Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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26 fevereiro, 2024

COMO O CHEIRO DA PESSOA COM DIABETES PODE SER UM SINAL DE ALERTA?

Você sabia que cada pessoa possui um cheiro único? Pois é! De acordo com especialistas, é possível identificar, inclusive, problemas de saúde somente a partir dos odores liberados pelo organismo. Um odor excessivamente doce na urina ou mudanças no hálito, por exemplo, podem indicar a necessidade de um exame para diabetes. Por isso, fique atento ao cheiro que o seu corpo libera, pois ele pode trazer pistas do quão saudável você está no momento.

 

Esse conhecimento de que o cheiro de uma pessoa está relacionado ao risco de desenvolvimento de certas doenças é antigo, com registros desse tipo de análise desde a Grécia Antiga. Naquela época, o olfato era bastante utilizado como forma de identificar complicações. Ao identificar mau hálito, por exemplo, era comum associá-lo com doenças do fígado, como a insuficiência hepática. Já para outros casos, os indicativos eram associados ao cheiro do corpo, como é o caso do diabetes.

 

Essa associação entre um tipo de cheiro e a possível manifestação de uma doença, estão diretamente relacionadas com os compostos orgânicos voláteis (VOCs), liberados constantemente pelo nosso corpo. Costumam ser emitidos pela pele, suor, respiração, urina e até pelas fezes.

 

Além de ser um sinal de alerta precoce, o odor emanado por pessoas com diabetes pode fornecer pistas valiosas sobre condições específicas, como a cetoacidose, e até mesmo sobre o uso de medicamentos para o controle da doença.

 

O odor liberado pelo corpo e a cetoacidose

 

A cetoacidose diabética é uma complicação séria, muitas vezes associada à diabetes não controlada, ocorrendo mais comumente em pessoas que convivem com o diabetes tipo 1. Trata-se de uma emergência médica, quando os níveis de açúcar no sangue do paciente estão muito altos.

 

Nesse estado, por causa da falta de insulina no organismo, o corpo queima gordura de maneira inadequada, levando à produção excessiva de cetonas. Estas, por sua vez, podem gerar um odor de acetona no hálito da pessoa afetada, pois desequilibram o pH do sangue e, caso não for tratado, pode levar ao coma e ser fatal.

 

Para prevenir episódios de cetoacidose diabética, alguns cuidados podem ser importantes aliados:

 

    Aplicação correta das injeções de insulina

    Realização das medidas da glicemia capilar com o glicosímetro ou sensor de glicose

    Acompanhamento médico regular

    Controle alimentar para evitar alimentos com alto teor de açúcar e que podem levar à cetoacidose.

 

Medicamentos e Compostos Orgânicos Voláteis

 

O uso de medicamentos para controlar a diabetes também pode influenciar o odor corporal. Alguns medicamentos, como os que promovem a eliminação de glicose pela urina, podem contribuir para mudanças no cheiro que a pessoa libera. Isso ocorre devido às alterações nos processos metabólicos e na eliminação de substâncias específicas que podem ser detectadas pelo olfato.

 

Abordagem completa para o diagnóstico precoce e tratamento

 

A compreensão da relação entre o cheiro corporal, cetoacidose e o uso de medicamentos permite uma abordagem mais completa no diagnóstico e tratamento da diabetes. A detecção precoce de mudanças no odor corporal pode alertar os pacientes e profissionais de saúde sobre a necessidade de ajustes na medicação, monitoramento mais rigoroso ou intervenções urgentes, como internações, a fim de evitar complicações mais graves.

 

A relação entre o cheiro da pessoa com diabetes, cetoacidose e o uso de medicamentos oferece uma visão mais assertiva sobre a complexidade dessa condição de saúde. Caso identifique qualquer alteração significativa no cheiro liberado pelo seu organismo ou hálito, portanto, procure um médico. Sinais como boca seca, aumento do volume de urina, aumento dos níveis de açúcar no sangue, mal-estar, vômitos e dor abdominal também merecem atenção!

*IG

Segunda-feira, 26 de fevereiro 2024 às 14:12