Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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08 abril, 2017

CONTINUA EM BANHO-MARIA PROJETO DE CRIAÇÃO DO ESTADO DO PLANALTO CENTRAL




O Brasil poderá ter um novo estado. É o Estado do Planalto Central, que seria localizado em parte da área geográfica do atual Distrito Federal. Caso a proposta venha a ser aprovada, Brasília passaria a ser, exclusivamente, a capital administrativa do país, com o governador nomeado pelo presidente da República, após a devida aprovação pelo Senado Federal.

A iniciativa é do ex-senador Francisco Escórcio, quando ainda estava no Senado, e começou a ser discutida em (3/11/2004) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde a proposta de emenda à Constituição (PEC 27/02) começa a tramitar em conjunto com o projeto de decreto legislativo 298/02, também de autoria do então senador, que convoca plebiscitos nos estados de Minas Gerais e Goiás para saber se a população deseja a criação da nova unidade. O motivo é que o novo estado, se criado, irá absorver quatro municípios de Minas Gerais e 25 de Goiás.

Na primeira audiência pública promovida pela CCJ para debater a questão, Francisco Escórcio disse que a criação do estado do Planalto Central vai promover o desenvolvimento das cidades-satélites e do chamado Entorno, localizado em municípios de Goiás e Minas Gerais, "com a implantação de indústrias modernas e agropecuária vigorosa". Para ele, a região sofre com o crescimento desordenado, aumento da violência e péssimo atendimento social. Em contrapartida, observou, Brasília seria preservada como patrimônio da humanidade, "com qualidade de vida a seus habitantes".

Debate ampliado
Todos os senadores presentes à reunião insistiram em um ponto: a matéria tem que ser profundamente debatida, a exemplo da criação de outras unidades federativas. O senador João Ribeiro (PFL-TO) apoia a criação do estado do Planalto Central, apesar de reconhecer que a luta "não será fácil". Por isso pregou a formação de uma comissão especial composta de senadores e deputados com o objetivo de estudar uma nova redivisão territorial do país, que incluiria também a criação do estado do Planalto Central.

Mas o senador Hélio Costa (PMDB-MG) manifestou-se "totalmente contrário" à criação do estado do Planalto Central. E disse que Minas Gerais não abriria mão "de um centímetro sequer do seu território para a formação da nova unidade". Pela proposta, os municípios mineiros de Unaí, Buritis, Formoso e de Cabeceira Grande integrariam o novo estado.

Para Hélio Costa, o caminho para se promover o desenvolvimento não passa, necessariamente, pela criação de novas unidades. No caso do atual Distrito Federal, Hélio Costa defendeu a alocação, pela União, de mais recursos para que o governador Joaquim Roriz possa fazer os investimentos necessários com o objetivo de diminuir os problemas crônicos que afligem toda a região, com destaque para o Entorno. 

Já o senador Paulo Octávio (PFL-DF) também defendeu uma nova redivisão territorial do país e, com relação à criação do estado do Planalto Central, alertou que "Brasília cumpre muito bem o seu papel de administrar o país". Mas informou que daqui a uma semana irá apresentar uma proposta alternativa à sugerida por Escórcio, de modo a não alterar o quadrilátero, área geográfica onde está localizado o Distrito Federal. Ele não quis adiantar, entretanto, o teor da proposta, mas informou apenas que o espaço reservado para o DF "ficou pequeno demais para se promover o desenvolvimento, com qualidade de vida". 

Eduardo Azeredo (PSDB-MG) não vê maiores problemas para a criação do estado do Planalto Central, "uma vez que o mérito do projeto é vantajoso", mas não admite, a exemplo de Hélio Costa, a entrega de parte do território de Minas Gerais à nova unidade. Demostenes Torres (PFL-GO) também é da mesma opinião e lembrou que Goiás será o maior prejudicado, já que, pela proposta, terá de ceder nada menos do que 25 municípios. Mas acha oportuna a idéia de se abrir uma ampla discussão em torno de o país ter novos estados.

Os senadores Mão Santa (PMDB-PI), que se manifestou favorável à criação do novo estado, além de Rodolpho Tourinho (PFL-BA), também defenderam a abertura de discussões em torno da proposta que redimensiona territorialmente o Brasil. O presidente da CCJ, senador Edison Lobão (PFL-MA), reconheceu que com o novo estado novas despesas surgirão, em virtude de gastos com prefeituras e câmaras de vereadores, mas informou que tais despesas poderão ser menores das que as registradas com as atuais administrações das cidades-satélites. 

O projeto
O projeto que cria o estado do Planalto Central foi apresentado em 2002, quando Francisco Escórcio era senador. Pela proposta, o novo estado terá 41 municípios, em aproximadamente 75 mil quilômetros quadrados, a saber: 12 cidades-satélites (Gama, Taguatinga, Brazlândia, Sobradinho, Planaltina, Ceilândia, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas, Riacho Fundo e parte do Paranoá, até o limite da estrada DF-130); 25 cidades hoje pertencentes ao estado de Goiás e quatro municípios atualmente pertencentes a Minas Gerais.

O novo Distrito Federal será formado, de acordo com a proposta, pela Asa Sul, Asa Norte, Lago Sul, Lago Norte, Núcleo Bandeirante, Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Candangolândia, Guará, Park Way e Paranoá, até a DF-130. A atual Câmara Legislativa do Distrito Federal seria extinta.

As cidades-satélites passariam a ter autonomia administrativa, financeira e política. Ao contrário de hoje, conforme informou Escórcio, a população elegeria, diretamente, prefeitos e vereadores. Quanto à viabilidade financeira para a criação do novo estado, Francisco Escórcio disse que isso não representa qualquer empecilho, já que se daria via recursos constitucionais, como recursos oriundos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Sábado, 8 de Abril de 2017 ás 16hs00

JUSTIÇA BLOQUEIA R$476,9 MILHÕES DO PARTIDO PROGRESSISTA E DE 10 POLÍTICOS




O juiz Friedmann Anderson Wendpap decretou nesta sexta-feira, 7, o bloqueio de R$ 476.917.797,44 em ação de improbidade, na Operação Lava Jato, contra o Partido Progressista, 10 políticos e um ex-assessor do partido.

Foram bloqueados diretamente do caixa da agremiação R$ 9,88 milhões. O confisco se estende a um grupo de 10 políticos, entre eles Pedro Corrêa, ex-presidente do partido, que teve bloqueados R$ 46,8 milhões.

A decisão do magistrado foi dada em ação ajuizada pelo Ministério Público Federal, no Paraná, em 22 de março deste ano. A Procuradoria da República apresentou à Justiça Federal ação de civil pública contra o PP e 10 políticos da legenda – os deputados federais Nelson Meurer (PP-PR), Mário Negromonte Júnior (PP-BA), Arthur Lira (PP-AL), Otávio Germano (PP-RS), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e Roberto Britto (PP-BA), além dos ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP-BA) -, além do ex-assessor João Genu.

Na ação, a força-tarefa da Lava Jato imputa atos de improbidade administrativa ao grupo e pede que sejam condenados – inclusive o PP, como pessoa jurídica – a pagarem R$ 2,3 bilhões de ressarcimento ao erário, multa civil e por danos morais coletivos.

Por se tratar de uma ação de improbidade, na área cível, a Procuradoria, em Curitiba, pode processar deputados com mandato, por não haver foro especial por prerrogativa de função, nesses casos.

A ação cível por atos de improbidade buscam responsabilizar agentes públicos por desvios de conduta e particulares que concorrem para o ato. São três tipos de atos de improbidade, com diferentes sanções: os que importam enriquecimento ilícito, os que causam dano ao Erário e aqueles que atentam contra princípios da administração pública.

Esta é a primeira ação por improbidade proposta contra um partido político da força-tarefa da Lava Jato. Além dos valores que os réus terão de pagar ao Erário, se forem condenados, a ação pede para os políticos suspensão dos direitos políticos por dez anos, proibição de contratar com o Poder Público e a vedação de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, além da cassação da aposentadoria especial dos parlamentares ou perda do direito à contagem do tempo como deputado para a aposentadoria.

A ação considera os danos causados ao Erário no esquema de desvios de contratos da Petrobras, feitos na Diretoria de Abastecimento, que era a área controlada pelo PP, no esquema de fatiamento político da estatal, que envolvia ainda PT e PMDB, e em desvios decorrentes do pagamentos de vantagens para o esquema da Diretoria de Abastecimento em negócio da Braskem, empresa do Grupo Odebrecht, no contrato de comercialização de nafta – matéria prima que a estatal compra da petroquímica.

Nesta ação, o Ministério Público Federal pede que o PP e o grupo de liderança sejam condenados: ao ressarcimento ao erário no valor total de R$ 460.636.517,60, equivalente à suposta propina paga ao PP, a seus integrantes e a terceiros a partir do esquema de corrupção estabelecido na Diretoria de Abastecimento da Petrobras; ao pagamento de multa civil na quantia de R$ 1.381.909.552,80; e ao pagamento de danos morais coletivos em montante não inferior a R$ 460.636.517,60. O valor pedido totaliza R$ 2.303.182.588,00.

Defesa

O advogado Michel Saliba, que defende João Pizzolatti, Nelson Meurer e Roberto Britto, afirmou: “As partes aguardarão as notificações pessoais e apresentarão, tempestivamente, as defesas prévias, oportunidade em que se manifestarão nos autos sobre o conteúdo da decisão, bem como sobre a petição inicial.”

Já Marlus Arns, que defende João Cláudio Genu. Afirmou: “O pedido de bloqueio do Ministério Público em relação a João Cláudio Genu foi inicialmente de R$ 1,8 bilhão. O juiz limitou a indisponibilidade em R$ 12,8 milhões. Quando o cliente for notificado, apresentaremos defesa preliminar comprovando inclusive que João Cláudio Genu é parte ilegítima da ação, devendo ser excluído da mesma.”

VEJA O QUANTO FOI BLOQUEADO DE CADA POLÍTICO

* Pedro da Silva Correa de Oliveira Andrade Neto no valor de R$ 46.800.000,00 (quarenta e seis milhões oitocentos mil reais);

* Pedro Henry Neto no valor de R$ 800.000,00

* João Alberto Pizzolatti Junior no valor de R$ 124.055.758,32

* Mario Silvio Mendes Negromonte no valor de R$ 166.921.262,16

* Mario Silvio Mendes Negromonte Junior no valor de R$ 2.733.000,00

* Nelson Muerer no valor de R$ 78.800.000,00

* João Claudio de Carvalho Genu no valor de R$ 12.800.000,00

* José Otávio Germano no valor de R$ 10.040.000,00

* Luiz Fernando Ramos Faria no valor de R$ 8.160.000,00

* Roberto Pereira Brito no valor de R$ 8.160.000,00

* Arthur Cesar Pereira de Lira no valor de R$ 7.767.776,96

* Partido Progressista no valor de R$ 9.880.000,00(AE)

Sábado, 8 de Abril de 2017 ás 11hs10