O
juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, determinou na
segunda-feira, 22, o bloqueio das contas pessoais e das empresas do
publicitário João Santana e de sua mulher, Mônica Moura.
O
bloqueio foi solicitado pelo Ministério Público Federal (MPF) e atinge as
contas das empresas Santana & Associados Marketing e Propaganda Ltda e a
Polis Propaganda e Marketing Ltda. As contas do engenheiro Zwi Skornicki,
representante oficial no Brasil do Estaleiro Keppel Fels, e do funcionário da
empreiteira Odebrecht Fernando Migliaccio também foram bloqueadas.
Todos
os investigados citados tiveram prisão decretada na nova etapa da Operação Lava
Jato.
De
acordo com a decisão, as instituições bancárias devem bloquear até R$ 25
milhões de cada investigado, valor que eventualmente está depositado nas
contas. O valor do bloqueio é padrão e não significa que os investigados tenham
a quantia depositada.
Os
investigadores suspeitam que Santana e sua mulher receberam US$ 3 milhões, que
teriam sido pagos por meio de empresasoffshores controladas pela Odebrecht.
A
empresa Odebrecht, alvo de investigação da Operação Lava Jato, confirmou segunda-feira
(22), por meio de nota, que agentes da Polícia Federal realizam ações nos
escritórios da companhia em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, visando ao
cumprimento de mandados de busca e apreensão. Informou ainda que “está à
disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento”.
A
defesa do publicitário João Santana e de Mônica Moura informou ao juiz federal
Sérgio Moro que eles vão se entregar à Polícia Federal assim que desembarcarem
no Brasil. Eles estão na República
Dominicana e devem chegar nas próximas horas.
(EBC)
Terça-feira,
23 de fevereiro, 2016