Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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20 junho, 2016

TCU FAZ DILIGÊNCIA NA FAZENDA PARA AVALIAR QUITAÇÃO DO BNDES



Nos próximos dias, o Tribunal de Contas da União (TCU) enviará uma "diligência" ao Ministério da Fazenda para buscar informações detalhadas sobre o plano de antecipação do pagamento de empréstimos feitos ao BNDES pelo Tesouro. O questionamento faz parte do processo que o tribunal instaurou para apurar a legalidade da transação anunciada duas semanas atrás pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

A intenção do governo é reaver R$ 100 bilhões dos mais de R$ 500 bilhões repassados ao banco de fomento desde 2009. Desse total, R$ 40 bilhões seriam pagos este ano. Na quinta-feira, em encontro não informado nas agendas oficiais, a tropa de choque Henrique Meirelles esteve no TCU para defender a proposta e tentar descaracterizá-la como "pedalada fiscal".

Não foi um mero encontro entre técnicos. Meirelles enviou à Secretaria de Macroavaliação Governamental (Semag) do tribunal o secretário de acompanhamento econômico da Fazenda, Mansueto Almeida, o secretário de política econômica, Carlos Hamilton, e o assessor especial, Marcos Mendes.

No encontro, que durou pouco mais de uma hora, os integrantes da equipe econômica expuseram argumentos aos auditores para reafirmar que não haveria nada de errado na transação financeira.

A "visita técnica" não se limitou às dependências da Semag. Após o contato com os auditores, o trio seguiu para um encontro com o procurador do Ministério Público junto à corte de contas, Júlio Marcelo de Oliveira, que já se adiantou em dizer que não há nada de errado com a estratégia.

Oliveira é figura central do processo que culminou na rejeição das contas da presidente afastada Dilma Rousseff, tendo apresentado a maior parte dos argumentos que embasaram o trabalho dos auditores e a decisão do plenário da casa.

Internamente, o governo trabalha numa argumentação baseada em duas linhas básicas para defender a transação: a primeira é a de que o dinheiro do BNDES não afetaria o resultado, porque não é receita primária, ou seja, não pode ser usado para pagamento de gastos. Os R$ 100 bilhões, pagos com títulos, serviriam apenas para abater a dívida pública bruta.

"Esses títulos ficam esterilizados no Tesouro, então saem do cômputo da dívida", diz um dos integrantes do governo que tem trabalhado na linha de argumentação. A tentativa de convencimento dos ministros do TCU partirá do princípio que a LRF se preocupa com a hipótese de a antecipação de receitas de exercícios futuros ser usada para custear despesas do governo, o que não ocorrerá.

A segunda base de argumentação é mais curiosa: seguirá a tese de que o governo não está determinando a antecipação de pagamento ao banco; seria do BNDES a iniciativa do pagamento antecipado. Uma decisão unilateral. E como os recursos têm a particularidade de terem partido de empréstimos do próprio Tesouro ao banco, isso descaracterizaria o financiamento do banco à União. (AE)

Segunda-feira, 20 de junho, 2016

GOVERNO LIBERA ESTADOS DE PAGAMENTO DAS DÍVIDAS POR SEIS MESES




Em reunião na tarde desta segunda (20), o governo federal e estados chegaram a um acordo sobre as dívidas dos governos estaduais com a União. Pela novo esquema, os estados deixam de pagar as dívidas pelos próximos seis meses para se capitalizarem e, a partir do primeiro pagamento, já em 2017, o valor teria um desconto de 10% a cada dois meses pagos.

Com relação aos 11 estados que deixaram de pagar suas parcelas devido a liminares obitidas junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), o acordo prevê o pagamento dessas parcelas em 24 meses, começando imediatamente.

Segundo a maioria dos governadores, o acordo vai dar um alívio para os estados e a avaliação é que um ponto intermediário foi atingido com concessões de ambos os lados.

(AE)

Segunda-feira, 20 de junho, 2016

RENAN DECIDIRÁ NESTA SEMANA SE ABRE PROCESSO DE IMPEACHMENT DE JANOT



O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que vai decidir até quarta-feira (22) se abre ou não processo de impeachment do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na semana passada, duas advogadas protocolaram, no Senado, uma denúncia contra o procurador, alegando que Janot dá tratamento diferenciado a situações parecidas de possíveis práticas de atos ilícitos.

As advogadas entendem que Janot deveria ter pedido, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente afastada Dilma Rousseff por suposta tentativa de obstrução às investigações da operação Lava Jato. Esse foi o argumento de Janot para pedir as prisões de Renan, do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).

Renan disse que recebeu, ao todo, nove pedidos de impeachment do PGR entre os anos de 2015 e 2016. Quatro deles foram arquivados. O peemedebista disse ainda que vai analisar o novo pedido “com imparcialidade”, mas fez duras críticas a Janot, dizendo que o procurador “extrapolou os limites do ridículo” ao pedir as prisões.

A PGR não quis comentar as declarações de Renan Calheiros e, também, a possível abertura de impedimento de Janot.

De acordo com a Constituição, cabe ao Senado “processar e julgar os ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União nos crimes de responsabilidade”.


SEMANA COMEÇA COM DESGASTES PARA DILMA E ALIADOS NA CÂMARA

A semana na Câmara dos Deputados deve ser de intenso desgaste para aliados da presidente afastada Dilma Rousseff. Nesta segunda-feira (20), está na pauta da CPI do Carf requerimentos de convocação do ex-senador Delcídio do Amaral, ex-líder do governo da petista, e de Luiz Cláudio Lula da Silva, dono da LFT Marketing Esportivo e filho do ex-presidente Lula.

Ainda nesta semana, na terça-feira (21), está prevista a instalação da CPI da UNE, que vai investigar supostos desmandos da instituição, historicamente ligada ao PCdoB, fiel aliado do PT. A suspeita é que irregularidades com dinheiro público ultrapassem os R$ 44 milhões. O CPI foi proposta pelo deputado Marcos Feliciano (PSC-SP). (A/E)

Segunda-feira, 20 de junho, 2016