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“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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03 fevereiro, 2020

Parlamentares pró-Lava Jato avaliam que polêmica sobre recriação de ministério fortaleceu Moro



Parlamentares que tentam se firmar como defensores da Lava Jato e do combate à corrupção dizem ver o ministro Sérgio Moro fortalecido após a polêmica sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública no fim de janeiro. Eles buscam se afastar de Bolsonaro e criticam ações do Executivo que podem afetar o combate à corrupção.

Parte dos “lavajatistas” integra o Podemos, que, durante o recesso, entrou com três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) no Supremo Tribunal Federal (STF) contramedidas aprovadas pelo Congresso e sancionadas por Bolsonaro vistas como ataques a avanços da Lava Jato: o juiz de garantias, o fundo eleitoral e a lei de abuso de autoridade. “São ações nossas que divergem da ação do governo”, disse o senador Álvaro Dias (PR), líder do Podemos e candidato derrotado à Presidência em 2018.

Segundo o deputado José Nelto (Podemos-GO), líder do partido na Câmara, Bolsonaro está “deixando a desejar” na agenda de combate à corrupção. Além da criação do juiz de garantias, ele citou como exemplos a retirada do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) da alçada de Moro e a tentativa do presidente em interferir na troca de comando da Polícia Federal.

“O Podemos não é governo, não tem cargo no governo. Somos um partido legalista”, afirmou. “Sinto que tem gente na Câmara, no governo e no Judiciário querendo abafar e acabar com a Lava Jato. ” Apesar de tentar se distanciar de Bolsonaro, o Podemos acompanhou o governo na maior parte dos projetos.

Segundo o Basômetro, ferramenta do Estado que mede o grau de governismo de parlamentares e partidos, o Podemos votou favoravelmente ao governo em 82% das votações na Câmara no ano passado.

Frequentemente, o Podemos é especulado como um possível destino de Moro caso o ministro decida se filiar a algum partido. Dias refutou que haja tratativas. “Queremos ajudá-lo a cumprir uma missão e a executar um projeto de combate à corrupção do País. Não queremos atrapalhar, então nunca especulamos”, disse. “Evidentemente, se um dia o ministro cogitar se filiar a algum partido será muito bem-vindo”, afirmou.

Segundo o cientista político da UFMG Felipe Nunes, a atuação dos parlamentares pró-Lava Jato tem, como pano de fundo, as eleições. “Os deputados e senadores do Podemos têm uma agenda de segurança pública muito voltada à sua base”, disse. Para Nunes, há uma tentativa do partido de atrelar sua imagem ao ministro da Justiça. “O Moro é um rival como liderança política ao presidente Bolsonaro e ele tem se transformado em um ator blindado por certos grupos. ”

Outro senador alinhado à pauta anticorrupção e ao ministro Moro, Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também criticou o movimento de tentar separar a Segurança Pública do ministério do ex-juiz. “Sem dúvida nenhuma atrapalharia porque você tem uma estrutura que está funcionando e está dando resultado e vai gastar energia e dinheiro para criar uma nova estrutura”, afirmou.

Apesar de ter gerado críticas de deputados e senadores “lavajatistas”, a iniciativa aventada por Bolsonaro de esvaziar a pasta de Moro não gerou grande repercussão negativa no Twitter.

Levantamento feito pela Consultoria Quaest, a pedido do Estado, mostra que no dia 23 de janeiro, quando o presidente deu a declaração de que a medida estaria sendo estudada, houve picos de menções ao assunto segurança pública entre parlamentares “lavajatistas”, principalmente do Podemos, mas uma potencial onda críticas ao presidente foi contida.

Membros “bolsonaristas” do PSL, como os deputados Eduardo Bolsonaro (SP), Carla Zambelli (SP) e Bia Kicis (DF) saíram em defesa de Bolsonaro e fizeram o nome do presidente ser mais mencionado que o próprio assunto da cisão das pastas. A principal estratégia utilizada foi atribuir a sugestão aos secretários estaduais de segurança e governadores.

A declaração de Bolsonaro de que a separação da Segurança Pública da pasta da Justiça seria estudada pelo governo foi dada após ele ter se reunido com secretários de segurança dos Estados. (Estadão)

Segunda-feira, 03 de fevereiro, 2020 ás 18:00


01 fevereiro, 2020

Pesquisa vai acompanhar hábitos alimentares de brasileiros por 10 anos



Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) vai acompanhar, por dez anos, os hábitos de alimentação de 200 mil brasileiros. O estudo, chamado NutriNet Brasil, será coordenado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP em parceria com o Ministério da Saúde.

A intenção da pesquisa é identificar padrões de alimentação praticados em diferentes regiões do país e analisar a relação deles com o risco de doenças crônicas que afetam os brasileiros.

“A alimentação inadequada lidera o ranking dos fatores de risco relacionados à carga global de doenças no mundo. É o fator de risco que mais contribui para mortalidade”, destacou a coordenadora de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Atenção Primária, do Ministério da Saúde, Gisele Bortolini.

De acordo com a coordenadora, a alimentação também é o segundo fator que mais contribui para a perda de anos de vida, superando, inclusive, o uso de álcool, drogas, tabagismo e inatividade física. “Nesse sentido, o estudo NutriNet Brasil nos apoiará no aprimoramento das políticas públicas de nutrição no país”, ressaltou.

Segundo o Ministério da Saúde, a alimentação exerce enorme influência sobre a saúde das pessoas, aumentando, em particular, o risco para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, doenças cardiovasculares e enfermidades como obesidade, diabetes e hipertensão.

“Mais do que um ou outro alimento isolado, é o padrão de alimentação das pessoas, ou as quantidades e proporções dos diferentes grupos de alimentos, que vai definir o risco de doenças. O levantamento trará maior compreensão sobre tais hábitos e suas consequências”, destacou.

Como participar?

Para participar do estudo, é preciso ter pelo menos 18 anos, residir no Brasil, ter acesso à internet e fazer um rápido cadastro na plataforma digital da pesquisa.  (ABr)

Sábado, 1º de fevereiro, 2020 ás 11:00