Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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10 dezembro, 2014

DOMÍNIO DOS FATOS


Veemente nos termos e implacável na objetividade, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não deixou margem a dúvida ao defender, na abertura de Conferência Internacional de Combate à Corrupção, punições com ênfase a "todos, todos os envolvidos" no escândalo da Petrobrás.

O procurador não cita nomes; nem seria ainda o momento, tampouco é necessário que o faça, uma vez que a referência é muito clara em relação à impossibilidade de o governo seguir tentando desconhecer a real dimensão do estrago. Diante de um quadro de "gestão desastrosa", a atitude correta seria o afastamento desses gestores e a imediata colaboração dos responsáveis pela companhia com as investigações do Ministério Público.

O mundo jurídico nunca foi tão explícito ao falar sobre a corrupção no País. Outro dia mesmo ouvimos de ministros do Superior Tribunal de Justiça a constatação sobre a existência de "roubalheira" desenfreada.

Agora é o procurador-geral da República - e não um líder de oposição a quem se possa apontar como arauto do golpismo ou do terceiro tempo eleitoral - quem se diz envergonhado por o Brasil ainda ser um País "extremamente corrupto". Apontou que a resposta "àqueles que assaltaram a Petrobrás" será firme e que a Justiça não dará descanso enquanto não houver punição a "todos".

Cobrou do governo decreto que regulamenta a Lei Anticorrupção em vigor desde o início do ano. Esse mesmo governo que dias atrás editou decreto de lei ainda a ser aprovada (da meta fiscal) apenas para poder embutir no texto a promessa de liberação de emendas parlamentares se o projeto fosse aprovado.

Em seguida à manifestação do procurador, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, convocou entrevista para rebater Rodrigo Janot. Posicionou-se de modo ambíguo. Ao mesmo tempo em que se referiu à existência de "fortes indícios" de corrupção, negou com segurança quaisquer indícios contra a direção da companhia que, segundo ele, tudo tem feito para ajudar as investigações.

Não foi o que vimos, desde o início desse rumoroso caso. Na conduta de ex-diretores, atuais dirigentes da estatal, ministros, ex-presidente da República e a atual ocupante do cargo. Todos atuaram para "blindar" a companhia e atribuir denúncias a armações políticas. Houve resistência do envio de documentos ao Tribunal de Contas da União, mentiras diante das comissões de inquérito do Congresso e repetidas declarações de que nada havia de errado nos negócios da Petrobrás.

Nessas garantias se inclui o aval da presidente da República em setembro último: "Se houve alguma coisa, e tudo indica que houve, eu posso garantir que todas as sangrias estão estancadas". Estava dizendo que tinha o domínio dos fatos.

Há uma hora em que os governantes não podem mais se fingir de surdos. Diante do clamor cada vez mais ensurdecedor da Justiça, a hora é essa. Antes que passe da hora.

Ilegal, e daí? A construtora Camargo Corrêa contratou José Dirceu para prestar serviços de análise de "aspectos sociológicos e políticos do Brasil" e dar palestras e conferências internacionais sobre a "integração dos países da América do Sul", entre maio de 2010 e fevereiro de 2011, conforme revelaram documentos encontrados nas investigações da Operação Lava Jato.

Há nessa e em outras contratações um aspecto a ser ressaltado: o fato de o contratado como consultor constar como réu de ação penal (470) em tramitação no Supremo Tribunal Federal desde 2007, acusado pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha.

Qual a razão de empresas contratarem uma pessoa a respeito da qual pesavam tão graves acusações para representá-las em eventos nacionais e intencionais?

Hipóteses:
1. Absoluta indiferença aos marcos da legalidade;
2. Convicta confiança na impunidade;
3. Contratos de fachada para acobertar "serviços" de tráfico de influência.

Por:  DORA KRAMER


Quarta-feira, 10 de dezembro, 2014

26 julho, 2011

CONFIRMADO: A PETROBRAS NÃO É MAIS DOS BRASILEIROS.


Se você é daqueles que ainda acredita que a Petrobras é uma empresa estatal, ou seja, pertencente à nação brasileira politicamente organizada, acorde, você está sonhando!

A Petrobras de hoje, sob o comando de José Sérgio Gabrielli, trabalha apenas para satisfazer os interesses dos seus funcionários e dos seus acionistas corporativos e despreza de modo escancarado o interesse e a inteligência do povo brasileiro.

Prova disso nos deu em entrevista à Rede Globo o próprio Gabrielli que afirmou com a maior cara de pau que a capacidade das refinarias brasileiras para produzir gasolina está no limite e por isso a gasolina vai ter que custar mais caro.

Ora, onde foram parar os R$ 35 Bilhões que a Petrobras lucrou em 2010? Porque esse dissimulado energúmeno ao invés de dizer que não conseguimos fabricar mais gasolina, não vem a público explicar aos brasileiros do Brasil do Pré-Sal, da produção auto-suficiente, da condição de exportador de petróleo e produtor de gasolina mais barata para os bolivianos do que para os brasileiros, porque dentro daquele magnânimo cabide de empregos que dirige não havia ninguém responsável em planejar a produção de gasolina relativamente à curva do crescimento do consumo. 

Talvez para não confessar que não se trata de incapacidade de produção e sim de incapacidade pessoal para gerir um planejamento adequado ao crescimento da demanda do povo e, também, para não confessar que está interessado apenas em aumentar os lucros dos acionistas corporativos e dos valores pagos em benesses aos seus colegas e funcionários, tudo com o dinheiro do povo.

Caso contrário teria se empenhado em determinar a construção de refinarias ou ampliação da capacidade de produção de duas ou três delas, teria investido mais na logística da distribuição e assim não deixaria o povo brasileiro de fora da distribuição dos R$ 35 bilhões que a empresa lucrou no ano passado.  

Mas não, agora ao invés de descontos ou dividendos, o povo terá que ser penalizado com um novo aumento dos preços dos combustíveis e, consequentemente, com aumento do custo de vida e inflação. 
E o Gabrielli não vai nos explicar mais nada porque do alto do pedestal onde o Lula o colocou, ele acha que não nos deve explicações uma vez que, para ele, o petróleo brasileiro não é “nosso” e a Petrobras não pertence aos brasileiros porque o Brasil não é dos brasileiros, é deles.

Presidenta Dilma, por obséquio, destitua esse mentecapto incompetente e insubmisso que mal versou recursos públicos dirigindo-os a interesses outros que não os interesses do chefe dele e também seu, o povo brasileiro. Mas se não pretender ou não puder fazê-lo, que venha a senhora mesmo à planície nos explicar porque é que não podemos produzir mais gasolina com o dinheiro do lucro da Petrobras.

 Por Fernando Di Lascio
Terça – feira 26/7/2011 ás 18h:05
Postado pela Redação