Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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29 março, 2019

Educação é a pasta mais atingida em corte de R$ 29,6 bi do Orçamento



O governo federal estabeleceu corte de 29,583 bilhões de reais no Orçamento para 2019, via decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 29. O Ministério da Educação foi a pasta que mais sofreu com a tesourada, com redução de 5,839 bilhões de reais.

Segundo nota do Ministério da Economia, o corte foi feito tendo em vista “a avaliação de receitas e despesas do primeiro bimestre que indicou a necessidade de se proceder à limitação de empenho e movimentação financeira das despesas primárias discricionárias do Poder Executivo”.

Pela Lei Orçamentária Anual, a pasta da Educação tinha 23,6 bilhões de reais a sua disposição, o maior valor entre os ministérios. Agora, são 17,8 bilhões de reais. O corte nos recursos só foi possível porque o Orçamento deste ano previa um volume maior que o piso constitucional para a área.

Depois da Educação, os mais prejudicados foram os ministérios da Defesa e da Infraestrutura, com cortes de 5,107 bilhões de reais e 4,302 bilhões de reais, respectivamente.

A única pasta que não sofreu cortes foi a Vice-Presidência. No entanto, era a que menos tinha Orçamento delimitado, com 7,6 milhões de reais.

Por outro lado, a Saúde, dona do segundo maior orçamento, com cerca de 20 bilhões de reais, sofreu corte de apenas 599 milhões de reais, passando agora a ser o ministério com mais dinheiro disponível —19,446 bilhões.

O gasto total da União com esses órgãos é agora de 98,7 bilhões de reais, contra os 128,3 bilhões de reais previstos inicialmente.

Vale lembrar que, apesar do corte, o governo manteve 5,372 bilhões separados em uma reserva de contingência, que serve para suprir demandas emergenciais de ministérios. Essa reserva permite que o Executivo libere aos poucos limites adicionais para órgãos que necessitem do dinheiro, evitando novos apertos em outros ministérios para cobrir esses pedidos.

(Com Estadão Conteúdo)

Sexta-feira, 29 de março, 2019 ás 18:00

28 março, 2019

Empresa investigada na Operação Decantação doou R$ 440 mil à campanha de Marconi em 2014’


De acordo com dados do Divulgacand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2014, a Sanefer Construções e Empreendimentos LTDA doou R$ 440 mil à campanha de Marconi Perillo (PSDB) para governador. A empresa teve dois de seus sócios presos pela Operação Decantação nesta quinta-feira, 28.

Carlos Eduardo Pereira e Nilvane Tomás são acusados de terem se beneficiado no esquema de desvio de dinheiro. De acordo com o delegado da PF, Charles Gonçalves Lemes, o casal de empresários contavam o suporte de Robson Salazar, diretor de gestão corporativa da Saneago, que também foi preso.

Para a PF, Salazar foi empossado no cargo para os interesses do ex-chefe de gabinete de Marconi Perillo, Luiz Alberto, o Bambu, outro que foi detido, e também os interesses de Carlos Eduardo e Nilvane.

Apesar da doação, não há comprovação de envolvimento no caso por parte de Marconi Perillo ou de José Eliton (PSDB), ambos ex-governadores do Estado. Ao Jornal Opção o advogado de Eliton, Tito Amaral, disse que o candidato à vice na época teve ínfima participação na coordenação da campanha e tampouco teve acesso às finanças, mas reitera que as contas foram aprovadas pelo TRE em 2014. A reportagem também entrou em contato com o advogado de Marconi e aguarda resposta.
(Jornal Opção)

Quinta-feira, 28 de março, 2019 ás 17:50

27 março, 2019

Presidente do Senado põe no lixo segunda tentativa de instalar CPI da Toga



O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), enterrou na terça-feira (26/03), pela segunda vez neste ano, a tentativa de se criar uma comissão parlamentar de inquérito para investigar integrantes de Tribunais Superiores, a chamada CPI da Lava Toga.

“O requerimento não reúne os pressupostos constitucionais e regimentais de admissibilidade. Determino seu arquivamento”, disse o presidente do Senado.

O próprio Davi, no entanto, encaminhou sua decisão à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para que o colegiado se manifeste. Assim, não terá que arcar com o peso de tomar a decisão final.

Davi já havia se manifestado contra e, nos últimos dias, atuou junto com o governo para tentar demover seus 29 colegas que assinaram o requerimento de criação da CPI.

Para tentar se proteger politicamente, já que se não todos, a maioria dos signatários integram sua base de apoio, Davi encomendou dois pareceres.

“Vossa excelência foi eleito presidente desta Casa para mudar. Foi o seu discurso”, disse o senador Lasier Martins (PODE-RS), antes mesmo do anúncio oficial de Davi.

“Queria pedir a Vossa Excelência que não transforme esta Casa em uma bastilha. É um momento de pacificação, e nós estamos conseguindo manter isso de uma forma serena, de uma forma tranquila, o que outras Casas não estão conseguindo. Mas agora, neste exato momento, é decisivo. Nós não podemos fazer de conta que isso não está acontecendo nesta Casa”, disse Eduardo Girão (PODE-CE).

A nota técnica de quatro consultores do Senado, vazada na segunda-feira (25/03), recomendou a rejeição de todos os 13 argumentos apresentados pelo senador Alessandro Vieira (PPS-SE), autor do requerimento.

Na tarde de terça, Davi encomendou um segundo parecer, desta vez, da Advocacia do Senado.

Vieira disse que a pressão para que os 29 senadores que assinaram o requerimento retirassem seus nomes havia passado “de qualquer limite aceitável”. Até a leitura do pedido em plenário, os signatários poderiam recuar.

Líder do PSDB no Senado, Roberto Rocha (MA), havia assinado o requerimento. No entanto, antes mesmo de Davi anunciar sua decisão, disse que agora entendia que este não é era o momento para a CPI.

Segundo Alessandro Vieira, a pressão veio de “setores do Supremo Tribunal Federal, do empresariado nacional e do Poder Executivo”, mas ele não citou nomes.
Mais cedo, no plenário, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), também falou da pressão do governo, mas não citou nomes.
“Colegas ligados ao governo tentavam convencer um colega nosso para que retirasse a assinatura dada à CPI da Toga”, disse Kajuru.

“E ele [o senador abordado] veio me contar: ‘Kajuru, está normal, estão fazendo isso abertamente. Inclusive, Kajuru, estão indo, como foram na minha ontem, à residência'”, relatou o líder do PSB em plenário.

O governo vinha trabalhando desde a semana passada para desmobilizar os apoiadores da CPI. O Palácio do Planalto temia aumentar o acirramento entre os Poderes e prejudicar ainda mais a tramitação da reforma da Previdência.

“O Brasil não quer uma outra crise institucional. O Brasil quer se reconciliar. Vamos pregar a harmonia entre os Poderes. Há outras formas de condenar os excessos que existem. Não é abrindo mais uma frente de batalha institucional que vamos atender os anseios da população”, argumentou o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Reservadamente, senadores dizem que Davi Alcolumbre também vinha atuado para acalmar os ânimos e evitar a instalação da CPI.

Em 17 páginas da nota dos consultores, eles disseram que o Senado não poderia investigar nenhum dos 13 itens do requerimento, mas ressaltaram que a decisão de por Davi seria política.

“É oportuno advertir que a presente nota se propõe a oferecer subsídios à decisão de Sua Excelência, que detém a competência constitucional para, mediante o devido juízo político, decidir pelo recebimento ou não do requerimento, parcial ou totalmente”, dizia nota informativa 1.039 de 2019, antes de citar item por item e justificar por que cada um deles não deve ser recebido.

Os técnicos argumentaram que está fora do alcance das comissões parlamentares de inquérito investigar atos ou decisões adotadas no exercício da função jurisdicional.

“Não se está discutindo o que foi julgado, mas o que fez julgar de maneira A ou B. Não temos o Judiciário como poder moderador”, argumentou o líder do PSL, Major Olímpio (SP).

Integrantes do partido do presidente Jair Bolsonaro, Olímpio afirmou que apoiadores do governo que estavam pressionando senadores a retirar suas assinaturas não integram a base aliada. “É base alienada”, afirmou. “Bolsonaro não tem nada a ver com isso.” (DP)

Quarta-feira, 27 de março, 2019 ás 00:05