Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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25 março, 2016

NÃO VAI TER GOLPE. VAI TER IMPEACHMENT!




Encurralados pela velocidade dos acontecimentos e pela força implacável dos fatos, o governo de Dilma Rousseff e os áulicos do lulopetismo parecem ter abandonado o pouco que lhes restava de dignidade ao qualificar o processo de impeachment deflagrado no Congresso Nacional como um “golpe”. Ferramenta prevista na Constituição Federal, regulamentada por lei e utilizada em todas as democracias do mundo, o impedimento nada tem de golpista e serve como instrumento de defesa das instituições contra uma presidente da República que não se cansa de atacá-las.

Golpismo não é afastar a chefe de um governo corrupto e incompetente que cometeu diversos crimes de responsabilidade, como determina a lei e ocorreu em 1992, com Fernando Collor, na época com o apoio entusiasmado do PT. Golpe é, na verdade, tentar sucessivamente obstruir as investigações da Operação Lava Jato que abriram a porta do Palácio do Planalto e chegaram ao gabinete presidencial. Sem condições mínimas para governar, é a isso que Dilma se dedica diuturnamente, como revelaram ao país as gravações autorizadas pela Justiça das conversas pouco republicanas entre a petista e o ex-presidente Lula, em um desavergonhado e indecoroso conluio para prejudicar o trabalho dos investigadores.

Se antes havia o crime de responsabilidade configurado pela prática das chamadas “pedaladas fiscais”, que por si só configuram um evidente descumprimento da Lei Orçamentária, agora é preciso ter em conta o fato maior e mais grave: a tentativa de Dilma e seu governo de impedirem o livre funcionamento das instituições da República, no caso a própria Justiça, com uma evidente obstrução. Mesmo que, eventualmente, não conste do pedido de impeachment brilhantemente formulado por Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Jr., mais esta ilegalidade cometida pela presidente da República deve ser debatida no momento em que o Congresso votar o impedimento de Dilma, seja na comissão que analisa o processo na Câmara, seja em plenário.

A nomeação de Lula para o ministério da Casa Civil, questionada na Justiça e que, provavelmente, será rejeitada em análise do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima semana, teve dois únicos objetivos: garantir o foro privilegiado ao ex-presidente, livrando-o das investigações da Lava Jato na Vara Federal de Curitiba, sob os auspícios do juiz Sérgio Moro, e reorganizar a articulação política do governo, como se o petista ainda tivesse capacidade de resolver todos esses problemas. Ao contrário: desde que foi nomeado ministro – para logo depois ter a indicação suspensa pelo STF –, Lula só fez agravar a crise na qual sua sucessora está mergulhada e que deve levá-la ao impeachment.

Como se não bastassem todas essas tentativas de golpe contra as instituições, o Palácio do Planalto se transformou em um “bunker” de onde partem ordens aos seus aliados espalhados pelos Poderes da República e ações que têm como objetivos atropelar e empastelar a Lava Jato, desmoralizando o juiz Moro. Uma das consequências mais nefastas desse processo são as contradições e incoerências flagrantes que atingem até mesmo a mais alta Corte do país, por meio de decisões inexplicáveis tomadas ao arrepio da lei, o que dá a medida exata do grau de degradação a que chegamos nesses tristes tempos de lulopetismo. Trata-se de algo sobre o qual precisamos estar atentos, sempre lembrando o que houve na Itália, com a Operação Mãos Limpas, que não foi concluída devido a pressões de forças políticas e grupos econômicos. Não podemos permitir que esse empastelamento aconteça também no Brasil.   

Diante de um quadro de absoluto desmantelo, em meio à mais grave crise econômica de nossa história e com 68% dos brasileiros favoráveis ao impeachment, de acordo com a última pesquisa do Datafolha, a situação da presidente é insustentável sob qualquer perspectiva. Os milhões que foram às ruas no último dia 13 de março em todo o país disseram claramente, em alto e bom som, que o ciclo do PT no governo federal chegou ao fim. Não há outra alternativa além da saída democrática e constitucional do impeachment, que nada tem de golpista – e, ao contrário, livrará o Brasil de um governo que tenta golpear as instituições.

O país está pronto para virar esta página e começar a escrever um novo capítulo de sua história. As forças políticas instaladas no Palácio do Planalto que saquearam o Estado em nome de um projeto de poder, como vem sendo demonstrado pelas investigações da Lava Jato, serão desmanteladas pela força da lei. É preciso colocar um ponto final neste desgoverno, e é isso que o Parlamento brasileiro fará nas próximas semanas.

(Roberto Freire é deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS)

Sexta-feira, 25 de março, 2016

24 março, 2016

VICE-PRESIDENTE DO STF DIZ QUE OPERAÇÃO LAVA JATO RESPEITA AS LEIS




Carmen Lúcia disse ainda que o impeachment não é golpe, desde que o processo respeite a Constituição

A vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, afirmou nesta quarta-feira, 23, que não há abuso do Poder Judiciário na Operação Lava Jato e que as leis estão sendo respeitadas. A ministra disse ainda que o impeachment não é golpe, desde que o processo respeite a Constituição. Questionada se há politização da Lava Jato Carmen Lúcia respondeu: "Não. Estão sendo observadas rigorosamente a Constituição e as leis".

Para Carmen Lúcia, não há sinais do chamado ativismo judicial na Lava Jato, apontado por críticos do juiz Sérgio Moro, da primeira instância da Justiça Federal do Paraná. "A atividade do Judiciário é acionada pelos interessados, pelo cidadão. O Poder Judiciário não atua isoladamente, não atua de ofício, como nós dizemos. Atua por provocação. Então, quando se fala em ativismo judicial, é que o Judiciário ultrapassaria (suas atribuições) e não há demonstração nenhuma de que isso esteja acontecendo", afirmou Carmen Lúcia. A ministra esteve no Rio para receber o prêmio "Faz Diferença", do jornal O Globo, na categoria Personalidade do Ano 2015.

Ao comentar discursos recentes da presidente Dilma Rousseff apontando como golpe a tentativa de impeachment, Carmen Lúcia afirmou que entendeu como um "alerta" de que a Constituição tem que ser respeitada. "Acredito que ela esteja exercendo, primeiro, a liberdade de expressão. Segundo, apenas um alerta no sentido de que é preciso que se observem as leis da República e isso com certeza, em um estado democrático, está sendo observado", afirmou. "Não acredito que a presidente tenha falado que impeachment é golpe. Impeachment é um instituto previsto constitucionalmente. O que não pode acontecer de jeito nenhum é impeachment nem ou qualquer tipo de processo político-penal ou penal sem observar as regras constitucionais. Não há impeachment em andamento ainda, não tenho nenhuma dúvida que teremos que observar todas as regras constitucionais", disse a ministra.

(Luciana Nunes Leal)

Quinta-feira, 24 de março, 2016

23 março, 2016

GOVERNO TENTA CONVENCER EMBAIXADORES DA LOROTA DO 'GOLPE'




O governo do PT – que endossou o impeachment de Collor e subscreveu as propostas para o impedimento também dos ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso – passou a abominar este recurso aberto pela Constituição.

Quando chega a vez de a oposição propor o mesmo procedimento contra a presidente Dilma Rousseff, o partido posa de vestal, choramingando lágrimas de crocodilo, jurando à opinião pública brasileira e internacional uma virgindade que já há tempos perdeu.

Nesse processo, os governos do Partido dos Trabalhadores reduziu as instituições do Estado brasileiro a marionetes, bonequinhos operados por agremiação política que perdeu a compostura, na mesma trilha que levou ao enriquecimento ilícito de muitos de seus associados e ao desmonte de empresas como a Petrobras, outrora o orgulho de todo o Brasil!

O Itamaraty – que desde 2003 mantém chanceleres para efeitos meramente decorativos (uma vez que quem efetivamente dá as cartas e as instruções nessa área é um assessor de segundo escalão do Palácio do Planalto) – esse não passa de palco de manobras das aspirações petistas.

No governo Lula os diplomatas que voltavam do exterior e buscavam lotação no Brasil, eram obrigados a frequentar a “escolinha do Professor Raimundo”, processo de lavagem cerebral inventada pelo então secretário-geral, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto, para doutrinar os funcionários do MRE na cartilha comunista do partido no poder. 

Samuel defende abertamente o uso pelo partido de milícias armadas para resistir às forças da ordem pública. Depois que saiu do Itamaraty, já aposentado, passou a prestar biscates ao Planalto, o último deles, no valor de R$ 56 mil, para fazer o que Itamaraty faria de graça, no cumprimento de sua obrigação:  propor subsídios técnicos envolvendo a integração regional e extrarregional do Brasil no Mercosul (Mercado Comum do Sul), Unasul (União de Nações Sul-Americanas), Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e Brics.

Agora, com muita discrição, o Itamaraty convocou os embaixadores estrangeiros sediados em Brasília para uma audiência reservada com o Advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, para convencê-los de que o processo de impeachment contra Dilma não passa de uma tentativa de golpe. Usar os recursos e o prestígio de uma entidade como a Casa de Rio Branco para a defesa de alguém acusado de crime de responsabilidade, é inaceitável.

Que não digam seus altos funcionários que foram obrigados a isso pelo Planalto. Quando se tem coragem e dignidade, sempre é possível dizer não!

Claudio Umberto

Quarta-feira, 23 de março, 2016