Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

04 outubro, 2021

PROJETO REGULAMENTA INCIDÊNCIA DE ICMS DOBRE COMBUSTÍVEIS

 

A Câmara dos Deputados deve analisar nesta semana o Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/20 prevê a incidência, por uma única vez, do ICMS sobre combustíveis, inclusive importados, remetendo ao Conselho de Secretários Estaduais de Fazenda (Confaz) a definição de uma alíquota única. O projeto foi apresentado pelo deputado Emanuel Pinheiro Neto (PTB-MT).

 

Atualmente, o imposto é recolhido em geral na origem, e as alíquotas são diferentes nos estados e no Distrito Federal. Variam também conforme o tipo de produto – na média das regiões metropolitanas, são de 14% para o diesel e 29% para a gasolina, por exemplo.

 

Segundo o substitutivo preliminar do relator, deputado Dr. Jaziel (PL-CE), ficarão de fora dessa incidência única os lubrificantes e o gás natural e demais hidrocarbonetos gasosos.

 

As alíquotas a serem definidas deverão ser uniformes em todo o País, podendo ser diferenciadas por produto, e sua redução e restabelecimento dependerá da noventena, prazo de 90 dias entre a mudança e a sua vigência. Em vez de uma incidência percentual sobre o preço, a alíquota incidirá sobre a unidade de medida (litros, por exemplo).

 

*Agência Câmara

Segunda-feira, 04 de outubro, 2021 ás 9:54


 

03 outubro, 2021

GOVERNO QUER DERRUBAR MUDANÇAS NA MP DA CRISE HÍDRICA

O secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, atacou duramente o relatório do deputado Adolfo Viana (PSDB-BA) para MP da Crise Hídrica. Mac Cord considerou o texto uma “quebra de acordo” com o governo Jair Bolsonaro, que deverá trabalhar para derrubar as mudanças.

 

O relatório prevê o repasse do custo de construção de novos gasodutos para as contas de luz, a um custo estimado em R$ 33 bilhões pela Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).

 

O secretário lembra que a MP da Eletrobrás colocou como preço máximo para essa energia de reserva o valor do leilão A-6 de 2019 para térmicas a gás. “Estava muito claro na MP da Eletrobrás que preço teto era do leilão A-6. Se não fosse coberto por esse valor, não teria térmica. Não existe a menor possibilidade de apoiar esse tipo de dispositivo. Não é justo passar para consumidores se o preço for maior”, atacou Mac Cord.

 

O secretário da Economia lembra que energia elétrica e gás natural são combustíveis concorrentes no mundo todo e afirma que o consumidor de eletricidade não deve subsidiar os preços para o consumidor de gás.

 

“É inacreditável o esforço de alguns agentes para tentar fazer o consumidor de energia pagar pela infraestrutura do gás. É como colocar um sobre preço no frango para subsidiar a carne”, comparou. “Sou defensor das usinas térmicas, que são importantíssimas para a segurança do sistema, mas elas têm que ter um preço viável. Se conseguirmos fazer térmicas em locais ermos por um preço razoável, ótimo, caso contrário elas têm que ser feitas em locais que já têm gás. ”

 

O relator também incluiu no parecer uma nova prorrogação do subsídio ao carvão mineral usado em usinas térmicas, previsto para acabar em 2027. A tentativa de estender o benefício – também bancado pelos consumidores nas contas de luz – até 2035 foi considerada “insana” pelo secretário do Ministério da Economia, ainda mais nas vésperas da Conferência das Nações Unidas Sobre Mudança Climática, a COP 26.

 

“O correto é taxar o carbono. Se o carvão é barato, você cobra uma taxa pelas emissões. Se mesmo com essa penalidade, o carvão for competitivo, maravilha. Precisamos ter uma matriz elétrica diversificada, mas não a qualquer custo. O setor elétrico não pode ser fonte infinita de recursos para endereçar problemas de outros setores. Os municípios produtores deveriam ter aproveitado os recursos do carvão há muito tempo para se renovar”, disse Mac Cord.

*Estadão

Domingo, 03 de outubro, 2021 ás 10:27


 

 

01 outubro, 2021

PIX É SEGURO, O BRASIL NÃO: NOVAS REGRAS PASSAM A VALER HOJE; VEJA O QUE MUDA

O Banco Central (BC) introduz novas regras para o Pix a partir de sexta-feira (1º/10) a fim de diminuir os riscos ao usuário e tornar as transferências mais seguras. As mudanças vão desde limite para depósitos até compartilhamento de dados com instituições de segurança pública. Os bancos e instituições financeiras têm até o dia 4 de outubro para se adequar às alterações.

 

Em agosto, quando a resolução foi aprovada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que o fim da quarentena aumentou o movimento em bares e restaurantes, e, por consequência, a quantidade de golpes também cresceu.

 

"Quando alguém faz o Pix a uma outra pessoa, para obter o recurso ela precisa de uma conta. Pode ser para uma conta laranja, e temos feito medidas para fazer com que as contas laranjas não aconteçam, ou da própria pessoa. Se for da pessoa, a gente tem os dados de quem fez o crime", explicou Campos Neto na ocasião.

 

Disparou também o número de sequestros-relâmpagos e roubos com receptação, as "quadrilhas do Pix". De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, entre janeiro e julho deste ano, houve um aumento de 39,1% nos casos, com 206 boletins de ocorrência relatados e 100 prisões.

 

"Do ponto de vista tecnológico não existe nada mais seguro do que o Pix. As medidas do Banco Central foram para garantir o outro lado da segurança, ligada aos chamados ataques de engenharia social e segurança pública. A engenharia social é usada quando, por exemplo, alguém manda um boleto se passando pela empresa de telefonia do cliente e desviando esse dinheiro para ela. Os roubos e sequestros-relâmpago são questões sérias de segurança pública. As mudanças feitas no Pix melhoram a segurança nestes dois pontos", comentou Rodrigoh Henriques, líder de inovações financeiras da Fenasbac (Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central) e coordenador do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT Lab).

 

Para ajudar a solucionar crimes, o BC definiu que as instituições financeiras serão obrigadas a compartilhar informações de transações suspeitas de envolvimento com atividades criminosas para as autoridades de segurança pública.

 

Além disso, bancos e instituições de pagamento passam a ser obrigados a sinalizar para o Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) contas que contenham indícios de utilização em fraudes. Essa base de dados ficará disponível para consulta para coibir outros crimes envolvendo uma mesma conta suspeita.

 

A principal mudança é o novo limite de R$ 1 mil para pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs), que valerá também para TEDs, transferências entre contas do mesmo banco e cartões de débito. O usuário pode optar por alterar o limite por conta própria ou cadastrar previamente contas que possam receber acima do limite estipulado.

 

Neste caso, o sistema também apresenta mais uma mudança. Anteriormente, o prazo para que os bancos aumentassem o limite do Pix variava entre uma hora e o dia útil seguinte. Agora, será de mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para efetivar pedido.

 

Segundo o Banco Central, as novas regras não terão impacto no comércio. "O limite de R$ 1.000 se aplica para pagamentos de um mesmo arranjo de pagamento entre pessoas físicas no período noturno, ou seja, em que pagador e recebedor sejam PFs [pessoas físicas], assim, não há que se falar em esfriar o comércio, pois tal limite não se aplica aos pagamentos a empresas", afirma o BC em nota.

 

"Com o conjunto de novidades no Pix, a modalidade tende a subir no comércio. A possibilidade de saque e troco em uma compra, o QRcode do Pagador, além do Pix Garantido e do Débito Automático no Pix são evoluções que ajudam muito o comércio", disse Rodrigoh Henriques.

Os limites também poderão variar conforme o período do dia, seja diurno ou noturno. Outra mudança entre a noite e o dia será o período de análise para uma transação de risco.

 

"No que se refere ao Pix, as transações devem ocorrer em até 40 segundos. Mas em caso de transações atípicas com suspeita de fraude as instituições financeiras e de pagamentos podem reter essa transação por um tempo de 30 minutos, caso seja realizada entre 8h às 20h ou 60 minutos, no restante do dia. Nesse tempo, a instituição pode efetuar procedimentos adicionais de segurança e então analisar se irá rejeitar a transação ou autorizar o seu envio", explica a autoridade monetária.


A partir de 16 de novembro, novas medidas serão implementadas, como bloqueio cautelar, que possibilita a suspensão da conta por até 72 horas da em casos de suspeita de fraude. O banco precisa comunicar o cliente imediatamente após tomar a decisão de reter a conta.

 

"A opção irá permitir que a instituição realize uma análise de fraude mais robusta, aumentando a probabilidade de recuperação dos recursos pelos usuários pagadores que foram vítimas de algum crime", informa o BC em nota.

 

Com as novas medidas em vigor, as instituições que ofertam o Pix a seus clientes têm o dever de responsabilizar-se por fraudes decorrentes de falhas nos seus próprios mecanismos de gerenciamento de riscos. Essas medidas, na avaliação do BC, criam incentivos para que os participantes aprimorem cada vez mais seus mecanismos de segurança e de análise de fraudes

 

Além disso, novos critérios para a avaliação da conta em caso de suspeita de fraudes também foram estipulados, sendo estes:

 

    a quantidade de notificações de infração vinculadas ao usuário recebedor, à sua chave Pix e ao número da sua conta transacional;

    o tempo decorrido desde a abertura da conta transacional pelo usuário recebedor;

    o horário e o dia da realização da transação;

    o perfil do usuário pagador, inclusive em relação à recorrência de transações entre os usuários; e

    outros fatores, a critério de cada participante.

 

As duas atualizações foram bem recebidas pelo Banco do Brasil. "O limite noturno de R$ 1.000,00 e o bloqueio preventivo, somadas às demais medidas propostas pelo Banco Central, são uma forma de reduzir situações de risco e aumentar a possibilidade de recuperação de recurso retirado da conta pelo golpista" disse em nota.

 

O Nubank também afirmou apoiar as medidas anunciadas pelo BC e reforça que o Pix sempre foi seguro e que, como qualquer sistema, recebe constantes aprimoramentos voltados para usabilidade e segurança.

 

"O Nubank mantém monitoramento constante dos mecanismos de segurança do aplicativo e das operações realizadas pelos seus usuários, com a frequente implementação de tecnologias que auxiliem neste sentido. A empresa conta, ainda, com equipes dedicadas à prevenção a fraudes, está sempre atualizando e melhorando os processos e sistemas internos e busca orientar os clientes acerca de medidas preventivas nas transações financeiras", informa.

 

Na noite de ontem, o Banco Central informou que dados de quase 400 mil clientes do Banco do Estado de Sergipe, o Banese, foram vazados. Segundo a instituição, foi a primeira vez que algo do tipo acontece.

 

"Não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras", completa.

 

O BC diz que adotou as ações necessárias para a apuração detalhada do caso e aplicará as medidas sancionadoras previstas na regulação vigente. Além disso, quem teve os dados vazados será notificado pelo banco nordestino.  

*ig

Sexta-feira, 1º de outubro, 2021 ás 11:16