Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

20 maio, 2023

T$E USOU UMA “INTERPRETAÇÃO PREMONITÓRIA” PARA CASSAR A CANDIDATURA DE DEPUTADO

Continuamos a fase mediúnica da Justiça brasileira, quando se arquiva um processo porque ele certamente prescreverá no seu decorrer e se condena alguém pelo que poderia fazer caso acontecesse isso ou aquilo. Tudo faz parte, no entanto, de um esquema organizado para liberar condenados e condenar os que os condenaram.

 

E tudo dentro da lei, “com $upremo, com tudo”, como previa o ex-deputado Romero Jucá. Ele, por sinal, anda livre, leve e solto fazendo política em Brasília, embora tenha sido derrotado mais uma vez na eleição de seu estado. A Justiça não o apanhou, mas o eleitor, sim.

 

No primeiro caso, a título de exemplo, Lule não pode mais ser punido pelo caso do tríplex do Guarujá, pois o Ministério Público Federal alegou que, com os prazos prescricionais reduzidos pela metade, já que ele tem mais de 70 anos, os crimes de que é acusado — lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva — já estariam prescritos se um novo julgamento ocorresse. O processo foi arquivado, e Lule considera-se inocentado nesse e noutros casos.

 

O caso do deputado federal eleito e ex-procurador da Lava-Jato , que perdeu o mandato por unanimidade em julgamento que durou um minuto e seis segundos, enquadra-se na segunda hipótese.

 

O relator do caso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Sinistro B. Gonçalves, usou uma interpretação premonitória para cassar a candidatura do ex-procurador, pois é proibido que um integrante do Ministério Público peça demissão do cargo para evitar uma condenação.

 

O curioso nesse caso é que não existia nenhum processo administrativo disciplinar contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) quando se exonerou.

 

Mas poderia vir a existir, alegou o sinistro Gonçalves, pois havia na ocasião 15 queixas preliminares contra ele, que poderiam se transformar em Processos Administrativos Disciplinares (PADs) que, por sua vez, poderiam acarretar punição.

 

O relator afirmou que essas ações preliminares “potencialmente ensejariam processos administrativos disciplinares com eventual penalidade de demissão caso o recorrido não tivesse requerido de forma antecipada sua exoneração”.

 

E o que caracteriza a má-fé, de acordo com o ministro Gonçalves? Ele poderia ficar no cargo até seis meses antes da eleição e, mesmo assim, resolveu sair antes.

 

Então, ficamos assim: se uma das ações preliminares tivesse se transformado em processo administrativo e se o CNMP tivesse punido Dallagnol, ele teria sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa e não poderia ter concorrido à eleição. Sendo assim, vamos puni-lo nesse metaverso hipotético, para que ninguém sequer pense em burlar a legislação.

 

Quer dizer que o TSE já sabia que Dallagnol seria punido pelo CNMP? E como podia ter tanta certeza assim o relator? Então, ficamos assim: o ex-procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol foi eleito deputado federal com mais de 344 mil votos e está impossibilitado de exercer seu mandato por uma adivinhação do ministro Benedito Gonçalves sobre o que poderia ter ocorrido, seguida por todos os ministros do TSE.

 

Nas redes sociais, políticos da estirpe do ex-deputado Eduardo Cunha e do senador Renan Calheiros vibram com a condenação e já clamam pela punição do ex-juiz Sergio Moro, contra quem também há processo no TSE.

 

Enquanto isso, no Congresso, segue impunemente a votação para uma anistia a todos os atos ilegais cometidos pelos partidos políticos, desde o uso indevido de dinheiro público até o não cumprimento das regras sobre cotas para mulheres e negros.

 

Quanto a Operação Lava-Jato, os fatos não foram alterados. A corrupção existiu, o dinheiro foi roubado, parte dele foi devolvida. Hoje, todos dizem que foram obrigados a delatar. Até Emílio Odebrecht escreveu um livro onde afirma que não houve roubo da Odebrecht. Palocci também quer desdizer o que disse, alegando ter sido pressionado. Como disse o Capitão Nascimento, personagem de “Tropa de elite 2”, “o sistema é f*#@”.

*Merval Pereira (O Globo)

Sábado, 20 de maio 2023 às 12:36 


  

19 maio, 2023

ESTÁ FICANDO CLARO QUE NINGUÉM SUPORTA MAIS A DITADURA DE MORAES E DO $TF

 

Premiado com a mais cobiçada das togas em março de 2017, A. Moraes teve de suportar durante longos 24 meses o semianonimato imposto a todo caçula do $TF. Ao longo desse período, no papel de coadjuvante ou mero figurante, o único ministro indicado por Michel Temer torceu para que a mão do destino recomeçasse o desfile de acasos que acabariam por depositá-lo na Praça dos Três Poderes.

 

No primeiro, o despejo de Dilma instalou o vice no comando do Executivo. O segundo ocorreu durante a montagem do novo governo: o advogado Antônio Cláudio Mariz de Barros já caprichava na pose de ministro da Justiça quando Temer desistiu de nomear um dos mais ferozes inimigos da Operação Lava Jato. Sobrou para Moraes, até então secretário de Segurança Pública de G.  Alckmin.

 

Em março de 2019, dois anos depois do desembarque, o ainda caçula do Egrégio Plenário pressentiu que enfim chegara a sua hora. Sitiado por denúncias e suspeitas que envolviam tanto os titulares do Timão da Toga quanto seus parentes, o presidente D. Toffoli resolveu escalar no comando do ataque o colega menos experiente.

 

Sem consultar ninguém, o presidente Toffoli encarregou Moraes de “investigar a existência de notícias falsas, denunciações caluniosas, ameaças e roubos de publicação, sem os devidos direitos autorais, infrações que podem configurar calúnia, injúria e difamação contra os membros da Suprema Corte e seus familiares”. Assim nasceu o Inquérito das Fake News, vulgo Inquérito do Fim do Mundo.

 

Assim deu-se o parto do aleijão jurídico que permitiria a um único ministro desempenhar simultaneamente os papéis de vítima, detetive, delegado, promotor, magistrado e juiz de recursos. Assim começou o aparentemente infinito cortejo de ilegalidades que faria de um ministro o homem mais poderoso do Brasil. Moraes virou Alexandre, o Supremo.

 

A ofensiva contra a liberdade de expressão acordou o antigo promotor e o especialista em segurança pública. Esses dois Moraes sempre flexionaram com fluência e animação os verbos prediletos dos semeadores do medo, como punir, acusar, prender, castigar ou intimidar.

 

Passados quatro anos, o balanço é perturbador. O inquérito inicial desdobrou-se em sete, ou oito, ou dez. Ninguém consegue informar com precisão porque todos correm em sigilo. Alguns são tão sigilosos que talvez nem mesmo Moraes saiba direito de onde vieram e para onde vão.

 

Nenhum dos Poderes escapou. Em 2020, ao interditar a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para a Superintendência da Polícia Federal, implodiu a norma legal que atribui exclusivamente ao chefe do Executivo a escolha do ocupante do cargo.

 

Em 2021, atropelou o Legislativo, aposentou a Constituição, suspendeu a imunidade parlamentar e inventou o flagrante perpétuo — tudo para prender o deputado federal Daniel Silveira por delitos enquadrados desde sempre no trecho do Código Penal reservado aos crimes contra a honra.

 

Em abril de 2022, Moraes liderou o $TF no julgamento que condenou o ainda deputado a quase nove anos de prisão. No dia seguinte, J.B contemplou Silveira com a graça presidencial — um indulto individual que só o presidente da República pode conceder.

 

Mas o $upremo anulou. Primeira a votar, a presidenta Rosa endossou a eternização do castigo. Moraes mostrou quem manda por lá no começo do segundo voto, enunciado pelo dissidente André Mendonça. O ministro indicado por Bolsonaro registrou que, depois da condenação de Silveira, “surgiram várias vozes na sociedade dizendo que a pena teria sido excessiva”.  Moraes revidou com um olhar de grosso calibre e ironizou o “ministro André”.

 

Não é para qualquer vivente prender mais de 1.500 de uma vez só, ressuscitar o exilado sem julgamento e o preso político, conceber a prisão preventiva sem prazo para terminar, manter advogados longe dos autos, engaiolar sem condenação transitada em julgado um indígena, um tenente-coronel e um ex-ministro da Justiça, lotar celas imundas com mulheres idosas ou jovens mães, interferir em votações no Congresso, deformar projetos de lei com emendas da própria lavra, confiscar passaportes por atacado, lacrar contas bancárias, negar a empresários o acesso a redes sociais, impor multas calculadas em milhões e seguir ampliando em ritmo de Fórmula 1 a produção de tornozeleiras eletrônicas — fora o resto.  Tudo em defesa do sistema “democrático”.

 

Paciência tem limite, avisam os sinais de cansaço emitidos pela imprensa convencional ou por aliados de Lul4. Um artigo publicado no Estadão por um grupo de juristas que inclui Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, por exemplo, protestou contra as restrições impostas aos advogados de brasileiros presos em Brasília desde 9 de janeiro deste ano. “Foi impossível exercitar o direito de defesa”, diz um trecho.

 

Também neste início de maio, o mesmo jornal vergastou em editorial a mais recente ofensiva de Moraes contra as empresas Brasil Paralelo e Spotify.

 

“É preciso cassar, com urgência, a decisão de Moraes”, recomenda o editorial. É preciso mais que isso. O Brasil real, o Brasil que pensa e presta, precisa livrar-se da pandemia de medo, compreender que todo o poder emana do povo, aprender que não existem homens providenciais e decretar o encerramento da Ópera do Prepotente. Democracias dispensam tutores — pouco importa se apareçam fardados, de terno ou de toga.

*Augusto Nunes (Revista Oeste)

Sexta-feira, 19 de maio 2023 às 14:32


      

17 maio, 2023

POR QUE MOTORISTAS ESTÃO ENROLANDO PAPEL ALUMÍNIO NA CHAVE DO CARRO?

A tecnologia utilizada nos carros está cada vez mais avançada, visto que agora há opções populares e acessíveis com dispositivos que fazem com que os veículos sejam quase autônomos. Claro, assim como o sistema dos automóveis estão evoluindo, os acessórios e componentes também acabam acompanhando esse processo, incluindo a chave.

 

As chaves dos carros estão muito diferentes de como eram antigamente. Isso, porque agora encontramos chaves inteligentes disponíveis até em versões de entrada de alguns modelos disponibilizados no mercado. Graças a elas, não é mais necessário inserir algo fecho, girar e dar partida. Parece muito prático, não é verdade?

 

As novas versões permitem que o carro seja destravado e iniciado assim que o proprietário se aproxima do carro com uma delas no bolso. Além disso, há algumas versões no mercado funcionam também como controle remoto!

 

Um dos principais pontos levantados pelos especialistas diz respeito à segurança dos novos modelos, principalmente aqueles que funcionam por controle remoto. Isso, devido ao fato de que criminosos estão desenvolvendo tecnologias e usam dispositivos semelhantes para enviar o mesmo sinal ao carro, pois assim podem fazer com que ele dê partida sem o acessório original.

 

Ao perceber o aumento desse movimento por parte dos criminosos, alguns internautas começaram a divulgar uma solução simples e barata que parece eficaz em proteger o veículo. Tudo que o proprietário do automóvel precisará para isso será da chave do carro e de um pedaço do bom e velho papel alumínio.

 

Quando são acionadas, as chaves dos veículos emitem um sinal que será recebido pela antena do carro e irá acionar o comando desejado, infelizmente os bandidos conseguem interceptar esse sinal para copiar as informações e conseguir replicar a ação em outro momento mesmo sem as chaves originais.

 

Dessa forma, muitas pessoas afirmam que basta envolver as chaves inteligentes com papel alumínio para que isso não seja possível. O item faz com que o sinal não seja transmitido e protege as informações.

 

Mesmo não sendo uma das soluções mais “bonitas”, o papel alumínio se mostra extremamente prático, eficiente, barato e fácil de colocar em prática. Desse modo, qualquer um pode conseguir um pedaço de papel em sua cozinha e enrolar as chaves, certo? Assim, acaba evitando uma grande dor de cabeça.

 

*antenapolitica.com.br

Quinta-feira, 17 de maio 2023 às 11:08