Pressionado
pelas goleadas sofridas contra Alemanha e Holanda, treinador deixa o comando do
Brasil após um ano e meio no cargo e o quarto lugar no Mundial do país
Luiz
Felipe Scolari não é mais técnico da seleção brasileira. A derrota vexatória
para a Alemanha, por 7 a 1, nas semifinais da Copa do Mundo, e o outro revés em
seguida, na disputa pelo terceiro lugar, por 3 a 0, para a Holanda, decretaram
a queda do comandante. Felipão assumiu no final de 2012, meses antes da Copa
das Confederações, em 2013, onde o Brasil conquistou o título em cima da
Espanha, vencendo por 3 a 0 no Maracanã. Foram 29 jogos no comando da Seleção,
com 19 vitórias, seis empates e quatro derrotas. Na Copa do Mundo deste ano,
foram sete jogos, com duas derrotas, três vitórias e dois empates. Agora, a CBF
cogita os possíveis substitutos. Tite é o favorito, mas um estrangeiro não está
descartado.
Após
a derrota para a Holanda no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, na coletiva de
imprensa, Felipão entregou o cargo para a Confederação Brasileira de Futebol
(CBF), como, segundo o próprio, já havia ficado acertado com a entidade. A CBF
aceitou o pedido de Felipão e confirmou a demissão de Luiz Felipe Scolari,
Carlos Alberto Parreira e de toda a comissão técnica que trabalhou na Copa do
Mundo.
A
CBF ainda não oficializa a queda do treinador, o que irá acontecer nesta
segunda-feira. Assim, o Brasil parte em busca de um novo técnico para assumir o
projeto que terá como ponto alto a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, passando
pela Copa América do Chile, em 2015, e das Eliminatórias Sul-Americanas para o
Mundial, que o país volta a disputar após ser sede do evento.
Substituto
de Mano Menezes
Felipão
substituiu Mano Menezes, aposta da CBF para começar o processo de reformulação
da seleção brasileira. A derrota para o México na decisão da medalha de ouro
nas Olimpíadas de Londres 2012, porém, começou a minar o treinador, que acabou
sucumbindo em novembro de 2012. Chamado por José Maria Marin, presidente da
CBF, Luiz Felipe Scolari, campeão do mundo com o Brasil em 2002, aceitou, e no
primeiro ano como treinador do país conquistou a Copa das Confederações, com
campanha que colocou a Seleção novamente como uma das favoritas ao título
mundial em casa.
A
Copa do Mundo, porém, começou com um susto. Marcelo marcou contra na estreia,
diante da Croácia, mas a Seleção virou para 3 a 1. Em seguida, o país empatou
com o México em 0 a 0, com grande atuação do goleiro rival Ochoa. Fechando a
primeira fase, o Brasil venceu Camarões por 4 a 1 e se classificou com o
primeiro lugar do Grupo A. Nas oitavas de final, no Mineirão, o Brasil sofreu
para bater o Chile, nos pênaltis, depois de levar pressão na prorrogação. Nas
quartas de final, em atuação melhor, o time venceu a Colômbia por 2 a 1, mas
perdeu Neymar com uma lesão na terceira vértebra lombar. Foi aí que Felipão
recebeu seu mais duro golpe. A Seleção, novamente no Mineirão, foi goleada por
7 a 1 pela Alemanha, no que o técnico classificou como uma pane inexplicável.
Em seguida, na disputa pelo terceiro lugar, no sábado, foi novamente derrotada,
agora pela Holanda, por 3 a 0.
(Globo
esportes)
Segunda-feira,
14 de julho, 2014
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