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26 março, 2021

BUTANTAN DESENVOLVE A PRIMEIRA VACINA NACIONAL CONTRA COVID-19


 

O Instituto Butantan anunciou sexta-feira (26/3) que começou a desenvolver a produção-piloto da primeira vacina brasileira contra o novo coronavírus. A expectativa é que os ensaios clínicos de fases 1 e 2 em humanos comecem em abril, o que ainda precisa de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

Chamada de ButanVac, essa seria uma vacina desenvolvida e produzida integralmente no Butantan, sem necessidade de importação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). Segundo o governo, os resultados dos testes pré-clínicos realizados com animais se mostraram “promissores”, o que permitiria evoluir para estudos clínicos em humanos.

 

A produção-piloto do composto já foi finalizada para aplicação em voluntários humanos durante os testes. Os resultados da pesquisa clínica em humanos vão determinar se a vacina é segura e tem resposta imune capaz de prevenir a covid-19.

 

“Este é um anúncio histórico para o Brasil e para o mundo. A ButanVac é a primeira vacina 100% nacional, integralmente desenvolvida e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, que é um orgulho do Brasil. São 120 anos de existência, o maior produtor de vacinas do Hemisfério Sul, do Brasil e da América Latina e agora se colocando internacionalmente como um produtor de vacina contra a covid-19”, disse o governador de São Paulo, João Doria.

 

Para a produção da vacina, o instituto deverá usar tecnologia já disponível em sua fábrica de vacinas contra a gripe, a partir do cultivo de cepas em ovos de galinha, que gera doses de vacinas inativadas, feitas com fragmentos de vírus mortos.

 

A iniciativa do novo imunizante faz parte de um consórcio internacional do qual o Instituto Butantan é o principal produtor, responsável por 85% da capacidade total, de acordo com o governo do estado, e tem o compromisso de fornecer a vacina ao Brasil e aos países de baixa e média renda.

 

Diretor-presidente do Butantan, Dimas Covas, avaliou que a tecnologia utilizada na ButanVac é uma forma de aproveitar o conhecimento adquirido no desenvolvimento da CoronaVac, vacina desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica Sinovac, já disponível para a população brasileira.

 

“Entendemos a necessidade de ampliar a capacidade de produção de vacinas contra o coronavírus e da urgência do Brasil e de outros países em desenvolvimento de receberem o produto de uma instituição com a credibilidade do Butantan. Em razão do panorama global, abrimos o leque de opções para oferecer aos governos mais uma forma de contribuir no controle da pandemia no país e no mundo”, disse Covas. Segundo ele, a parceria com a Sinovac será mantida e não haverá nenhuma alteração no cronograma dos insumos vindos da China.

 

A previsão do diretor-presidente do Butantan é que será possível entregar a vacina brasileira ainda este ano. “Após o final da produção da vacina contra Influenza, em maio, poderemos iniciar imediatamente a produção da ButanVac. Atualmente, nossa fábrica envasa a Influenza e a CoronaVac. Estamos em pleno vapor”, disse.

 

A tecnologia da ButanVac utiliza um vetor viral que contém a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra. O vírus utilizado como vetor nesta vacina é o da Doença de Newcastle, uma infecção que afeta aves. Por isso, o vírus se desenvolve bem em ovos embrionados, o que permite eficiência produtiva em um processo similar ao utilizado na vacina de influenza, conforme divulgou o Butantan e o governo estadual.

 

“O vírus da doença de Newcastle não causa sintomas em seres humanos, constituindo-se como alternativa muito segura na produção. O vírus é inativado para a formulação da vacina, facilitando sua estabilidade e deixando o imunizante ainda mais seguro”, diz Butantan. (ABr)

Sexta-feira,26 de março, 2021 ás 13:00


 

 

25 março, 2021

 

O coronavírus já causou mais de 300 mil mortes no Brasil, em um mês de março que já bateu todos os recordes em função de uma segunda onda brutal da pandemia, informaram fontes oficiais na quarta-feira (24/3).

 

O Ministério da Saúde registrou 2.009 mortes nas últimas 24 horas, elevando o total a 300.685, superado apenas pelos Estados Unidos. O número total de infectados em treze meses de pandemia no Brasil chega a 12,2 milhões.

 

O Brasil, de 212 milhões de habitantes, tornou-se fonte de preocupação global devido à falta de coordenação de suas políticas de saúde e ao surgimento de uma variante local do vírus, batizada de P1, considerada muito mais contagiosa.

 

O país registrou mais de 3.000 mortes em 24 horas pela primeira vez na terça-feira e a média móvel de mortes é de 2.273, mais que o triplo do número do início do ano (703).

 

O mês de março, com 45.773 mortes declaradas, já se tornou o mais letal da pandemia. O recorde anterior era de julho de 2020 (32.881), no auge da primeira onda.

 

Desde a primeira morte em 16 de março de 2020 até as 100.000 mortes em 18 de agosto, 156 dias se passaram. Então a doença pareceu diminuir e transcorreram mais 152 até as 200.000, em 7 de janeiro de 2021. Mas o salto para 300.000 ocorreu em apenas 77 dias.

 

A escalada por enquanto parece não ter limite, com a vacinação que avança a passos lentos, e a resistência do presidente, Jair Bolsonaro, em impor medidas de confinamento social, alegando seu impacto econômico.

 

As unidades de terapia intensiva na maioria dos estados estão à beira do colapso e, em muitos estados, é observado o risco de interrupção do fornecimento de tubos de oxigênio.

 

Alguns estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, decidiram antecipar feriados e criar outros ao longo da próxima semana para diminuir a mobilidade social que favorece a transmissão do vírus.

 

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) alertou nesta terça-feira que "a péssima situação (do Brasil) está afetando os países vizinhos".

 

 

Bolsonaro, que persistentemente negou a gravidade da pandemia, desprezou o uso de máscaras e questionou a eficácia das vacinas, tem tentado nos últimos dias reorganizar sua política, sob pressão de governadores e grande parte do mundo empresarial.

O presidente anunciou nesta quarta-feira a criação de um comitê de crise, "que se reunirá semanalmente com as autoridades para decidir o rumo da luta contra o coronavírus".

 

Seu novo ministro da Saúde (o quarto em um ano), Marcelo Queiroga, prometeu triplicar "em curto prazo" a atual taxa de vacinação diária, para um milhão por dia.

 

"As 300 mil mortes é uma marca muito triste. Essa marca poderia ter sido muito menor se medidas mais oportunas tivessem sido tomadas, principalmente no ano passado" com a negociação de vacinas, declarou à AFP o epidemiologista Mauro Sanchez, da Universidade de Brasília (UNB).

 

"É imprevisível aonde esse número pode chegar, mas a gente espera que, com a mudança aparente de rumo que Bolsonaro indicou, a gente consiga diminuir a velocidade de transmissão que a gente tem visto nessa segunda onda, mesmo que o novo rumo do governo seja por motivações políticas", completou.

 

A imunização no Brasil demorou a decolar e enfrenta problemas logísticos. Até o momento, 11,5 milhões de brasileiros já foram vacinados (5,44%), 3,7 milhões deles com a segunda dose.

 

Em termos relativos, o país regista em média 143 óbitos por 100.000 habitantes, valor inferior ao da República Checa (236 / 100.000), do Reino Unido (186 / 100.000) ou dos Estados Unidos (165 / 100.000).

 

No Amazonas, cuja capital, Manaus, viveu uma tragédia sem precedentes em janeiro com a morte de dezenas de pessoas por falta de oxigênio nos hospitais, a taxa de mortalidade é de 286 por 100 mil habitantes. E no Rio de Janeiro de 205 para 100.000.

*AFP

Quinta-feira,25 de março, 2021 ás 8:30 


 

24 março, 2021

GOIÁS DIZ QUE PEDIU DUAS VEZES QUE HOSPITAL EM ÁGUAS LINDAS FOSSE MANTIDO, MAS BOLSONARO NEGOU

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem enviado ofício aos 27 governadores solicitando que eles expliquem o motivo do fechamento dos hospitais de campanha. Em resposta, o Governo de Goiás disse que, em setembro de 2020, o Governo Federal negou por duas vezes que o hospital de campanha de Águas Lindas, da gestão de Jair Bolsonaro (sem partido), fosse mantido até o fim do ano. A negativa ocorreu em pleno avanço da pandemia no País.

 

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, logo no início de setembro, o governo de Ronaldo Caiado (DEM) apresentou estudo técnico ao Ministério da Saúde e solicitou que o hospital de campanha continuasse o atendimento a pessoas com Covid-19 até o dia 30 de dezembro. Em sua resposta à PGR, o secretário disse que fez a solicitação porque entendia ser “necessária a manutenção do hospital de campanha para garantir a continuidade da assistência à demanda decorrente da pandemia”.

 

O envio do ofício pela PGR aos governadores foi comemorado pelos apoiadores do presidente Bolsonaro, e pelo filho dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Bolsonaristas têm usado o documento para atacar os chefes dos Executivos estaduais, insinuando, mesmo sem provas, desvio de dinheiro por parte de quem decidiu fechar hospitais de campanha. “Será possível que governador usou a pandemia para roubar o povo?”, escreveu Eduardo, nas redes sociais.

 

 

O hospital de campanha construído pelo Governo federal no município de Águas Lindas, no Entorno do Distrito Federal, foi inaugurado em junho de 2020 e fechado em outubro do mesmo ano, sob o argumento de queda no número de pessoas infectadas. A unidade de saúde contava com 200 leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 e era esperança para a população local, que precisa se deslocar para o DF em busca de atendimento.

 

Por sua vez, os oito hospitais de campanha que existem em Goiás continuam abertos. Eles são de concreto e, juntos possuem 1.221 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de enfermaria. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), todas as unidades serão mantidas após o fim da pandemia.

*Goiás 24Hs

Quarta-feira,24 de março, 2021 ás 13:00