Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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29 março, 2017

MPE PEDE AO TSE PARA CASSAR MICHEL TEMER E DEIXAR DILMA ROUSSEFF INELEGÍVEL




O Ministério Público Eleitoral (MPE) enviou no final da noite de terça-feira-28, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a manifestação final sobre a ação contra a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) reeleita em 2014.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o MPE pediu a cassação do presidente Michel Temer e a inelegibilidade da presidente cassada. A manifestação é mantida sob sigilo. O parecer foi assinado pelo vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, que atua na corte eleitoral por delegação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Dino é um dos pré-candidatos à sucessão de Janot, que tem mandato previsto para acabar em setembro.

A ação foi aberta a pedido do PSDB, que alega abuso de poder político e eleitoral na campanha à reeleição da chapa em 2014.

Na segunda feira, 27, o ministro Herman Benjamin, relator da ação no TSE, enviou seu relatório final para os demais ministros da Corte, liberando o processo para que seja pautado em plenário.

O presidente do tribunal, ministro Gilmar Mendes, já marcou para começar na manhã da próxima terça-feira, 4, o julgamento do caso. O TSE dedicará quatro sessões da próxima semana - duas extraordinárias e duas ordinárias - para se debruçar sobre o caso, que poderá levar à convocação de eleições indiretas.

Se os ministros do tribunal eleitoral seguirem o entendimento do MPE - ou seja, cassarem Temer, mas o deixarem elegível -, ele poderia concorrer numa eleição indireta.

Separação

No ano passado, um parecer do Ministério Público Eleitoral recomendou que fosse rejeitado o pedido da defesa de Temer para separar sua responsabilidade em relação a de Dilma Rousseff no processo. Na época, Nicolao Dino afirmou que “o abuso de poder aproveita a chapa em sua totalidade, beneficiando a um só tempo o titular e o vice”.

Em outro parecer, o MPE indicou a existência de “fortes traços de fraude e desvio de recursos” ao analisar as informações colhidas com a quebra do sigilo bancário das gráficas Red Seg Gráfica, Focal e Gráfica VTPB, contratadas pela chapa Dilma-Temer.

O vice-procurador-geral eleitoral ainda afirmou em entrevista nesta semana, que “caixa 2 é crime tão grave quanto corrupção”. “Caixa 2 é crime, caixa 2 é um desvalor de conduta que precisa ser adequadamente punido na nossa legislação. É objeto de reprovação, não há dúvida alguma. Ele desiguala a disputa eleitoral. É abuso de poder, abre a porta para troca de favores. O caixa 2 em tudo é negativo, é nefasto para o processo democrático”, afirmou Dino.

Quarta-feira, 29 de Março de 2017 ás 11hs00

ESPECIALISTAS DIVERGEM SOBRE PONTOS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA
 

O governo debate a possibilidade de dar para os estados e municípios fazerem suas reformas previdenciárias. Mas, caso isso não ocorra, os servidores estaduais e municipais passarão a seguir as regras iguais para os servidores federais que forem aprovadas pelo Congresso.

Enquanto a proposta é analisada em Comissão Especial na Câmara dos Deputados, alguns pontos geram divergências. Especialistas opinaram, nesta terça-feira (28), durante audiência pública realizada na Casa.

Segundo o economista Fabio Giambiagi, especialista na área e defensor de uma reforma, alguns pontos da proposta deveriam ser alterados, como, por exemplo, a pensão por morte.

Segundo ele, o fim da acumulação da aposentadoria com pensão vai afetar muito os viúvos ou viúvas porque alguns gastos grandes, como aluguel, continuam os mesmos após a morte do companheiro.

Giambiagi disse ainda que o cálculo do benefício deveria ser alterado para que uma pessoa que chegasse aos 65 anos de idade, com 45 anos de contribuição, pudesse ter 100% do benefício. Pela reforma, isso só ocorreria com 49 anos de contribuição.

O economista afirmou também que o problema da Previdência não é contábil, mas de justiça social. Isso porque o sistema permitiria, por exemplo, aposentadorias precoces em detrimento de gastos com saúde e educação.

Arrecadação

Já Denise Gentil, professora da UFRJ, propôs que o governo pense em melhorar a arrecadação tributária e a produtividade do trabalhador e não apenas em cortar gastos. Denise sugeriu medidas como o combate à sonegação; a cobrança da dívida previdenciária; a redução do mecanismo que desvincula receitas da Seguridade Social; a revisão das desonerações; a criação de empregos formais; e um projeto de desenvolvimento que envolva ganhos de produtividade:

"A análise que corta os gastos é bem endereçada. Quem precisa das transferências de renda do governo? Obviamente que são as pessoas mais necessitadas. Quem ganha quando o governo passa a transferir menos? As pessoas que são mais favorecidas pelos demais gastos do governo, particularmente aqueles com juros. Então, uma reforma que corta gastos não é assim totalmente isenta e desinteressada. Ela vem com um objetivo de pressão social", avaliou.

Envelhecimento

O presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Marcos Lisboa, destacou que o principal motivo para a reforma da Previdência é o envelhecimento populacional. Segundo ele, a relação entre trabalhadores e aposentados vai ser de dois para um daqui a 15 anos. Se nada for feito, em 2036, todo o gasto público será destinado ao pagamento da Previdência, alertou.

Victor Roberto de Souza, da Associação dos Juízes Federais do Brasil, disse que a reforma, se aprovada, vai desencadear muitas ações judiciais. Ele citou como exemplo a falta de explicação para as regras de transição restritas a pessoas com idade de 45 anos ou mais para mulheres, e de 50 anos ou mais, para homens. (Com informações Ag Câmara)

Quarta-feira, 29 de Março de 2017 ás 11hs00