Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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14 março, 2012

DEPUTADO ROMÁRIO: COPA TERÁ “ROUBOS PELOS COTOVELOS”



UOL=
Deputado e ex-jogador acredita que não haverá mudanças a curto prazo com a mudança da presidência da CBF e que não seria um “cara indicado” para presidir a federação

Grande crítico da CBF desde o início de seu mandato de deputado federal, o ex-jogador Romário afirmou nesta quarta-feira que não seria a pessoa certa para dirigir a Confederação Brasileira de Futebol no momento, mas defende a convocação de novas eleições para a entidade máxima do futebol brasileiro.

 “O certo é convocar uma assembleia extraordinária com clubes e federações pra colocar lá um cara com moral, que seja honesto e mude o futebol brasileiro.

 Neste exato momento eu não seria um cara indicado para presidir a CBF. Mas existem ex-atletas e dirigentes que são aptos para isso”, disse o deputado.

O ex- atacante da seleção brasileira é o vice-presidente da Comissão e Desporto da Câmara dos Deputados. Romário, que sempre foi ríspido com a CBF em relação aos atrasos na preparação do Mundial no País, disse também que irá fiscalizar o andamento das obras para a Copa do Mundo em 2014. “Está tudo muito atrasado. Algumas obras de mobilidade urbana chegam a 80% de atraso. 

O rombo vai passar de 100 bilhões nessa Copa. Quando chegar as obras emergenciais, aí todo mundo vai roubar pelos cotovelos. Vamos ter de abrir presídios novos pra colocar o pessoal, pois vai faltar lugar [na cadeia]”.

Romário foi um dos maiores opositores da gestão de Ricardo Teixeira na CBF. Ao ser noticiado sobre sua renúncia, na última segunda-feira, o ex-jogador comemorou a saida do cartola e ainda escreveu em seu perfil oficial no Twitter que um câncer estava sendo exterminado do futebol brasileiro. 

Dias depois, porém, ele manteve os pés no chão ao ser questionado sobre uma mudança imediata na entidade, agora sob comando de José Maria Marin. “Não vamos soltar fogos e rojões. 

Não muda nada. Continua a mesma coisa, os clubes não vão ganhar força. Nem os presidentes de clubes e federações estão contentes com a mudança. Mas eles mesmos aceitam o jogo, as cartas estão na mesa e o jogo está marcado até 2015. Acredito que o poder continua na mesmo. Temos é que torcer para que em 2015 alguma coisa mude”.

Quarta – feira. 14/3/2012 às 18:40h
 Postada pela Redação

13 março, 2012

EUFORIA E FRACASSO: COMO DESCONTROLE EMOCIONAL AJUDOU A DERRUBAR ADRIANO



Globoesporte
Após lesão, atacante sofre com instabilidade de comportamento, sucumbe às dificuldades para voltar a jogar e deixa Corinthians pela porta dos fundos

O Corinthians perdeu para um inimigo invisível a luta para recuperar a carreira de Adriano e transformá-lo no novo ídolo da torcida após a aposentadoria de Ronaldo. A lesão no tendão do pé esquerdo, o excesso de peso e a falta de comprometimento em alguns momentos foram importantes, mas na escala de problemas ficam atrás da dificuldade de o Imperador ter um equilíbrio psicológico.
Depois da apagada passagem pelo Roma-ITA e da desistência de atuar na Europa, o Corinthians apostou no carinho para reerguê-lo. A começar pela negociação. 

O aval de Ronaldo foi seguido de algumas reuniões para que o acordo fosse fechado, a última delas no Rio de Janeiro, envolvendo o jogador e o diretor adjunto de futebol Duílio Monteiro Alves, um dos membros do clube mais próximos a ele neste período.

A ruína, entretanto, começou a partir do grave problema físico, sofrido em um treino leve de saltos, no CT Joaquim Grava, em 19 de abril do ano passado. 

A empolgação por ter mais uma oportunidade de voltar ao futebol de alto nível foi perdendo força durante o demorado processo de recuperação.

Resultado: com um dos salários mais altos do atual elenco alvinegro, cerca de R$ 380 mil mensais, o jogador recebeu aproximadamente R$ 570 mil por partida disputada. Foram oito jogos oficiais disputados com a camisa do Timão, apenas um deles durante todo tempo em campo, contra o Botafogo-SP, no dia 25 de fevereiro.

A conta assusta ainda mais ao ver quanto cada um dos dois gols de Adriano custou aos cofres do clube: quase R$ 2,3 milhões pela virada sobre o Atlético-MG no ano passado e pela vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo-SP no Paulista deste ano.

'Trabalhar com Adriano é como desarmar uma bomba'

Apesar das tantas negativas da direção, Adriano faltou a várias sessões de fisioterapia, irritando os membros do departamento físico.

 Em algumas, simplesmente não aparecia no horário marcado, deixando os funcionários esperando. Já em outras, avisava que não apareceria para cumprir a rotina de atividades em decorrência de problemas pessoais nunca explicados. Outro obstáculo para demorar a voltar a atuar foi não seguir as recomendações do corpo clínico, sobretudo para evitar o contato do pé lesionado com o chão.

– Trabalhar com o Adriano é como desarmar uma bomba. Se você cortar um fio errado, explode tudo. É um desafio – disse   um integrante da comissão técnica durante a recuperação, em junho.

A dificuldade em lidar com o Imperador também atingiu o elenco. Apesar do bom relacionamento com os outros jogadores, Adriano não conseguiu levar as amizades para fora do clube pelas mudanças repentinas de comportamento que apresentava. Ao mesmo tempo que atraía o grupo com bom humor, também afastava a todos quando fechava a cara poucos momentos depois, sem nenhum motivo aparente.

Nem mesmo com Ronaldo, grande incentivador da contratação, a aproximação foi maior. Adriano era sempre convidado para as partidas de pôquer dos amigos do “padrinho” Fenômeno, mas nunca jogava e frequentemente permanecia nos locais por pouco tempo por se sentir deslocado.


Quando não viajava para o Rio de Janeiro nas folgas, o Imperador preferia lugares com pessoas mais simples, como aconteceu no mês passado, quando participou de um samba no Capão Redondo, periferia de São Paulo. Ou então, promovia as próprias festas no apartamento na região do Pacaembu, irritando vizinhos pelo barulho e pelo entra e sai de convidados até altas horas da madrugada.

A chegada de 2012 trouxe uma nova esperança de fazer Adriano se recuperar. O peso quase não subiu nas férias e animou a direção. Mas bastou a má atuação em 45 minutos do amistoso contra o Flamengo, em Londrina, para derrubá-lo psicologicamente.

 O jogador voltou desolado para os vestiários depois de praticamente não tocar na bola. Por alguns minutos, ficou sentado de cabeça baixa sem falar com ninguém. Apesar do incentivo da diretoria, acusou o golpe e, dois dias depois, faltou à reapresentação, sendo multado.

A oscilação no comportamento aumentou conforme a participação ou não nos últimos jogos. Adriano não gostou da ideia de ficar trancado no CT Joaquim Grava para intensificar a perda de peso, outro grande obstáculo, mas aprovou o resultado, ainda mais pelo gol e pela boa atuação na vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo-SP, pelo Paulistão.

A tão esperada arrancada, contudo, não aconteceu. Os trabalhos seguintes não foram como Tite e o restante da cúpula do futebol imaginavam. Pior: o jogador se abateu com a baixa produtividade na derrota para o Santos, cometeu deslizes fora do clube e escancarou a crise ao se recusar a se pesar na última sexta-feira.

Em entrevista à TV Globo, na quinta, o centroavante revelou seu desejo de renovar o contrato com o clube, mas deixou escapar a insatisfação por não estar presente nas últimas partidas. Ele entendia que ganharia ritmo e evoluiria tecnicamente se atuasse com mais frequência em vez de apenas treinar, o que, gradativamente, o desmotivou. Tite e o departamento físico não concordavam.

O custo de mais de R$ 4 milhões por apenas oito jogos realizados e dois gols marcados resume a derrota do Corinthians em tentar recuperar Adriano. Derrota que São Paulo, Internazionale e Roma também sofreram em outras apostas fracassadas. O que será do Imperador a partir de agora, talvez, nem ele mesmo possa responder.

 Terça - feira  13/3/2012 ás 7:05
Postada pela Redação

11 março, 2012

FLAMENGO SEGURA PRESSÃO E BATE O FLUMINENSE



Agência Gazeta Press

Equipe faz 2 a 0 ainda na primeira etapa e, com grandes defesas de Paulo Victor, vence o clássico no Engenhão

O Flamengo conquistou uma importante vitória no clássico deste domingo, no Engenhão. Mesmo sem fazer um bom jogo e sem Ronaldinho Gaúcho, expulso aos 39 do primeiro tempo, os comandados de Joel Santana contaram com a grande atuação do goleiro Paulo Victor e venceram o Fluminense por 2 a 0. Ronaldinho Gaúcho, de pênalti, e Kleberson, marcaram os gols do jogo.

 Com a vitória, o Flamengo chegou aos 6 pontos e manteve a quarta colocação do Grupo A da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca, além de tranquilizar o ambiente antes do confronto do meio de semana diante do Olímpia-PAR, pela terceira rodada da Libertadores. Já o Fluminense, campeão da Taça Guanabara, soma apenas 3 pontos em três jogos no segundo turno, mas ocupa a terceira colocação do grupo B, que tem o Vasco como líder com 7 e o Volta Redonda em segundo com 6.

O duelo foi marcado pelos desfalques em ambas as equipes: Abel Braga optou por poupar seus titulares e o Flamengo sofreu com diversos jogadores entregues ao departamento médico. O nível técnico da partida deixou a desejar, mas não as emoções do espetáculo.

O Fluminense foi melhor nos primeiros 45 minutos, mostrando um melhor posicionamento em campo, maior volume de jogo, e produzindo mais chances, mas foi o Flamengo quem chegou aos gols. 

Primeiro com Ronaldinho Gaúcho, que converteu pênati infantil, cometido por Carleto, aos 20 minutos. Foi o primeiro gol do meia em clássicos. 

O Fluminense seguia pressionando, mas em novo descuido da zaga, tomou o segundo gol. Ronaldinho bateu rápido a falta, o lateral Magal cruzou e a bola sobrou para Kléberson, que bateu cruzado e fez o segundo. Aos 39 do segundo tempo, Ronaldinho Gaúcho cometeu falta dura e recebeu o segundo cartão amarelo. A partir daí, teve início o bombardeio ao gol de Paulo Víctor, substituto de Felipe, que sofreu contusão na cabeça no último domingo.

O segundo tempo foi todo do Fluminense, que buscava reagir a todo custo, mas esbarrou na grande atuação do goleiro rival. Paulo Víctor parou as finalizações de Rafael Moura, Souza, Lanzini e Leandro Euzébio. A pressão continuou até os minutos finais, quando Paulo Victor defendeu mais dois bons chutes de Lanzini e garantiu a vitória no clássico. 

Ambas as equipes voltam a campo no meio de semana, pela Copa Libertadores. Na quarta-feira, o Fluminense encara o Zamora, da Venezuela, e no dia seguinte, o Flamengo pega o Olímpia, do Paraguai. Os dois jogos serão realizados no Engenhão. 

Domingo. 11/03/2012 ás  21:00h
Postado pela Redação

10 março, 2012

NORMA DO TSE CRIA INSEGURANÇA JURÍDICA, AFIRMAM ESPECIALISTAS






Bruna Carvalho, Wilson Lima, IG

Juristas acreditam que pode haver nova avalanche de ações contra novo entendimento da corte sobre contas de campanha

Assim como aconteceu com a aprovação da lei da Ficha Limpa em 2010, a resolução do Tribunal Superior eleitoral (TSE) provocou uma insegurança jurídica, analisam especialistas em Direito Eleitoral. A norma impede que candidatos que não prestaram contas ou tiveram suas contas de campanha reprovadas em 2010 se candidatem em 2012.

Antes dessa resolução, quem prestasse contas sobre gastos de campanha era considerado apto a disputar qualquer cargo, com ou sem aprovação das informações. Com a mudança, vários políticos estariam impedidos de concorrer, caso tivessem a intenção.

Na visão do advogado Sivio Salata, a resolução prova que o direito eleitoral brasileiro se encaminha para um aperfeiçoamento, possibilitando ao eleitor uma melhor escolha de candidatos. Para ele, a medida poderia ter sido editada um ano antes da eleição, para não pegar os candidatos de surpresa. “Isso abala o princípio da segurança jurídica”, opina o advogado.

Salata afirma que a nova resolução fere um princípio básico da constituição: a irretroatividade penal. “A lei só pode retroagir se for em favor do acusado ou do cidadão”, explica. Ele acredita que a resolução corre o risco de ter o mesmo destino que a Ficha Limpa, que, depois da reprovação de candidatos eleitos em 2010, foi submetida ao crivo do Supremo Tribunal Federal e, em seguida,invalidade para aquele ano .

Para o professor de Ética e Política da Unicamp Roberto Romano, a medida aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral é uma espécie de "curativo de um mal que é muito maior" e que permeia toda a administração brasileira - a falta do princípio da responsabilização.

Assim como Salata, ele discordou do caráter retroativo da medida, o que classificou como um princípio “antiético, antijurídico, próprio dos regimes ditatoriais”. “Na linguagem jurídica, é obrigatório que a lei seja conhecida. Ninguém tem o direito de alegar que ignora a lei, mas para isso é preciso que a lei exista. Acho esse ponto um retrocesso”, opina.

Em 2010, após a aprovação do Ficha Limpa, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA) foi a primeira corte a entender que a lei não valeria para aquele ano por não respeitar, na época, o princípio da irretroatividade penal. O entendimento veio após julgamento da impugnação da candidatura a deputado federal de Sarney Filho (PV).

Na época, o argumento era que a lei 135/2010 tratava inelegibilidade como pena e, portanto, não poderia retroagir para prejudicar ninguém.

O especialista em Direito Eleitoral Daniel Leite discorda do entendimento contrário à aplicação da nova norma. Ele acredita que esse princípio constitucional questionado desde a aprovação da lei 135/2010 já foi superado. “Os ministros já entenderam que existe um critério de elegibilidade que precisa ser seguido”, argumenta.

No entanto, ele concorda que a nova norma do TSE criou uma insegurança jurídica porque a corte, apesar de ter “legislado positivamente”, não estabeleceu critérios claros relacionados a prestações de conta de campanha.

O raciocínio dele é simples. Como o TSE determinou que nas eleições de 2012 estão com falta de condições de elegibilidade legal aqueles que tiveram suas contas de campanha reprovadas, isso é suficiente para impugnar candidaturas de políticos que tiveram suas contas de campanha reprovadas em anos anteriores. “Provavelmente muitos utilizarão o princípio da moralização para tentar impugnar candidaturas”, afirmou.

Sabado.10/3/2012 ás 19:10h
Postado pela Redação