parecer do relator, deputado Toninho Pinheiro (PP-MG), promovida pela Comissão Especial sobre Linhas de Crédito às Santas Casas (PL 7606/17).

Semana decisiva

A volta dos parlamentares ao trabalho é marcada por uma importante e esperada decisão da Casa. Nesta quarta (2), os deputados federais participam da sessão destinada à votação da denúncia por corrupção passiva feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer. Para ser aceita, a autorização para que Temer seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) precisa do apoio de 342 dos 513 deputados federais.

Terça-feira, 1 de agosto, 2017 ás 11hs30